Msica Brasileira I CMU 322 Mdulo IV Msica
Música Brasileira I CMU 322 Módulo IV Música em São Paulo colonial André da Silva Gomes Prof. Diósnio Machado Neto
Música na Sé São Paulo • As fases da música religiosa, na cidade de São Paulo – Primeira fase de 1611 até 1700. • Condição socioeconômica precária, música realizada por leigos, falta de documentação. – Manuel Lopes de Siqueira – Segunda fase ligada as Irmandades, surgem na Matriz e cada qual com seu mestre-de-capela. • Sacerdotes no serviço musical, devido ao êxodo para as minas, séc. XVIII. – ngelo de Siqueira – Terceira fase há a tentativa de se estabilizar o serviço. • Há um mestre-de-capela e moços do coro, leigos, que se diferencia do organista. – Mateus Álvares Torres – Quarta fase é a estabilização do serviço musical. • Importância a atividade musical. • Presença nas festividades de toda a cidade, reintegração do cantochão mantémse assim até 1822, quando decai a composição. – André da Silva Gomes
Bispado de São Paulo • O bispado de São Paulo foi criado em 1745. – Em 1748, a Capitania de São Paulo foi anexada a do Rio de Janeiro – A chegada do primeiro bispo do Bernardo Nogueira mostra um primeiro avanço, pois com ele chegaram dois músicos da escola patriarcal de Lisboa, para trabalharem no coro. • Antônio Lopes de Figueiredo – Subchantre, era clérigo in minoribus, natural da vila de Alcanede patriarcal de Lisboa [. . . ]e porque V Exc. R. ma se dignou admitir a ele suplicante a constituí-lo no subchantrado com a abonação, que consta dos autos do dito patrimônio, e estão em termos de final de sentença, pretende que V Exc. R. ma e digne aceitar-lhe as ditas reverendas e admiti-lo a todas as ordens sacras, mandando matricular para nas têmporas da Quaresma poder receber a ordem de subdiácono • Processo de normalização da liturgia • Faustino Xavier do Prado trabalhava em Santos, nesse período, onde constituiu a única colegiada conhecida da região sul da colônia. – Em 1774, chegou a São Paulo André da Silva Gomes, junto com terceiro bispo, Dom Frei Manuel da Ressurreição • Antes de André da Silva Gomes exerceram o mestrado Antônio de Oliveira e Antônio Manso da Mota – Esse último diz ser natural de Minas e ter vindo da Bahia – Tido como diretor musical da primeira casa da ópera da cidade
André da Silva Gomes • Biografia – Nasceu em Lisboa em 1752 e faleceu em São Paulo, em 1844 – Na época de formação de André, impera a música do napolitano Davi Perez, dedicado à música lírica e religiosa. – Chegou a São Paulo em 1774, contratado para ocupar o cargo de mestre-de-capela da Sé, a convite do terceiro bispo, o franciscano Dom Frei Manuel da Ressurreição. • Sua nomeação desencadeia um litígio entre o bispo e o governador Luis Antônio de Souza Botelho Mourão, o Morgado de Mateus. – Questões estéticas. O primeiro inclinado à musica antiga e o segundo pelo estilo galante – Organizar o serviço musical da Sé – Adotou 16 crianças, no decorrer da vida, ensinando-lhes primeiras letras e música • Bernardino José de Souza, organista em Paranaguá – Recebe patentes militares • Em 1789, dirigia a corporação musical do 1º Regimento da Infantaria de Milícia. 1779, tenente-coronal – 1797 foi nomeado professor régio de gramática latina – Em 1801, abandonou os cargos musicais • Continua atuando como músico, mas sem soldos – Integrou o Governo Provisório, em 1821, como representante da instrução pública • José Bonifácio era vice-presidente. • Obra – A primeira composição conhecida de André é de 1774 e a última de 1823 • São conhecidas 137 composições, entre elas, 16 missas, duas paixões, 13 ofertórios. • Sua obra é basicamente vocal e religiosa
Estilo • Polifonia – Ao contrário dos compositores mineiros, André da Silva Gomes usa texturas polifônicas nas suas obras. • Em algumas obras, André demonstra o domínio sobre o procedimento fugado. – Na Missa a oito vozes (1785), existe uma fuga a oito vozes (Kyrie) • Escreve um tratado de contraponto • Período de transição – Reminiscência barrocas com características clássicas. • Barroco – – – Presença de harmonia seqüencial Cadências para a subdominante Figuração do baixo contínuo com cifrado abundante Escrita em estilo concertato Uso de intensa textura contrapontística Fugas no começo das missas. Tradição barroca • Clássico: processos de expansão que se encontra – Laudamus da missa a 5 vozes – sonata ditemática. – Esquema tonal clássico, T-D-T, raramente aparecendo uma S ou Dd – Baixo de Alberti
Curva Tonal 2º Domingo do Advento
Curva Tonal 3º Domingo do Advento
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