Medidas de Preveno e Controle de Infeco Hospitalar
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Medidas de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar em Transplantes de Órgãos Sólidos Enf. Daniela Bicudo Angelieri
Prevention of nosocomial infection in solid organ transplantation Murphy OM; Gould FK. J Hosp Infect 1999; 42: 177 -183
Medidas de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar (IH) é a maior causa de morbidade e mortalidade. Infecção Hospitalar doador. flora endógena, flora exógena ou A taxa de infecção hospitalar é determinada: cirurgia; habilidade técnica e presença de dispositivos. J Hosp Infect 1999; 42: 177 -183
Medidas de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar Medidas de prevenção: Isolamento (construção positiva); Medidas básicas de CIH; ventilação com pressão Lavagem das mãos; Cuidados adequado aos dispositivos; Retirada de cateteres Medidas ambientais; Profilaxia antimicrobiana dirigida. J Hosp Infect 1999; 42: 177 -183
Medidas de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar Doador/ Receptor PAS Ambiente
Medidas de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar Receptor Doador Órgão Fatores de Risco Intra-operatório Pós-operatório
Pré - Operatório
Doador Condições infecciosas do doador: - Chagas; - CMV; - Toxoplasmose; - HIV; - HCV/ HBV. O conhecimento da situação infecciosa do doador é fundamental para que a equipe possa traçar medidas profiláticas.
Receptor Fatores relacionados: idade; obesidade; desnutrição; doença severa descompensada; infecção em outro sítio. Quanto melhor o preparo pré-operatório do paciente menor o risco para desenvolver infecção.
Prophylaxis strategies for solidorgan transplantation Rosemary Soave. Clinical Infectious Diseases 2001; 33(Suppl 1): S 26 -31
Profilaxia antimicrobiana A escolha de uma terapia antimicrobiana microbiota residente no sítio do transplante, prevalência de microbiota que causa ISC, antibiótico de acordo com a microbiota da instituição. A terapia antimicrobiana deve ser individualizada para cada tipo de transplante. CID 2001: 33 (Suppl 1): S 26 -31
Profissionais da Área da Saúde • Profissionais devem higienizar as mãos antes e após contato com o paciente. CID 2001: 33 (Suppl 1): S 26 -31
Intra - Operatório
Características da cirurgia Tempo cirúrgico. Potencial de Contaminação Cirúrgica. Pré-Operatório. (ASA) Índice de Risco de Infecção Cirúrgica (IRIC) Am J Med 1991; 91 (Suppl): 3 B-153 S,
Características da cirurgia Variável Peso Atribuído Cirurgia Contaminada ou Infectada 1 ponto Duração > ponto de corte 1 ponto Classificação ASA > = 3 1 ponto
NNIS
Profissionais da Área da Saúde Paramentação Usar máscara cirúrgica, gorro, avental estéril e luvas estéreis. Utilizar avental e campos impermeáveis (resistem a penetração de líquidos). Trocar a paramentação que está visivelmente suja, contaminada e/ou outro fluidos potencialmente infectantes.
Ambiente Manter ventilação com pressão positiva na sala operatória em relação ao corredor ou áreas adjacentes. Manter as portas da sala operatória fechadas, exceto se necessário para passagem de equipamentos, pessoal e paciente.
Órgão Condições do órgão: - Técnica cirúrgica de retirada do órgão; - Condições anatomo-fisiológicas. Condições de transporte do órgão: - Técnica asséptica e de manutenção; - Tempo máximo de retirada/ transporte/ transplante O adequado tratamento e transporte do órgão está diretamente relacionado ao sucesso do programa.
Pós – Operatório
Pós-Operatório Fatores relacionados: Imunossupressão; Uso prolongado de cateteres e cânulas (CVC, SVD e VM); Aquisição de patógenos exógenos (transmissão direta, indireta, gotículas, aerossóis); Técnica cirúrgica.
Incisão cirúrgica Proteger com um curativo estéril por 24 -48 horas após a cirurgia. Lavar as mãos antes e após a troca do curativo e qualquer contato com o sítio cirúrgico.
Ambiente Hospitalar Plantas e flores. Isolamento reverso. Exposição à Legionella. Exposição à Aspergillus. Comunidade Receptor não imune VVZ evitar contato com pessoas com varicela. Infecção respiratória viral, TB e outras doenças. Ferver água por 1 minuto antes do uso. Salmonella, Escherichia coli, vírus Hepatite A. Animais domésticos. CID 2001: 33 (Suppl 1): S 26 -31
The role of gown and glove isolation and strict hanwashing in the reduction of nosocomial infection in children with solid organ transplantation Crit Care Med 2001; 29: 405 -412
Infecção Hospitalar em crianças com Transplante de Órgão Sólido Infecção hospitalar está associada: permanência na UTI, procedimentos invasivos, idade, intervenções cirúrgicas e imunossupressão. • Infecção hospitalar em crianças que recebem drogas imunossupressoras após o transplante continua sendo a maior causa de morbidade e mortalidade. Crit Care Med 2001; 29: 405 -412
Infecção Hospitalar em crianças com Transplante de Órgão Sólido Objetivo Comparar o efeito protetor do uso de aventais e luvas com a recomendação rigorosa da lavagem das mãos. Crit Care Med 2001; 29: 405 -412
Infecção Hospitalar em crianças com Transplante de Órgão Sólido Material e Métodos População incluída: ü Todas as crianças admitidas na UTI após o transplante. ü Reinternação ü O agente de imunossupressão primária utilizada no estudo: Tracolimus e/ou Ciclosporina. População excluída: ü Crianças com infecção ou exposição a varicela. ü Permanência < 48 horas Crit Care Med 2001; 29: 405 -412
Infecção Hospitalar em crianças com Transplante de Órgão Sólido Medida 1: Lavagem das mãos - 15 segundos - clorexidina antes e após o contato; - educação do profissional e - placas informativas. Este grupo utilizou precauções padrão e/ou luva estéril. Medida 2: Utilização de - avental descartável; - luvas de procedimento; - educação e - placas informativas. Crit Care Med 2001; 29: 405 -412
Infecção Hospitalar em crianças com Transplante de Órgão Sólido Conclusão • Não houve diferença significante na taxa de IH entre os grupos (p=0, 4). • Diferença significante (p=0, 0008) na taxa de IH quando comparado com o período pré-estudo.
Dados Nacionais de Transplante de Órgão Sólido
Hospital Israelita Albert Einstein Experiência de dois anos em vigilância epidemiológica de infecções hospitalares em transplantes de órgãos sólidos. Claudia V Silva; Luci Corrêa; Claudia B Dal Forno; Maria Fátima dos Santos Cardoso; Júlia Yaeko Kawagoe; Rosângela Márcia de Almeida; Daniela Bicudo Angelieri; Bartira de Aguiar Roza; Isaura Cris.
Hospital Israelita Albert Einstein • Estudo prospectivo • Duração: Jan/02 a Dez/03.
Hospital Israelita Albert Einstein Foram diagnosticadas 146 IH Hepático. Tipo de doador. 73, 3% em Tx
Hospital Israelita Albert Einstein Tempo Cirúrgico: - NNIS: 6 horas Nossa realidade: Transplante Hepático 08: 50 Transplante Pâncreas-Rim 08: 30 Transplante Pâncreas 05: 30 Transplante Renal 04: 30
Hospital das Clínicas Infecção de sítio cirúrgico (ISC) em pacientes transplantados de fígado: aplicação do componente NNIS para vigilância Araya MES; ABDALA E; Costa SF; Basso M; Medeiros EAS.
Hospital das Clínicas Objetivos Avaliar as taxas de infecção hospitalar (IH) em cirurgia de transplante hepático em relação ao risco cirúrgico e o critério de gravidade (CHILD). Método - O período de estudo foi de 03/03 a 03/04. - Foram acompanhados pela vigilância NNIS componente cirúrgico todos os pacientes até 30 dias após o transplante hepático. - Os pacientes foram classificados pelo critério de gravidade CHILD.
Hospital das Clínicas Resultado 35 transplantes hepáticos distribuídos em: - 33 doadores cadáver (94%); - 27 hepatites crônicas (77, 1%); - 8 hepatites fulminantes ( 22, 9%). Foram encontrados: - IRIC 0 = 2(5, 7%); - IRIC 1 = 17 (48, 5%); - IRIC 2 = 15 (42, 95); - IRIC 3 = 1 (3%).
Hospital das Clínicas A taxa global de IH foi de 51, 4%. - Sítio Cirúrgico de 45, 7%. - Corrente Sanguínea de 22, 8%. CHILD foi avaliado em 22 (62, 9%) dos casos e comparados com o IRIC. Encontramos a seguinte relação: IRIC=0 (1 IH/1 caso); CHILD B (9/17) 52, 9% IRIC=1 (5/12) 41, 6%, CHILD C (3/5) 60%. IRIC=2 (6/9) 66, 6 %;
Hospital das Clínicas Conclusão O IRIC não foi um bom marcador de IH, entretanto a classificação de CHILD mostrou-se uma variável preditiva de IH.
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