momento de fruir Componente Lngua Portuguesa Prof a

É momento de fruir. . . Componente: Língua Portuguesa Prof. a Ma. Andréa Paulon Prof. a Danielly de Souza Duarte Prof. a Mônica Cardoso Pereira Equipe Curricular de Língua Portuguesa COPED/SEDUC-SP

Apresentação da aula Tema da aula: Leitura de poemas e fruição. Etapa de ensino: 8º ano do Ensino Fundamental. Habilidades do Currículo Paulista: ESSENCIAL – (EF 69 LP 54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos, que funcionam como modificadores, percebendo sua função na caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo. SUPORTE – (EF 69 LP 53) Ler em voz alta textos literários diversos, bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros, contar/recontar histórias tanto da tradição oral, quanto da tradição literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior.

Objetivos da aula • Participar de momentos de fruição a partir da leitura de poemas. • Ler poemas de autores diferentes, identificando a composição narrativa ou não. • Analisar o texto poético como obra de arte, do todo para as partes.

Acolhida ©Pixabay Qual foi o poema mais legal que você já leu? Consegue lembrar o nome do autor? Envie sua participação no chat do CMSP.

Fruição e apreciação estética Fruir é aproveitar um momento, usufruir, é desfrutar e ter prazer com algo. Convido você a apreciar o estilo como os textos foram escritos, a curtir esse momento de leitura com a professora e os convidados que estarão representando vocês!

1) Leitura do texto 4 Os timbiras, de Gonçalves Dias Introdução Os ritos semibárbaros dos Piagas, Cultores de Tupã, a terra virgem Donde como dum trono, enfim se abriram Da cruz de Cristo os piedosos braços; As festas, e batalhas mal sangradas Do povo Americano, agora extinto, Hei de cantar na lira. – Evoco a sombra Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 15.

Leitura do texto 4 Do selvagem guerreiro!. . . Torvo o aspecto, Severo e quase mudo, a lentos passos, Caminha incerto, – o bipartido arco Nas mãos sustenta, e dos despidos ombros Pende-lhe a rôta aljava. . . as entornadas, Agora inúteis setas, vão mostrando A marcha triste e os passos mal seguros Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 15.

Leitura do texto 4 De quem, na terra de seus pais, embalde Procura asilo, e foge o humano trato. Quem poderá, guerreiro, nos seus cantos A voz dos piagas teus um só momento Repetir; essa voz que nas montanhas Valente retumbava, e dentro d’alma Vos ia derramando arrojo e brios, Melhor que taças de cauim fortíssimo? ! DIAS, G. Os timbiras. In: Poesia completa e prosa escolhida. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro: Escola do Futuro da Universidade de São Paulo. Disponível em: http: //www. dominiopublico. gov. br/download/texto/bv 000117. pdf. Acesso em: 7 jun. 2020. Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 15.

Primeiro momento de fruição O professor Marconi, que é o professor de Filosofia do CMSP, realizará a primeira leitura desta aula. Observe o tom de voz que ele utilizou, as inflexões de sua voz, a trilha sonora ao fundo. Todos esses detalhes são pistas para que possamos interpretar o poema.

Responda no chat 1. Você considerou fácil a leitura desse poema? Por quê? ©Pixabay 2. Qual é o enredo da narrativa que é contada nesse poema?

Leitura do texto 5 O navio negreiro, de Castro Alves Existe um povo que a bandeira empresta P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!. . . E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto impuro de bacante fria!. . . Meu Deus! mas que bandeira é esta, Que impudente na gávea tripudia? Silêncio. Musa. . . chora, e chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto!. . . Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 16.

Leitura do texto 5 Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas da esperança. . . Tu que, da liberdade após a guerra, Foste hasteado dos heróis na lança Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!. . . Fatalidade atroz que a mente esmaga! Extingue nesta hora o brigue imundo O trilho que Colombo abriu nas vagas, Como um íris no pélago profundo! Mas é infâmia demais!. . . Da etérea plaga Levantai-vos, heróis do Novo Mundo! Andrada! arranca esse pendão dos ares! Colombo! fecha a porta dos teus mares! Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 16. ALVES, C. O navio negreiro. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro: Escola do Futuro da Universidade de São Paulo. Disponível em: http: //www. dominiopublico. gov. br/download/texto/bv 000068. pdf. Acesso em: 7 jun. 2020.

Segundo momento de fruição Jackeline Ribas é uma cantora brasileira que vive em Nova York e está muito engajada nos estudos e diálogos das questões raciais que envolvem os povos africanos e os afrodescendentes do Brasil e dos EUA. Ela aceitou o nosso convite e enviou um podcast com a leitura do poema de Castro Alves. @jackieribas

Responda no chat 1. Pelo título, já notamos qual é o enredo da narrativa desse poema. Você acha que a forma como a Jackeline Ribas leu influenciou no seu entendimento? ©Pixabay 2. Quem são as personagens da narrativa desse poema?

Leitura do texto 6 A seca do Ceará, de Leandro Gomes de Barros Seca as terras as folhas caem, Morre o gado sai o povo, O vento varre a campina, Rebenta a seca de novo; Cinco, seis mil emigrantes Flagelados retirantes Vagam mendigando o pão, Acabam-se os animais Ficando limpo os currais Onde houve a criação. Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 16.

Leitura do texto 6 Não se vê uma folha verde Em todo aquele sertão Não há um ente d’aqueles Que mostre satisfação Os touros que nas fazendas Entravam em lutas tremendas, Hoje nem vão mais o campo É um sítio de amarguras Nem mais nas noites escuras Lampeja um só pirilampo. Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 17.

Leitura do texto 6 Aqueles bandos de rolas Que arrulavam saudosas Gemem hoje coitadinhas Mal satisfeitas, queixosas, Aqueles lindos tetéus Com penas da cor dos céus. Onde algum hoje estiver, Está triste mudo e sombrio Não passeia mais no rio, Não solta um canto sequer. [. . . ] BARROS, L. G. de. A seca do Ceará. Jornal de Poesia. Disponível em: http: //www. dominiopublico. gov. br/download/texto/jp 000013. pdf. Acesso em: 7 jun. 2020. Aprender Sempre, 2020. Caderno do Aluno, Língua Portuguesa, 8º ano, v. 3, p. 17.

Terceiro momento de fruição Vamos assistir ao vídeo enviado pela professora Denise Mendes Freitas, da E. E. Nossa Senhora da Penha, da região da Leste 1 de São Paulo. Ela ama recitar poesias e conquista a todos com seu jeito de declamar e com sua voz tão bonita e envolvente. @denise. ffreitas

Responda no chat 1. Qual o espaço/lugar em que essa narrativa foi construída? ©Pixabay 2. Você consegue dizer qual é o foco narrativo desse último texto?

O que aprendemos na aula de hoje? • Aprofundamos o estudo das narrativas dentro dos poemas. • Desenvolvemos apreciação estética nos momentos de fruição. • Analisamos os elementos da narrativa dentro de cada poema.