Jos Abelardo Barbosa de Medeiros Surubim 30 de
José Abelardo Barbosa de Medeiros (Surubim, 30 de setembro de 1917 -� Rio de Janeiro, 30 de junho de 1988), o Chacrinha, foi um grande comunicador de rádio e um dos maiores nomes da televisão no Brasil. Como apresentador de programas de auditório alcançou enorme sucesso dos anos 50 aos 80.
Em seus programas de televisão foram revelados, para o país inteiro, nomes como Roberto Carlos, Paulo Sérgio e Raul Seixas, entre muitos outros. Desde os anos 70 era chamado de Velho Guerreiro, conforme homenagem feita a ele por Gilberto Gil, que assim se referiu a ele numa conhecida letra de canção que compôs chamada "Aquele Abraço".
Infância Nasceu em Surubim e aos 10 anos de idade se mudou com a família para Campina Grande, na Paraíba. Aos 17 foi estudar em Recife.
Começou a cursar faculdade de Medicina em 1936 e, em 1937, teve o seu primeiro contato com o rádio, na rádio Clube de Pernambuco, ao dar uma palestra sobre alcoolismo. Apesar de sucessivas crises financeiras na família, Chacrinha teve uma infância tranquila.
Início da carreira Em Recife, ponto de chegada, Chacrinha prosseguiu seus estudos e todos os caminhos pareciam indicar a Faculdade de Medicina para o jovem Abelardo.
Não pretendendo passar um ano inteiro no quartel, falsificou a data de nascimento na cédula de identidade e acabou ingressando no Tiro de Guerra. Após esta experiência foi tocar bateria. Dois anos depois de começar seus estudos de medicina, em 1938 caiu nas mãos de colegas já formados que o salvaram de uma apendicite supurada e gangrenada.
Ainda convalescente da delicada cirurgia, como percussionista do grupo Bando Acadêmico ele decidiu, aos 21 anos, viajar como músico no navio Bagé rumo à Alemanha. Porém, naquele dia estourou a Segunda Guerra Mundial que agitava o mundo em 1939. O fizeram desembarcar na então capital federal, o Rio de Janeiro, onde se tornou locutor na Rádio Tupi.
Em 1943 lançou, na Rádio Fluminense, um programa de músicas de Carnaval chamado Rei Momo na Chacrinha, que fez muito sucesso. Passou então a ser conhecido como Abelardo "Chacrinha" Barbosa. Nos anos 50 comandaria o programa Cassino do Chacrinha, no qual lançou vários sucessos da música brasileira como Estúpido Cupido, de Celly Campello, e Coração de Luto, do artista gaúcho Teixeirinha.
Carreira televisiva Em 1956 estreou na televisão com o programa Rancho Alegre, na TV Tupi, na qual começou a fazer também a Discoteca do Chacrinha. Em seguida foi para a TV Rio e, em 1970, foi contratado pela Rede Globo.
Chegou a fazer dois programas semanais: A Buzina do Chacrinha (no qual apresentava calouros, distribuía abacaxis e perguntava "Vai para o trono ou não vai? ") e Discoteca do Chacrinha. Dois anos depois voltou para a Tupi. Em 1978 transferiu-se para a TV Bandeirantes e, em 1982, retornou à Globo, onde ocorreu a fusão de seus dois programas num só, o Cassino do Chacrinha, que fez grande sucesso nas tardes de sábado.
Frases e bordões Uma frase sua que era muito citada afirmava que "Na televisão nada se cria, tudo se copia. "
Alcançou grande popularidade com os seus programas de calouros, nos quais se apresentava com roupas engraçadas e espalhafatosas, acionando uma buzina de mão para desclassificar os calouros e empregando um humor debochado, utilizando bordões e expressões que se tornariam populares, como "Teresinha!", "Vocês querem bacalhau? ", "Eu vim para confundir, não para explicar!" e "Quem não se comunica se trumbica!"
Jurados e as "chacretes" Os jurados ajudavam a criar o clima de farsa, no qual se destacaram Carlos Imperial, Aracy de Almeida, Rogéria, Elke Maravilha e Pedro de Lara, dentre muitos outros.
Outro elemento para o sucesso dos programas para TV eram as chacretes - dançarinas que faziam coreografias bastante simples e ingênuas para acompanhar as músicas. Além da coreografia ensaiada elas recebiam nomes exóticos e chamativos como Rita Cadillac, Índia Amazonense, Fátima Boa Viagem, Suely Pingo de Ouro, Fernanda Terremoto, etc.
Apesar de vestidas de forma decorosa e rigorosamente acompanhadas pelo apresentador que lhes vetava, por exemplo, encontrarem-se com fãs, elas fizeram parte do universo erótico de gerações de espectadores do programa.
Nome das chacretes mais famosas: - Baby - Beth Boné - Bia Zé Colméia - Cambalhota - Chininha - Cleópatra Cristina Azul - Daisy Cristal - Elvira - Elza Cobrinha Érica Selvagem - Esther Bem-Me-Quer - Estrela Dalva - Fátima Boa Viagem - Fernanda Terremoto - Geni Gláucia Sued - Gleice Maravilha - Graça Portellão Índia Amazonense - Índia Poti - Leda Zepelin
Lia Hollywood - Lucinha Ti-ti-ti - Marlene Morbeck - Mirian Cassino - Pimentinha - Regina Polivalente Rita Cadillac - Rosane da Camiseta - Rosely Dinamite - Sandra Pérola Negra - Sandra Veneno - Sandrinha Radical - Soninha Toda Pura - Sarita Catatau - Sueli Pingo de Ouro - Valéria Mon Amour - Gracinha Copacabana
No início eram conhecidas como as vitaminas do Chacrinha. A mais famosa de todas as chacretes foi, sem dúvida, Rita Cadillac.
Cinema Chacrinha apareceu em filmes brasileiros dos anos 60 e 70, geralmente interpretando ele mesmo. No filme Na Onda do Iê-iê-iê, de 1966, ele encena seu programa de calouros "A Hora da Buzina", exibido na TV Excelsior.
Dentre os calouros, estavam Paulo Sérgio (como ele mesmo) e Silvio César (que interpretava o personagem César Silva).
Chacrinha diz diversos de seus bordões: "Vai para o trono ou não vai? ", "Como vai, vai bem? Veio a pé ou veio de trem? ", "Cheguei, baixei, saravei. " Há também outras frases engraçadas, quando ele diz que "Graças a Deus o programa acabou!" ou então "Alguns calouros saem daqui contratados por alguma fábrica de discos, outros vão para a cadeia. "
Carnaval Anualmente lançava, em seu programa, uma marchinha para o Carnaval. Conhecido como Velho Guerreiro, em 1987 foi homenageado pela Escola de Samba carioca Império Serrano com o enredo "Com a boca no mundo Quem não se comunica se trumbica. " Foi a única vez que desfilou numa escola de samba.
Surgiu no último carro alegórico, que reproduzia o cenário de seu programa, rodeado das chacretes, do Russo (seu assistente de palco) e de Elke Maravilha. Em Outubro de 1987 recebeu o título de "doutor honoris causa" da Faculdade da Cidade, no Rio.
Chacrinha foi casado com Florinda Barbosa durante 41 anos e o casal teve três filhos: José Aurélio, Jorge Abelardo e Zé Renato.
Seu aniversário de 70 anos foi comemorado em setembro de 1987 com um jantar oferecido em sua homenagem pelo então Presidente da República, José Sarney. Durante o ano de 1988, já doente, foi substituído em alguns programas por Paulo Silvino.
Ao voltar à cena, no mês de junho, comandou a atração com João Kléber até que pudesse se sentir forte novamente.
Curiosidade Quando o bacalhau encalhou nas Casas da Banha, seu patrocinador na TV Tupi, Chacrinha arrumou um jeito de reverter a situação. Durante o programa, virava-se para o auditório: "Vocês querem bacalhau? " A plateia disputava a tapa o produto. As vendas explodiram e ele explicou: "Brasileiro adora ganhar um presentinho. "
Faleceu no dia 30 de junho de 1988, às 23 h 30, aos 70 anos de idade, de infarto do miocárdio e insuficiência respiratória (tinha câncer no pulmão). Seu último programa foi ao ar em 2 de julho de 1988 (o link do vídeo está no último slide, depois dos créditos finais).
Formatado por : Angelica Lepper www. angelicaslides. com. br (no rodapé do site você pode ir acompanhando os 4 pps mais recentes) (agora também com localizador de slides) airlepper@gmail. com Fonte e Imagens : Internet Músicas : Vinheta Discoteca do Chacrinha & Eu Preciso de Você (Eduardo Lages)
Clicando no link abaixo você pode assistir ao último programa do Chacrinha. . . https: //www. youtube. com/watch? v=Hai 7 GA 6 s 1 B 4
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