LIBERDADE E RESPONSABILIDADE FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO PROFESSORA KAREN
LIBERDADE E RESPONSABILIDADE FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO PROFESSORA: KAREN DACOL DISCIPLINA: FILOSOFIA
O ENTE E O SER Aforismo: frases curtas, que chamam atenção, são provocativas, fazem pensar, tem como finalidade provocar o interlocutor, sugerindo algo e incentivando a reflexão. Platão inicia uma tradição filosófica de desconfiança em relação aos objetos. De acordo com ela, os objetos que se apresentam diante dos nossos sentidos nos enganam. Martin Heidegger postula que estes objetos podem ser caracterizados como: Entes Gerais: tudo aquilo que nos encontra, nos cerca, nos conduz, nos constrange, nos enfeitiça, nos preenche, nos exalta e nos decepciona. Entes Particulares: coisas ou objetos, propriamente ditos. O verdadeiro sentido ocultado pelo ente é o SER, também conhecido como essência. Nas palavras de Hegel, o ser é puro e sem nenhuma determinação. Em oposição as coisas, que mudam e se transformam, o ser é aquilo que permanece inalterado e estável, mesmo com o passar do tempo.
FENOMENOLOGIA A fenomenologia, inaugurada por Edmund Husserl, no século XX, investiga as relações entre a consciência e o mundo. Seu ponto de partida é a redução fenomenológica. Esse procedimento consiste em suspender o juízo sobre a realidade do mundo, para investigar as relações que a consciência, por meio de diferentes atos, estabelece com o mundo. De acordo com a visão de Husserl, a consciência caracteriza-se pela intencionalidade, ou seja, ela é sempre consciência de algo, em dado momento e sob perspectivas particulares. Desse modo, um objeto pode ser conhecido de diversas formas, por diferentes pessoas, em momentos distintos, levando-se em conta os sentimentos do sujeito conhecedor, bem como seus interesses e os atos de consciência envolvidos. Outro aspecto importante abordado pela fenomenologia é a possibilidade de estabelecer relações de mútua determinação entre os comportamentos e as percepções humanas.
EXITENCIALISMO Como representante do existencialismo, Sartre afirmava que as coisas não existem antes de seu conceito. Logo, para elas, a essência precede a existência. Contudo, para o ser humano, a existência precede a essência, pois, antes que ele exista, não é possível definir em um conceito o que virá a ser. Sartre considerava o existencialismo um humanismo, ou seja, uma concepção que privilegiava o ser humano ao reconhecer sua finitude e sua liberdade. Liberdade que consistiria na possibilidade de escolher a própria essência, de inventar-se e reinventar-se a cada momento. Porém, outra marca da humanidade seria a angústia, pois, de acordo com o filósofo, “o homem está condenado a ser livre”, sendo obrigado a construir a própria essência por meio de suas escolhas, as quais repercutem sobre toda a humanidade. Portanto, os indivíduos deveriam assumir sua liberdade e a responsabilidade pelas consequências de suas escolhas.
A RELAÇÃO COM O OUTRO Exercendo sua liberdade, cada ser humano se define. Vivemos no coletivo, cercados por outros indivíduos que também são dotados de liberdade, de escolhas e de julgamento das nossas ações. A relação com o outro atesta nossa própria existência. Precisamos do outro para saber quem somos, essa dependência pode nos levar a abrir mão da liberdade, e quem vive em função da busca por aprovação, acaba vivendo um “inferno”. Sartre afirmou “O INFERNO SÃO OS OUTROS”. Ao colocar no centro de suas preocupações a maneira como a existência é constituída a partir dos atos, Sartre torna evidente o sentido ético do existencialismo. Sua visa de liberdade inclui o principio da responsabilidade, enfatizando que devemos responder pelas nossas ações e somos os únicos responsáveis por elas.
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