MiniCurso para Snipers de Airsoft Uma iniciativa de

  • Slides: 38
Download presentation
Mini-Curso para Snipers de Airsoft Uma iniciativa de qualidade questionável da autoria de: Fallou.

Mini-Curso para Snipers de Airsoft Uma iniciativa de qualidade questionável da autoria de: Fallou. T, Cmdt da equipa AKS

Introduçao Primeiro que tudo, devo esclarecer que este “mini-curso” se trata de uma adaptação

Introduçao Primeiro que tudo, devo esclarecer que este “mini-curso” se trata de uma adaptação de tácticas e conhecimentos de snipers verdadeiros para a realidade do airsoft. Partilho aqui também as minhas experiências e opiniões pessoais. Uma vez que não sou o sniper de airsoft mais experiente muito menos o mais “antigo”, deverão ler este documento com a simples intenção de se inspirarem para experimentar as vossa próprias “fórmulas para o sucesso” e para saberem que perguntas fazer a outros colegas snipers.

Introduçao Uma última nota: A minha réplica de sniper encontra-se precisamente a 375 fps

Introduçao Uma última nota: A minha réplica de sniper encontra-se precisamente a 375 fps e por isso algumas das informações ou estratégias aqui apresentadas poderão não ser as melhores para quem tenciona usar outros valores de potência nas suas réplicas

O que é um sniper no airsoft? A meu ver o sniper é aquele

O que é um sniper no airsoft? A meu ver o sniper é aquele que embora esteja consciente das limitações em termos de alcance e precisão às quais uma réplica está sujeita, abraça esta filosofia de jogo e força as leis da física, da psicologia e da probabilidade a fluirem a seu favor. O sniper, tanto na realidade como no airsoft é uma pessoa extremamente dedicada que estará disposta a incansáveis horas de treino e de medições de dados e a filosofar sobre a melhor maneira de melhorar o seu desempenho pessoal. É a busca incessante de aprender a estar no local certo, na hora certa, com o equipamento certo.

Um pouco de filosofia -Se um sniper real disparar a um alvo a 2,

Um pouco de filosofia -Se um sniper real disparar a um alvo a 2, 400 m de distancia sem fazer nenhum desconto, o projectil cairá 45 m abaixo do alvo e a algumas dezenas de metros ao lado, conforme o vento. -Se esse sniper considerar os efeitos da gravidade e do vento, acertará num raio de 3 m em torno do alvo. -Se considerar gravidade, vento, o declive, a humidade e temperatura do ar, é possivel que acerte no alvo. -Se considerar gravidade, vento, o declive, humidade e temperatura do ar, temperatura da munição, efeito de coriolis, é capaz de acertar aproximadamente onde quer. -Se considerasse todas as variáveis da natureza com valores de 20 casas decimais (ex: Temperatura = 32, 349237123. . . ºC em vez de 32ºC) conseguiria acertar num alvo do tamanho de uma moeda à distancia máxima a que o projectil chegaria disparado a 45º (Bem mais de 2. 400 m) Conclusão: Existe e existirá sempre mais uma variável e mais uma casa decimal a acrescentar para que o resultado fosse perfeito e previsivel. Por isso, mãos à obra, vamos começar a desbastar as variáveis que estão ao nosso alcance.

Missões de Sniper O que faz exactamente um sniper? Pessoalmente, penso que o sniper

Missões de Sniper O que faz exactamente um sniper? Pessoalmente, penso que o sniper no airsoft nao se pode resumir ao tipo que se mete em cima dum monte longe de tudo e todos e passa o dia a apanhar alvos desprevenidos. Devido a limitações tácticas e físicas, o Sniper do airsoft deverá ser um autentico “Ninja” do teatro de operações. Isto significa que o sniper deverá estar preparado para largar a sua sniper, agarrar na sua arma de backup e usar a sua perícia na arte da camuflagem e infiltração para penetrar as linhas inimigas e conseguir objectivos inalcansáveis por outro tipo de unidades. O sniper é o que é porque: -Tem paciência infinita -Tem alcance e precisão superior -É “invisível” -É silencioso Logo, está talhado para: Reccon Assassinatos Fogo de cobertura Infiltrações Emboscadas

Escolher a réplica Podemos considerar que existem 4 tipos de snipers no airsoft: -As

Escolher a réplica Podemos considerar que existem 4 tipos de snipers no airsoft: -As Snipers Springer -As Snipers a Gas -As Snipers AEG -As AEGs adaptadas a sniping Cada uma destas tem as suas vantagens e desvantagens.

Snipers de Mola Na minha opinião pessoal, as snipers de mola são as que

Snipers de Mola Na minha opinião pessoal, as snipers de mola são as que melhor resultados trazem ao sniper. O seu mecanismo simples garante não só uma manutenção mais simples como também tiros sempre com a mesma potencia, relativamente silenciosos e muito consistentes. Para não mencionar quem procura o verdadeiro “feeling” de sniper procurará uma arma de boltaction. Pros: -Arma de ferrolho (Para os amantes do sniping tradicional) -Tiros consistentes (sempre com a mesma potencia e distribuição do ar) -Nao usa bateria ou gás -A potência não varia de maneira observável com a temperatura ambiente -Fáceis de limpar e desmontar -Tiros “secos” e na maíoria das réplicas, silenciosos Contras: -Lenta cadência de tiro -Puxar o ferrolho atrás requer um movimento vigoroso e consequentemente pouco furtivo -Para ter mais ou menos potência temos de trocar a mola, o que pode levar alguns minutos -Para dar mais potência à réplica é necessário investir bastante em peças de reforço

Snipers a Gas As snipers a gás sao provavelmente a segunda melhor opção. Pros:

Snipers a Gas As snipers a gás sao provavelmente a segunda melhor opção. Pros: -Arma de ferrolho (para os amantes do sniping tradicional) -Ferrolho muito leve, possibilitando que seja armado discretamente -Tiros silenciosos, na maíoria das réplicas -Facilidade em usar mais ou menos potência (É só trocar de gas) -Facilidade em usar muita potência sem investir em reforços internos Contras: -Lenta cadência de tiro -Necessita de gas para funcionar -A potencia do gas varia muito (temperatura ou quantidade de gas no mag) -A consistencia de tiro é inferior devido ao acima mencionado

Snipers AEG Conheço poucos modelos de snipers AEG. Para ser sincero, a única que

Snipers AEG Conheço poucos modelos de snipers AEG. Para ser sincero, a única que conheço que se encaixa nesta categoria é a P-SG 1. Pros: -Tiro exclusivamente em semi-auto (bom compromisso entre “pica” e desempenho) -Tiros silenciosos e “secos” (devido ao sistema de motor invertido) -Precisão considerável devido a um grande cano e a ter sido desenhada para ser uma arma de sniping. Contras: -Requer o uso de bateria -Não atinge a mesma precisão que uma bolt-action de mola -Requer investimento considerável para lhe aumentar a potência

AEGs adaptadas a Sniping Existem muitas réplicas que são normalmente utilizadas como snipers: M

AEGs adaptadas a Sniping Existem muitas réplicas que são normalmente utilizadas como snipers: M 14, G 3 -SG 1, SR 25, etc. . . Pros: -Cadencia de tiro muito elevada Contras: -Disparos barulhentos e longos (O barulho e o tempo da mola a “armar”). -Disparos menos consistentes, mesmo em armas altamente kitadas. -Requerem investimento elevado para se lhes aumentar a potencia.

Conclusões tiradas A minha opinião pessoal aqui é invariável: Digam o que disserem, ainda

Conclusões tiradas A minha opinião pessoal aqui é invariável: Digam o que disserem, ainda nao vi uma Sniper AEG ou uma AEG adaptada que tenha o mesmo alcance e precisão que uma sniper de mola (estou a falar de armas com iguais FPS e todas elas com muitos upgrades de performance. ) Lembrem-se da conversa das variáveis infinitas. . . São essas variáveis misteriosas que fazem com que as armas de mola sejam as mais precisas. No outro extremo temos as AEGs adaptadas. Na minha opinião, fazem excelentes armas para o Spotter ou excelentes armas de supressão “cirurgica”, mas não são armas de sniping. Isto porque numa situaçao real (de airsoft) eu simplesmente não confiaria a missão de abater um alvo a 60 m silenciosamente a uma AEG a 350 fps mas a um sniper de mola ou gas a 375 fps confiaria sem pestanejar (e não, não é pelos míseros 25 fps de diferença!).

Potencias Tabela de potencias/fps/gramagens 2. 31 Joule = 500 fps com. 20 2. 31

Potencias Tabela de potencias/fps/gramagens 2. 31 Joule = 500 fps com. 20 2. 31 Joule = 410 fps com. 30 2. 31 Joule = 373 fps com. 36 2. 31 Joule = 341 fps com. 43 1. 3 Joule = 374 fps com. 20 1. 3 Joule = 335 fps com. 25 1. 3 Joule = 306 fps com. 30

Munição É aqui que começamos a tentar fazer as leis da física a nossa

Munição É aqui que começamos a tentar fazer as leis da física a nossa favor. Para cada potência, existe uma munição com o peso ideal. Pela observação que tenho feito, e por mais curioso que pareça, a velocidade da BB nao deve mesmo ultrapassar os 375 fps. (seja qual for a gramagem). BBs de. 20 a mais de 375 fps vão aos S’s BBs de. 25 a mais de 375 fps vão aos S’s BBs de. 30 a mais de 375 fps vão aos S’s Ou seja, se tiverem uma réplica que com 0. 20 marque 500 fps, então deverão usar uma gramagem que faça a BB saír do cano a menos de 375 fps. (neste caso, algo mais pesado que. 36) Da mesma forma, se a vossa réplica marcar 374 fps com. 20, deverão usar. 25 ou. 30. Nota importante: Não olhem para a tabela dos FPS e pensem que 306 fps é uma miséria para uma sniper. Não se esqueçam que estão a disparar BBs que são 150% mais pesadas que as AEGs “normais”. Isso significa que as vossas BBs demorarão muito mais tempo a perder esses 306 fps do que as. 20 das AEGs demorarão a perder os 350 fps (se tiverem kitadas ao extremo). Isso darvos-á maior alcance e muito maior precisão. Como disse no início, temos que obrigar as leis da física a nossa favor.

Munição A escolha da marca é também importante. Lá porque compraram uma marca qualquer

Munição A escolha da marca é também importante. Lá porque compraram uma marca qualquer que nunca deu problemas e acertam numa folha A 4 a 40 m, nao quer dizer que estejam a usar as BBs perfeitas para a vossa réplica. A única maneira de saberem se estão a usar as melhores BBs para a vossa réplica é compararem com outras sempre que possam (peçam 10 ou 12 BBs a um jogador que use outra marca e testem). Lógico que se tiverem uma arma com um bom cano, bom hopup, sem fugas, e possivelmente com mais uns quantos upgrades, isso influenciará drasticamente o desempenho das BBs. Estarão a usar as BB correctas quando: -As BBs caírem todas à mesma distancia (significa que têm pesos muito similares e diametros quase iguais. . . o que por vezes nao acontece) -Conseguir ter precisão horizontal para acertar num alvo praticamente no limite do alcance (esta tem de ser testada em ambiente totalmente fechado) -A cerca de 70 -80% do alcance máximo a BB nao fazer desvios “estranhos”. Lembrem-se que nem sempre o barato sai caro e o caro é de confiança Só experimentando.

Hopup Esta pecinha milagrosa é muito frequentemente mal usada. O hopup é algo que

Hopup Esta pecinha milagrosa é muito frequentemente mal usada. O hopup é algo que deve ser regulado todos os jogos, e preferencialmente várias vezes ao longo do jogo. Principalmente se as condições atmosférias mudarem. As condições climatéricas influenciam em muito o efeito do hopup, mas pouca gente parece aperceber-se disso. Muito muito basicamente, o hopup é uma pecinha da arma que faz as BBs rodarem para trás muito rapidamente, quando são disparadas. Essa rotação elevadíssima, em contacto com a densidade do ar, faz com que a BB contrarie a força da gravidade: A azul temos a força de ascenção gerada pelo efeito do hopup, e a vermelho, a força exercida pela gravidade.

O Hopup estará perfeitamente "calibrado" se ao longo da zona fulcral do percurso da

O Hopup estará perfeitamente "calibrado" se ao longo da zona fulcral do percurso da BB, a aceleração de ascenção for precisamente igual à aceleração descendente exercida pela gravidade (cerca de 9, 8 m/s 2) Logicamente, e como todos sabem, se o efeito de hopup estiver demasiadamente intenso, a BB roda mais depressa, e ultrapassa os 9, 8 m/s 2 da gravidade, o que fará a BB subir. Agora para explicar o problema, digamos que aqui na rua, para o efeito de hopup gerar precisamente 9, 8 m/s 2 de aceleração ascencional, a BB tem que rodar 100 vezes por segundo. Até aqui tudo bem. Eu fixo o hopup com cola, a gerar as tais 100 rotações por segundo, e nunca mais precisaria de mexer no hopup. . . Está mal. Se eu sair daqui do meu planalto de Santarém e fôr jogar à Serra da estrela (como já fiz, aliás) a BB que eu disparar vai voar 30 m e vai cair no chão. Porque? Porque a força de ascenção criada pelo hopup, provem directamente do contacto da rotação da BB com a atmosfera, e sua densidade, logo, na serra da estrela, ou num dia muito quente, as 100 rotações por minuto não serão suficientes para eu atingir os 9, 8 m/s 2 de aceleração ascencional. Ainda mais comum, se estiver enublado e tempo de chuva, as 100 rotações por minuto vão-me produzir demasiada força ascencional, e a BB vai subir. Isto porque a densidade atmosférica é mais elevada nesse clima. O hopup deverá ser regulado partindo do máximo e ir baixando gradualmente até se estar satisfeito com a trajectória da BB. Pessoalmente, costumo por o meu hopup ligeiramente acima do “ideal”, o que me garante mais 4 ou 5 metros de alcance útil (explicarei mais à frente o porquê disto).

Miras Ópticas Peça fundamental e característica de qualquer sniper. Nem vale a pena dizer

Miras Ópticas Peça fundamental e característica de qualquer sniper. Nem vale a pena dizer mais nada de introdução. Existem variadas marcas e variados modelos. Normalmente deparamo-nos com modelos com nomes do género: 3~9 x 40 RI Amplificações Ou Caracteristicas adicionais Diametro da lente 5 x 32 A ampliação é a quantidade de vezes que a imagem nos aparece ampliada e a abertuda da lente oferece-nos um campo de visão maior ou menor, quando olhamos pela mira. As características secundárias como a rectro-iluminação são de utilidade questionável, se por um lado nos permitem ver a “mira” de noite, por outro desabituam o olho director da escuridão. . . venha o diabo e escolha. Uma ampliação de 4 ou de 5 é a ideal para o sniping de airsoft, na minha opinião. Mais que 6 começa a ser demasiado para as distancias a que disparamos. Um scope de 3~9 tem a vantagem de permitir usar 4 ou 5 para disparar e 9 para observar o terreno a longas distancias. A abertura da lente é muito importante para garantir uma boa area de visão. Recusem-se a usar seja o que for com menos de 32 mm. O ideal é 40 mm para cima.

Olho director Quase todos nós seguramos o punho da arma com a mão direita

Olho director Quase todos nós seguramos o punho da arma com a mão direita e usamos o olho direito para mirar o alvo. Os canhotos, logicamente, usarão a mao esquerda e o olho esquerdo. No entanto existem casos em que uma pessoa canhota tem o olho director direito, e uma pessoa destra tem o olho director esquerdo. Isto poderá influenciar drasticamente o desempenho dessa pessoa como atirador. A solução passa por treinar a mão do lado do olho director a segurar a arma ou a calibrar e operar o scope de maneira muito mais cuidadosa. Para descobrirem qual é o vosso olho director, façam um buraco do tamanho pouco maior que uma moeda de 50 cents num papel. Agarrem no papel com ambas as mão e estendam os braços totalmente. Com ambos os olhos abertos, tentem visualizar um objecto qualquer através do buraco. Pode ser algo distante ou próximo, desde que o vejam claramente através do buraco. Agora fechem apenas o olho esquerdo, depois apenas o direito. Supostamente, quando o vosso olho director estiver aberto, o objecto continua dentro do buraco, mas quando o fecham, o buraco parece que muda de sítio e já nao está a focar o objecto.

Montando o scope O scope pode ser montado a várias distancias da coronha, ao

Montando o scope O scope pode ser montado a várias distancias da coronha, ao longo de todo o rail superior da réplica. Essa distancia deve ser testada pela pessoa que irá utilizar a arma, e deverá garantir que o olho encontrar-se-á à distancia correcta do scope quando a coronha estiver bem apoiada contra o corpo e numa posição “confortável”. Para tal, façam o seguinte: Fechem os olhos e coloquem a réplica em posição de disparo. Certifiquem-se que a réplica está bem apoiada no ombro e que têm a cabeça confortavelmente inclinada antes de abrir o olho. Quando abrirem o olho, vejam se a mira ficou demasiado longe ou demasiado perto. (demasiadamente longe irá criar um efeito de “tunel” dentro da mira e demasiadamente perto irá criar umas “sombras” dentro da mira).

Usando o Scope A imagem abaixo representa um scope mal observado. Se olharem com

Usando o Scope A imagem abaixo representa um scope mal observado. Se olharem com atenção reparam que o centro da mira está ligeiramente desviado para baixo e muito ligeiramente para a direita. Isto deve-se a uma incorrecta posição por parte do observador. Se efectuasse o disparo nestas condições, o projectil iria desviar ainda mais para a direita e para baixo.

Calibrar a Mira Óptica Nao basta colocar um “scope” na arma para ter precisão.

Calibrar a Mira Óptica Nao basta colocar um “scope” na arma para ter precisão. Temos obviamente de o calibrar para o nosso olho e para o “zero” que pretendemos. O “zero” de uma mira óptica é o ponto em que o projectil passa precisamente no centro na mira. No caso das armas reais, passa-se mais ou menos isto: Zero a 1000 m Zero involuntário Zero pretendido Numa arma real, o projectil descreve um arco, por isso é que se vê os snipers reais a rodarem os ajustes verticais e horizontais das suas armas sempre que fazem um tiro. O que eles estão a fazer é a garantir que o “zero” da arma se encontra na distancia à qual está o alvo. Se não fizessem isto, teriam que efectuar o disparo apontando o centro da mira muitos metros acima do alvo. Se por algum motivo tivermos de remover o scope da arma, teremos novamente de o calibrar pois por vezes uma torção milimétrica nos mounts ou rails poderão fazer centímetros de diferença a 60 ou mais metros. Felizmente (ou não) as BBs descrevem uma trajectória praticamente recta, o que nos permite determinar um zero a uma certa distancia e a fazer pequenas correcções “a olho” quando o alvo está mais longe ou mais perto que essa distancia.

Para calibrar, o scope têm 2 “roscas”. A de cima diz “up”, se rodarem

Para calibrar, o scope têm 2 “roscas”. A de cima diz “up”, se rodarem nesse sentido estarão a subir o ponto de impacto relativamente à mira. Na lateral têm um “R” de Right (direita) ou um “L” de left (esquerda). Ao rodarem a rosca no sentido da esquerda farão o ponto de impacto mover-se para a equerda, relativamente ao centro da mira. Embora possa variar, a maíoria dos scopes usados no airsoft têm uma afinaçao de ¼ MOA (minute of angle) por click. Isto significa que cada “click” na rosca irá corrigir o ponto de impacto cerca de 0. 36 cm a 50 m e 0. 72 cm a 100 m.

O ponto para o qual se calibra o zero deverá ser a uma distancia

O ponto para o qual se calibra o zero deverá ser a uma distancia a que a arma seja eficientemente precisa e, na minha opinião, o mais longe possível. Costumo regular o meu hopup ligeiramente acima do ponto ideal precisamente por isto (trajectoria ideal da BB a azul, trajectoria da minha réplica a vermelho) A cruz vermelha indica o meu zero, e a cruz azul indica o zero que eu escolheria se usasse uma regulação de hopup “normal”. Uso este tipo de regulação por 2 motivos: O 1º é que aquela ligeira subida no final já se encontra nos meus cálculos e não vai ser por isso que vou falhar o alvo. A vantagem é que me dá mais 4 ou 5 metros de alcance efectivo (enquanto for a subir, nao vai a perder precisão e força) O 2º é que o cano está cerca de 6 -7 cm abaixo do centro da mira, logo, calibrando o zero para a máxima distancia e máxima altura, garanto que todos os tiros abaixo dessa distancia sejam praticamente coincidentes com a trajectória da BB (Menos de 6 cm de diferença, e quanto mais longe, mais perto do centro da mira).

Aprender a disparar Devido a dispararmos a menores distancias e não estarmos sujeitos ao

Aprender a disparar Devido a dispararmos a menores distancias e não estarmos sujeitos ao “coice” da arma, podemos por vezes descorar o postura quando efectuamos um disparo. Na busca pelos tiros perfeitos, no entanto, não devemos deixar estes factores ao acaso. Para disparar a réplica devemos garantir sempre que o nosso corpo se encontra sob a menor “tensão” possivel. Isto consegue-se ao adoptar uma posição que possibilite o apoio sobre os ossos e nao sobre os musculos

Os musculos do corpo deverão estar relaxados e a altura ideal para efectuar o

Os musculos do corpo deverão estar relaxados e a altura ideal para efectuar o disparo derverá ser entre a pausa de 3 -5 segundos entre expiração e inspiração. Essa pausa “natural” poderá ser prolongada até 10 segundos, sem prejuizos de concentração ou controle muscular. Se o tempo necessário para efectuar o disparo ultrapasse os 10 segundos, o atirador deverá tornar e inspirar e expirar e tentar novamente na próxima pausa natural de respiração. Este processo garante a total descontracção dos musculos toraxicos e do diafragma, que podem causar tremores ao atirador

Outras posições de disparo

Outras posições de disparo

Variáveis O vento deve ser talvez a variável mais aborrecida com que nos depararemos

Variáveis O vento deve ser talvez a variável mais aborrecida com que nos depararemos no teatro de operações. Mesmo usando BBs muito pesadas, uma simples brisa poderá desviar a BB vários metros, num disparo a mais de 50 metros. Aqui a solução só pode passar por: -Usar BBs pesadas -Escolher locais a favor do vento ou mesmo de frente para o vento (antes de frente que de lado!) -Fazer tiros-teste para ver quanto desconto é necessário dar (Explico mais à frente isso dos tiros-teste) O vento, tem ainda assim 1 truque. Saibam que o vento actua de forma exponencial. Mais ou menos assim: Vento Isto significa que a variação não é constante, e que a poucos metros o vento mal afecta a trajectória, mas a partir de determinada distancia fará a BB desviar-se rapidamente na direcção do mesmo.

Alvos em movimento podem também ser uma valente chatísse. Aqui poderemos tentar uma de

Alvos em movimento podem também ser uma valente chatísse. Aqui poderemos tentar uma de várias técnicas: 1º - Adivinharmos de onde vem o inimigo e colocarmo-nos de forma a minimizar o angulo entre a nossa linha de tiro e a sua trajectória 30º 80º Mau Posicionamento Melhor Posicionamento 2º - Adivinhando que o inimigo nao vai parar de mover-se, escolher um ponto-alvo alguns metros à frente do caminho do inimigo, concentrar-mo-nos em efectuar o disparo nesse ponto, e dispararmos quando tivermos “o feeling” que a BB demorará a chegar ao ponto-alvo precisamente o mesmo tempo que o inimigo demorará a passar à frente do alvo. 3º - Adivinhando que o inimigo irá cessar o movimento, mesmo que por breves momentos, seguilo sempre debaixo de mira e disparar assim que ele detiver a sua marcha

Todas estas adivinhações não são bruxedo nem magia negra. Existem vários indícios que nos

Todas estas adivinhações não são bruxedo nem magia negra. Existem vários indícios que nos poderão informar de onde virá o inimigo (posicionamento das bases e existência de estradas, por exemplo) e também ha varios indicadores de como irá decorrer o trajecto do inimigo: Exemplos: -Se o inimigo estiver a fugir de algo, é natural que não siga uma linha recta, portanto mais vale aguardar que ele pare (técnica 3) ou apontar para o local mais óbvio para onde ele se tentará refugiar (técnica 2) -Se o inimigo vai descontraído, deveremos tentar prever para onde se dirige (ha destinos lógicos, dependendo do terreno) e determinar a sua trajectória provavel tendo em conta os obstáculos no terreno (tecnica 2) -Se o inimigo vier com muita cautela, é possível que tente desviar-se da BB depois de ouvir o disparo, aí podemos não disparar para nao comprometer a posição ou então adivinhar muito bem para que lado irá ele desviar-se e quantos metros (mais uma vez tendo em conta os obstáculos do terreno e usando a psicologia básica para antever a sua reacção. )

Nestas áreas da adivinhação e do bruxedo conta muito “o feeling” que só será

Nestas áreas da adivinhação e do bruxedo conta muito “o feeling” que só será adquirido depois de se conhecer muito bem a arma que se tem na mão e se efectuarem muuuitos disparos com as mesmas BBs e configurações do scope. É uma ciência como qualquer outra! Se nos concentrarmos em tudo aquilo que nos rodeia apercebemo-nos que ha várias coisas a ajudar-nos. O barulho do vento a passar na copa das árvores indica-nos a chegada ou o final de uma rajada, a postura do alvo diz-nos quão depressa irá reagir ao nosso disparo, o seu equipamento dirnos-à se vai tentar carregar sobre nós, flanquear, fugir ou pedir ajuda, etc. Basta estar atentos

Importancia do Spotter O Spotter é, simplificando, o melhor amigo do sniper. O Spotter

Importancia do Spotter O Spotter é, simplificando, o melhor amigo do sniper. O Spotter é responsável muitas das vezes por ajudar o sniper após detecção, carregar aquilo que o sniper nao pode carregar devido ao ghillie, observar aquilo que o sniper nao pode observar por estar escondido ou a focar alvos, corrigir a camuflagem do sniper, etc. Imaginem-se escondidos no sítio perfeito, completamente camuflados, mas com um angulo de visão de apenas 30º para a vossa frente. Quanto não dariam para ter um tipo 5 m ao vosso lado, com uns binóculos, com angulo de visão de 360º, para vos informar daquilo que se passa? Lembrem-se que o spotter uma vez que nao está a empunhar a arma, consegue esconder-se muito melhor que o sniper, mantendo no entanto uma ampla visão sobre o teatro de operações. (Os snipers de airsoft muitas vezes encontram sítios excelentes mas qualquer ervita ou ramo à frente do cano impossibilita o disparo).

A arma do spotter deverá ser aquela que melhor se adaptar ao terreno e

A arma do spotter deverá ser aquela que melhor se adaptar ao terreno e posição do ponto de observação. Se o binómio sniper/spotter estiver no cimo de um monte, provavelmente o ideal seria uma arma de grande poder de fogo, para cobrir a retirada dos 2 se forem detectados. (Supressora ou m 203 por exemplo) Se por outro lado for um matagal denso, se calhar uma arma mais ligeira que permita uma fuga mais rápida, seria o ideal. Também depende do número de inimigos que se espera encontrar e dispersão dos mesmos.

Ghillies Os fatos ghillies podem ser instrumentos muito úteis para o sniper, mas têm

Ghillies Os fatos ghillies podem ser instrumentos muito úteis para o sniper, mas têm de ser usados com cabeça. A fuga através de mato denso com um ghillie vestido é praticamente impossível (a menos que se queira destruir o ghillie) e a mobilidade geral é seriamente afectada. Cada um terá de descobrir aquilo que se adapta melhot a si. Pessoalmente, prefiro um ghillie-manta que me cubra cabeça, tronco, braços e parte das pernas. É um bom compromisso entre mobilidade e camuflagem, e tem a vantagem de me permitir usar colete por baixo do ghillie (Ao qual consigo facilmente aceder. . é só levantar a manta).

Mapas, desenhos, esquemas É importante que o sniper traga sempre consigo material de registo

Mapas, desenhos, esquemas É importante que o sniper traga sempre consigo material de registo de dados. 1º, porque as suas missões de reccon deverão ser bem documentadas para serem posteriormente analizadas no QG. 2º, porque o sniper terá muitas vezes de estabelecer um posto de observação (PO) e o desenho de um “croqui” ajuda-lo-á a efectuar tiros de teste, para se preparar para quando avistar um inimigo. Eu pelo menos farto-me de fazer disparos de teste sempre que a situação me permite. Para calibrar o hopup para a situação climatérica, para ver o alcance efectivo que tenho naquele momento e naquele local, para me aperceber dos descontos do vento quando disparo para cada local, etc.

Exemplo de croqui militar:

Exemplo de croqui militar:

A interpretação das marcações a vermelho é muito simples. Ex: 80% 40 cm D

A interpretação das marcações a vermelho é muito simples. Ex: 80% 40 cm D Significa simplesmente que considero ter uma chance de 80% de acertar à primeira num alvo estático do tamanho de um torso humano e que terei de apontar (colocar o centro da mira) 40 cm à Direita do ponto onde desejo que ocorra o impacto (devido ao vento).

Agradeciementos Bom, foi uma modesta apresentação de informação que poderão achar ou não util.

Agradeciementos Bom, foi uma modesta apresentação de informação que poderão achar ou não util. Queria agradecer especialmente ao José Inácio por me ter enviado o manual dos USMC snipers que me inspirou a fazer esta apresentação. Os meus agradecimentos também para o See. KND, o Vassago, o Sniper_Ghost, o Johnny English, o Berzerker, o Sliced. Vomit e o Blackwolf que me ensinaram tudo o que sei de sniping e me ajudaram a ter o material que tenho para o meu “ofício”. Um abraço a todos. -Fallou. T, Cmdt da equipa AKS