Medidas de validade de testes diagnsticos Medidas de

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Medidas de validade de testes diagnósticos

Medidas de validade de testes diagnósticos

Medidas de validade: é a comparação da capacidade de um novo teste ou técnica

Medidas de validade: é a comparação da capacidade de um novo teste ou técnica identificar os casos positivos e negativos comparado a um teste ou técnica considerada como padrão. Ex. desenvolve-se nova técnica para medir a concentração de glicose no sangue ou para detectar a presença de HIV os resultados obtidos com a aplicação do novo teste deverá ser comparado aos resultados obtidos no uso de técnica já existente que será considerada como padrão.

Padrão Teste + - a b (a + b) c d (c + d)

Padrão Teste + - a b (a + b) c d (c + d) (a + c) (b + d) (casos) (testes positivos) (testes negativos) n (não-casos) SENSIBILIDADE acurácia na classificação de doentes = a/(a+c) ESPECIFICIDADE acurácia na classificação de não-doentes = d/(b+d)

Modelo para avaliação da validade de um teste diagnóstico. + Padrão - Doentes Sadios

Modelo para avaliação da validade de um teste diagnóstico. + Padrão - Doentes Sadios Total Verdadeiro positivo (a) Falso positivo (b) a+b Falso negativo (c) Verdadeiro negativo (d) c+d a+c b+d N + Teste a+c= total de positivos teste padrão b+d= total de negativos do teste padrão a+b=total de positivos do teste avaliado c+d= total de negativos do teste avaliado N = número total de examinados = a+b+c+d (Total de positivos do teste) (Total de negativos do teste )

Sensibilidade é a capacidade que o teste apresenta de detectar os indivíduos verdadeiramente positivos,

Sensibilidade é a capacidade que o teste apresenta de detectar os indivíduos verdadeiramente positivos, ou seja, a capacidade de detectar os doentes. Sensibilidade = a a+c Especificidade é a capacidade do teste para detectar os verdadeiros negativos. d Especificidade = b+d

Situação ideal: teste com 100% de sensibilidade e especificidade, quando comparado ao padrão Importância

Situação ideal: teste com 100% de sensibilidade e especificidade, quando comparado ao padrão Importância da ALTA SENSIBILIDADE: Em condições com conseqüências graves que se não tratadas precocemente tragam prejuizo. mas que podem ser tratadas com sucesso, ou seja reduz falsos negativos Importância da ALTA ESPECIFICIDADE: condições que implicam em procedimentos invasivos, delicados, caros para confirmar o diagnóstico ou para tratar (evitar falsos positivos)

Exemplo: uma população de 1000 indivíduos dos quais 100 possuem uma doença e 900

Exemplo: uma população de 1000 indivíduos dos quais 100 possuem uma doença e 900 não a possuem Teste + - Verdade + 80 100 180 20 800 820 100 900 1000 • SENSIBILIDADE = 80/100 = 80% • ESPECIFICIDADE = 800/900 = 89%

Valor Preditivo Positivo é a proporção de verdadeiros doentes entre os testes que apresentaram

Valor Preditivo Positivo é a proporção de verdadeiros doentes entre os testes que apresentaram resultado positivo verdadeiros positivos + falsos positivos + Padrão = a a+b - Doentes Não doentes Total + Verdadeiro positivo (a) Falso positivo (b) a+b - Falso negativo (c) Verdadeiro negativo (d) c+d (a+c) (b+d) N Teste (Total Doentes) (Total Não Doente) (Total testes positivos) (Total testes negativos)

Valor Preditivo Negativo é a proporção de não doentes entre os testes com resultado

Valor Preditivo Negativo é a proporção de não doentes entre os testes com resultado negativo verdadeiros negativos = verdadeiros negativos + falsos negativos d c+d Padrão + Teste - Doentes Não Doente Total Verdadeiro positivo (a) Falso positivo (b) (a+b) (Total testes positivos) Falso negativo (c) Verdadeiro negativo (d) (c+d) (Total testes negativos) (a+c ) (b+d ) N (Total Doentes) (Total Não Doente)

Capacidade do teste de identificar corretamente doentes e sadios: Classificação correta ou taxa de

Capacidade do teste de identificar corretamente doentes e sadios: Classificação correta ou taxa de concordância = a+d/N Classificação incorreta = b+c/N + + Teste - Padrão - Doentes Sadios Total Verdadeiro positivo (a) Falso positivo (b) (a+b) (Total testes positivos) Falso negativo (c) Verdadeiro negativo (d) (c+d) (Total testes negativos) (a+c ) (b+d) (Total Doentes) (Total Não Doente) N

Quanto mais sensível um teste, maior seu valor preditivo negativo (maior a segurança de

Quanto mais sensível um teste, maior seu valor preditivo negativo (maior a segurança de que a pessoa com teste negativo não tem a doença) Quanto mais específico um teste, maior seu valor preditivo positivo (maior a segurança de que a pessoa com teste positivo tenha a doença) tem a doença)

A interpretação de um teste, negativo ou positivo, pode variar de um local para

A interpretação de um teste, negativo ou positivo, pode variar de um local para outro, de acordo com a prevalência local da doença.

Teste com 90% de sensibilidade especificidade. População X com prevalência de 5%: VPP: 45/140=32%

Teste com 90% de sensibilidade especificidade. População X com prevalência de 5%: VPP: 45/140=32% VPN: 855/860=99%

Teste com 90% de sensibilidade especificidade. População Y e com prevalência de 30%: VPP:

Teste com 90% de sensibilidade especificidade. População Y e com prevalência de 30%: VPP: 270/340 = 79%↑ VPN: 630/660 = 95%↓

Figura C e D, relação da prevalência com os valores preditivos + Doença +

Figura C e D, relação da prevalência com os valores preditivos + Doença + Teste _ C 250 + Doença 500 250 500 500 1000 + 100 400 500 Teste _ 100 400 500 200 800 1000 Prevalência = 50% Sensibilidade = 50% Especificidade = 50% Prevalência = 20% Sensibilidade = 50% Especificidade = 50% VPP= 250 500 VPP= 100 500 = 50% D = 20%

Figura A e B, relação da especificidade com os valores preditivos + Doença +

Figura A e B, relação da especificidade com os valores preditivos + Doença + Teste _ A 180 20 200 400 580 400 420 800 1000 + + Doença 80 100 180 Teste 100 _ 720 200 820 1000 Prevalência = 20% Sensibilidade = 90% Especificidade = 50% Prevalência = 20% Sensibilidade = 50% Especificidade = 90% VPP= 180 580 VPP= 100 180 = 31% B = 56%

A P=20% S=90% E=50% VPP=31% C P=50% S=50% E=50% VPP=50% B P=20% S=50% E=90%

A P=20% S=90% E=50% VPP=31% C P=50% S=50% E=50% VPP=50% B P=20% S=50% E=90% VPP=56% D P=20% S=50% E=50% VPP=20%

Considere uma distribuição hipotética de resultados de glicemia em população de pessoas sem diabetes

Considere uma distribuição hipotética de resultados de glicemia em população de pessoas sem diabetes e com diabetes:

Elevada Glicemia Baixa

Elevada Glicemia Baixa

Diabéticos Elevada Glicemia Baixa Não Diabéticos

Diabéticos Elevada Glicemia Baixa Não Diabéticos

Diabéticos Não Diabéticos Elevada Glicemia Diab. Não Diab Baixa 17 14 3 6 20

Diabéticos Não Diabéticos Elevada Glicemia Diab. Não Diab Baixa 17 14 3 6 20 20

Diabéticos Não Diabéticos Elevada Glicemia Diab. Não Diab Baixa 5 2 15 18 20

Diabéticos Não Diabéticos Elevada Glicemia Diab. Não Diab Baixa 5 2 15 18 20 20

Contrabalanço entre Sensibilidade e Especificidade no Diagnóstico de Diabete Concentração Glicose no Sangue Especificidade

Contrabalanço entre Sensibilidade e Especificidade no Diagnóstico de Diabete Concentração Glicose no Sangue Especificidade Sensibilidade mg/100 ml % % 70 98, 6 8, 8 80 97, 1 25, 5 90 94, 3 47, 6 100 88, 6 69, 8 110 85, 7 84, 1 120 71, 4 92, 5 130 64, 3 96, 9 140 57, 1 99, 4 150 50, 0 99, 6 160 47, 1 99, 8 170 42, 9 100, 0 180 38, 6 100, 0 190 34, 3 100, 0 200 27, 1 100, 0

§ A curva ROC auxilia a decidir onde se localiza o melhor ponto de

§ A curva ROC auxilia a decidir onde se localiza o melhor ponto de corte. § A não ser que exista uma razão clínica para minimizar resultados falso-negativos ou falsopositivos, o melhor ponto de corte fica no "ombro" da curva.

A escolha entre um ponto de corte alto ou baixo depende da importância que

A escolha entre um ponto de corte alto ou baixo depende da importância que nós damos aos falsos positivos e falsos negativos para a doença em questão

TESTES CONTINUOS Balanço entre sensibilidade e especificidade: É necessário encontrar um ponto de corte

TESTES CONTINUOS Balanço entre sensibilidade e especificidade: É necessário encontrar um ponto de corte que separe normal de anormal.

Testes em série: § Mais barato (apenas os positivos são retestados) § Menor utilização

Testes em série: § Mais barato (apenas os positivos são retestados) § Menor utilização de testes, porque avaliação adicional depende dos resultados anteriores.

Testes em série: § Indicado para testes caros ou arriscados § Demora mais para

Testes em série: § Indicado para testes caros ou arriscados § Demora mais para fazer o diagnóstico Especificidade VPP Sensibilidade VPN

Exemplo: Prevalência de 20%: § teste A: Sensibilidade 80% e Especificidade 90% § teste

Exemplo: Prevalência de 20%: § teste A: Sensibilidade 80% e Especificidade 90% § teste B: Sensibilidade 90% e Especificidade 80%

1ª situação: Prevalência: 20% e 1000 pessoas para 1 o teste Teste A: 240

1ª situação: Prevalência: 20% e 1000 pessoas para 1 o teste Teste A: 240 para fazer segundo teste (S 80% - E 90%) (S 90% - E 80%) VERDADE TESTE + - D+ D- TOTAL 160 80 240 40 TOTAL 200 720 800 760 1000 VERDADE TESTE D+ D- TOTAL + 144 16 160 - 16 64 80 TOTAL 160 80 240

2ª situação Prev: 20% e 1000 pessoas para 1 o teste Teste B 340

2ª situação Prev: 20% e 1000 pessoas para 1 o teste Teste B 340 para fazer teste A (S 90% - E 80%) (S 80% - E 90%) VERDADE D+ D- TOTAL + 180 160 340 - 20 640 800 TESTE TOTAL 200 TESTE D+ D- TOTAL + 144 16 160 660 - 36 144 180 1000 TOTAL 180 160 340

O teste de maior especificidade deve ser feito antes, se outras características são semelhantes.

O teste de maior especificidade deve ser feito antes, se outras características são semelhantes. Número menor será submetido ao novo teste

Avaliação da validade de um exame diagnóstico: resultados da aplicação do teste CAGE em

Avaliação da validade de um exame diagnóstico: resultados da aplicação do teste CAGE em pacientes alcoólicos e nãoalcoólicos de um hospital da cidade de São Paulo. CAGE* Pacientes alcoólicos Pacientes Não-alcoólicos Total Positivo 60 (a) 8 (b) 68 Negativo 8 (c) 38 (d) 46 68 46 114 (N) Total *CAGE positivo: a ocorrência de duas ou mais respostas positivas. Fonte: Jandira Mansur e Maristela G Monteiro, Brazilian Journal of Medical and Biological Reserch 1983; 16: 217. 53

Sensibilidade: a/a+c = 60/60+8= 0, 88 x 100 = 88% Especificidade: d/b+d = 38/8+38=0,

Sensibilidade: a/a+c = 60/60+8= 0, 88 x 100 = 88% Especificidade: d/b+d = 38/8+38=0, 83 x 100 = 83% Valor preditivo positivo: a/a+b = 60/60+8= 0, 88 x 100 = 88% Valor preditivo negativo: d/c+d = 38/8+38=0, 83 x 100 = 83% Classificação correta: a+d/N = 68+38/114 = 0, 14 = 86% Classificação incorreta: b+c/N = 8+8/114 = 0, 14 = 14%

Um estudo de rastreamento para o câncer de cólon está sendo conduzido em Nottingham,

Um estudo de rastreamento para o câncer de cólon está sendo conduzido em Nottingham, Inglaterra. Indivíduos de 50 a 75 anos serão rastreados com o teste Hemoccult. Nesse teste, uma amostra de fezes é testada quando há presença de sangue. O teste de Hemoccult tem sensibilidade de 70% e uma especificidade de 75%. Se Nottingham possui uma prevalência de 120/1. 000 hab para câncer de cólon, qual o valor preditivo positivo do teste?

Doentes Não doentes Total Positivo 84 220 304 Negativo 36 660 696 Total 120

Doentes Não doentes Total Positivo 84 220 304 Negativo 36 660 696 Total 120 880 1000 S= S=70% E=75% VPP=84/304=27, 6%

a. b. c. d. Dois pediatras querem investigar um novo teste laboratorial que identifica

a. b. c. d. Dois pediatras querem investigar um novo teste laboratorial que identifica infecções estreptocócicas. Dr. Kidd usa um teste de cultura padrão, que tem uma sensibilidade de 90% e uma especificidade de 96%. Dr. Childs usa um novo teste, que é 96% sensível e 96% específico. Dr. Kidd identificará corretamente mais pessoas com infecções estreptocócicas do que o Dr. Childs Dr. Kidd identificará corretamente menos pessoas com infecções estreptocócicas do que o Dr. Childs Dr. Kidd identificará corretamente mais pessoas sem infecções estreptocócicas do que o Dr. Childs A prevalência de infecção estreptocócica é necessária para determinar qual pediatra irá identificar corretamente maior número de pessoas com a doença

Dr Kidd Doentes Não doentes Total Positivos 90 4 94 Negativos 10 96 106

Dr Kidd Doentes Não doentes Total Positivos 90 4 94 Negativos 10 96 106 Total 100 200 VPP=95, 7% S=90% E=96%

Dr Childs Doentes Não doentes Total Positivos 96 4 100 Negativos 4 96 100

Dr Childs Doentes Não doentes Total Positivos 96 4 100 Negativos 4 96 100 100 200 Total VPP=96% S=96 E=96

Comentários adicionais sobre validade. Validade externa É uma medida da capacidade de generalização dos

Comentários adicionais sobre validade. Validade externa É uma medida da capacidade de generalização dos resultados obtidos. Depende da amostra utilizada no estudo • População de referência utilizada- representatividade das características da população real.

Dois pediatras querem investigar um novo teste laboratorial que identifica infecções estreptocócicas. Dr. Kidd

Dois pediatras querem investigar um novo teste laboratorial que identifica infecções estreptocócicas. Dr. Kidd usa um teste de cultura padrão, que tem uma sensibilidade de 90% e uma especificidade de 96%. Dr. Childs usa um novo teste, que é 96% sensível e 96% específico. a. Dr. Kidd identificará corretamente mais pessoas com infecções estreptocócicas do que o Dr. Childs b. Dr. Kidd identificará corretamente menos pessoas com infecções estreptocócicas do que o Dr. Childs c. Dr. Kidd identificará corretamente mais pessoas sem infecções estreptocócicas do que o Dr. Childs d. A prevalência de infecção estreptocócica é necessária para determinar qual pediatra irá identificar corretamente maior número de pessoas com a doença

Comentários adicionais sobre validade. Validade Interna Ensaios clínicos – apresentam elevada validade interna dos

Comentários adicionais sobre validade. Validade Interna Ensaios clínicos – apresentam elevada validade interna dos resultados obtidos, devido a randomização (distribuição aleatória dos participantes nos grupos experimental e controle) que possibilita o controle de vieses e do cegamento, que permite o acompanhamento da intervenção sem o conhecimento de quem faz parte do grupo experimental e controle

 • Pereira MG - Epidemiologia – teoria e prática. Guanabara/Koogan. Rio de Janeiro.

• Pereira MG - Epidemiologia – teoria e prática. Guanabara/Koogan. Rio de Janeiro. 1999 • Medronho R e cols-Epidemiologia. Atheneu. Rio de Janeiro. 2002 • Gordis L- Epidemiologia 2ºed Revinter, Rio de Janeiro. 2004

Testes em paralelo: Resultado: pelo menos um positivo Sensibilidade VPN Especificidade VPP

Testes em paralelo: Resultado: pelo menos um positivo Sensibilidade VPN Especificidade VPP

Utilizado quando: § necessidade de abordagem rápida § necessidade de aumentar sensibilidade de teste

Utilizado quando: § necessidade de abordagem rápida § necessidade de aumentar sensibilidade de teste pouco sensível § dificuldade de retorno do paciente § prevalência é alta

Centros de referência: § fazem mais diagnósticos médicos locais § fazem mais positivos diagnósticos

Centros de referência: § fazem mais diagnósticos médicos locais § fazem mais positivos diagnósticos que falso