mile Durkheim Aula 1 mile Durkheim 1858 1917

Émile Durkheim- Aula 1

Émile Durkheim (1858 -1917) Durkheim vem de uma tradição de judeus rabinos e refutou a tradição familiar para seguir a carreira de professor Nasceu na fronteira com Alemanha e testemunha os conflitos entre alemães e franceses no século XIX Em 1885, decidiu sair para a Alemanha, onde, por dois anos, estudou sociologia em Marburgo, Berlim e Leipzig Ele se sente como um intelectual com obrigação de constituir a república Francesa. É uma figura preocupada com a consolidação de uma comunidade política

Ele acreditava ser necessário descobrir novas fontes de solidariedade e de consenso entre os membros da sociedade para fortalecer sua coesão. Durkheim foi um liberal democrata que via na Revolução Francesa não como algo totalmente maléfico (que é a interpretação conservadora desse acontecimento), nem uma ilusão falsa (a interpretação radical), mas, refletia como a grande promessa a ser completada. Ou seja, Durkheim não é um revolucionário disposto a levar à frente os ideais revolucionários de 1789, mas de inserir certos ideais iluministas na exaltação do individualismo moral (TIRYAKIAN, 1980, p. 256).

O indivíduo e a modernidade A Revolução Francesa foi um dos grandes eventos históricos que colaboraram para a difusão das noções de igualdade e individualidade. A partir de seus ideais, indivíduos e grupos passaram a reivindicar a igualdade entre os indivíduos

Neoliberalismo e a cultura do individualismo Margareth Thatcher "Não existe essa coisa de sociedade, o que há e sempre haverá são indivíduos. “

Soberania do indivíduo

Ele propõe método e objeto da sociologia Ele procura avançar a proposta de Auguste Comte, que criou o termo sociologia, mas não pensou estratégias para instrumentalização de um campo conhecimento. O Comte tinha uma análise das ideias, mas não de fatos concretos como o fato social. Tanto Comte quanto Spencer A sociedade é mais do que a soma de indivíduos. O coletivo deve se distinguir dos fenômenos psicológicos, ir além da dimensão dos indivíduos

Ponto de partida de Émile Durkheim parte da ideia de que as sociedades são estruturadas por laços de solidariedade, identificar o conjunto de regras que ordenam e organizam um determinado grupo é o papel da sociologia.

Caráter da coerção

Como a coerção afeta o indivíduo

Tipos de coerção Coerção pela lei Coerção social

Exterioridade EXTERIORIDADE: A segunda característica dos fatos sociais é que eles são exteriores e superiores a nós. Podemos exemplificar com as diversas leis, portarias, decretos, etc. além disso, temos a influência das religiões e a mídia em geral com sua forte influência sobre a vida da população (em geral alienada), tais como a música, a televisão, os filmes, as novelas, a propaganda, internet, etc.

Generalidade GENERALIDADE: Os fatos sociais se manifestam através da natureza ou consciência coletiva ou um estado comum ao grupo, a exemplo, os sentimentos e a moral. "É social todo fato que é geral. " A generalidade de um fato social, ou seja, sua unanimidade, é garantia de normalidade na medida em que representa o consenso social, a vontade coletiva, ou o acordo de um grupo a respeito de determinada questão. O normal é aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de ter uma existência tangível.

O indivíduo em Durkheim não é completamente passivo diante da sociedade. Embora seja impossível ignorar o fato social – pois ele é real, e “tudo que é real se impõe”– é possível resistir a ele. Além disso, a coerção não é sempre sentida. O fato social torna-se um hábito, é internalizado, de forma que apenas quando tentamos resistir a ele, sofremos coerção social. O fato social, no entanto, é sempre potencialmente coercitivo.

Definição de fatos sociais

O fato social está presente onde há uma organização definida, é necessário que indivíduos estejam minimamente engajados e articulados em uma instituição para que as relação sociais passem a subordinar as dimensões individuais

1) Maria-vai-com-as-outras: por medo de ficar sozinho na vida, o indivíduo se adéqua ao meio social em que está inserido, fase a fase, pagando o preço que lhe for exigido. Então, se era bonito pagar de cristão quando novo, depois fica complicado quando ninguém à sua volta vive os princípios de outrora. 2) O super-autêntico: é aquela pessoa que não quer ficar perdida no meio do grupo identificada como apenas mais um. Ele adota a postura oposta e cria suas próprias linhas de raciocínio e estilo de vida. Tive um professor que durante parte da vida entendeu que não tinha que dormir à noite e ficar acordado durante o dia só porque todo mundo faz isto. Ele parou de andar com os amigos da sua rua, que não acompanhavam sua brilhante mente e passou a viver em isolamento voluntário. Não preciso dizer que deu errado né?

Exemplo -torcida

O primeiro da fila

Natal

O que não era coercitivo e passa a ser coercitivo (temas que se transformam em valores

AS MUDANÇAS NA CONSCIÊNCIA COLETIVA: A moral social evolui, provocando, lentamente, mudanças na consciência coletiva, que antes, considerava imoral, reprovável ou criminoso determinados comportamentos. Exemplos: o direito ao emprego para os PNE, os direitos de acessibilidade, o casamento homossexual, a marcha da maconha, o fim da perseguição aos cultos de matriz africana, etc.

Os fatos sociais não são materiais, mas são reais, pois, assim como a natureza, tem influência e orienta as ações dos indivíduos. À medida que um grupo de indivíduos criam e são orientados por representações, possibilita-se ao sociólogo a análise de fatos sociais.

Métodos para análise do Fato Social O pesquisador deve se livrar de noções do senso comum. Este tende a naturalizar alguns fenômenos sociais. A partir da observação de fenômenos generalizantes e exteriores aos indivíduos, vai criar uma série de conceitos científicos

Na teoria de Durkheim há uma margem de autonomia do individuo. Este deve adere a um grupo ou a uma sociedade pois percebe a racionalidade das regras de interação. As suas ações se operam regradas pela moral. Existe, assim, um indivíduo moral. Ele pode questionar as regras desde que compreender os funcionamento delas.