METODOLOGIA PASTORAL CONTEXTO E AO De fato do

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METODOLOGIA PASTORAL CONTEXTO E AÇÃO “De fato, do mesmo modo que o corpo sem

METODOLOGIA PASTORAL CONTEXTO E AÇÃO “De fato, do mesmo modo que o corpo sem o espírito é cadáver, assim também a fé: sem as obras ela é cadáver” (Tg 2, 26)

n Toda ação humana, enquanto é sempre uma ação pensada, tem, também, uma racionalidade

n Toda ação humana, enquanto é sempre uma ação pensada, tem, também, uma racionalidade própria. Por isso é importante refletir sobre a projeção da ação pastoral ou do estatuto da ação eclesial e de sua implementação.

ALGUMAS BALIZAS PARA UMA AÇÃO PASTORAL PENSADA Superar o amadorismo e o ativismo do

ALGUMAS BALIZAS PARA UMA AÇÃO PASTORAL PENSADA Superar o amadorismo e o ativismo do dia-a-dia n Para evitar a tentação de uma ação sem profissionalismo, pautada pelo voluntarismo, à mercê da demanda do dia. n Para não se perder a capacidade de fazer história. Para não se mergulhar num eterno recomeçar, numa história cíclica, tecida pela rotina da sobrevivência no cotidiano n Sem conhecimento reflexivo/dinâmico do objeto e do método da ação eclesial e do contexto em que ela se dá, corre se o risco de multiplicação de atos isolados.

Somente uma ação pensada nos torna capazes de ver o essencial. n A importância

Somente uma ação pensada nos torna capazes de ver o essencial. n A importância de “COMO PENSAR a ação pastoral n Uma ação pode ser pensada, por exemplo, de forma autoritária n Mais importante é "como" planejar. No campo eclesial, se não for de forma participativa, colegiada, comunitária, no espirito de koinonía que funda a Igreja, o planejamento presta um desserviço ao Reino de Deus, o que é incompatível com a ação pastoral.

O Espírito Santo é protagonista da ação pastoral Da Igreja n A ação pastoral,

O Espírito Santo é protagonista da ação pastoral Da Igreja n A ação pastoral, além da exigência de uma ação pensada, é uma ação rezada. Não há pastoral sem Espírito Santo (EA/, n. 75), da mesma forma que não há planejamento eclesial sem espiritualidade e sem mística. E não há outra forma de fazê lo, a não ser pela oração e pela "retidão de consciência", que consiste em escutar a voz de Deus na oração e na contemplação e, em tudo o que se faz, colocar se na presença dele, para fazer a sua vontade.

O processo é mais importante que os resultados n Na pastoral, enquanto ação da

O processo é mais importante que os resultados n Na pastoral, enquanto ação da Igreja, um bom resultado é sempre fruto de um processo. n O fim não é um plano, mas a comunidade sujeito de uma ação pastoral pensada. O fim está no caminho, no processo, que nunca termina. n O cristão necessita de uma conversão, mas de várias, continuamente. A Igreja não tem necessidade de uma reforma, mas de uma contínua reforma — ecclesíam semper reformanda, diziam os santos Padres.

Planejamento participativo que, por sua vez, promove e aprofunda: n O consenso das diferenças

Planejamento participativo que, por sua vez, promove e aprofunda: n O consenso das diferenças n A autonomia e, ao mesmo tempo, a colegialidade dos diversos níveis de ação e de decisão n O discernimento comunitário

ALGUNS REQUISITOS BÁSICOS PARA UMA AÇÃO PASTORAL PENSADA - Ter um método adequado n

ALGUNS REQUISITOS BÁSICOS PARA UMA AÇÃO PASTORAL PENSADA - Ter um método adequado n Método é caminho para chegar a algum lugar. É meio para alcançar um determinado fim. Um método antievangélico não serve para alcançar um fim evangélico. n A Igreja no Brasil tem adotado o planejamento participativo, cujo ponto de partida é a ação para retornar à ação sob a luz das Escrituras, em vista de uma ação pastoral conseqüente com a realidade que se vive, n O êxito de uma ação pastoral pensada de forma participativa pressupõe três exigências básicas:

1ª exigência: ter os pés no chão n Antes de pensar a ação futura,

1ª exigência: ter os pés no chão n Antes de pensar a ação futura, para que ela seja resposta a perguntas reais, o imperativo é situar se em relação às pessoas, à sociedade, à instituição eclesial n Planejar é, antes de tudo, não ignorar os "novos sinais dos tempos", como diz Santo Domingo. n Os processos ou estão alicerçados sobre a realidade, ou, então, são fogo de palha, que logo se apaga. Sem processos, estamos condenados ao eterno recomeço.

2ª exigência: manter os olhos no horizonte n Os problemas e os desafios que

2ª exigência: manter os olhos no horizonte n Os problemas e os desafios que se apresentam não têm a última palavra. A realidade, por mais contraditória e dura que seja, não nos condena ao derrotismo e ao conformismo. Os que caminham na fé contam com a esperança. Em pastoral, isso significa saber se acompanhado e interpelado por Deus, que vai à frente mostrando o cami nho, em meio à ambigüidade dos acontecimentos e à opacidade dos fatos. n Ter os olhos voltados para o horizonte é condição para sintonizar a utopia do Evangelho e, desde aí, projetar um futuro desejável, na perspectiva do Reino de Deus. Toda visão catastrófica ou retrospectiva da realidade inviabi liza qualquer possibilidade de um processo de planejamento participativo.

3ª exigência: passar do nível teórico ao prático n Num processo de planejamento, os

3ª exigência: passar do nível teórico ao prático n Num processo de planejamento, os pés no chão e o olhar no horizon te precisam encontrar se com as mãos. De nada valem a consciência da realidade e a esperança de que um dia ela pode ser diferente se não são realizadas ações concretas. A passagem do teórico ao prático começa na mente (nível dos conceitos, da mentalidade), passa pelo coração (nível das convicções) e concretiza se com as mãos (nível das habilidades).

ALGUNS PASSOS METODOLÓGICOS IMPORTANTES PARA AÇÃO PASTORAL PENSADA n A ação pastoral, como toda

ALGUNS PASSOS METODOLÓGICOS IMPORTANTES PARA AÇÃO PASTORAL PENSADA n A ação pastoral, como toda e qualquer ação, deve ser levada a cabo tendo se presente dois referenciais: a realidade histórica em que se está inserido e a utopia para a qual se quer redirecionar esta mesma realidade, e um diagnóstico que avalie as possibilidades.

1º Momento: o marco referencial a) Marco da realidade n Por realidade entende se,

1º Momento: o marco referencial a) Marco da realidade n Por realidade entende se, primeiro, a situação social, depois a eclesial, dado que a Igreja está dentro do mundo, sempre procurando ir às causas dos problemas, mais precisamente às causas principais e às causas secundárias, colocando em evidência, sobretudo, suas contradições com a mensagem cristã.

1º Momento: o marco referencial b) Marco doutrinal n Aqui se processa um confronto

1º Momento: o marco referencial b) Marco doutrinal n Aqui se processa um confronto entre revelação e situação n A confrontação entre situação e revelação provoca uma dupla modificação de sentido: Uma novidade de sentido da realidade, pelo impacto, sobre ela, do dado revelado, e, por sua vez, uma novidade de sentido da revelação, pelo impacto, sobre ela, da situação.

1º Momento: o marco referencial n O diagnóstico é o resultado da confrontação entre

1º Momento: o marco referencial n O diagnóstico é o resultado da confrontação entre o marco de realidade e o marco doutrinal, em vista de uma tomada de posição, como cristãos, diante da própria realidade. n Com o diagnóstico, vai se identificar o que constitui impedimento para que "o que somos" (marco de realidade) seja "o queremos ser" (marco doutrinai).

2º Momento: marco operacional n O marco referencial consistiu num processo de reflexão partindo

2º Momento: marco operacional n O marco referencial consistiu num processo de reflexão partindo da ação. O marco operacional consiste em voltar à ação fazendo: n a) Um prognóstico pastoral deve conter: o objetivo geral do plano global e os objetivos específicos, desenhando se o curso de ação. n os critérios de ação, que buscam operacionalizar os objetivos específicos. Eles são de duas ordens: as políticas ou linhas de ação (o modo, as diretrizes, as atitudes ou os princípios orientadores de trabalho, que brotam do marco doutrinai) e as estratégias ou formas de ação (meios de concretização das linhas, que brotam do marco de realidade).

2º Momento: marco operacional b)Programação pastoral n No caminho de volta à ação, o

2º Momento: marco operacional b)Programação pastoral n No caminho de volta à ação, o prognóstico aterrissa na programação pastoral, que se compõe de programas (conjuntos de atividades afins, que conformam campos de ação) e projetos (metas, que concretizam estratégias preestabelecidas).

3º Momento: explicitação do marco organizacional a) Organização institucional n Trata se de repensar

3º Momento: explicitação do marco organizacional a) Organização institucional n Trata se de repensar as estruturas existentes, ou seja, determinar os organismos de globalização (assembléias, conselhos), os mecanismos de coordenação (de serviços e de setores de pastoral, assim como de níveis eclesiais) e a função dos primeiros responsáveis (de serviços, setores e níveis eclesiais), que darão suporte ao novo plano.

3º Momento: explicitação do marco organizacional b) Seguimento ou controle n A execução do

3º Momento: explicitação do marco organizacional b) Seguimento ou controle n A execução do plano, além do suporte institucional, num primeiro momento, precisa de um seguimento na preparação e durante a realização das atividades programadas. Avaliar os erros depois que eles aconteceram não é tudo. É preciso procurar evitá los. Para isso há o seguimento ou controle a ser feito, sobretudo pelos responsáveis das atividades programadas

3º Momento: explicitação do marco organizacional c) Avaliação n Num segundo momento, está a

3º Momento: explicitação do marco organizacional c) Avaliação n Num segundo momento, está a avaliação de uma atividade realizada, de uma parte da programação ou da totalidade de um plano elaborado. Sua finalidade não é fazer ajuste de contas ou uma mera cobrança. Ela tem uma função retroalimentadora, no sentido de aprender com os erros cometidos, registrá los, tê los presentes na elaboração do próximo plano, para evitar os mesmos equívocos no futuro.

n A pastoral como processo implica uma conversão contínua ao modo de ser e

n A pastoral como processo implica uma conversão contínua ao modo de ser e de agir de Jesus. Não há pastoral sem Espírito Santo, portanto sem espiritualidade, sem ter o Espírito dentro de si e sem agir sob o seu dinamismo. A espiritualidade cristã é a alma da pedagogia da ação pastoral.