MC 37 A leitura da Bblia feita sob
(MC 37). A leitura da Bíblia, feita sob o influxo do Espírito Santo e tendo presentes as aquisições das ciências humanas e as várias situações do mundo contemporâneo, levará a descobrir • Que Maria pode ser tomada como modelo naquilo por que anelam os homens do nosso tempo, • verificará, com grata surpresa, que Maria, apesar de absolutamente abandonada à vontade de Deus, longe de ser uma mulher passivamente submissa, foi, sim, uma mulher que não duvidou em afirmar que Deus é vingador dos humildes e dos oprimidos e derruba dos seus tronos os poderosos do mundo (cf. Lc 1, 51 -53) (MC 37)
• reconhecerá em Maria, . . . uma mulher forte, que conheceu de perto a pobreza e o sofrimento, a fuga e o exílio (cf. Mt 2, 1323) • situações que não podem escapar à atenção de quem quiser secundar, com espírito evangélico, as energias libertadoras do homem e da sociedade, • e não lhe aparecerá Maria, como uma mãe ciosamente voltada só para o próprio Filho, mas sim como aquela mulher que, com a sua ação favoreceu a fé da comunidade apostólica, em Cristo (cf. Jo 2, 1 -12), e cuja função materna se dilatou, vindo a assumir no Calvário dimensões universais. (MC 37)
A figura de Maria não desilude algumas aspirações profundas dos homens do nosso tempo, e até lhes oferece o modelo acabado do discípulo do Senhor: • construtor da cidade terrena e temporal, e, simultaneamente, peregrino solerte também, em direção à cidade celeste e eterna; • promotor da justiça que liberta o oprimido e da caridade que socorre o necessitado, mas, sobretudo, • testemunha operosa do amor, que edifica Cristo nos corações. • (MC 37) •
A sigilar esta nossa Exortação e como um ulterior argumento em favor do valor pastoral da devoção à Virgem Santíssima, para conduzir os homens a Cristo, sejam aquelas mesmas palavras que ela dirigiu aos servos das bodas de Caná: "Fazei o que Ele vos disser" (Jo 2, 5). Palavras estas limitadas, na aparência, ao desejo de achar remédio para uma complicação surgida no decorrer do convívio; mas que, na perspectiva do quarto Evangelho, são realmente palavras em que parece repercutir-se o eco da fórmula usada pelo Povo de Israel para sancionar a Aliança sinaíta (cf. Ex 19, 8; 24, 3. 7; Dt 5, 27), ou para renovar os compromissos da mesma (cf. Js 24, 24; Esd 10, 12; Ne 5, 12); e palavras, ainda, em que há uma consonância admirável com aquelas outras do Pai, quando da teofania do monte Tabor: "Ouvi-O" (Mt 17, 5). (MC 57)
MARIALIS CULTUS
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