MiniCurso para Snipers de Airsoft Uma iniciativa de
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Mini-Curso para Snipers de Airsoft Uma iniciativa de qualidade questionável da autoria de: Fallou. T, Cmdt da equipa AKS
Introduçao Primeiro que tudo, devo esclarecer que este “mini-curso” se trata de uma adaptação de tácticas e conhecimentos de snipers verdadeiros para a realidade do airsoft. Partilho aqui também as minhas experiências e opiniões pessoais. Uma vez que não sou o sniper de airsoft mais experiente muito menos o mais “antigo”, deverão ler este documento com a simples intenção de se inspirarem para experimentar as vossa próprias “fórmulas para o sucesso” e para saberem que perguntas fazer a outros colegas snipers.
Introduçao Uma última nota: A minha réplica de sniper encontra-se precisamente a 375 fps e por isso algumas das informações ou estratégias aqui apresentadas poderão não ser as melhores para quem tenciona usar outros valores de potência nas suas réplicas
O que é um sniper no airsoft? A meu ver o sniper é aquele que embora esteja consciente das limitações em termos de alcance e precisão às quais uma réplica está sujeita, abraça esta filosofia de jogo e força as leis da física, da psicologia e da probabilidade a fluirem a seu favor. O sniper, tanto na realidade como no airsoft é uma pessoa extremamente dedicada que estará disposta a incansáveis horas de treino e de medições de dados e a filosofar sobre a melhor maneira de melhorar o seu desempenho pessoal. É a busca incessante de aprender a estar no local certo, na hora certa, com o equipamento certo.
Um pouco de filosofia -Se um sniper real disparar a um alvo a 2, 400 m de distancia sem fazer nenhum desconto, o projectil cairá 45 m abaixo do alvo e a algumas dezenas de metros ao lado, conforme o vento. -Se esse sniper considerar os efeitos da gravidade e do vento, acertará num raio de 3 m em torno do alvo. -Se considerar gravidade, vento, o declive, a humidade e temperatura do ar, é possivel que acerte no alvo. -Se considerar gravidade, vento, o declive, humidade e temperatura do ar, temperatura da munição, efeito de coriolis, é capaz de acertar aproximadamente onde quer. -Se considerasse todas as variáveis da natureza com valores de 20 casas decimais (ex: Temperatura = 32, 349237123. . . ºC em vez de 32ºC) conseguiria acertar num alvo do tamanho de uma moeda à distancia máxima a que o projectil chegaria disparado a 45º (Bem mais de 2. 400 m) Conclusão: Existe e existirá sempre mais uma variável e mais uma casa decimal a acrescentar para que o resultado fosse perfeito e previsivel. Por isso, mãos à obra, vamos começar a desbastar as variáveis que estão ao nosso alcance.
Missões de Sniper O que faz exactamente um sniper? Pessoalmente, penso que o sniper no airsoft nao se pode resumir ao tipo que se mete em cima dum monte longe de tudo e todos e passa o dia a apanhar alvos desprevenidos. Devido a limitações tácticas e físicas, o Sniper do airsoft deverá ser um autentico “Ninja” do teatro de operações. Isto significa que o sniper deverá estar preparado para largar a sua sniper, agarrar na sua arma de backup e usar a sua perícia na arte da camuflagem e infiltração para penetrar as linhas inimigas e conseguir objectivos inalcansáveis por outro tipo de unidades. O sniper é o que é porque: -Tem paciência infinita -Tem alcance e precisão superior -É “invisível” -É silencioso Logo, está talhado para: Reccon Assassinatos Fogo de cobertura Infiltrações Emboscadas
Escolher a réplica Podemos considerar que existem 4 tipos de snipers no airsoft: -As Snipers Springer -As Snipers a Gas -As Snipers AEG -As AEGs adaptadas a sniping Cada uma destas tem as suas vantagens e desvantagens.
Snipers de Mola Na minha opinião pessoal, as snipers de mola são as que melhor resultados trazem ao sniper. O seu mecanismo simples garante não só uma manutenção mais simples como também tiros sempre com a mesma potencia, relativamente silenciosos e muito consistentes. Para não mencionar quem procura o verdadeiro “feeling” de sniper procurará uma arma de boltaction. Pros: -Arma de ferrolho (Para os amantes do sniping tradicional) -Tiros consistentes (sempre com a mesma potencia e distribuição do ar) -Nao usa bateria ou gás -A potência não varia de maneira observável com a temperatura ambiente -Fáceis de limpar e desmontar -Tiros “secos” e na maíoria das réplicas, silenciosos Contras: -Lenta cadência de tiro -Puxar o ferrolho atrás requer um movimento vigoroso e consequentemente pouco furtivo -Para ter mais ou menos potência temos de trocar a mola, o que pode levar alguns minutos -Para dar mais potência à réplica é necessário investir bastante em peças de reforço
Snipers a Gas As snipers a gás sao provavelmente a segunda melhor opção. Pros: -Arma de ferrolho (para os amantes do sniping tradicional) -Ferrolho muito leve, possibilitando que seja armado discretamente -Tiros silenciosos, na maíoria das réplicas -Facilidade em usar mais ou menos potência (É só trocar de gas) -Facilidade em usar muita potência sem investir em reforços internos Contras: -Lenta cadência de tiro -Necessita de gas para funcionar -A potencia do gas varia muito (temperatura ou quantidade de gas no mag) -A consistencia de tiro é inferior devido ao acima mencionado
Snipers AEG Conheço poucos modelos de snipers AEG. Para ser sincero, a única que conheço que se encaixa nesta categoria é a P-SG 1. Pros: -Tiro exclusivamente em semi-auto (bom compromisso entre “pica” e desempenho) -Tiros silenciosos e “secos” (devido ao sistema de motor invertido) -Precisão considerável devido a um grande cano e a ter sido desenhada para ser uma arma de sniping. Contras: -Requer o uso de bateria -Não atinge a mesma precisão que uma bolt-action de mola -Requer investimento considerável para lhe aumentar a potência
AEGs adaptadas a Sniping Existem muitas réplicas que são normalmente utilizadas como snipers: M 14, G 3 -SG 1, SR 25, etc. . . Pros: -Cadencia de tiro muito elevada Contras: -Disparos barulhentos e longos (O barulho e o tempo da mola a “armar”). -Disparos menos consistentes, mesmo em armas altamente kitadas. -Requerem investimento elevado para se lhes aumentar a potencia.
Conclusões tiradas A minha opinião pessoal aqui é invariável: Digam o que disserem, ainda nao vi uma Sniper AEG ou uma AEG adaptada que tenha o mesmo alcance e precisão que uma sniper de mola (estou a falar de armas com iguais FPS e todas elas com muitos upgrades de performance. ) Lembrem-se da conversa das variáveis infinitas. . . São essas variáveis misteriosas que fazem com que as armas de mola sejam as mais precisas. No outro extremo temos as AEGs adaptadas. Na minha opinião, fazem excelentes armas para o Spotter ou excelentes armas de supressão “cirurgica”, mas não são armas de sniping. Isto porque numa situaçao real (de airsoft) eu simplesmente não confiaria a missão de abater um alvo a 60 m silenciosamente a uma AEG a 350 fps mas a um sniper de mola ou gas a 375 fps confiaria sem pestanejar (e não, não é pelos míseros 25 fps de diferença!).
Potencias Tabela de potencias/fps/gramagens 2. 31 Joule = 500 fps com. 20 2. 31 Joule = 410 fps com. 30 2. 31 Joule = 373 fps com. 36 2. 31 Joule = 341 fps com. 43 1. 3 Joule = 374 fps com. 20 1. 3 Joule = 335 fps com. 25 1. 3 Joule = 306 fps com. 30
Munição É aqui que começamos a tentar fazer as leis da física a nossa favor. Para cada potência, existe uma munição com o peso ideal. Pela observação que tenho feito, e por mais curioso que pareça, a velocidade da BB nao deve mesmo ultrapassar os 375 fps. (seja qual for a gramagem). BBs de. 20 a mais de 375 fps vão aos S’s BBs de. 25 a mais de 375 fps vão aos S’s BBs de. 30 a mais de 375 fps vão aos S’s Ou seja, se tiverem uma réplica que com 0. 20 marque 500 fps, então deverão usar uma gramagem que faça a BB saír do cano a menos de 375 fps. (neste caso, algo mais pesado que. 36) Da mesma forma, se a vossa réplica marcar 374 fps com. 20, deverão usar. 25 ou. 30. Nota importante: Não olhem para a tabela dos FPS e pensem que 306 fps é uma miséria para uma sniper. Não se esqueçam que estão a disparar BBs que são 150% mais pesadas que as AEGs “normais”. Isso significa que as vossas BBs demorarão muito mais tempo a perder esses 306 fps do que as. 20 das AEGs demorarão a perder os 350 fps (se tiverem kitadas ao extremo). Isso darvos-á maior alcance e muito maior precisão. Como disse no início, temos que obrigar as leis da física a nossa favor.
Munição A escolha da marca é também importante. Lá porque compraram uma marca qualquer que nunca deu problemas e acertam numa folha A 4 a 40 m, nao quer dizer que estejam a usar as BBs perfeitas para a vossa réplica. A única maneira de saberem se estão a usar as melhores BBs para a vossa réplica é compararem com outras sempre que possam (peçam 10 ou 12 BBs a um jogador que use outra marca e testem). Lógico que se tiverem uma arma com um bom cano, bom hopup, sem fugas, e possivelmente com mais uns quantos upgrades, isso influenciará drasticamente o desempenho das BBs. Estarão a usar as BB correctas quando: -As BBs caírem todas à mesma distancia (significa que têm pesos muito similares e diametros quase iguais. . . o que por vezes nao acontece) -Conseguir ter precisão horizontal para acertar num alvo praticamente no limite do alcance (esta tem de ser testada em ambiente totalmente fechado) -A cerca de 70 -80% do alcance máximo a BB nao fazer desvios “estranhos”. Lembrem-se que nem sempre o barato sai caro e o caro é de confiança Só experimentando.
Hopup Esta pecinha milagrosa é muito frequentemente mal usada. O hopup é algo que deve ser regulado todos os jogos, e preferencialmente várias vezes ao longo do jogo. Principalmente se as condições atmosférias mudarem. As condições climatéricas influenciam em muito o efeito do hopup, mas pouca gente parece aperceber-se disso. Muito muito basicamente, o hopup é uma pecinha da arma que faz as BBs rodarem para trás muito rapidamente, quando são disparadas. Essa rotação elevadíssima, em contacto com a densidade do ar, faz com que a BB contrarie a força da gravidade: A azul temos a força de ascenção gerada pelo efeito do hopup, e a vermelho, a força exercida pela gravidade.
O Hopup estará perfeitamente "calibrado" se ao longo da zona fulcral do percurso da BB, a aceleração de ascenção for precisamente igual à aceleração descendente exercida pela gravidade (cerca de 9, 8 m/s 2) Logicamente, e como todos sabem, se o efeito de hopup estiver demasiadamente intenso, a BB roda mais depressa, e ultrapassa os 9, 8 m/s 2 da gravidade, o que fará a BB subir. Agora para explicar o problema, digamos que aqui na rua, para o efeito de hopup gerar precisamente 9, 8 m/s 2 de aceleração ascencional, a BB tem que rodar 100 vezes por segundo. Até aqui tudo bem. Eu fixo o hopup com cola, a gerar as tais 100 rotações por segundo, e nunca mais precisaria de mexer no hopup. . . Está mal. Se eu sair daqui do meu planalto de Santarém e fôr jogar à Serra da estrela (como já fiz, aliás) a BB que eu disparar vai voar 30 m e vai cair no chão. Porque? Porque a força de ascenção criada pelo hopup, provem directamente do contacto da rotação da BB com a atmosfera, e sua densidade, logo, na serra da estrela, ou num dia muito quente, as 100 rotações por minuto não serão suficientes para eu atingir os 9, 8 m/s 2 de aceleração ascencional. Ainda mais comum, se estiver enublado e tempo de chuva, as 100 rotações por minuto vão-me produzir demasiada força ascencional, e a BB vai subir. Isto porque a densidade atmosférica é mais elevada nesse clima. O hopup deverá ser regulado partindo do máximo e ir baixando gradualmente até se estar satisfeito com a trajectória da BB. Pessoalmente, costumo por o meu hopup ligeiramente acima do “ideal”, o que me garante mais 4 ou 5 metros de alcance útil (explicarei mais à frente o porquê disto).
Miras Ópticas Peça fundamental e característica de qualquer sniper. Nem vale a pena dizer mais nada de introdução. Existem variadas marcas e variados modelos. Normalmente deparamo-nos com modelos com nomes do género: 3~9 x 40 RI Amplificações Ou Caracteristicas adicionais Diametro da lente 5 x 32 A ampliação é a quantidade de vezes que a imagem nos aparece ampliada e a abertuda da lente oferece-nos um campo de visão maior ou menor, quando olhamos pela mira. As características secundárias como a rectro-iluminação são de utilidade questionável, se por um lado nos permitem ver a “mira” de noite, por outro desabituam o olho director da escuridão. . . venha o diabo e escolha. Uma ampliação de 4 ou de 5 é a ideal para o sniping de airsoft, na minha opinião. Mais que 6 começa a ser demasiado para as distancias a que disparamos. Um scope de 3~9 tem a vantagem de permitir usar 4 ou 5 para disparar e 9 para observar o terreno a longas distancias. A abertura da lente é muito importante para garantir uma boa area de visão. Recusem-se a usar seja o que for com menos de 32 mm. O ideal é 40 mm para cima.
Olho director Quase todos nós seguramos o punho da arma com a mão direita e usamos o olho direito para mirar o alvo. Os canhotos, logicamente, usarão a mao esquerda e o olho esquerdo. No entanto existem casos em que uma pessoa canhota tem o olho director direito, e uma pessoa destra tem o olho director esquerdo. Isto poderá influenciar drasticamente o desempenho dessa pessoa como atirador. A solução passa por treinar a mão do lado do olho director a segurar a arma ou a calibrar e operar o scope de maneira muito mais cuidadosa. Para descobrirem qual é o vosso olho director, façam um buraco do tamanho pouco maior que uma moeda de 50 cents num papel. Agarrem no papel com ambas as mão e estendam os braços totalmente. Com ambos os olhos abertos, tentem visualizar um objecto qualquer através do buraco. Pode ser algo distante ou próximo, desde que o vejam claramente através do buraco. Agora fechem apenas o olho esquerdo, depois apenas o direito. Supostamente, quando o vosso olho director estiver aberto, o objecto continua dentro do buraco, mas quando o fecham, o buraco parece que muda de sítio e já nao está a focar o objecto.
Montando o scope O scope pode ser montado a várias distancias da coronha, ao longo de todo o rail superior da réplica. Essa distancia deve ser testada pela pessoa que irá utilizar a arma, e deverá garantir que o olho encontrar-se-á à distancia correcta do scope quando a coronha estiver bem apoiada contra o corpo e numa posição “confortável”. Para tal, façam o seguinte: Fechem os olhos e coloquem a réplica em posição de disparo. Certifiquem-se que a réplica está bem apoiada no ombro e que têm a cabeça confortavelmente inclinada antes de abrir o olho. Quando abrirem o olho, vejam se a mira ficou demasiado longe ou demasiado perto. (demasiadamente longe irá criar um efeito de “tunel” dentro da mira e demasiadamente perto irá criar umas “sombras” dentro da mira).
Usando o Scope A imagem abaixo representa um scope mal observado. Se olharem com atenção reparam que o centro da mira está ligeiramente desviado para baixo e muito ligeiramente para a direita. Isto deve-se a uma incorrecta posição por parte do observador. Se efectuasse o disparo nestas condições, o projectil iria desviar ainda mais para a direita e para baixo.
Calibrar a Mira Óptica Nao basta colocar um “scope” na arma para ter precisão. Temos obviamente de o calibrar para o nosso olho e para o “zero” que pretendemos. O “zero” de uma mira óptica é o ponto em que o projectil passa precisamente no centro na mira. No caso das armas reais, passa-se mais ou menos isto: Zero a 1000 m Zero involuntário Zero pretendido Numa arma real, o projectil descreve um arco, por isso é que se vê os snipers reais a rodarem os ajustes verticais e horizontais das suas armas sempre que fazem um tiro. O que eles estão a fazer é a garantir que o “zero” da arma se encontra na distancia à qual está o alvo. Se não fizessem isto, teriam que efectuar o disparo apontando o centro da mira muitos metros acima do alvo. Se por algum motivo tivermos de remover o scope da arma, teremos novamente de o calibrar pois por vezes uma torção milimétrica nos mounts ou rails poderão fazer centímetros de diferença a 60 ou mais metros. Felizmente (ou não) as BBs descrevem uma trajectória praticamente recta, o que nos permite determinar um zero a uma certa distancia e a fazer pequenas correcções “a olho” quando o alvo está mais longe ou mais perto que essa distancia.
Para calibrar, o scope têm 2 “roscas”. A de cima diz “up”, se rodarem nesse sentido estarão a subir o ponto de impacto relativamente à mira. Na lateral têm um “R” de Right (direita) ou um “L” de left (esquerda). Ao rodarem a rosca no sentido da esquerda farão o ponto de impacto mover-se para a equerda, relativamente ao centro da mira. Embora possa variar, a maíoria dos scopes usados no airsoft têm uma afinaçao de ¼ MOA (minute of angle) por click. Isto significa que cada “click” na rosca irá corrigir o ponto de impacto cerca de 0. 36 cm a 50 m e 0. 72 cm a 100 m.
O ponto para o qual se calibra o zero deverá ser a uma distancia a que a arma seja eficientemente precisa e, na minha opinião, o mais longe possível. Costumo regular o meu hopup ligeiramente acima do ponto ideal precisamente por isto (trajectoria ideal da BB a azul, trajectoria da minha réplica a vermelho) A cruz vermelha indica o meu zero, e a cruz azul indica o zero que eu escolheria se usasse uma regulação de hopup “normal”. Uso este tipo de regulação por 2 motivos: O 1º é que aquela ligeira subida no final já se encontra nos meus cálculos e não vai ser por isso que vou falhar o alvo. A vantagem é que me dá mais 4 ou 5 metros de alcance efectivo (enquanto for a subir, nao vai a perder precisão e força) O 2º é que o cano está cerca de 6 -7 cm abaixo do centro da mira, logo, calibrando o zero para a máxima distancia e máxima altura, garanto que todos os tiros abaixo dessa distancia sejam praticamente coincidentes com a trajectória da BB (Menos de 6 cm de diferença, e quanto mais longe, mais perto do centro da mira).
Aprender a disparar Devido a dispararmos a menores distancias e não estarmos sujeitos ao “coice” da arma, podemos por vezes descorar o postura quando efectuamos um disparo. Na busca pelos tiros perfeitos, no entanto, não devemos deixar estes factores ao acaso. Para disparar a réplica devemos garantir sempre que o nosso corpo se encontra sob a menor “tensão” possivel. Isto consegue-se ao adoptar uma posição que possibilite o apoio sobre os ossos e nao sobre os musculos
Os musculos do corpo deverão estar relaxados e a altura ideal para efectuar o disparo derverá ser entre a pausa de 3 -5 segundos entre expiração e inspiração. Essa pausa “natural” poderá ser prolongada até 10 segundos, sem prejuizos de concentração ou controle muscular. Se o tempo necessário para efectuar o disparo ultrapasse os 10 segundos, o atirador deverá tornar e inspirar e expirar e tentar novamente na próxima pausa natural de respiração. Este processo garante a total descontracção dos musculos toraxicos e do diafragma, que podem causar tremores ao atirador
Outras posições de disparo
Variáveis O vento deve ser talvez a variável mais aborrecida com que nos depararemos no teatro de operações. Mesmo usando BBs muito pesadas, uma simples brisa poderá desviar a BB vários metros, num disparo a mais de 50 metros. Aqui a solução só pode passar por: -Usar BBs pesadas -Escolher locais a favor do vento ou mesmo de frente para o vento (antes de frente que de lado!) -Fazer tiros-teste para ver quanto desconto é necessário dar (Explico mais à frente isso dos tiros-teste) O vento, tem ainda assim 1 truque. Saibam que o vento actua de forma exponencial. Mais ou menos assim: Vento Isto significa que a variação não é constante, e que a poucos metros o vento mal afecta a trajectória, mas a partir de determinada distancia fará a BB desviar-se rapidamente na direcção do mesmo.
Alvos em movimento podem também ser uma valente chatísse. Aqui poderemos tentar uma de várias técnicas: 1º - Adivinharmos de onde vem o inimigo e colocarmo-nos de forma a minimizar o angulo entre a nossa linha de tiro e a sua trajectória 30º 80º Mau Posicionamento Melhor Posicionamento 2º - Adivinhando que o inimigo nao vai parar de mover-se, escolher um ponto-alvo alguns metros à frente do caminho do inimigo, concentrar-mo-nos em efectuar o disparo nesse ponto, e dispararmos quando tivermos “o feeling” que a BB demorará a chegar ao ponto-alvo precisamente o mesmo tempo que o inimigo demorará a passar à frente do alvo. 3º - Adivinhando que o inimigo irá cessar o movimento, mesmo que por breves momentos, seguilo sempre debaixo de mira e disparar assim que ele detiver a sua marcha
Todas estas adivinhações não são bruxedo nem magia negra. Existem vários indícios que nos poderão informar de onde virá o inimigo (posicionamento das bases e existência de estradas, por exemplo) e também ha varios indicadores de como irá decorrer o trajecto do inimigo: Exemplos: -Se o inimigo estiver a fugir de algo, é natural que não siga uma linha recta, portanto mais vale aguardar que ele pare (técnica 3) ou apontar para o local mais óbvio para onde ele se tentará refugiar (técnica 2) -Se o inimigo vai descontraído, deveremos tentar prever para onde se dirige (ha destinos lógicos, dependendo do terreno) e determinar a sua trajectória provavel tendo em conta os obstáculos no terreno (tecnica 2) -Se o inimigo vier com muita cautela, é possível que tente desviar-se da BB depois de ouvir o disparo, aí podemos não disparar para nao comprometer a posição ou então adivinhar muito bem para que lado irá ele desviar-se e quantos metros (mais uma vez tendo em conta os obstáculos do terreno e usando a psicologia básica para antever a sua reacção. )
Nestas áreas da adivinhação e do bruxedo conta muito “o feeling” que só será adquirido depois de se conhecer muito bem a arma que se tem na mão e se efectuarem muuuitos disparos com as mesmas BBs e configurações do scope. É uma ciência como qualquer outra! Se nos concentrarmos em tudo aquilo que nos rodeia apercebemo-nos que ha várias coisas a ajudar-nos. O barulho do vento a passar na copa das árvores indica-nos a chegada ou o final de uma rajada, a postura do alvo diz-nos quão depressa irá reagir ao nosso disparo, o seu equipamento dirnos-à se vai tentar carregar sobre nós, flanquear, fugir ou pedir ajuda, etc. Basta estar atentos
Importancia do Spotter O Spotter é, simplificando, o melhor amigo do sniper. O Spotter é responsável muitas das vezes por ajudar o sniper após detecção, carregar aquilo que o sniper nao pode carregar devido ao ghillie, observar aquilo que o sniper nao pode observar por estar escondido ou a focar alvos, corrigir a camuflagem do sniper, etc. Imaginem-se escondidos no sítio perfeito, completamente camuflados, mas com um angulo de visão de apenas 30º para a vossa frente. Quanto não dariam para ter um tipo 5 m ao vosso lado, com uns binóculos, com angulo de visão de 360º, para vos informar daquilo que se passa? Lembrem-se que o spotter uma vez que nao está a empunhar a arma, consegue esconder-se muito melhor que o sniper, mantendo no entanto uma ampla visão sobre o teatro de operações. (Os snipers de airsoft muitas vezes encontram sítios excelentes mas qualquer ervita ou ramo à frente do cano impossibilita o disparo).
A arma do spotter deverá ser aquela que melhor se adaptar ao terreno e posição do ponto de observação. Se o binómio sniper/spotter estiver no cimo de um monte, provavelmente o ideal seria uma arma de grande poder de fogo, para cobrir a retirada dos 2 se forem detectados. (Supressora ou m 203 por exemplo) Se por outro lado for um matagal denso, se calhar uma arma mais ligeira que permita uma fuga mais rápida, seria o ideal. Também depende do número de inimigos que se espera encontrar e dispersão dos mesmos.
Ghillies Os fatos ghillies podem ser instrumentos muito úteis para o sniper, mas têm de ser usados com cabeça. A fuga através de mato denso com um ghillie vestido é praticamente impossível (a menos que se queira destruir o ghillie) e a mobilidade geral é seriamente afectada. Cada um terá de descobrir aquilo que se adapta melhot a si. Pessoalmente, prefiro um ghillie-manta que me cubra cabeça, tronco, braços e parte das pernas. É um bom compromisso entre mobilidade e camuflagem, e tem a vantagem de me permitir usar colete por baixo do ghillie (Ao qual consigo facilmente aceder. . é só levantar a manta).
Mapas, desenhos, esquemas É importante que o sniper traga sempre consigo material de registo de dados. 1º, porque as suas missões de reccon deverão ser bem documentadas para serem posteriormente analizadas no QG. 2º, porque o sniper terá muitas vezes de estabelecer um posto de observação (PO) e o desenho de um “croqui” ajuda-lo-á a efectuar tiros de teste, para se preparar para quando avistar um inimigo. Eu pelo menos farto-me de fazer disparos de teste sempre que a situação me permite. Para calibrar o hopup para a situação climatérica, para ver o alcance efectivo que tenho naquele momento e naquele local, para me aperceber dos descontos do vento quando disparo para cada local, etc.
Exemplo de croqui militar:
A interpretação das marcações a vermelho é muito simples. Ex: 80% 40 cm D Significa simplesmente que considero ter uma chance de 80% de acertar à primeira num alvo estático do tamanho de um torso humano e que terei de apontar (colocar o centro da mira) 40 cm à Direita do ponto onde desejo que ocorra o impacto (devido ao vento).
Agradeciementos Bom, foi uma modesta apresentação de informação que poderão achar ou não util. Queria agradecer especialmente ao José Inácio por me ter enviado o manual dos USMC snipers que me inspirou a fazer esta apresentação. Os meus agradecimentos também para o See. KND, o Vassago, o Sniper_Ghost, o Johnny English, o Berzerker, o Sliced. Vomit e o Blackwolf que me ensinaram tudo o que sei de sniping e me ajudaram a ter o material que tenho para o meu “ofício”. Um abraço a todos. -Fallou. T, Cmdt da equipa AKS
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