Modernismo Mayara Adamante O modernismo no Brasil teve
Modernismo Mayara Adamante
O modernismo no Brasil teve como marco inicial a Semana de Arte Moderna, em 1922, momento marcado pela efervescência de novas ideias e modelos. Características Lembre-se que o modernismo foi um movimento cultural, artístico e literário da primeira metade do século XX. Ele situa-se entre o Simbolismo e o Pós. Modernismo - a partir dos anos 50 havendo, ainda, estudiosos que considerem o Pré-Modernismo uma escola literária.
Fases do Modernismo
Primeira Fase do Modernismo (1922 -1930) • Nesta fase, conhecida como a "Fase Heroica", os artistas buscam a renovação estética inspirada nas vanguardas europeias (cubismo, futurismo, surrealismo). Revistas Klaxon (1922), Estética (1924), A Revista (1925), Terra Roxa e Outras Terras (1927) e Revista de Antropofagia (1928). Manifestos Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924), Manifesto Antropófago (1928), Manifesto Regionalista (1926) e Manifesto Nhenguaçu Verde-Amarelo (1929).
Segunda Fase do Modernismo (1930 -1945) • Chamada de "Fase de Consolidação", este momento é caracterizado por temáticas nacionalistas e regionalistas com predomínio da prosa de ficção. • É um momento de amadurecimento. Na década de 30 a poesia brasileira se consolida, o que significa o maior êxito para os modernistas.
Terceira Fase do Modernismo (1945 -1980) • Conhecida como fase "Pós-Modernista", não há um consenso a respeito de seu término. • Há ainda os que consideram que a terceira fase modernista prolonga-se até os dias atuais. • Nesse momento, tem-se um predomínio e diversidade da prosa com a prosa urbana, a prosa intimista e a prosa regionalista. • Além disso, surge um grupo de escritores denominado “Geração de 45”, muitas vezes chamados de neoparnasianos, pois eles buscavam uma poesia mais equilibrada.
Poesia de 30 • A Poesia de 30 representa um conjunto de obras poéticas produzidas no Brasil durante a segunda geração modernista (1930 -1945). • Gerção de 30 – Melhor fase de produção poética. • fase de consolidação • Apresenta grande abrangência de temáticas: social, histórica, cultural, filosófica, religiosa, cotidiana.
Contexto Histórico • Crise de 1929 em Nova York • depressão econômica • governos totalitários – ditaduras na europa • início da segunda guerra mundial (1939 -1945) • desemprego, a falência de fábricas, fome e miséria. • No Brasil: Revolução de 30 – golpe do estado • Washington Luís x Júlio Prestes
Contexto Histórico • início da Era Vargas • fim das Oligarquias de Minas Gerais e São Paulo • política do café com leite • Estado Novo (1937 -1945)
Liberdade formal; Experimentação estética; Uso de versos brancos e livres; Características Universalismo; Ironia e humor; Regionalismo e coloquialismo; Rejeição ao academicismo.
Verbo Ser • Que vai ser quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: Ser, Ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser Esquecer. - Carlos Drummond de Andrade
Confidência do Itabirano • Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e [comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e [sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa… Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! - Carlos Drummond
Mãos dadas Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao amanhecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente. - Carlos Drummond
3ª Geração Modernista
Antíode Poesia, não será esse o sentido em que ainda te escrevo: flor! (Te escrevo: flor! Não uma flor, nem aquela flor-virtude — em disfarçados urinóis). Flor é a palavra flor; verso inscrito no verso, como as manhãs no tempo. Flor é o salto da ave para o voo: o salto fora do sono quando teu tecido se rompe; é uma explosão posta a funcionar, como uma máquina, uma jarra de flores. -João Cabral de melo neto
Obras do Modernismo
Vidas Secas – Graciliano Ramos
A Hora da Estrela – Clarice Lispector
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