Linfadenopatias Juliane Feitosa Bezerra Programa de Residncia mdica
Linfadenopatias Juliane Feitosa Bezerra Programa de Residência médica em pediatria HRAS www. paulomargotto. com. br Brasília. , 14 de junho de 2010
Introdução n n n Aumento de linfonodos é um achado comum na infância Criança tem maior quantidade de tecido linfático Resposta linfóide mais exacerbada Origem benigna na maioria dos casos Minoria de casos representa patologias graves
Sistema linfático Tecido primário: Medula óssea e timo n Tecido secundário: Baço, linfonodos Placas de Peyer e tonsilas e medula óssea n Linfonodos superficiais: Cervicais, supraclaviculares, epitrocleares, inguinais, poplíteos e axilares n Linfonodos profundos: Mediastínicos, mesentéricos, retroperitoneais n
Sistema linfático n n RN não tem gânglios palpáveis Pré-escolares e escolares normalmente tem gânglios palpáveis Em crianças de 4 -8 anos podem ser encontrados gânglios de até 1, 5 -2 cm Gânglios supraclaviculares, epitrocleares, poplíteos, mediastínicos e abdominais são sempre anormais
Linfadenomegalia Causada pela proliferação de elementos línfóides normais ou pela infiltração de células malignas ou fagocíticas n
Epidemiologia n n n A incidência precisa é desconhecida Estima-se que 38 -45% das crianças apresentam linfonodos palpáveis Achados mais frequentes na cadeia cervical, axilar e inguinal
Adenopatias n n Regionais ou Generalizadas Não confundir com torcicolo congênito, cisto tireoglosso, cisto branquial e outras tumorações (p. ex. Higroma cístico)
Adenopatias Regionais: Cervical Gânglios cervicais Unilateral X Bilateral: IVAS Unilateral: Adenite inflamatória aguda S. aureus, Streptococcus grupo A, H. influenzae, M. Catarrhalis Evolução lenta, com supuraçãoestafilo Abscesso dentario, peridontite : anaerobios n
Adenopatias Regionais: Cervical Subaguda ou crônica Toxoplasmose Tularemia ( Gânglios aparecem dois dias após inicio do quadro febril) Brucelose (Adenopatia com mal estar) Doença da arranhadura do Gato Adenite por TB ou micobacteria atípica Tumor maligno (neuroblastoma, leucemia, linfoma) Imunodeficiências Doença de Kawasaki n
Adenopatias Regionais: Cabeça n n n Occipitais: Rubéola, roséola e processos inflamatórios comuns como pediculose Pré-auriculares: Infecções oculares crônicas, conjuntivites, doença da arranhadura do gato Submaxilares e submentonianos: Infecções dentárias, gengivais, da língua e da mucosa oral
Adenopatias Regionais Axilares: Processos inflamatórios e infecções locais nos membros superiores, BCG, doença da arranhadura do gato n Inguinais: Linfogranuloma venéreo e linfogranuloma cancróide (Não conundir com hérnia inguinal, lipomas, aneurismas, testículos ectópicos n Abdominais e pélvicos: Adenite mesentérica aguda, linfomas n
Adenopatias generalizadas n n n 2 ou mais grupos de linfonodos não contíguos As causas incluem infecções, doenças auto-imunes, neoplasias, histiocitoses, doenças de armazenamento, a hiperplasia benigna, e reações a drogas Em neonatos considerar infecções congênitas
Adenopatias Generalizadas n n n Frequentemente associadas com hepatoesplenomegalia Considerar: Mononucleose, toxoplasmose, CMV, leishmaniose visceral, artrite reumatóide juvenil, sífilis secundária, leucemias agudas, linfomas, histiocitose X, HIV Solicitar Hemograma e VHS
Avaliação do paciente n n Anamnese: Tempo de aparecimento, velocidade de crescimento, dados epidemiológicos, sinais e sintomas associados Exame fisico: Caracterizar o gânglio (Tamanho, localização, consistência, dor, aderência a planos profundos, rubor, calor, fístulas)
Avaliação do paciente n n n Linfonodos elásticos, nãocoalescentes, não aderidos : Infecções virais ou processos inflamatórios localizados Linfadenopatia localizada, endurecido, doloroso, eritematoso: Linfadenite aguda Perda de peso, palidez, adinamia, hepatoesplenomegalia e febre prolongada
Exames complementares n n n Hemograma, VHS, PCR Bioquímica Sorologias Radiografia de tórax, PPD Ultrassonografia Biópsia excisional e aspiração por agulha fina (PAAF)
Indicações de PAAF Nos casos de linfoadenite aguda com: *Febre e sintomas moderados *Gânglios >3 cm *Flutuantes *Antibioticoterapia ineficaz Não tem valor diagnóstico n
Indicações de Biopsia n n n n Gânglios que aumentam após 2 -3 sem Não regressão após 8 semanas Adenomegalia supraclavicular ou cervical inferior Nódulo maior que 2 cm Ausência de inflamação, aderido a plano profundo, firme, associado a ulceração Falha de resposta a antibioticoterapia Sintomas sistêmicos
Conduta Linfadenite bacteriana Pesquisar um foco infeccioso Tratamento com ATB : Cefalosporina de 1ª geração VO por 10 dias Não resposta ATB EV até 48 h afebril, depois VO n • • Opções: Clindamicina/Oxacilina Compressa morna local TC ou USG Acompanhar quanto a possibilidade de drenagem • Reavaliar em 2 -4 sem
Referências n n n ; Larsson LO, Bentzon MW, Berg Kelly K, et al. Palpable lymph nodes of the neck in Swedish schoolchildren. Acta Paediatr. Oct 1994; 83(10): . [Medline]. Murahovschi, Jayme. Pediatria diagnóstico e tratamento. Pag 701 -706 Linfadenomegalia periférica na infância: Antonio Sérgio Petrilli, Teresa Cristina Alfinito Vieira, Sáhlua Miguel Volc Nelson: Tratado de pediatria: Cap 490 18ª edição http: //emedicine. medscape. com/article/956340
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