LITERATURA TURMA 201 PROF GEFERSON ARAUJO P 1
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LITERATURA TURMA 201 PROF. GEFERSON ARAUJO P 1
ROMANTISMO - ORIGENS ASCENSÃO DA BURGUESIA: MERCANTILISMO (Séculos XVI e XVII); REVOLUÇÃO INGLESA (1688); INDEPENDÊNCIA AMERICANA (1776); REVOLUÇÃO FRANCESA (1789)
ROMANTISMO = NOVOS VALORES Novo sentido de vida: Livre iniciativa + competição e individualismo; Apogeu do Liberalismo burguês; Extinção “Fim dos privilégios seculares da nobreza; das barreiras” rígidas entre as classes sociais.
Efeito favorável da vitória burguesa para a Literatura Art. 11 da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão: A livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem; todo o cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente. Começava a “aventura da palavra escrita” = surgiam escritores + obras + público leitor + veículo divulgador das obras (imprensa).
O novo público leitor Outros efeitos: Esforço de alfabetização “revolucionários”; Todo o cidadão passou a ter acesso (direito) à leitura, até pela necessidade de conhecer as proclamações do novo regime; Surgimento de um novo público leitor = mais numeroso e diversificado (consumidor). Escritores livres do regime de mecenato = obra = mercadoria de ampla aceitação. popular empreendido pelos
Romantismo = Contradição O Romantismo coincidiu com a democratização da arte, gerada sobretudo pela Revolução Francesa, tornando-se a expressão artística da jovem sociedade burguesa. Entretanto, o movimento manteve uma relação contraditória com a nova realidade. Filho da burguesia, mostrou-se ambíguo diante dela, ora a exaltando, ora protestando contra seus mecanismos.
Romantismo = Surgimento Mito do bom selvagem de Rousseau; Movimento Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto), em 1770 na Alemanha = valorizando o folclórico, o nacional e o popular em oposição ao universalismo clássico. Os cantos de Ossian = culto à Idade Média. Publicação (1774) do romance (em forma epistolar = cartas) Os sofrimentos do jovem Werther , de Goethe = exacerbação da imaginação e transbordamento das paixões.
ROMANTISMO CARACTERÍSTICAS
· Individualismo e subjetivismo: o artista romântico trata dos assuntos de uma forma pessoal, de acordo com o modo como vê e sente o mundo; dizemos que sua arte é subjetiva porque expressa uma visão particular da realidade. A ideologia burguesa centrou-se nas liberdades do homem e nas infinitas possibilidades de autorealização do indivíduo.
Sentimentalismo: entre o artista romântico e o mundo é sempre mediada pela emoção. Qualquer que seja o tema abordado - amoroso, político, social -, o tratamento literário revela grande envolvimento emocional do artista. Assim, os sentimentos tornam-se mais importantes do que a racionalidade e são, conseqüentemente, a medida da interioridade de cada pessoa, medida de todas as coisas. a relação
ROMANTISMO NO BRASIL
ROMANTISMO NO BRASIL LITERATURA COMO MISSÃO: Compromisso com a pátria (Nacionalismo Ufanista); Contribuição para a grandeza da nação; Retrato de sua bela paisagem física e humana; Revelar todo o Brasil, de forma positiva, criando uma literatura autônoma que expressasse a alma da jovem nação.
A adoção do Romantismo A NATUREZA TROPICAL E O ÍNDIO
Adaptação aos postulados europeus Valores românticos europeus & adequação às aspirações ideológicas dos escritores brasileiros; Oposição a dominação cultural (artística) portuguesa; Exotismo = natureza exuberante e original; Princípios artísticos atualizados com o que de mais moderno havia na Europa
Nacionalismo romântico Valores formais procedentes do universo europeu X Temática nacional (a cor local): INDIANISMO; SERTANISMO (OU REGIONALISMO); CULTO À NATUREZA; NACIONALISMO UFANISTA; BUSCA DE UMA LINGUAGEM LITERÁRIA BRASILEIRA.
INDIANISMO No bom selvagem francês sedimentou-se o modelo de um herói que deveria se tornar o passado e a tradição de um país desprovido de sagas exemplares (Idade Média). O nativo – ignorada toda a sua cultura – converteu-se no herói exemplar, feito à imagem e semelhança de um cavaleiro medieval. Assumiu-se a imagem exótica que as metrópoles européias tinham dos trópicos, adaptando-a à visão ufanista.
INDIANISMO Acima de tudo, o índio representava, na sua condição de primitivo habitante, o próprio símbolo da nacionalidade. Além disso, a imagem positiva (idealizada) do indígena permitia às elites orgulhar-se de uma ascendência nobre que as ajudava na legitimação de seu próprio poder.
O Regionalismo (ou Sertanismo) O Regionalismo: resultado da “consciência eufórica de um país novo”, procurou afirmar as particularidades e a identidade das regiões, na ânsia de “tornar literário” todo o Brasil. Entretanto, permanece na superfície como uma moldura, já que a intriga romanesca é urbana (folhetim). Além disso, os autores usavam uma linguagem citadina e culta.
A POESIA ROM NTICA A DIVISÃO EM GERAÇÕES
O ROMANCE ROM NTICO ORIGENS
O romance e a burguesia O romance, por relatar acontecimentos da vida comum e cotidiana, e por dar vazão ao gosto burguês pela fantasia e pela aventura, veio a ser o mais legítimo veículo de expressão artística dessa classe. O romance narra o presente, as coisas banais da vida e do mundo, numa linguagem simples e direta.
O romance e o folhetim Tanto na Europa quanto no Brasil, o romance surgiu sob a forma de folhetim, publicação diária, em jornais, de capítulos de determinada obra literária. Assim, ao mesmo tempo que ampliava o público leitor de jornais, o folhetim ampliava o público de literatura.
O romance e o folhetim Inicialmente, os folhetins publicados no Brasil eram traduções de obras estrangeiras de autores como Victor Hugo, Alexandre Dumas, Walter Scott e outros. O sucesso do folhetim europeu em jornais brasileiros possibilitou o surgimento de vulgares adaptações. Até que, em 1844, sai à luz o romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo.
Ideologia dos folhetins Ao escrever um folhetim, o artista submetia-se às exigências do público e dos diretores de jornais. Além disso, os folhetins não podiam criticar os valores da época, reivindicar o verdadeiro humanismo, pois obrigatoriamente tinham que se sujeitar aos valores ideológicos do público, constituindo-se assim numa arte de evasão e alienação da realidade.
Estrutura do folhetim 1º HARMONIA = Felicidade = Ordenação social burguesa 2º DESARMONIA = Conflito = Desordem = Crise da sociedade burguesa 3º HARMONIA FINAL = Estabelecimento da felicidade definitiva da sociedade burguesa, com o triunfo de seus valores
Características da prosa romântica Flash-back narrativo: volta no tempo para explicar, por meio do passado, certas atitudes das personagens no presente. O amor como redenção: oposição entre os valores da sociedade e o desejo de realização amorosa dos amantes = o amor é visto como único meio de o herói ou o vilão romântico se redimirem e se “purificarem” = solução: em muitas casos: a morte.
Características da prosa romântica Idealização do herói: ser dotado de honra, de idealismos e coragem = põe a própria vida em risco para atender aos apelos do coração ou da justiça = em algumas obras assume as feições de “cavaleiro medieval”. Idealização da mulher: são desprovidas de opinião própria, são frágeis, dominadas pela emoção, obedientes às determinações dos pais e educadas para o casamento.
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