Moral Fundamental 04 Moral Liberdade humana Aulas previstas
Moral Fundamental 04 – Moral – Liberdade humana Aulas previstas: 01. Moral 01 – Introdução (8 slides) 10. Moral 10 – Conversão (8 slides) 02. Moral 02 – Fundamento da Moralidade (8 slides) 03. Moral 03 – Fim último (9 slides) 04. Moral 04 – Liberdade humana (14 slides) 05. Moral 05 – Actos humanos (14 slides) 06. Moral 06 – Consciência moral ( 13 slides) 07. Moral 07 – Leis Moral ( 12 slides ) 08. Moral 08 – Virtudes (11 slides) 09. Moral 09 – Pecado (10 slides)
Liberdade humana Veritatis splendor 33: 33 “Paralelamente à exaltação da liberdade, e paradoxalmente em contraste com ela, a cultura moderna põe radicalmente em dúvida esta mesma liberdade”. § A liberdade humana é limitada, mas recusá-la é negar a evidência. § AT: “Eu ponho diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; elege a vida e viverás” (Dt 30, 19 ); “se tu queres guardar os mandamentos e permanecer fiel está na tua mão” (Eccli 15, 12 -13 ); “Deus fez o homem ao principio e deixou-o entregue ao seu livre arbítrio (Eccli 15, 14 ); elogiou o homem que “podendo pecar não pecou, fazer o mal não o fez” (Eccli 31, 10); 10 etc. 1
Liberdade humana 2 § NT: Cristo liberta o mundo do pecado. Gal 5, 1: 1 “Cristo fez-nos livres para que gozemos da liberdade; mantende-vos, pois firmes e não vos deixeis sujeitar ao jugo da servidão”. 2 Cor 3, 17: 17 “Onde está o Espírito está a liberdade”. § Trento (DS 1555 ): “Se alguém disser que o livre arbítrio do homem se perdeu e extinguiudepois do pecado de Adão, ou que é (. . . ) pura invenção introduzida por Satanás na Igreja, seja anátema”.
Liberdade humana 3 Definições possíveis: 1 2 Liberdade é a capacidade que o homem tem de auto-determinar-se; Liberdade é a capacidade interior da pessoa, mediante a qual a vontade pode optar entre querer ou não querer, determinar-se por diferentes possibilidades ou decidir-se pelo seu contrário. 1 Liberdade de necessidade: é a possibilidade de actuar ou não actuar. 2 Liberdade de especificidade: é a capacidade de decidir entre diversas opções. 3 Liberdade de contradição: é a que decide entre duas coisas opostas.
Liberdade humana 4 § Origens muito diversas da limitação da liberdadedo homem: pela natureza do próprio ser (o homem não pode voar) pelas circunstânciasque afectam a sua própria origem (falar português ou chinês depende do lugar de nascimento) pela condição de ser homem ou mulher, menino, adolescente ou ancião (nem todas as pessoas podem fazer o mesmo) pelas condições de vida(exemplo: viver no interior não permite ver o mar) por não se poder invadir o âmbito em que se exerce a liberdade do outro, que também é um ser livre § Tais limitações condicionam o exercícioda liberdade, mas não negam a sua existência. As limitações nem sempre diminuem a liberdade, porquanto oferecem novas possibilidadesde a exercer.
Liberdade humana 5 Liberdade e verdade, 1 § A liberdade supõe que o sujeito é consciente da bondade ou malícia do acto que pretende levar a cabo: só é livre o homem queconhece a verdade. Mas além disso a liberdade não é “um absoluto, que seria a fonte dos valores” (Veritatis splendor 32). 32 § Veritatis splendor 35: 35 “algumas tendências culturais contemporâneas advogam determinadas orientações éticas que têm como centro do seu pensamento um pretenso conflito entre a liberdade e a lei. São as doutrinas que atribuem a cada indivíduo ou aos grupos sociais a faculdade de decidir sobre o bem e o mal: a liberdade humana poderia ‘criar os valores’e gozaria de uma primazia sobre a verdade, até ao ponto que a mesma verdade seria considerada uma criação da liberdade”.
Liberdade humana Liberdade e verdade, 2 § Veritatis splendor 35: 35 “A Revelação ensina que o poder de decidir sobre o bem e o mal não pertence ao homem, mas só a Deus. O homem (. . . ) possui uma liberdade muito ampla(. . . ). Mas esta liberdade não é ilimitada: o homem deve abster-se perante a ‘árvore da ciência do bem e do mal’, por estar chamado a aceitar a lei moral que Deus lhe dá”. § Idem 84: 84 “somente a liberdade que se submete à Verdade conduz a pessoa humana ao seu verdadeiro bem”. 6
Liberdade humana Liberdade e verdade, 3 § Fides et ratio 90: 90 “uma vez tirada a verdade ao homem, é pura ilusão pretender fazê-lo livre. (. . . ) Verdade e liberdade, ou estão bem juntas ou juntas perecem miseravelmente”. § Veritatis splendor 34: 34 “a liberdade depende fundamentalmente da verdade. Dependência que foi expressada de maneira límpida e autorizada pelas palavras de Cristo: ‘Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres’ (Jo 8, 32)”. 32 7
Liberdade humana 8 Liberdade e bem § Fazer o mal, não é próprio da liberdade, nem sequer uma parte dela, mas tão só é sinal de que o homem é livre. § CCE 1733 : “Na medida em que o homem faz mais o bem, vai-se tornando também mais livre. Não há verdadeira liberdade senão ao serviço do bem e da justiça. A eleição da desobediência e do mal é um abuso da liberdade e conduz à escravidão do pecado”. § Se uma acção humana lesa a natureza do homem, este deve racionalmente recusar levá-la a cabo.
Liberdade humana 9 § CCE 1734 : “A liberdade torna o homem responsável dos seus actos na medida em que estes são voluntários. O progresso na virtude, o conhecimento do bem e a ascese aumentam o domínio da vontade sobre os próprios actos”.
Liberdade humana 10 Liberdade e graça, 1 § Dada a condição do homem, ferido pelo pecado original, o cristão necessita da graça de Deus para fazer uso sempre adequado da liberdade. A graça facilita superar a ignorância e vencer as paixões, que são os dois grandes obstáculos para actuar livremente, conforme o querer de Deus. § CCE 1742 : “A graça de Cristo não se opõe de modo algum à nossa liberdade quando esta corresponde ao sentido da verdade e do bem que Deus pôs no coração do homem”.
Liberdade humana Liberdade e graça, 2 § Mérito é a retribuição que se dá a quem realizou uma boa obra. § CCE 2008 : “O mérito do homem diante de Deusna vida cristã provém de que Deus dispôs livremente associar o homem à obra da sua graça. A acção paterna de Deus é primeira, pelo seu impulso, e o livre actuar do homemé o que está em segundo lugar, na sua colaboração; de modo que os méritos das boas obras devem atribuir-se à graça de Deus em primeiro lugar, e depois ao fiel. Por outro lado, o mérito do homem recai também em Deus, pois as suas boas acções procedem, em Cristo, das graças provenientes e dos auxílios do Espírito Santo”. 11
Liberdade humana Liberdade e graça, 3 § CCE 2010 : “Dado que a iniciativa na ordem da graça pertence a Deus, ninguém pode merecer a graça primeira, que está na origem da conversão, do perdão e da justificação. Sob a moção do Espírito Santo e da caridade, podemos merecer depois para nós e para os outros, graças úteis para a nossa santificação, para o crescimento da graçae da caridade, e para a obtenção da vida eterna”. 12
Liberdade humana 13 § Amigos de Deus 26: 26 “A liberdade adquire o seu autêntico sentido quando se exerce ao serviço da verdade que resgata, quando se gasta em procurar o Amor infinito de Deus, que nos desata de todas as servidões”. § “Quando alguém ama de verdade, desfruta de maior liberdade” (Santo Agostinho).
Ficha técnica § Bibliografia § Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação Teológica da Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel) § Slides § Original em português europeu - disponível em: http: //sites. google. com/site/inicteol 14
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