LEITURA ORANTE DA BBLIA Ministros da Palavra Santo
LEITURA ORANTE DA BÍBLIA Ministros da Palavra Santo Antônio Da Platina
Importante O Movimento Bíblico ganha força a partir de 1965. O Sinodo: Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja 2008. (animação bíblica) O 1º congresso nacional de animação bíblica 2011
O que é a Bíblia? O A história da Bíblia é nossa história. Quando olhamos para Bíblia vemos nós mesmos. O “A Sagrada Escritura deve ser lida e interpretada com o mesmo Espírito em que foi escrita” (DV 12) O Olhar literário (ver de perto o texto) – Olhar histórico ( situação histórica do texto) – Olhar teológico ( mensagem de Deus)
Mark Girard O Bíblia como: O Floresta densa O Comedouro de passarinho O espelho
Para refletir Eu me recordo de um homem de Deus a quem foi perguntado: ‘O que é mais importante: ler a Palavra de Deus ou orar? ’. Ele respondeu: ‘O que é mais importante para um pássaro, a asa da direita ou a da esquerda? ’
Resposta a três perguntas 1 – o que é leitura orante? 2 – o que preciso para fazer leitura orante? 3 – como faço a leitura orante?
Patrimônio espiritual da Igreja O 1. herança paterna O 2. conjunto dos bens de família, transmitidos por herança O 3. conjunto de bens ou valores de interesse econômico pertencentes a uma pessoa, instituição ou empresa O 4. bem, ou conjunto de bens, de natureza material ou imaterial, de reconhecido interesse (cultural, histórico, ambiental, etc. ) para determinada região, país, etc.
A Leitura Orante é tão antiga quanto a própria Igreja, que vive da Palavra de Deus e dela depende como a água da sua fonte (DV 7. 10. 21).
Pela Leitura Orante, procuramos atingir o que diz a Bíblia: “A Palavra está muito perto de ti: na tua boca e no teu coração, para que a ponhas em prática” (Dt 30, 14). Na boca, pela leitura; no coração, pela meditação e pela oração; na prática, pela contemplação. O objetivo da Leitura Orante é o objetivo da própria Bíblia: “Comunicar a sabedoria que leva à salvação pela fé em Jesus Cristo” (2 Tm 3, 15); “instruir, refutar, corrigir, formar na justiça e, assim, qualificar o homem de Deus para toda a boa obra“ (2 Tm 3, 16 -17); “proporcionar perseverança, consolo e esperança” (Rm 15, 4); ajudar-nos a aprender dos erros dos antepassados (cf. 1 Cor 10, 6 -10).
Recordando a história. . . O A leitura orante da Palavra é uma tentativa de responder às constantes exortações que existem na tradição judaico-cristã de ler, conhecer e saborear a Bíblia. Entre as muitas experiências contidas na Bíblia, escolhemos a do Terceiro Isaías:
O "O Senhor Deus me deu língua de discípulo para que eu saiba ao enfraquecido, ele faz surgir uma palavra. Manhã após manhã ele me desperta o ouvido, para que eu escute, como os discípulos; O Senhor Deus abriu-me o ouvido" (Is 50, 4 -5).
O Ler, meditar, rezar a Palavra e tratá-la como um organismo vivo faz parte da espiritualidade do povo judeu. Desde os primeiros séculos, as primeiras comunidades cristãs adotaram essa prática. A expressão lectio divina surge com Orígenes, no século 3. Na carta que ele escreveu Gregório, por volta do ano 238, encontra-se a seguinte exortação:
O Dedica-te à lectio das divinas escrituras; ocupa-te disto com perseverança. . . O Empenha-te na lectio com o intuito de acreditar e de agradar a Deus. . . O Dedicando-te, assim, à lectio divina, busca, com lealdade e confiança inabalável em Deus, o sentido das Escrituras divinas, nelas contido com grande amplitude.
O Cassiano, nos inícios do século V, exorta: "Esforça-te em aplicar-te assiduamente, aliás, constantemente, à lectio divina, e insiste nisto até que esta meditação contínua tenha impregnado a tua alma e, de certa forma, a tenha plasmado à sua imagem" (Conferências, XIV, 10).
O Por volta da metade do século XII, Ugo de S. Vítor propõe as seguintes etapas: leitura, meditação, oração e ação. Pouco depois, o monge cartuxo Guigo II, em sua carta a Gervásio, sintetiza colocando quatro graus: leitura, meditação, oração e contemplação. É essa classificação que chega até os nossos dias.
Retomando a tradição: Concílio Vaticano II O Nos anos 40 a 50 renasce novamente o interesse pela prática da lectio. O Concílio Vaticano II confirma a centralidade da Palavra na vida da Igreja. A Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina proclama: "O estudo dos Livros Sagrados deve ser como a alma da Teologia" (DV 24). "É preciso que os fiéis tenham amplo acesso à Sagrada Escritura" (DV 22).
O O documento ainda exorta a todos os fiéis a leitura assídua acompanhada pela oração e a pregação. Após o Concílio, a prática da leitura orante foi aumentando graças à prática de novas comunidades religiosas, aos movimentos eclesiais, especialmente as CEBs e na pastoral de algumas dioceses.
O O documento: A interpretação da Bíblia na Igreja, escrito em 1993, confirma a necessidade do estudo da Palavra de Deus usando a mediação das ciências.
O Na introdução, João Paulo II afirma: "O modo de interpretar os textos bíblicos para os homens e as mulheres de hoje tem conseqüências diretas sobre a relação pessoal e comunitária dos mesmos com Deus, e esta também estreitamente ligado à missão da Igreja". O Quais os meus sentimentos diante dessa tradição da Igreja?
“ela demostrou muito amor” Lc 7, 47 “A atitude é o termômetro do amor”
1 Rs 19, 12 - Mt 6, 5
“Igreja de nossos dias gasta mais tempo (e dinheiro) com marketing e divulgação do que com os joelhos gastos no chão” “Um homem não é maior que sua vida de oração” Leonard Ravenhill "Se somos fracos na oração, nós somos fracos em toda a parte. "
Atitude de fé O Acreditar que o texto bíblico é inspirado, assim como o leitor também o é. A leitura de um texto bíblico depende da interação entre a experiência da pessoa que lê com o texto que está sendo lido.
Comunhão com a Igreja. O A escritura é um texto vivo que transmite a experiência de uma comunidade viva. O texto bíblico deve ser lido em comunidade
Is 55, 1 -5
LER Ler com calma Reler pausadamente Pronunciar bem cada palavra Observar os personagens, os fatos, as falas “Escutar” o texto Saborear as palavras Perceber o sentido das palavras Acolher o texto como se fosse dirigido a você DEGRAUS DA LECTIO DIVINA MEDITAR ORAR CONTEMPLAR Permanecer numa palavra ou numa expressão que te tocou durante a leitura Dizer para si mesmo esta palavra ou esta expressão Deixar esta palavra inundar sua alma Perguntar-se o que esta palavra significa hoje para você “Mastigar”, “ruminar” a palavra O que esta palavra te diz ? Perguntar o que o Senhor quer te sugerir hoje com esta palavra, te pedir, te exigir? Fazer uma oração PESSOAL Sua oração deve nascer da palavra ou da expressão que você meditou Utilizar palavras simples na oração Deixar a oração brotar do seu coração Agradecer, louvar, suplicar Falar com o Senhor, como se Ele estivesse à sua frente Disponibilizar-se ao Senhor Manter-se quieto, em silêncio total Deixar Deus agir em você Não se apegar aos pensamentos Escolher UMA palavra sagrada para sempre te acompanhar nestes momentos de silêncio. Essa palavra pode ser: Jesus Quando se observar distraído, voltar à sua palavra sagrada AGIR Comparar a sua oração com a sua realidade Pensar numa ação concreta para seu crescimento Definir como fazer e como praticar a ação escolhida Ser humilde, tentar mudar nas pequenas coisas Agir para o crescimento próprio e para o crescimento da comunidade
Guigo tem várias descrições da leitura orante. Ele diz: “A leitura busca a doçura da vida bemaventurada, a meditação a encontra, a oração a pede e a contemplação a saboreia. A leitura leva comida sólida à boca, a meditação a mastiga e rumina, a oração prova o seu gosto e a contemplação é a própria doçura que alegra e recria.
A leitura atinge a casca, a meditação penetra no miolo, a oração formula o desejo e a contemplação é o gosto da doçura já alcançada”. O que mais chama a atenção nos escritos de Guigo é a sua insistência em descrever a contemplação como uma saborosa curtição da doçura que existe na Palavra de Deus.
Com outras palavras, os quatro degraus não são técnicas de leitura, mas sim etapas do processo normal da assimilação da Palavra de Deus na vida, através da leitura meditada e orante. Não são normas técnicas para orientar a nossa reunião em torno da Bíblia, mas sim atitudes básicas que todos devemos ter sempre diante da Palavra de Deus. Elas devem estar presentes tanto na leitura individual como na reunião do grupo, tanto na prática simples das comunidades, como no estudo científico dos exegetas.
Um agricultor nordestino disse: “Quando eu fui começando essa caminhada aqui na Escola Bíblica, eu fui vendo e sentindo que a Bíblia não é brincadeira. Que ela muito exige da gente. Exige que a gente viva o que a gente ouve, lê e vai aprendendo. Aí eu achei que não ia aguentar a barra. Eu pensei em deixar a Escola Bíblica. Aguentei mais um pouco e aí fui notando que se a gente vai deixando a Palavra de Deus entrar dentro da gente, a gente vai se divinizando. Assim, ela vai tomando conta da gente e a gente não consegue mais separar o que é de Deus e o que é da gente. Nem sabe muito bem o que é Palavra dele e palavra da gente. A Bíblia fez isso em mim. Aí eu não consegui deixar a Escola Bíblica”.
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