Lara Pereira R 3 DIP www paulomargotto com
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Lara Pereira R 3 DIP www. paulomargotto. com. br Brasília, 19 de novembro de 2014
Etiologia - Vírus varicela-zóster (VZ) Alphaherpesvirus – HHV 3 Exclusivamente humano Características morfológicas ~ Herpesvirus Herpes Latência Recorrência Cronicidade
Epidemiologia Cosmopolita Altamente contagiosa Única fonte de contaminação – ser humano Infecção - < 15 anos Adultos < 5%
Epidemiologia Sem predomínio pelo sexo Ocorre de forma endêmica Surtos epidêmicos Final do inverno e início da primavera Herpes zoster – qualquer época do ano Menor contagiosidade do que infecção primária
Epidemiologia Pré-vacinal Epidemias anuais – inverno e primavera 4 milhões de casos 11 milhões internações Centena de óbitos / ano Grupo de Risco RN / Imunocomprometidos (principalmente celular) Adolescentes / Adultos Gestantes último trimestre
Epidemiologia - Transmissão Secreções respiratórias Líquido das lesões cutâneas Ar Contato direto
Epidemiologia - Transmissão Taxa de ataque secundário – contactantes domiciliares de varicela – 90% Taxa de ataque secundário – contactantes domiciliares de herpes-zoster – 15%
Epidemiologia - Transmissão Contagiosidade 24 a 48 horas antes da erupção Lesões crostosas 3 – 7 dias
Epidemiologia – Herpes-zoster Adultos e imunocomprometidos Sem variação sazonal Incidência aumenta com idade Crianças sadias Primoinfecção VZ intraútero / 1º ano de vida Incidência – crianças que tiveram varicela com idade < 2 meses – cinco vezes maior / 2 – 12 meses
VZ Patogenia Vias respiratórias Conjuntiva Replicação primária Amígdalas Linfonodos regionais 4 – 5 dias Viremia – disseminação diversos órgãos e tecidos Subclínica breve
Replicação nos diversos órgãos Patogenia Viremia secundária Mais prolongada 14 – 21 dias do contato Exantema / Lesões cutâneas disseminadas Surtos – multiplicação viral cíclica Achados histopatológicos das lesões de pele são idênticos = varicela – herpes-zoster
Resposta imune 2 – 5 dias após exantema Anticorpos Ig. G, Ig. M, e Ig. A Títulos mais elevados – 2ª - 3ª semana Anticorpos - maternos / imunoglobulinas Não são capazes de evitar infecção mas podem modificá-la
Resposta imune Os níveis de anticorpos séricos permanecem razoavelmente estáveis por décadas Resposta imune celular diminui após quarta década de vida Resposta imune celular específica - varia inversamente com a incidência de herpes -zoster
Pacientes Imunodeprimidos - - Crianças com deficiências na imunidade celular - congênitas ou adquiridas - formas graves ou disseminadas HIV positivos Portadores de neoplasias hematológicas ou tumores sólidos pós – QT / pós – transplante Uso de drogas imunossupressoras Imunodeficiências celulares congênitas
Pacientes Imunodeprimidos Reativação tardia: “doença primária” – pós-transplante Disseminação cutânea acometimento visceral Pneumonite – associação com altas taxas de mortalidade Pós-transplante de medula óssea: manifestações iniciais atípicas
Quadro Clínico Doença eruptiva febril comum Gravidade variável Autolimitada Complicações graves Superinfecção bacteriana Pneumonia Encefalite Transtornos hemorrágicos Infecção congênita / Infecção perinatal
Quadro Clínico – Varicela Clássica Período incubação Média 12 – 15 dias Período prodrômico Duração – horas a três dias Manifestações discretas ○ Febre baixa ○ Cefaléia ○ Anorexia / vômitos ○ Estado geral preservado
Quadro Clínico – Varicela Clássica Período Exantemático Aparece primeiro no couro cabeludo, face ou tronco Pruriginoso Associado febre e mal-estar Evolução rápida das várias formas de lesão
Quadro Clínico Varicela Clássica Período Exantemático Turvação e a umbilicação – 24 a 48 horas Enquanto as lesões iniciais tornam-se crostosas novos grupos de lesões se formam no tronco e em seguida nos membros Crostas se desprendem sem deixar cicatriz – 4 a 6 dias depois
Quadro Clínico – Varicela Clássica Algumas pecularidades Polimorfismos regional (surtos) Distribuição centrípeta Maior quantidade de lesões no tronco e cabeça Vesículas apresentam formas, contornos e dimensões irregulares, com parede fina e conteúdo seroso, cercadas por halo eritematoso Confluência - rara
Números lesões – casos não complicados 250 a 500 lesões
Complicações Infecções de pele e partes moles Pneumonia Hepatite Síndrome de Reye Encefalite Ataxia cerebelar aguda - Ocorre 2 -3 sem após o fim da doença e pode persistir por 2 meses, caracterizado por disarritmia e descoordenação, com o sensório preservado (Bom prognóstico)
Zoster Reativação do VZ latente Crianças – tende a ser mais brando Neuralgia pós-herpética – menor frequência
Zoster Incidência maior em imunodeprimidos 29, 4 casos/1. 000 pessoas/ano – HIV+ 2, 0 casos/1. 000 pessoas/ano - soronegativas
Zoster Primeira manifestação – dor na área correspondente ao trajeto do nervo Súbita / Insidiosa Intensidade discreta – intolerável Precede as primeiras lesões cutâneas (3 – 5 dias) Associado febre, mal estar, cefaléia e mal-estar geral
Zoster Lesões cutâneas Eritematopapulosas Papulavesiculosas e papulopustulosas Agrupam dentro 1 a 2 dermátomos adjacentes Unilateral Não ultrapassa a linha média
Zoster Regiões mais acometidas Torácica – 53% Cervical – 20% Trigêmeo – 15% Lombossacra – 11%
Zoster Regiões mais acometidas Torácica – 53% Cervical – 20% Trigêmeo – 15% Lombossacra – 11%
Zoster - Complicações Nevralgia – mais comum Dor persistente em mais de 4 a 6 semanas após erupção cutânea Incidência – associada a idade ○ 40% - pacts > 50 anos ○ Mais freqüente em mulheres e após acometimento do trigêmeo
Zoster – Complicações cutâneas Mais frequente – em crianças Streptococcus pyogenes Staphylococcus aureus Linfadenite e abscessos
Medidas Gerais Uso de anti-histamínicos (Evidência 1 C) Uso de anti-térmicos e analgésicos Banho de permanganato de potássio?
Tratamento Antiviral Aciclovir - Susceptibilidade menor que o vírus do herpes simples (doses cerca de 10 x maiores) Redução significativa do número de lesões Redução na duração da febre e no tempo de aprecimento de lesões novas
Tratamento Antiviral - Efetivo quando instituído nas primeiras 24 h de aparecimento do rash. Uso questionável após 24 h – indicado nos pacientes imunodeprimidos Doses: VO: 80 mg/kg/dia – 4 a 5 x EV: 10 mg/kg – 8 em 8 horas – infusão lenta!
Tratamento Antiviral - Pacientes com risco de desenvolver a forma complicada: Idade > 12 anos Doenças crônicas Uso de corticoesteróides (oral ou inalatório) Uso crônico de salicilatos Casos subsequentes intra-domiciliares
Vacina Vírus vivo atenuado Disponível para uso a partir dos 12 meses - Uma dose: a partir dos 12 meses Nova dose dos 4 aos 6 anos Duas doses: a partir dos 19 meses Forma “combinada” - + tríplice viral -
Vacina – indicações pré exposição - Imunocompetentes suscetíveis em contato domiciliar ou hospitalar com imunocomprometidos - Suscetíveis que serão transplantados (3 sem antes) - LLA e tumores sólidos em remissão há mais de um ano (LT> 1200/mm³, plaq> 100. 000/mm³) - QT: suspender 2 semana antes e 1 sem após vacinação - HIV+ assintomáticos ou oligossintomáticos = 2 doses - Suscetíveis imunocompetentes no momento da internação se houver caso de varicela na enfermaria
Vacina: indicações pós exposição - (72 -96 h do contato) - Pacientes e profissionais de saúde suscetíveis imunocompetentes, se houver caso de varicela em hospitais ou aglomerados - Todos adolescentes ou adultos suscetíveis expostos
Profilaxia Pós-Exposição Imunização passiva: imunoglobulina anti –VZ - Redução das taxas de ataque - Necessidade de seguimento - Indicações: - Imunodeprimidos Gestantes RN de mães que desnvolveram varicela 5 dias antes - 2 dias após o parto RNPT < 28 sem e/ou < 1000 g, independentemente do estado imunológico da mãe RNPT > 28 sem e > 1000 g, se a mãe for suscetível 125 unidades/ 10 kg – máximo 625 unidades - Período de incubação: 28 dias -
Gestantes e Neonatos - - Varicela congênita Lesões cicatriciais, acometimento de membros, sequelas neurológicas e oftalmológicas 1ª metade da gestação – 13ª a 20ª s Doença perinatal Doença materna nos 21 dias que precedem o parto 25 – 50% Maior gravidade – 5 dias antes até 48 h após o parto
Obrigada
Nota: do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto. Consultem também! Varicela Congênita Autor(es): Mauro P. Bacas Infecções perinatais crônicas: Varicela, Rubéola, Herpes simples, Chagas, Imunodeficiência adquirida e Tétano Autor(es): Geraldo Magela Fernandes
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