Leishmaniose Visceral Programa de Residncia Mdica em Infectologia

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Leishmaniose Visceral Programa de Residência Médica em Infectologia Pediátrica Sylvia Ma L. Freire www.

Leishmaniose Visceral Programa de Residência Médica em Infectologia Pediátrica Sylvia Ma L. Freire www. paulomargotto. com. br Brasília, 3 de dezembro de 2010

Leishmaniose visceral • Calazar – febre negra • 1903 – William Leishman – autópsia

Leishmaniose visceral • Calazar – febre negra • 1903 – William Leishman – autópsia de soldado indiano • 1903 – Charles Donovan – descrição semelhante do baço de pacientes falecidos por malária crônica • 1913 – Mignone – Paraguai – paciente proveniente do Brasil

Etiologia • Protozoário da família Trypanosomatidae , gênero Leishmania: - L. infantum - L.

Etiologia • Protozoário da família Trypanosomatidae , gênero Leishmania: - L. infantum - L. donovani - L. chagasi • Intra-celular

Epidemiologia • • • OMS: 7 endemias de prioridade absoluta 500. 000 novos casos

Epidemiologia • • • OMS: 7 endemias de prioridade absoluta 500. 000 novos casos a cada ano Zoonose x antropozoonose ? América Latina: 90% - Brasil

Transmissão

Transmissão

Fisiopatologia e Imunologia • Destruição das promastigotas – sistema complemento + resposta inata •

Fisiopatologia e Imunologia • Destruição das promastigotas – sistema complemento + resposta inata • Infecção dos macrófagos: moléculas de superfície (gp 63 ; LPG) + receptores do complemento , fibronectina e manose fucose

Fisiopatologia e Imunologia ESTADO IMUNOLÓGICO DO HOSPEDEIRO

Fisiopatologia e Imunologia ESTADO IMUNOLÓGICO DO HOSPEDEIRO

Fisiopatologia e Imunologia • Destruição das promastigotas – sistema complemento + resposta inata •

Fisiopatologia e Imunologia • Destruição das promastigotas – sistema complemento + resposta inata • Infecção dos macrófagos: moléculas de superfície (gp 63 ; LPG) + receptores do complemento , fibronectina e manose fucose

Fisiopatologia e Imunologia • Comprometimento do sistema retículoendotelial hipertrofia e hiperplasia - Fígado -

Fisiopatologia e Imunologia • Comprometimento do sistema retículoendotelial hipertrofia e hiperplasia - Fígado - Baço - Medula

Manifestações Clínicas Forma Assintomática Forma Oligossintomática Forma Clássica

Manifestações Clínicas Forma Assintomática Forma Oligossintomática Forma Clássica

Manifestações Clínicas • • • febre, hepatoesplenomegalia, astenia, emagrecimento tosse diarréia Procedência de zona

Manifestações Clínicas • • • febre, hepatoesplenomegalia, astenia, emagrecimento tosse diarréia Procedência de zona endêmica Resposta ao tratamento empírico CASO CONFIRMADO

Manifestações Clínicas

Manifestações Clínicas

Critérios de Gravidade • • Idade: < 6 meses ou > 65 anos Desnutrição

Critérios de Gravidade • • Idade: < 6 meses ou > 65 anos Desnutrição grave Comorbidades Icterícia, manifestações hemorrágicas, edema generalizado e sinais de toxemia.

Diagnóstico Diferencial • Forma oligossintomática: esquistossomose mansônica, febre tifóide • Brucelose, tuberculose, malária e

Diagnóstico Diferencial • Forma oligossintomática: esquistossomose mansônica, febre tifóide • Brucelose, tuberculose, malária e mononucleose infecciosa • Encardite infecciosa • Doenças hematológicas malignas

Diagnóstico Laboratorial • Provas inespecíficas • Provas específicas: - demonstração do parasito; - provas

Diagnóstico Laboratorial • Provas inespecíficas • Provas específicas: - demonstração do parasito; - provas sorológicas; - técnicas de biologia molecular

Demonstração do Parasito • Exame direto de preparações coradas (Giemsa, Leishman): - Baço: 95

Demonstração do Parasito • Exame direto de preparações coradas (Giemsa, Leishman): - Baço: 95 - 98% Fígado: 76 – 91% Medula óssea: 52 – 89% Linfonodo: 52 – 69% • Cultura: meio NNN • Inoculação em animais • Histopatológico

Métodos Sorológicos • Intradermorreação de Montenegro: extrato antigênico de promastigotas - hipersensibilidade tardia -

Métodos Sorológicos • Intradermorreação de Montenegro: extrato antigênico de promastigotas - hipersensibilidade tardia - Inquérito epidemiológico • Aglutinação indireta - S 91 a 100% E 72 a 100% - Reatividade cruzada - Não diferencia infecções recentes e tardias

Métodos Sorológicos • Imunoflorescência indireta - promastigotas de L. donovani - requer microscópio de

Métodos Sorológicos • Imunoflorescência indireta - promastigotas de L. donovani - requer microscópio de imunoflorescência - Alta sensibilidade, especificidade moderada - Positividade precoce • ELISA - Mais sensível e menos específico - Antígenos purificados - Pouca precisão em casos subclínicos

Métodos Sorológicos • Imunocromatografia – “teste rápido” - Antígeno recombinante: r. K 39 Fácil

Métodos Sorológicos • Imunocromatografia – “teste rápido” - Antígeno recombinante: r. K 39 Fácil execução Resultado em cerca de 10 minutos Sangue periférico: S 91 – 95% E 100% Identifica casos de “doença ativa” K 26 – potencialização da sensibilidade

Biologia Molecular • Reação de cadeia de polimerase - Detecta a presença de DNA

Biologia Molecular • Reação de cadeia de polimerase - Detecta a presença de DNA da Leishmania a partir da utilização de oligonucleotídeos de seqüências conservadas de espécies - Sensibilidade de 94% - Alto custo

Exames Auxiliares • Hemograma: pancitopenia • Provas de função hepática e função renal •

Exames Auxiliares • Hemograma: pancitopenia • Provas de função hepática e função renal • Proteínas totais e frações: hipergamaglobulinemia • TAP: alargado nos quadros graves • EAS

Tratamento TRATAMENTO DE SUPORTE TRATAMENTO ESPECÍFICO • Tratamento prolongado • Drogas tóxicas • Dificuldade

Tratamento TRATAMENTO DE SUPORTE TRATAMENTO ESPECÍFICO • Tratamento prolongado • Drogas tóxicas • Dificuldade de realização de tratamento ambulatorial

Tratamento Específico • • Antimoniais pentavalentes Contra-indicações -- Inibem a via e a oxidação

Tratamento Específico • • Antimoniais pentavalentes Contra-indicações -- Inibem a via e a oxidação de ácidos graxos Pacientes emglicolítica uso de betabloqueadores e drogas -- antiarrítmicas Pentostan Portadores de insuficiência–renal e hepática Glucantime: 20 mg/kg/dia 20 dias nos dois IM primeiros -Gestantes via de administração: ou IV trimestres - efeitos colaterais proporcionais a dose acumulada

Tratamento Específico • Pentamidinas - Alteram a estrutura do cinetoplasto e síntese de poliaminas

Tratamento Específico • Pentamidinas - Alteram a estrutura do cinetoplasto e síntese de poliaminas - Via de administração: IM ou IV - Menor eficácia - Maior toxicidade

Tratamento Específico • Anfotericina B - via de administração: IV - Altera a síntese

Tratamento Específico • Anfotericina B - via de administração: IV - Altera a síntese de fosfolípides de membrana desoxicolato Contra indicações: cardiopatias, neforpatias e hepatopatias Forma lipossomal Maior dose diária Alto custo Droga de escolha nos casos considerados graves

Tratamento Específico • Miltefosine - Via de administração: oral - Agente anti-neoplásico - Utilizado

Tratamento Específico • Miltefosine - Via de administração: oral - Agente anti-neoplásico - Utilizado na Índia – para casos refratários - Estudos em fase III e IV – resultados insatisfatórios em populações nacionais - Teratogênico – não há toxicidade reprodutiva masculina

Tratamento Específico • Outras drogas: - Alopurinol – resultados insatisfatórios - Tamoxifeno – estudos

Tratamento Específico • Outras drogas: - Alopurinol – resultados insatisfatórios - Tamoxifeno – estudos em fases iniciais

Tratamento de Suporte • Antibioticoterapia - Pacientes neutropênicos – terapia empírica • Suporte hemoterápico

Tratamento de Suporte • Antibioticoterapia - Pacientes neutropênicos – terapia empírica • Suporte hemoterápico • Suporte nutricional

Resposta ao Tratamento • Parâmetros clínicos: - desaparecimento da febre: 2º a 5º dia

Resposta ao Tratamento • Parâmetros clínicos: - desaparecimento da febre: 2º a 5º dia de tratamento - ganho ponderal: primeiras semanas - redução da hepatoesplenomegalia: inicia-se nas primeiras semanas. Regressão total após meses. - normalização das proteínas séricas: meses*

Seguimento • MS (2009): 6 meses • Crianças: 3º; 6º; 12 o mês -

Seguimento • MS (2009): 6 meses • Crianças: 3º; 6º; 12 o mês - avaliação clínica - HC, função hepática, proteínas totais e frações.

Medidas de Controle Diagnóstico precoce Tratamento dos casos humanos Eliminação dos reservatórios Letalidade Morbidade

Medidas de Controle Diagnóstico precoce Tratamento dos casos humanos Eliminação dos reservatórios Letalidade Morbidade Risco de transmissão Eliminação do vetor Vigilância entomológica e aspersão de inseticidas

Eliminação do Reservatório Tratamento canino: • -Calazar canino calazar humano aminosidina, anfotericina B -

Eliminação do Reservatório Tratamento canino: • -Calazar canino calazar humano aminosidina, anfotericina B - alopurinol, Manifestações variáveis: início insidioso e evolução lenta - Presença de parasitas após o tratamento - indução Ausência de sintomas de resistência - Recomendação de eutanásia: OMS e Ministério da Saúde

Eliminação do Reservatório • Medidas de controle: - Vacina - fucose manose ligante –

Eliminação do Reservatório • Medidas de controle: - Vacina - fucose manose ligante – complexo glicoprotéico extraído de isolados de L. donovani - liberação pelo Ministério da Agricultura (2003); - proteção de 92 a 95% em 24 a 41 meses - infectividade potencial do cão vacinado - Coleiras de PVC impregnadas por deltametrina