Mariane Schmitt Kelly Noronha Maura De Paula 1

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Mariane Schmitt ¹; Kelly Noronha ²; Maura De Paula ³; 1 Aluna do 2º

Mariane Schmitt ¹; Kelly Noronha ²; Maura De Paula ³; 1 Aluna do 2º ano do Ensino Médio Inovador; 2 Aluna do 2º ano do Ensino Médio Inovador; ³ Professor orientador; Escola de Educação Básica Arabutã- Arabutã/ SC FORNALHA DE AQUECIMENTO: EVITANDO A INAPETÊNCIA E A HIPOTERMIA DAS TILÁPIAS RESULTADOS INTRODUÇÃO A piscicultura é uma atividade que contribui de forma rentável para muitas famílias de propriedades rurais. Diante disso, o presente projeto busca perceber essa importância em uma propriedade rural do município de Arabutã - SC, que possui um pesque-pague em atividade, porém sofre muito na estação do inverno com a mortandade de peixes, em especifico a tilápia. A pesquisa, busca diminuir a mortandade dos peixes, adaptando assim uma construção que possibilite aquecer a água do açude, melhorando o lucro dos trabalhadores que dependem e vivem desse sustento. Considerando o inverno na região oeste de Santa Catarina, nessa época do ano o peixe com o maior índice de mortandade é a tilápia, um animal pecilotérmico, que tem seu metabolismo influenciado pela baixa temperatura da água, chegando à inapetência total quando a temperatura da água do açude fica abaixo de 14ºC, provocando o enfraquecimento das mesmas, tornando-as suscetíveis a doenças e a morte por parada das funções vitais. Para perceber a diferença que o projeto fez em um dos açudes da propriedade que são produzida tilápias, fez-se varias medições de temperaturas da água do açude, usando dois termômetros, um para medir a temperatura ambiente e da superfície do açude (anexo 2) e outro para medir a temperatura do fundo do açude (anexo 3), medindo a temperatura ambiente, a temperatura da superfície do açude e a temperatura do fundo do açude, antes e depois da fornalha ser instalada, podendo assim perceber a diferença que esta causou, e seus resultados positivos, sendo que também foi feita a medição da temperatura de outro açude da propriedade, que também é produzido tilápia e que houve mortandade destas pela baixa temperatura da água. Tabela 1: Temperaturas do açude antes da fornalha ser instalada. MÉTODOS A partir da definição do tema, realizou-se pesquisa bibliográfica sobre o assunto, após, em sala, ocorreram palestras e discussões com os parceiros do projeto, como a Epagri - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, abordando o tema piscicultura. Após, ocorreu um estudo de campo no pesquepague Schmitt, visualizando o local em que a fornalha foi implantada. Outra parceria para a execução do projeto foi a CRESOL - Cooperativa de Crédito Rural Solidário do Brasil, para assessorar através de linhas de créditos a efetivação da ideia já que esta instituição fortalece e estimula a educação financeira através da construção do conhecimento. A família buscou recursos para instalar num dos tanques da propriedade. Para ser desenvolvido foram utilizados os seguintes materiais: fornalha, tubo de ferro (tubo preto DIN 1. ¼ - 2, 65 - 15. 80), solda e bomba de 1 CV. Na construção foi necessária a solda dos tubos, que foram colocados na parte interna da fornalha, esta foi fechada com uma chapa de ferro com duas aberturas, uma central para colocar lenha dentro e outra inferior para a entrada de ar e retirada das cinzas. Em seguida canos trazem água do açude que circula dentro da fornalha, voltando para o mesmo aquecido. Fonte: As autoras (2017) Tabela 2: Temperaturas do açude com a fornalha instalada. Fonte: As autoras (2017) Tabela 3: Açude que é criado tilápia, mas que não tem fornalha. Figura 11 - Fornalha já instalada. Fonte: As autoras (2017) DESENVOLVIMENTO Devido ao frio intenso, na região do centro-oeste de Santa Catarina, principalmente, na qual a temperatura da água dos açudes foi menor de 14°C, houve uma grande perda de peixes. No ano de 2016 foram perdidos em torno de 7. 000 kg peixes no pesque pague Schmitt, local onde o projeto está sendo desenvolvido. Sucedendo que o custo de produção é de R$ 17. 850, 00 de ração, R$ 2. 700, 00 de alevinos, R$ 3. 000, 00 de energia elétrica e R$ 12. 000, 00 de mão de obra, totalizando um custo de R$ 35. 550, 00, valor esse que é considerado perdido devido à mortandade dos mesmos. Entretanto além do custo perdido a propriedade deixou de ganhar a parte referente á venda desses peixes, sendo que seriam comercializados num valor de R$ 8, 50/kg, o que resultou em um valor de R$ 59. 500, 00 assim deixando de lucrar R$ 24. 000, 00. O lucro por kg de peixe vendido fica em torno de R$ 3, 43, seria assim necessário vender 10. 350 kg para recuperar esse prejuízo sem ter lucro adicional. A fornalha ajudará a resolver esse problema, buscando através do aquecimento da água diminuir a mortandade das tilápias criadas no Pesque Pague, desta maneira, ajudando a família a não ter prejuízo e lucrar com a venda desses peixes. Sabendo da dificuldade de muitos piscicultores, a fornalha foi feita no Pesque Pague, mas pode ser adquirida em várias outras famílias que dependem e vivem desse sustento, maximizando a produção de tilápias sem ter perda destas no inverno. Figura 1 – Propriedade em que se localiza o Pesque Pague Schmitt. Analisando as tabelas percebe-se uma nítida mudança nas temperaturas da água do açude. Conforme a tabela 1, a temperatura ambiente esta mais fria que a água do açude em função de que a água demora certo tempo para esfriar, assim como para esquentar, já na tabela 3, percebe-se a mudança da temperatura da água após a semana de temperaturas ambientes mais baixas, o que faz a temperatura da água do açude esfriar também. Na tabela 2, onde foram medidas as temperaturas logo após que a fornalha ser instalada, comparando com a tabela 3, percebe-se a mudança que ocorreu, a água aqueceu, não deixando que ocorresse morte dessas tilápias, já na tabela 3, mostra que a água do açude ficou abaixo dos 14°C o que resultou na morte de tilápias. As tilápias morrem em função de que, quando a água do açude esfria querem um ambiente mais aquecido, por isso vão para o fundo do açude fuçar no barro que é mais quente, mas não tem oxigênio suficiente para elas e o barro acaba entra nas brânquias dos peixes, causando a morte dos mesmos. Como pode-se comprovar nas tabelas acima, a fornalha teve um resultado positivo, ajudando a esquentar a água do açude e não deixando que ocorra morte das tilápias, fazendo também com que elas se alimentem, sendo assim, na saída do inverno a Família Schmitt terá tilápias para vender ao publico consumidor e em um porte bom, pois estas irão se alimentar devido ao conforto térmico que precisam. CONCLUSÕES Tendo em vista as causas que motivaram a idealização do projeto que são diminuir ou praticamente acabar com a mortandade dos peixes, principalmente das tilápias, bem como aprofundar o conhecimento em relação ao tema, espera-se como efeito que a aplicação da nova fornalha represente a continuidade de criação de tilápias com qualidade. Até o momento, temos resultados parciais, uma vez que o funcionamento da fornalha passou a ser efetuado a partir do final de julho de 2017, porem nesse período percebeu-se uma melhora na temperatura da água, o que consequentemente diminuirá a mortandade dos peixes . REFERÊNCIAS LAZZARO, Xavier; NUNES, Zélia Maria Pimentel; PERET, Alberto Carvalho. Influencia da biomassa inicial sobre o crescimento e a produtividade de peixes em sistema de policultivo. 2006. 8 f. Faculdade de biologia, Universidade Federal de São Carlos São Paulo, 2006. MORAES, Aquiles Moreira. Avaliação zootécnica e econômica do cultivo de tilápia do Nilo, em tanques-rede considerando diferentes rações comerciais. 2008. 51 f. Dissertação (Doutorado em Aquicultura)- Faculdade de ciências agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008. KUBITZA, Fernando. Tilápias: qualidade da água, sistemas de cultivo, planejamento da produção, manejo nutricional e alimentar e sanidade. Jundiaí: Acqua & imagem serviços. Disponível em: http: //www. panoramadaaquicultura. com. br/paginas/Revistas/59/Tilapias 59. asp. Acesso em: 20 mai. 2017. AGRADECIMENTOS Fonte: As autoras (2017)