LPV 5713 Biologia de plantas daninhas Biologia e
LPV 5713 - Biologia de plantas daninhas Biologia e manejo de plantas daninhas Complexo de Ciperáceas Discente: Bruna do Amaral Brogio Docente: Prof. Dr. Pedro Christofoletti Piracicaba Abril de 2019
Família Cyperaceae No Brasil, representada por aproximadamente 594 espécies, sendo a maioria delas invasivas e de difícil controle ü Caule: subterrâneos do tipo rizoma, tubérculos e bulbos (combinação entre os caules) ü Parte aérea: folhas da base da planta; folhas involucrais que se localizam na base das inflorescências; e escapos, geralmente triangulares. Genêro Cyperus: sempre apresenta caules triangulares e sem nó, bainha fechada e sem lígula ü Inflorescências: espigas globosas, cilíndricas, ramificada compacta ou ramificada aberta ü Propagação: Vegetativa: caule subterrâneo ou Sexuada: sementes ü O genêro Cyperus é o mais representativo e o que apresenta o maior nº de espécies invasivas ü Outros genêros também considerados invasivos: Bulbostylis, Carex, Eleocharis, Frimbristylis, Fuirena, Pycreus, Rhynchospora, Scirpus e Scleria ü Comuns em locais úmidos Moreira e Bragança, 2011
Bulbostytylis capillaris Cyperus iria Cyperus surinamensis Cyperus aggregatus Cyperus difformis Cyperus luzulae Cyperus odoratus Cyperus virens Fimbristylis autumnalis Cyperus esculentus Cyperus rigens Fimbristylis miliaceac Cyperus hermaphroditus Cyperus rotundus Fuirena umbellata Moreira e Bragança, 2011
Cyperus rotundus Sementes http: //www. weedsonline. com. br/app_menu/#
Cyperus rotundus Plântula http: //www. weedsonline. com. br/app_menu/#
Cyperus rotundus Visão geral http: //www. weedsonline. com. br/app_menu/#
Cyperus rotundus Planta adulta http: //www. weedsonline. com. br/app_menu/#
Cyperus rotundus Inflorescência http: //www. weedsonline. com. br/app_menu/#
Cyperus rotundus Distribuição da tiririca: Latitude: 30 a 35° Norte e Sul ü Presente em todos os países de clima subtropical e em muitos de clima temperado ü Importante invasora no mundo (92 países) e no Brasil, afetando até 50% dos solos brasileiros, considerada a mais agressivas das tiriricas Fonte: Retirado de aulas do Prof. Pedro Christofoletti
Cyperus rotundus Nome vulgar: Tiririca, tiririca-comum, tiririca-vermelha, tiririca-de-três-quinas, junça-aromática, capim-dandá, alho. • Origem: Índia e Ásia • Grande agressividade e capacidade de competição, está entre as 10 plantas daninhas mais agressivas do mundo • Dificuldade de controle e erradicação • Afeta a germinação, brotação e o desenvolvimento de outras espécies por competição e produção de toxinas (Alelopatia) • Hospedeira para fungos e nematoides • Organismo C 4 Cerca de 40 tn/ha de massa seca, > eficiência em regiões quentes • Infestante de diversas culturas: olerícolas, frutíferas, energéticas, grãos, fibrosas e em pastagens. Moreira e Bragança, 2011; Embrapa milho e sorgo; Agrofit, 2018.
Cyperus rotundus Fonte: https: //weedid. missouri. edu/ • Indicadora de solos ácidos, encharcados, deficientes em Mg • Tolerante a temperaturas elevadas • Se desenvolve em vários ambientes • Sementes proibidas (Qualidade de sementes) • Utilizada na medicina e como repelentes, age como inseticida e isca Moreira e Bragança, 2011; Embrapa milho e sorgo; Agrofit, 2018. Fonte: https: //weedid. missouri. edu/
Cyperus rotundus Características da planta Divisão/Classe: Angiospermas e Monocotiledôneas Ciclo: Perene Reprodução/Propagação: Bulbo, rizoma, tubérculo e sementes Altura (cm): 10 -60 Plântula: Difícil diferenciação antes do florescimento, verificar a parte subterrânea, conjunto de rizomas e tubérculos Moreira e Bragança, 2011; Embrapa milho e sorgo; Agrofit, 2018.
Cyperus rotundus Fonte: https: //weedid. missouri. edu/
Cyperus rotundus Características das folhas • Trística • Lanceoladas • Glabras Característica do caule • Triangulado • Liso • Não ramificado • Coriácea • Paralelinérveas • 10 -30 cm • Hastes solitárias • Bainha fechada • Ausência de lígula Características das flores Características do fruto • Núcula Moreira e Bragança, 2011; Embrapa milho e sorgo; Agrofit, 2018. • • Espiga na parte apical do caule Aperiantada Hermafrodita Vermelho-escura; vermelho-acastanhada
Cyperus rotundus Fonte: https: //weedid. missouri. edu/
Cyperus rotundus • REPRODUÇÃO: Razão da alta dispersão e importância • Reprodução vegetativa e seminífera Rizoma: caule subterrâneo que produz raízes adventícias e parte aérea Tubérculo: é a porção terminal de um rizoma. Possui grande quantidade de reservas e gemas Bulbos: São gemas subterrâneas modificadas, consistindo de caule e folhas Sementes: taxa de germinação em torno de 5%, considerada de pouca importância no estabelecimento e dispersão Fonte: Retirado de aulas do Prof. Pedro Christofoletti
Cyperus rotundus Reprodução vegetativa Tubérculo Fonte: Retirado de aulas do Prof. Pedro Christofoletti Bulbo basal e Rizoma
Dinâmica dos tubérculos das plantas daninhas do tipo ciperáceas - Bulbos basais e tubérculos permanecem abaixo da superfície do solo e possuem a função tanto de reserva como órgão de reprodução - Bulbos basais: conectados a parte aérea - Tubérculos: resultantes da elongação dos rizomas Tecidos rizomatoso com numerosas gemas, com potencial de brotação e assim iniciar um crescimento rizomatoso até a formação de seedlings e plantas adultas - Em condições ambientais favoráveis, um caule emerge a partir de um tubérculo, aproximadamente após 7 a 14 dias do plantio - Após 4 a 6 semanas iniciam a formação de novos tubérculos - Em geral, mais de 80% dos tubérculos ocorrem nos 15 cm superficiais do solo. - Esses rizomas, em geral, não penetram profundamente em solos de textura argilosa.
Dinâmica dos tubérculos das plantas daninhas do tipo ciperáceas - A produção de tubérculos das ciperáceas é abundante, e a extensão da formação desses tubérculos em um ano agrícola é muito grande - Baseado em estudos realizados nos EUA, a planta daninha C. esculentus chegou a produzir 10 a 15 milhões de tubérculos/ha (nos 15 cm superficiais de solo) durante apenas um ano agrícola. - A formação de tubérculos é regulada por reguladores de crescimento, e pela interação do fotoperíodo e a temperatura. . A formação de tubérculos em C. esculentus é influenciada pelo comprimento do dia, pois fotoperíodos curtos estimulam o crescimento reprodutivo desta planta daninha. A influência do comprimento do dia não é tão marcante na formação de tubérculos de C. rotundus
Dinâmica dos tubérculos das plantas daninhas do tipo ciperáceas - A longevidade média dos tubérculos varia de 3 a 5 anos e aumenta à medida que estes encontram-se a maiores profundidades de enterrio no solo. - A taxa de brotação dos tubérculos é variável com a umidade, temperatura, profundidade e revolvimento do solo - Brasil: faixa ótima de temperatura: 25 a 35 °C - Temperaturas > 45 °C e < 10 °C paralisam o processo da brotação - A dessecação dos tubérculos diminuí a sua viabilidade - Sombreamento e a salinidade do solo, diminuem o n° de tubérculos e bulbos - Baixas temperaturas e umidade do solo dormência dos tubérculos - Tubérculos exudam aleloquímicos (planta viva e em decomposição) Pereira, 1998
Cyperus rotundus - Ciclo de vida, varia de acordo com as condições edafoclimáticas brotação tubérculos (época quente e úmida) desenvolvimento parte aérea florescimento acúmulo reservas formação de (época seca e fria) novos tubérculos Fonte: Retirado de aulas do Prof. Pedro Christofoletti
Cyperus esculentus Nome vulgar: batatinha-de-junça, cebolinha, junça, junco, junquinho, tiririca-amarela, tiririca-mansa, tiriricão. Características da planta Divisão/Classe: Angiospermas e Monocotiledôneas Ciclo: Perene Reprodução/Propagação: Bulbo, rizoma, tubérculo e sementes Altura (cm): 40 -60 Demais características: semelhante a tiririca ü Infestante de diversas culturas: olerícolas, frutíferas, energéticas, grãos, fibrosas, pastagens e áreas úmidas ü Atividade alelopática ü Utilizada como ornamental e empregada na medicina Moreira e Bragança, 2011; Embrapa milho e sorgo; Agrofit, 2018.
Cyperus esculentus - Tiriricão Inflorescência e tubérculos desenvolvidos para identificação
Cyperaceae Disseminação das tiriricas ü Equipamentos e implementos agrícolas contaminados ü Mudas e sementes contaminadas ü Irrigação ü Colheita, transporte, comercialização e descarte dos produtos agrícolas Pereira, 1998.
Manejo da tiririca v PREVENÇÃO: sementes e mudas certificadas – Limpeza dos implementos. . v INTERAÇÃO DAS FORMAS DE MANEJOS: Controle cultural, mecânico, químico e biológico v CONTROLE CULTURAL: Sensível ao sombreamento < espaçamentos; cultivares que desenvolvam massa foliar rapidamente; cobertura morta no solo; adubos verdes v CONTROLE MEC NICO: trazer os tubérculos para superfície do solo, induzir a brotação e reduzi-los pelos raios solares e condições de seca (época seca do ano) v CONTROLE QUIMÍCO: Considerado o mais eficaz. Herbicidas pré e pós emergentes exterminar tubérculos do solo e bloquear o processo de tuberização, planta joven (3ª a 5ª semana após a emergência) v CONTROLE BIOLÓGICO: Lagartas do gênero Bracta, fungos: Puccinia canaliculata; Dactylaria higgimsii CONTROLE INTEGRADO E PERSISTENTE Pereira, 1998.
Manejo da tiririca v. Controle químico (Registrados) • Algodão: MSMA • Cana-de-açúcar: Imazapir (Contain); Sulfentrazona (Boral); Imazapique (Plateau); 2, 4 -D; glifosato; MSMA; Atrazina; Flazassulfurom • Café: Sulfentrazona (Boral); glifosato; MSMA; Flazassulfurom • Fumo: Sulfentrazona (Boral) • Frutíferas: Glifosato • Milho: Glifosato; Atrazina • Pastagens: Glifosato • Trigo: Glifosato Agrofit, 2018
Manejo da tiririca Pastre, 2006.
Manejo da tiririca Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 31, n. 1, p. 213 -221, 2013 (Santos et al. )
Manejo da tiririca Controle alternativo • Mucuna-preta e feijão-de-porco: ação inibidora sobre a tiririca Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 28, n. 3, p. 499 -506, 2010 (Silveira et al. )
Manejo da tiririca Controle alternativo • Rotação de culturas + Plantio Direto Jakelaits et al. (2001) Fontes et al. (2003)
REFERÊNCIAS • AGROFIT – Consulta aberta: http: //agrofit. agricultura. gov. br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons • BIOLOGIA DAS PLANTAS DANINHAS: IMPORT NCIA PARA O MANEJO DE PLANTAS DANINHAS - artigo • EMBRAPA Milho e Sorgo: http: //panorama. cnpms. embrapa. br/plantasdaninhas/identificacao/tiririca-cyperys-rotundus • FONTES et al. Manejo integrado de plantas daninhas. Planaltina – DF: Embrapa Cerrados, 2003. 48 p • MOREIRA, H. D. ; BRAGANÇA, H. B. N. Manual de identificação de plantas infestantes. São Paulo: FMC Agricultural Products, 2011. 107 p. • PASTRE, W. Controle de tiririca (Cyperus rotundus L. ) com aplicação de Sulfentrazone e flazasulfuron aplicados isoladamente e em mistura na cultura da cana-de-açúcar. Dissertação de mestrado. Instituto Agronômico de Campinas. 2006. • PEREIRA, W. Prevenção e controle da tiririca em áreas cultivadas com hortaliças. EMBRAPA Hortaliças. 1998, 19 p. • SANTOS, A et al. Manejo de tiririca e trapoeraba com gliphosate em ambientes sombreados. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 31, n. 1, p. 213 -221, 2013 • SILVEIRA, H. R. O et al. Alelopatia e homeopatia no manejo da tiririca (Cyperus rotundus ). • http: //www. weedsonline. com. br/app_menu/# • https: //weedid. missouri. edu/
OBRIGADA!!
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