LITERATURA ROMANTISMO 3 GERAO CONTEXTUALIZAO HISTRICA n n

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LITERATURA ROMANTISMO 3º GERAÇÃO

LITERATURA ROMANTISMO 3º GERAÇÃO

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA n n n n n Segunda metade do século XIX; O nacionalismo

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA n n n n n Segunda metade do século XIX; O nacionalismo ufanista começou a ser questionado; Contradição entre os interesses escravocratas e monarquistas dos latifundiários e os interesses do resto da população; 1850 - Lei Eusébio de Queiroz; 1871 – Lei do Ventre Livre; 1885 – Lei do Sexagenário; Vinda de imigrantes para trabalhar na lavoura brasileira 1864 – 1871: Guerra do Paraguai; Campanha abolicionista;

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA POESIA ROM NTICA DE 3º FASE Também conhecida como HUGOANA OU

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA POESIA ROM NTICA DE 3º FASE Também conhecida como HUGOANA OU CONDOREIRA. n Temáticas voltadas para QUESTÕES SOCIAIS n Transição entre o Romantismo e o Realismo n Geração influenciada pelas ideias presentes naquele contexto: liberais, abolicionistas e republicanas. n Poesia libertária e combativa, de denúncia n

Vulgarmente melodramático na desgraça, simples e gracioso na ventura, o que constituía o seu

Vulgarmente melodramático na desgraça, simples e gracioso na ventura, o que constituía o seu genuíno clima poético era o entusiasmo da mocidade apaixonada pelas grandes causas da liberdade e da justiça — as lutas da Independência na Bahia, a insurreição dos negros de Palmares, o papel civilizador da imprensa e, acima de todas, a campanha contra a escravidão. Manuel Bandeira

POETAS DOS ESCRAVOS

POETAS DOS ESCRAVOS

CATRO ALVES (1847 – 1871) Versos de temática social e tom oratório: alcançar multidões.

CATRO ALVES (1847 – 1871) Versos de temática social e tom oratório: alcançar multidões. n Eloquência, utilização de hipérboles, de antíteses, de metáforas, diversas figuras de linguagem, além da sugestão de imagens e do apelo auditivo. n Franqueza e realismo no exprimir das paixões n

CATRO ALVES (1847 – 1871) Obra dividida em duas grandes temáticas: 1. poesia lírico-amorosa

CATRO ALVES (1847 – 1871) Obra dividida em duas grandes temáticas: 1. poesia lírico-amorosa 2. poesia social e das causas humanas.

CATRO ALVES (1847 – 1871) n Poesia lírico-amorosa: n Poesia associada à Eugênia Câmara.

CATRO ALVES (1847 – 1871) n Poesia lírico-amorosa: n Poesia associada à Eugênia Câmara. n A virgem idealizada dá lugar a uma mulher real. n Mulher sensualizada. n Sentimental, erótica e carnal n Ênfase e simplicidade n Temas da natureza (“oceano”, “deserto”, “infinito”) e da Morte

BEIJO ETERNO Quero um beijo sem fim, Que dure a vida inteira e aplaque

BEIJO ETERNO Quero um beijo sem fim, Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo! Ferve-me o sangue. Acalma-o com teu beijo, Beija-me assim! O ouvido fecha ao rumor Do mundo, e beija-me, querida! Vive só para mim, só para a minha vida, Só para o meu amor! Fora, repouse em paz Dormindo em calmo sono a calma natureza, Ou se debata, das tormentas presa, Beija inda mais! E, enquanto o brando calor Sinto em meu peito de teu seio, Nossas bocas febris se unam com o mesmo anseio, Com o mesmo ardente amor!

Diz tua boca: "Vem!" Inda mais! diz a minha, a soluçar. . . Exclama

Diz tua boca: "Vem!" Inda mais! diz a minha, a soluçar. . . Exclama Todo o meu corpo que o teu corpo chama: "Morde também!" Ai! morde! que doce é a dor Que me entra as carnes, e as tortura! Beija mais! morde mais! que eu morra de ventura, Morto por teu amor! Quero um beijo sem fim, Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo! Ferve-me o sangue: acalma-o com teu beijo! Beija-me assim! O ouvido fecha ao rumor Do mundo, e beija-me, querida! Vive só para mim, só para a minha vida, Só para o meu amor! Castro Alves

CATRO ALVES (1847 – 1871) n Poesia Social: n Enuncia as desigualdades sociais n

CATRO ALVES (1847 – 1871) n Poesia Social: n Enuncia as desigualdades sociais n Situação da escravidão no país n Clama à natureza e às entidades divinas para que vissem a injustiça cometida pelos homens sobre os homens n “Vozes d’África” e “O Navio Negreiro” n Dá ao negro uma atmosfera de dignidade lírica n POESIA PARA SER DECLAMADA EM PRAÇA PÚBLICA!

NAVIO NEGREIRO Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura. .

NAVIO NEGREIRO Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura. . . se é verdade Tanto horror perante os céus? ! Ó mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas De teu manto este borrão? . . . Astros! noites! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão! Quem são estes desgraçados Que não encontram em vós Mais que o rir calmo da turba Que excita a fúria do algoz? Quem são? Se a estrela se cala, Se a vaga à pressa resvala Como um cúmplice fugaz, Perante a noite confusa. . . Dize-o tu, severa Musa, Musa libérrima, audaz!. . .

São os filhos do deserto, Onde a terra esposa a luz. Onde vive em

São os filhos do deserto, Onde a terra esposa a luz. Onde vive em campo aberto A tribo dos homens nus. . . São os guerreiros ousados Que com os tigres mosqueados Combatem na solidão. Ontem simples, fortes, bravos. Hoje míseros escravos, Sem luz, sem ar, sem razão. . .