KANT E O CRITICISMO AULAS 19 E 20

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KANT E O CRITICISMO AULAS 19 E 20 PROFESSORA: KAREN DACOL DISCIPLINA: FILOSOFIA

KANT E O CRITICISMO AULAS 19 E 20 PROFESSORA: KAREN DACOL DISCIPLINA: FILOSOFIA

VIDA E OBRA DE IMMANUEL KANT Immanuel Kant (1724 -1804), nasceu em Königsberg, na

VIDA E OBRA DE IMMANUEL KANT Immanuel Kant (1724 -1804), nasceu em Königsberg, na Alemanha, onde passou toda a sua vida e foi professor universitário. As principais obras de Kant foram: Crítica da razão pura (1781), que aborda a questão do conhecimento; Crítica da razão prática (1788), voltada para a Ética; e Crítica do juízo (1790), relacionada à Estética. Ao empregar a palavra “crítica”, Kant está interessado em questionar a validade do nosso conhecimento e de nossos valores. Em outras palavras, faz da crítica do conhecimento um pré-requisito para a Filosofia, daí o termo criticismo kantiano.

TEORIA DO CONHECIMENTO Em Crítica da razão pura, Kant não tentou explicar o mundo,

TEORIA DO CONHECIMENTO Em Crítica da razão pura, Kant não tentou explicar o mundo, mas sim entender a razão, seus princípios e sua estrutura, ou seja, procurou descobrir o que cabe à razão. Dessa forma, buscou os limites do conhecimento, identificando como primeira regra do entendimento humano a causalidade. Todo fenômeno tem uma causa, ou seja, apresenta-se diante da razão no espaço e no tempo. Portanto, algo que não tem causa não pode ser conhecido. A ideia de Deus, assim como a de alma ou a de liberdade, por exemplo, não pode ser objeto de conhecimento, uma vez que Deus não se apresenta nem no espaço, nem no tempo. Kant limitou o conhecimento ao mundo dos fenômenos, ou seja, das ações que se apresentam diante de nós. Dessa forma qualquer situação que ocorra fora do espaço e do tempo não pode ser conhecida. Deus é considerado o absoluto, portanto é absolutamente livre: não se submete a nenhuma regra e, consequentemente, não pode ser conhecido. A essas coisas que podem ser pensadas, mas não se apresentam como fenômeno (e, por isso, não podem ser conhecidas) Kant chamou de “a coisa em si” (em alemão, das Ding an sich) ou númeno. O pensamento kantiano se opõe à metafísica: ela jamais chegará a uma verdade, pois lhe falta a possibilidade da experiência. Ao fazer questionamentos sobre Deus, alma ou liberdade, a metafísica é pródiga em criar antinomias – conflitos entre duas afirmações contraditórias, mas que podem ser provadas racionalmente se consideradas de maneira isolada.

A SÍNTESE ENTRE RACIONALISMO E EMPIRISMO Para Kant, o conhecimento sobre o mundo surge

A SÍNTESE ENTRE RACIONALISMO E EMPIRISMO Para Kant, o conhecimento sobre o mundo surge da combinação entre razão e fenômeno. A razão, sem o fenômeno, só é capaz de construções óbvias; enquanto o fenômeno, sem a explicação racional, é vazio. Dessa maneira, o conhecimento é composto de matéria (que são as coisas conforme elas se apresentam diante de nós) e forma (que é a nossa racionalidade). Outra importante ideia de Kant diz respeito à necessidade de encarar a experiência a partir de um questionamento prévio elaborado racionalmente. Os homens percebem o mundo à sua volta por meio da intuição, entendida como um dado obtido pelos sentidos sem a intermediação da linguagem ou da lógica. A visão é o principal sentido da intuição. Existem dois tipos de intuição, a pura e a empírica. A intuição pura é a forma como percebemos o mundo antes da experiência, ou seja, é a forma mais “crua” de entendimento. É constituída pelo espaço e pelo tempo, que são propriedades da consciência. O espaço é o fundamento de toda intuição, é a forma como sentimos a exterioridade. Ou, em outras palavras, é a forma de nosso sentido externo. O tempo inclui a lembrança do passado e a previsão do futuro que se encontra na nossa interioridade. É a forma como percebemos a nós mesmos. O tempo é a forma de percepção de nosso sentido interno. Kant usa o termo a priori (= antes da experiência) para se referir à intuição pura.

A SÍNTESE ENTRE RACIONALISMO E EMPIRISMO A intuição empírica é uma associação da razão

A SÍNTESE ENTRE RACIONALISMO E EMPIRISMO A intuição empírica é uma associação da razão com a experiência. Ou seja, é a forma como, partindo de um questionamento sobre o mundo dos fenômenos, chegamos a um pensamento sobre ele. Em outras palavras, é o conhecimento obtido a posteriori (= depois da experiência). Por outro lado, são a priori, ou independentes da experiência, as condições ou os fundamentos de qualquer conhecimento humano. Kant promove a conciliação entre racionalismo e empirismo. Afinal, para ele, o conhecimento tem origem tanto na razão pura quanto na experiência. Então, surge a noção de ciência como atividade que busca, essencialmente, estabelecer uma relação entre as formas gerais da razão (ou seja, o entendimento) e o mundo dos fenômenos. A intuição é uma forma passiva de obter o conhecimento, enquanto o entendimento é uma forma ativa. Por meio do entendimento, o ser humano emite juízos. Há dois tipos de juízos, os analíticos e os sintéticos. O juízo analítico é uma mera constatação, ou seja, uma proposição em que o predicado pertence ao sujeito. O juízo sintético é aquele em que o predicado não está contido no sujeito, ou seja, é aquele que agrega um conhecimento.