Maconha Avaliao Psiquitrica XXII Congresso Brasileiro de Psiquiatria
Maconha: Avaliação Psiquiátrica XXII Congresso Brasileiro de Psiquiatria Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira - UNIFESP
Roteiro • Avaliação de mudanças de prevalência no consumo de maconha • Avaliação de consumo e diagnóstico psiquiátrico em adolescente grávidas • Avaliação de consumo e diagnóstico em pacientes de ambulatório de usuários de maconha
Consumo e diagnóstico em adolescente grávidas • Projeto TEMÁTICO da FAPESP • Avaliar adolescentes grávidas e suas crianças • Entrevista e exame com a criança 24 -72 horas após o parto • Entrevista Psiquiátrica: CIDI • 1. 000 adolescentes
Consumo e diagnóstico em adolescente grávidas • Consumo de drogas avaliado pelo exame do fio de cabelo • Uso no TERCEIRO trimestre gravidez
Consumo e diagnóstico em adolescente grávidas • Prevalência identificada pelo CIDI
Consumo e diagnóstico em adolescente grávidas • Prevalência identificada pelo CIDI • 0%
Consumo e diagnóstico em adolescente grávidas • Prevalência identificada pelo fio de cabelo • 43 adolescentes (4. 3%)
Consumo e diagnóstico em adolescente grávidas • Prevalência de transtornos psiquiátricos identificados pelo CIDI nas usuárias de maconha • 11/43 adolescentes (25%)
Consumo e diagnóstico em adolescente grávidas • • Tabaco Psicoses Transtornos Somatomorfos Bipolar Álcool PTSD Depressão 3 2 2 1 1
ESTUDANTES DE 1 o E 2 o GRAUS 10 CAPITAIS BRASILEIRAS (Unifesp e Cebrid, 1997)
Prevalência do uso de maconha no Brasil – III a. Entre estudantes da USP, aumento de para uso 31, 1% 35, 3% na vida 19, 9% 22, 8% últimos 12 meses 14, 9% 16, 9% últimos 30 dias (Stempliuk, in press) a. Entre trabalhadores (exames de urina) foi a droga mais encontrada – 59, 9% – em todas as regiões do Brasil ( Silva e Yonamine, 2004)
Busca por tratamento a. Na América do Sul, 23% dos que buscam tratamento, o fazem devido ao uso de maconha. DC, 2003)
Ambulatório e projeto • O ambulatório atende população geral, rede pública. É só ter um problema com a maconha e se inscrever; • Projeto: ensaio clínico que visa testar a efetividade de um tratamento breve psicoterápico para usuários de maconha; requer mais seleção dos pacientes, é mais controlado em termos das variáveis externas. Associado: avaliação neuropsicologica e outras pesquisas. • Em termos de perfil, diferem um pouco: no projeto as pessoas são mais velhas (IM=32) e nível educacional mais alto (84% de médio completo para cima X 72% tem de médio incompleto para cima no ambulatório).
Ambulatório de maconha- Pacientes atendidos • Número: mais de 500 pacientes (135 do projeto) • Período: desde 2000 • Perfil: Idade média: 22 anos Gênero: masc: 87% fem: 13% Encaminhado por: pai/mãe, 30%, o próprio, 16%, outro profissional, 22% Escolaridade: médio incompleto: 30%, médio completo: 24%, superior incompleto: 17, 5% Estado Civil: solteiros: 79, 4% casados: 12, 4% Situação ocupacional: empreg. : 43% desempr. : 30, 5% estudantes: 17%
TRATAMENTO • Breve; • Diretivo; • Abordagem cognitivo-comportamental, sendo a base: pensamento afeta comportamento, portanto se trabalhamos um afetaremos o outro; • 1 a etapa: informação, 2 a etapa: motivação para o tratamento e para a mudança e 3 a etapa: Prevenção de recaída; • Individual e em grupo, com suporte psiquiátrico se necessário; • Apoio aos familiares.
História de uso de maconha • Idade média do primeiro uso: 15 anos • Tempo de uso: 4%- menos de 1 ano 10%- de 1 a 3 anos 20% - 3 a 5 anos 12% - 5 a 7 anos 20% - 7 a 10 anos 12% - 10 – 15 anos 17% - mais de 15 anos • Padrão típico de uso nos últimos 3 meses: - 40% - mais de uma vez por dia - 25% - todos os dias • Outros tratamentos - 52% nunca haviam se submetido a outro tratamento.
Uso de outras drogas • No início do tratamento, presença de álcool e tabaco é muito comum; • Tendem a seguir uma sequência, começando pelas lícitas (álcool e tabaco) indo para a maconha, solventes e/ou cocaína. • A amostra do projeto já fez uso de : solventes: 62% cocaína: 86% Alucinógenos: 56% • Interessante notar que, apesar da maioria já ter passado por outras drogas (principalmente cocaína), eles voltam para a maconha e não conseguem sair dela!
Principais queixas que justificam a busca por tratamento (no ambulatório) • Problemas de relacionamento familiar (pais ou cônjuge) • Pressão da família • Postura adequada frente aos filhos • Receio de perder oportunidades profissionais • Dificuldades no desempenho acadêmico • Necessidade de sair do lugar
Principais problemas relatados (n=95 – ordem de severidade – Stephens) • • • Procrastinação (deixar as coisas para depois) Ter um nível mais baixo de energia Auto-estima diminuída Diminuição da produtividade Perda de memória Problemas na família Falta de confiança em si mesmo Sintomas de abstinência Problemas com o cônjuge
Por que pensar em um tratamento para a maconha? • • Pessoas começando a usar mais cedo; Pessoas aumentando o uso mais rápido; Pessoas com intercorrências graves; Aumento da procura na prática privada e no serviço; • Percepção de uma população com perfil e necessidades específicas; • ‘Boom’ do assunto na literatura internacional; • Dados mostrando a relação entre especificidade de tratamento e grau de sucesso.
Por que pensar em um tratamento para a maconha? • • Pessoas começando a usar mais cedo; Pessoas aumentando o uso mais rápido; Pessoas com intercorrências graves; Aumento da procura na prática privada e no serviço; • Percepção de uma população com perfil e necessidades específicas; • ‘Boom’ do assunto na literatura internacional; • Dados mostrando a relação entre especificidade de tratamento e grau de sucesso.
Prevalência- No mundo • Maconha é a droga ilícita mais usada mundialmente: – na Austrália, usada por 1/3 da população adulta (entre 2024 - 84% já experimentaram e 26% usam semanalmente); – EUA têm provavelmente a maior prevalência entre os países de língua inglesa (em 1992, 33% tinham experimentado, 9% usaram no último ano e 4% usavam no momento. 21% dos entre 12 -17 que experimentaram, estavam usando semanalmente).
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