MIGRAO NO FUTEBOL GLOBALIZAO E MULTICULTURALISMO APRESENTADO EM
MIGRAÇÃO NO FUTEBOL: GLOBALIZAÇÃO E MULTICULTURALISMO APRESENTADO EM: Semana de Relações Internacionais da PUC-SP. São Paulo, 25 de outubro de 2018. AUTOR: Guilherme Silva Pires de Freitas Jornalista e mestre em Estudos Culturais pela EACH/USP Site: http: //guilhermefreitasacademico. wordpress. com/
INTRODUÇÃO A motivação desta pesquisa de mestrado surgiu na Copa do Mundo de 2014 quando todas as seleções da União Europeia tinham sem exceção pelo menos um jogador de seu plantel com origem estrangeira ou imigrante. A pesquisa busca portanto, compreender como se deu esse processo de multiculturalismo nas seleções nacionais da UE e quais foram os principais motivos que levaram a termos cada vez mais equipes com estes perfis, além entender os impactos da imigração neste processo e a questão da identidade nacional através do futebol.
HISTÓRICO DAS SELEÇÕES MULTICULTURAIS DE FUTEBOL
HISTÓRICO DAS SELEÇÕES MULTICULTURAIS DE FUTEBOL
HISTÓRICO DAS SELEÇÕES MULTICULTURAIS DE FUTEBOL
RAZÕES PARA O CRESCIMENTO DAS EQUIPES MULTICULTURAIS DE FUTEBOL NA EUROPA 1. Aumento da imigração ao continente e o crescimento destas populações migrantes; 2. Mudanças na legislação de cidadania em alguns países; 3. Maior espaço aos imigrantes através de políticas esportivas e investimento no desenvolvimento do futebol; 4. A globalização cada vez mais agressiva nas ligas europeias.
A LEI BOSMAN Caso C-415/93, Corte Europeia (15/12/1995). Lei que facilitou a livre circulação de atletas de países-membros da União Europeia a partir de 1995 quando entrou em vigor. O jogador belga Marc Jean Bosman, queria se transferir da Bélgica para a França. Porém, seu clube não aceitou liberá-lo e o atleta entrou com uma ação na corte da UE alegando ser impedido de trabalhar mesmo sendo um cidadão europeu. Após a sanção da lei, os clubes puderam contratar qualquer atleta de outro paísmembro da UE e consequentemente internacionalizar seus elencos. Marc Jean Bosman
A REGRA DE NACIONALIDADE DA FIFA Regra “Nationality entitling players to represent more than one Association”, no estatuto da FIFA. Ao contrário de outras federações, a FIFA proíbe que um jogador defenda duas seleções nacionais ao longo da carreira profissional. Os jogadores podem atuar nas seleções de base (sub-15, sub-17, sub-20, etc. . . ) de um país e no profissional em outra. Porém, a mudança é definitiva e após defender uma seleção em partidas internacionais oficiais não podem mais mudar de seleção. Andreas Pereira
SITUAÇÃO ATUAL Karim Benzema O perfil atual dos jogadores são de cada vez mais descendentes nascidos dentro das fronteiras europeias e cada vez menos de imigrantes nascidos em outro país ou naturalizados. Mesmo sendo cidadãos europeus eles ainda sofrem com preconceitos, racismo, xenofobia e islamofobia por parte de setores conservadores. Alguns jogadores não têm receio de assumir suas identidades múltiplas. Sentem-se orgulhosos de suas raízes e por pertencer a diferentes culturas. Mario Balotelli
O QUE ESPERAR PARA O FUTURO? Celia Sasic O multiculturalismo no futebol de seleções também ocorre fora da Europa, principalmente na África onde já existem seleções com muitos jogadores nascidos, criados e formados na Europa. Muitos dos jogadores promissores das seleções de base da Europa são filhos de imigrantes e será cada vez mais comum selecionados nacionais multiculturais no continente. Esse fenômeno também vem se refletindo em seleções femininas, onde jogadoras com esse perfil começam a ganhar maior projeção, mas ainda enfrentam preconceitos. Kalidou Koulibaly
ALGUNS NÚMEROS Crescimento de jogadores multiculturais nas seleções europeias entre as Copas do Mundo de 1990 e 2018: Copa do Mundo de 1990. Total de jogadores multiculturais: 28 Copa do Mundo de 1994. Total de jogadores multiculturais: 28 Copa do Mundo de 1998. Total de jogadores multiculturais: 46 Copa do Mundo de 2002. Total de jogadores multiculturais: 58 Copa do Mundo de 2006. Total de jogadores multiculturais: 74 Copa do Mundo de 2010. Total de jogadores multiculturais: 78 Copa do Mundo de 2014. Total de jogadores multiculturais: 92 Copa do Mundo de 2018. Total de jogadores multiculturais: 114
ALGUNS NÚMEROS Crescimento de jogadores multiculturais nas seleções africanas entre as Copas do Mundo de 1990 e 2018: Copa do Mundo de 1990. Total de jogadores multiculturais: 0 Copa do Mundo de 1994. Total de jogadores multiculturais: 1 Copa do Mundo de 1998. Total de jogadores multiculturais: 8 Copa do Mundo de 2002. Total de jogadores multiculturais: 9 Copa do Mundo de 2006. Total de jogadores multiculturais: 23 Copa do Mundo de 2010. Total de jogadores multiculturais: 27 Copa do Mundo de 2014. Total de jogadores multiculturais: 31 Copa do Mundo de 2018. Total de jogadores multiculturais: 41
CONCLUSÃO Camisa da seleção de Mali e bandeira da França A evolução das equipes multiculturais de futebol na Europa acompanharam e acompanham as transformações das populações com o passar das décadas. As seleções nacionais são um reflexo da sociedade atual desses países. Dos quatro fatores citados nesta pesquisa cada um a sua maneira colaborou para a situação das atuais equipes e todos foram vitais para a formação desses selecionados multiculturais. O esporte é um campo importante para pesquisas em diferentes áreas, entre elas as relações internacionais. Através dele é possível compreender um pouco mais assuntos relacionados a imigração. Putin com a Copa do Mundo
DICAS!!! FILMES E DOCUMENTÁRIOS NO NETFLIX LES BLEUS: UNE AUTRE HISTOIRE DE FRANCE BOLA NO ASFALTO LE K BENZEMA UM DIA INESQUECÍVEL
DICAS!!! LIVROS SOBRE FUTEBOL SOCIOLOGIA DO FUTEBOL GEOPOLITIQUE DU FOOTBALL COMO O FUTEBOL EXPLICA O MUNDO
OBRIGADO! Guilherme Silva Pires de Freitas Jornalista e Mestre em Estudos Culturais pela EACH-USP Dissertação de mestrado “As seleções de futebol multiculturais da União Europeia” Disponível na Biblioteca USP: http: //www. teses. usp. br/teses/disponiveis/100135/tde 25062017 -181056/pt-br. php. Contato: gui_sp_freitas@yahoo. com. br Site: https: //guilhermefreitasacademico. wordpress. com/
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