Linguagem e estilo nOs Maias A linguagem nOs





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Linguagem e estilo n’Os Maias

A linguagem n’Os Maias � Versátil e maleável Registo literário Registos familiar e cuidado e corrente � • Construção frásica elegante e cuidada • Imagens sugestivas • Léxico erudito � • Falas das personagens (registos familiar e corrente e calão) � Reprodução da linguagem oral do português do fim do século XIX

I. Reprodução do discurso no discurso Discurso direto (diálogos) + Discurso indireto livre (a voz do narrador As personagens expõem-se e denunciam o seu carácter � As personagens mostram o que são por aquilo que afirmam e a da personagem confundem-se) Dâmaso: boçal Cohen: irresponsável e inculto Palma «Cavalão» : hipócrita

II. Recursos expressivos Ironia (figura em que se afirma Confere leveza «Quase desde e humor à narrativa o berço este notável menino literalmente uma ideia revelara quando se quer transmitir Associada a uma a mensagem contrária) intenção crítica, permite evidenciar contradições e incongruências um edificante amor por alfarrábios e por todas as coisas do saber. » (Capítulo III)

II. Recursos expressivos Hipálage (caracterização de um elemento através de um traço próprio de outro com o qual se relacionada) Confere elegância e expressividade à prosa «Ega espalhava também pelo quarto um olhar pensativo […]. » (Capítulo XVIII)
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II. Recursos expressivos Permitem descrever estados de alma Comparação e metáfora «[…] os bigodes esvoaçando ao vendaval das paixões […]» (Capítulo VI) Permitem descrever «[…] uma das alamedas laterais artisticamente uma paisagem como um claustro […]» Surgem aliadas à ironia e ao intuito trocista � Formas de descrição insultuosa […] e uma paz religiosa, (Capítulo VIII) «— Tem todas as condições para ser ministro: tem voz sonora, leu Maurício Block, está encalacrado, e é um asno!…» (Capítulo VII)

III. O adjetivo e o advérbio Adjetivo e advérbio utilizados com grande expressividade: Adjetivo Advérbio � Ligado a elementos aos quais, normalmente, não está associado do ponto de vista semântico � Surge, frequentemente, de forma inesperada e surpreendente «sorriso mole» «[…] remexia desoladamente «chiar lento» o seu café […]» • Projetam a subjetividade do enunciador • Desencadeiam efeitos humorísticos

IV. O verbo Produz combinações sugestivas e repletas de significado Verbo trabalhado de forma criativa «Vamo-nos gouvarinhar […]» O imperfeito e o gerúndio dão conta do valor aspectual ou durativo da ação, caracterizando a vida das personagens «O tédio lento ia pesando outra vez […]»

V. Os estrangeirismos • Anglicismos (vocábulos de origem inglesa) • Galicismos ou francesismos (vocábulos de origem francesa) Evidenciam o desejo O seu uso espelha de mostrar requinte e cosmopolitismo, revelando o jogo de aparências da alta sociedade lisboeta a submissão acrítica ao modelo cultural francês (Dâmaso)

VI. Os diminutivos A utilização dos diminutivos pode ter significados quase opostos: Projeta a subjetividade Resulta de uma intenção do narrador, indicando afeto (por exemplo, «Carlinhos» ) sarcástica, visando a depreciação