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Módulo Saúde – SUAP Registro eletrônico de saúde do IFRN DIGAE- Diretoria de Gestão de Atividades Estudantis GTESS – Grupo de Trabalho e Estudos Setores de Saúde
“Não, não tenho um caminho novo, o que tenho de novo é o jeito de caminhar. ” Thiago de Mello
Pontos abordados Informação em saúde: A importância da informação em saúde; O que é e qual a importância de um sistema de informação em saúde? Por que ter um sistema de informação em saúde para o IFRN? Módulo Saúde – SUAP: O que é? Quais suas funcionalidades e objetivos; Relatórios.
Comunicação e Informação em saúde ü Tempo útil de trabalho: 38% médicos e 50% enfermeiros – comunicação – escrita e falada. ü 35 a 39% dos custos de um hospital são devidos à comunicação – profissional/paciente e profissional/profissional. ü Dos custos em saúde no país, 12 a 45% estão associados ao manuseio da informação. Marin et al, 2010 Informação é essencial em saúde
Dados São descrições de coisas, eventos, conceitos e atividades que, sozinhos, não conseguem se unir e representar algum significado. São a matéria-prima da informação - elementos ou base para a formação de um juízo. (Turba, 2003) Informação Significado que o homem atribui a um determinado dado, por meio de convenções e representações. (Morin, 2001) Conotação de dados agrupados ou processados de forma a possuir significado através de interpretação. (Carvalho e Eduardo, 1998)
Sistema de Informação em Saúde Mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde. (OMS) Instrumentos que irão permitir conhecer as características sociais, econômicas, físicas, demográficas e outras que possam afetar a saúde das populações. (Carvalho e Eduardo, 1998) Instrumentos padronizados de monitoramento e coleta de dados, que têm como objetivo o fornecimento de informações para análise e melhor compreensão de importantes problemas de saúde da população, subsidiando a tomada de decisões. (Ministério da Saúde, 2015)
Sistema de Informação em Saúde Unir diferentes tipos de dados produzidos em tempos e lugares diferentes, feitos por diferentes profissionais da mesma equipe ou de equipes diferentes. Envolvimento e participação dos múltiplos profissionais: integração da informação.
Requisitos - sistema de informação em saúde Informar sobre: ü a doença dos indivíduos e seu perfil; doença perfil ü possíveis causas e causas condições que propiciam o aparecimento delas; condições ü atividade clínica, clínica condutas, normas técnicas, tecnologias em saúde utilizadas; ü ações programáticas e resultados; resultados ü impacto das ações na população ou grupos de risco. impacto das ações
Módulo Saúde - SUAP Ferramenta institucional que permitirá o registro padronizado e guarda dos dados de saúde dos discentes, além do seu processamento, constituindo-se em um prontuário digital com vistas a funcionar como sistema de informação em saúde.
Conjunto de dados Informações e conhecimentos Clínica Gestão Assistência Clínica Planejamento Avaliação Epidemiologia Vigilância do processo saúdedoença Sistema de Apoio à Decisão em Saúde Pesquisa
Contribuições Assistência Clínica Facilidade de comunicação, integração e interação multiprofissional; Continuidade e integralidade do cuidado; Melhoria na qualidade: eficiência e efetividade. Gestão Planejamento e monitoramento de ações, serviços e insumos. Epidemiologia Saúde baseada em evidências.
Integralidade e continuidade do cuidado Busca do profissional e do serviço em compreender o conjunto de necessidades de ações e serviços de saúde, que um usuário apresenta. A integralidade se constrói na práxis do conjunto dos profissionais dos serviços de saúde e nas diferentes formas de encontro desses profissionais com e no serviço. Processo saúdedoença Acompanhamento do paciente ao longo do tempo pela equipe de saúde, para os múltiplos episódios de doença e cuidados preventivos. Integralidade da assistência prestada, abrangendo atividades assistenciais curativas, atividades preventivas e de promoção da saúde.
Melhoria da qualidade do serviço Efetividade - relaciona-se ao objetivo alcançado entre os pretendidos em situação real. Eficiência – relaciona-se aos objetivos alcançados com os recursos utilizados, em especial com menor quantitativo de recursos possíveis. (Drumond Jr. , 2012)
SUAP Instrumental a ser utilizado com autonomia pelas equipes de saúde para o planejamento local. “Alice – Poderia me dizer, por favor, qual é o caminho para sair daqui? Gato – Isso depende muito do lugar para onde você quer ir. Alice – Não me importa muito onde. Gato – Nesse caso, não importa por qual caminho você vá. ” Essência do Planejamento
“o modo de agir sobre algo de modo eficaz” (Merhy) O planejamento, na saúde, permite melhorar o desempenho, otimizar a produção e elevar a efetividade e eficiência dos sistemas no desenvolvimento das funções de proteção, promoção, recuperação e reabilitação da saúde. Só é possível planejar tendo conhecimento do sistema sob nosso comando e do contexto em que ele se insere. O sucesso do planejamento, ou seja, a efetividade dos resultados mantém relação direta com a qualidade das informações. Conjunto de informações adequadas permitirá orientar quanto às necessidades de saúde da população e a ordem de prioridade dessas necessidades, assim como da oferta de recursos (humanos, financeiros e físicos) existentes e sua capacidade de atendimento.
Saúde Baseada em Evidências Abordagem que utiliza as ferramentas da Epidemiologia Clínica; da Estatística; da Metodologia Científica; e da Informática para trabalhar a pesquisa; o conhecimento; e a atuação em Saúde, com o objetivo de oferecer a melhor informação disponível para a tomada de decisão nesse campo. Centro Cochrane do Brasil, 2015 Utiliza provas científicas existentes e disponíveis no momento, com boa validade interna e externa, para a aplicação de seus resultados na prática clínica, no que se refere à efetividade, eficiência, eficácia e segurança. Arte de avaliar e reduzir a incerteza na tomada de decisão em Saúde. El Dib, 2007
Características - informação gerada pelo sistema ü Relevância; ü Qualidade dos dados; ü ü Completitude; Fidedignidade; Consistência interna; Não duplicidade. ü Oportunamente disponível.
Relevância “Muitos dados registrados e informados, pela equipe do serviço de saúde, não são necessários para as ações que essa equipe realiza”. (OMS 1994) Falta de consenso entre os produtores e os usuários de dados, sobre quais são as informações realmente necessárias, dentro de cada sistema de informação. Construção Estratégica Construção Participativa
Completitude A completeza é um atributo de qualidade da informação que resulta da inclusão de todos os dados necessários para responder a uma questão de determinado problema. No âmbito dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS), essa dimensão é também denominada de completitude e pode ser entendida como “o grau em que os registros de um sistema de informação possuem valores não nulos”. Correia et al, 2014 Preenchimento adequado dos instrumentos Obrigatoriedade de preenchimento de dados Possibilidade de preenchimento de duas ou mais opções
Consistência Interna Grau em que variáveis relacionadas possuem valores coerentes e não contraditórios Lima et al, 2009 Cadastro prévio de possibilidades Limitação de valores numéricos
Não duplicidade Grau em que, no conjunto de registros, cada evento do universo de abrangência do SIS é representado uma única vez. Ausência de informações idênticas ou semelhantes captadas em subsistemas separados. Desperdício de tempo – sistema de informação caótico Jorge, Laurenti e Gotlieb, 2010 Exportação de dados importantes entre subsistemas e entre abas de um mesmo sistema - interação
Informação oportuna Grau em que os dados ou informações estão disponíveis no local e a tempo para utilização de quem deles necessita. Informações atrasadas, mesmo sendo de boa qualidade, não têm mais o mesmo valor para a tomada de decisão. Lima et al, 2009 Possibilidade de relatórios descentralizados
Módulo Saúde - SUAP
Módulo Saúde - SUAP O módulo aprimora a assistência clínica, clínica facilita a condução de pesquisas e, sobretudo, viabiliza a vigilância ao processo saúdepesquisas doença, doença fundamental para o cumprimento do modelo de vigilância à saúde. Destina-se a todos os profissionais da saúde do saúde IFRN, com seções específicas por área/especialidade.
Módulo Saúde – Componentes: Avaliação biomédica Médica Cartão Vacinal Odontológica Enfermagem Nutricionista Fisioterapia Anotações de enfermagem Avaliação da Psicologia Atividades Educativas Exames Complementares Relatórios
Avaliação biomédica
Avaliação biomédica Avaliação multiprofissional, na perspectiva do conceito ampliado de saúde e do projeto terapêutico singular, que tem como objetivo captar informações acerca dos condicionantes e determinantes de saúde permitindo o diagnóstico precoce de situações de risco à saúde dos alunos do IFRN e a construção do seu perfil de saúde.
Conceito ampliado de saúde Completo bem-estar físico, mental e social (OMS) “(. . . ) como determinantes e condicionantes [da saúde], entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais”. Lei 8080/90 complexidade do tema Ações interdisciplinares no sentido de criar condições de vida saudáveis
Projeto terapêutico singular Conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio matricial se necessário. Brasil, 2007 Portanto, é uma reunião de toda a equipe em que todas as opiniões são importantes para ajudar a entender o Sujeito com alguma demanda de cuidado em saúde e, consequentemente, para definição de propostas de ações.
Avaliação biomédica - proposta O que seu corpo tem a nos dizer? Quais seus comportamentos? Quais os seus suportes?
Sinais vitais Antropometria Acuidade visual Antecedentes familiares Processo saúde-doença Processo saúdedoença Desenvolvimento pessoal Exame físico Percepção de saúde bucal
Avaliação biomédica – Sinais Vitais
Avaliação biomédica – Antropometria
Avaliação biomédica – Acuidade visual Tabela de Snellen
Avaliação biomédica – Antecedentes familiares
Avaliação biomédica – Processo saúde-doença
Avaliação biomédica – Hábitos de vida
Avaliação biomédica – Desenvolvimento pessoal
Avaliação biomédica – Exame físico
Avaliação biomédica – Percepção de saúde bucal Questionário de Necessidades Percebidas (OHIP)
Cartão Vacinal
Cartão Vacinal A vacinação protege não apenas aqueles que recebem a imunização, mas a comunidade como um todo. Alcançamos importantes êxitos no campo das imunizações, no Brasil, nas últimas décadas. Manter essas conquistas depende, além de outros aspectos, da percepção de que programas de vacinação devem contemplar todas as faixas etárias e que a participação de especialistas das mais diversas áreas é fundamental para a tomada de decisões. Lopes e Sartori, 2014 O cartão de vacina é um documento que deve ser mantido em dia e armazenado como os outros documentos oficiais (RG, CPF e habilitação). Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) 2014
Cartão Vacinal– informações complementares Ø Os cartões de vacinação emitidos nas unidades de saúde não são válidos para o embarque de sua viagem. Para isso, é necessário que se dirija a um posto de atendimento da ANVISA para fazer o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP). vacinas obrigatórias: FEBRE AMARELA; MENINGOCÓCICA; POLIOMIELITE e DT (difteria/ tétano). Ø A vacina Tetravalente foi substituída pela vacina Pentavalente. A partir de dezembro de 2012, as crianças que já começaram a tomar as doses da vacina Tetravalente deverão completar as três doses com a vacina de Hepatite B. Já as que não tomaram a Tetravalente, deverão tomar somente a Pentavalente. Ministério da Saúde
Cartão Vacinal Ø O cartão vacinal é um importante documento usado nas ações de prevenção à saúde, estando a administração da vacina sob responsabilidade da atenção primária do município. No entanto, a equipe de saúde do instituto é coparticipante neste processo, através do preenchimento e análise do cartão vacinal. Ø Permitirá acompanhamento das vacinas que compõem o esquema vacinal, identificando quando e onde foram administradas, bem como as que não foram realizadas. Ø Será preenchido de acordo com os cartões vacinais apresentados pelos discentes.
Esquema Vacinal 1) Vacina hepatite B (recombinante): • Administrar em adolescentes não vacinados ou sem comprovante de vacinação anterior. 03 doses (0, 1 e 6); • As gestantes não vacinadas e que apresentem sorologia negativa para o vírus da hepatite B devem ser vacinadas após o primeiro trimestre de gestação. 2) Vacina adsorvida difteria e tétano - d. T (Dupla tipo adulto): • No caso de adolescente sem comprovação de 03 doses, seguir o esquema de 03 doses; • Aos vacinados anteriormente com 3 doses das vacinas DTP, DT ou d. T, administrar reforço a cada 10 anos; • Em caso de gravidez e ferimentos graves, antecipar a dose de reforço. 3) Vacina febre amarela (atenuada): • Indicada 1 dose aos residentes ou viajantes para as áreas de risco: região Norte e Centro-Oeste, estados do MA e MG e alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, SP, PR, SC e RS; Reforço a cada dez anos. Obs: A vacina é contra indicada para gestantes e mulheres que estejam amamentando. Nestes casos, buscar orientação médica do risco epidemiológico e da indicação da vacina. Ministério da Saúde
Esquema Vacinal 4) Vacina sarampo, caxumba e rubéola – SCR: • Considerar vacinado o adolescente que comprovar o esquema de duas doses; • Em caso de comprovação de apenas uma dose, administrar a segunda dose com intervalo entre as doses é de 30 dias. 5) Vacina contra HPV: • A partir de 2015, a faixa etária foi estendida para as adolescentes de até 13 anos; • São necessárias 3 doses da vacina. 1ª dose 2ª dose • 6 meses 3ª dose Ministério da Saúde • 60 meses
Relatórios
Registro de dados Análise de dados • Relatórios Informação • Conhecimento
Relatórios- filtros: ü ü ü ü Bolsista Campus Cursos Modalidade de ensino Turma Tempo (intervalo de tempo: mês e ano) Estado civil Idade Sexo Variáveis Escolaridade dos pais socioeconômicas Renda familiar Município que reside (aluno) Tipo de moradia Saneamento
Relatórios- variáveis: Seção ANTROPOMETRIA IMC RCQ Índice de adiposidade Seção ACUIDADE VISUAL Nível de acuidade visual Acuidade visual com correção Seção PROCESSO SAÚDE – DOENÇA Doenças crônicas Presença de problema auditivo Tratamento psiquiátrico Tempo de tratamento psiquiátrico
Relatórios- variáveis: Seção HÁBITOS DE VIDA Práticas de atividades físicas Frequências semanal de atividades físicas Duração de atividades físicas Fumantes Frequência de cigarros ao dia Etilista Frequência mínima do uso de bebidas alcoólicas Usuário de drogas ilícitas Objetivo de uso da internet
Relatórios- variáveis: Seção HÁBITOS DE VIDA Tipo de droga utilizada Dificuldade de dormir Horas de sono diárias Quantidade de refeições por dia Presença de vida sexual ativa Uso de método contraceptivo Tipo de método contraceptivo utilizado Tempo de uso da internet Objetivo de uso da internet
Relatórios- variáveis: Seção DESENVOLVIMENTO PESSOAL Dificuldade de aprendizado Seção EXAME FÍSICO Alteração cardiovascular Alteração no aparelho respiratório Alteração abdominal Alteração nos MMII
Relatórios- variáveis: Seção PERCEPÇÃO DE SAÚDE BUCAL Escova de dente própria Ida anterior ao dentista Tempo decorrido desde a última consulta Dificuldade relacionada a boca Grau de dificuldade de cada item (sorrir, falar. . . ) Motivo da dificuldade (relacionada ao item)
Relatórios- variáveis: Cartão Vacinal Esquema completo por vacina Esquema completo por cartão de vacina Atendimentos realizados (tabela numerada) Alunos atendidos (tabela numerada)
Relatórios- variáveis: Tipo de apresentação das variáveis – (gerar excel) Relatório de gráficos: para variáveis isoladas, podendo ser barra ou pizza de acordo com a descrição acima; Lista de alunos (tabelas numeradas): para todas as variáveis isoladas Agrupamento de variáveis (tabela numeradas): todas as variáveis
Referências Correia LOS, Padilha BM, Vasconcelos SML. Métodos para avaliar a completitude dos dados sistemas de informação em saúde do Brasil: uma revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva, 19(11): 4467 -4478, 2014. El Dib RP. Como praticar a medicina baseada em evidências. J Vasc Bras, 6(1): 1 -4 , 2007. Cunha EM, Giovanella L. Longitudinalidade/continuidade do cuidado: identificando dimensões e variáveis para a avaliação da Atenção Primária no contexto do sistema público de saúde brasileiro. Ciência & Saúde Coletiva, 16(Supl. 1): 1029 -1042, 2011. Brasil. Clínica Ampliada, Equipe de Referência e Projeto Terapêutico Singular. 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2007. Lima CRA, Schramm JMA, Coeli CM, Silva MEM. Revisão das dimensões de qualidade dos dados e métodos aplicados na avaliação dos sistemas de informação em saúde. Cad Saude Publica 2009; 25(10): 2095 -2109. Mattos RA. A integralidade na prática (ou sobre a prática da integralidade). Cad Saúde Pública. 2004; 20 (5): 1411 -6. Carvalho AO, Eduardo MBP. Sistemas de Informação em Saúde para Municípios. Editora Fundação Petrópolis: São Paulo, 1998. Drumond Jr. M. Tratado de Saúde Coletiva. IN: Planejamento em Serviços de Saúde. São Paulo: Fiocruz, 2012. Centro Cochrane do Brasil. Saúde Baseada em Evidências. São Paulo, 2015. Disponível em: http: //www. centrocochranedobrasil. org. br/cms/index. php? option=com_content&view=article&id=4&Itemid=13. [Acesso em 11 agosto 2015]. Ministério da Saúde. Sistemas de Informação. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: http: //bvsms. saude. gov. br/bvs/svs/inf_sist_informacao. php. [Acesso em 12 agosto 2015].
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