Iracema lenda do Cear Romance Indianista Lenda u

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Iracema - lenda do Ceará Romance Indianista

Iracema - lenda do Ceará Romance Indianista

Lenda u. Romance baseado numa lenda do período de formação do Ceará, u. O

Lenda u. Romance baseado numa lenda do período de formação do Ceará, u. O nativo brasileiro - no caso a índia aparece em seu primeiro contato com o branco colonizador.

Iracema u. Em Guarani significa “lábios de mel”; u. Anagrama de América. u. Publicado

Iracema u. Em Guarani significa “lábios de mel”; u. Anagrama de América. u. Publicado em 1865, constitui um dos mais belos exemplos da literatura indianista do Brasil romântico.

Ingredientes: u Força heroica a provar seus domínios em incessantes lutas; u O caráter

Ingredientes: u Força heroica a provar seus domínios em incessantes lutas; u O caráter íntegro dos protagonistas na defesa de seus nobre ideais; u Os ritos sobrenaturais; u Ódios e rivalidades na tessitura da trama; u Eterna luta do bem contra o mal, do amor contra o ódio; e, sobretudo, o estranho “acreditar” em guerras para a conquista da paz.

Argumento histórico u Inicialmente, Alencar parte de um argumento histórico para tecer a trama:

Argumento histórico u Inicialmente, Alencar parte de um argumento histórico para tecer a trama: - incidentes que marcam a colonização do Brasil - e associa ao mito ou lenda da fundação do Estado do Ceará. u Em outras palavras, o escritor acomoda informações obtidas de fontes documentadas e acrescenta, ao sabor de sua imaginação, fatos fictícios.

Martim e Iracema u. Martim Soares Moreno, guerreiro português (componente histórico), apaixona-se pela índia

Martim e Iracema u. Martim Soares Moreno, guerreiro português (componente histórico), apaixona-se pela índia tabajara Iracema (componente principal da lenda)

Enredo u No pequeno enredo exposto, existe uma das teses fundamentais do Romantismo: a

Enredo u No pequeno enredo exposto, existe uma das teses fundamentais do Romantismo: a origem do povo brasileiro, cuja bravura e honra derivam da miscigenação do indígena com o branco. É através do encontro dessas duas raças igualmente nobres que se ergue a altiva nação brasileira (aos olhos do idealismo romântico).

A Virgem dos lábios de mel uÉ tão idealizada quanto o primeiro ser que

A Virgem dos lábios de mel uÉ tão idealizada quanto o primeiro ser que dela nasce. A mulher, que tinha os cabelos negros como as asas da graúna, mantém seu porte altivo e digno desde as primeiras linhas em que é apresentada até sua morte.

Profecia u. Iracema não podia pertencer a ninguém, posto que era uma sacerdotisa: a

Profecia u. Iracema não podia pertencer a ninguém, posto que era uma sacerdotisa: a guardiã do segredo da jurema.

Grandes mulheres u Iracema não hesita em seguir os passos de seu coração, mesmo

Grandes mulheres u Iracema não hesita em seguir os passos de seu coração, mesmo sabendo o que representava para sua tribo, para sua cultura e para seus familiares. u É símbolo da coragem de seguir suas próprias ambições. u É o prenúncio de grandes mulheres que viriam a ser talhadas pela literatura de Alencar.

O casal u O casal formado por Martim e Iracema representa uma união, cujos

O casal u O casal formado por Martim e Iracema representa uma união, cujos alicerces estão no sofrimento, no despojamento e no sacrifício; português e índia formam uma aliança marcada por lutas, rivalidades entre tribos e povos, e que sucumbe à força do destino, da fatalidade, pois é do sacrifício de Iracema que nasce Moacir, o filho da dor, da união dos dois povos: o nativo e o colonizador.

1º Processo construtivo: u Adjetivação abundante, que poderá causar certo distanciamento ao leitor, uma

1º Processo construtivo: u Adjetivação abundante, que poderá causar certo distanciamento ao leitor, uma vez que as construções adjetivadas foram praticamente abandonadas pelo Modernismo. u O adjetivo é empregado por Alencar para colorir a linguagem, enfeitar a frase, trabalhar a melodia, enriquecida pela escolha do termo mais sonoro, mais casado com o nível poético que o escritor pretende alcançar.

2º Processo Construtivo u É o da comparação. Alencar se utiliza da comparação, mais

2º Processo Construtivo u É o da comparação. Alencar se utiliza da comparação, mais do que da metáfora, primando pelo levantamento de elementos da natureza brasileira, adocicando-os com a prosopopéia (ou personificação), a que o escritor recorre com frequência. Assim, os pássaros, os rios, as praias, as árvores tornam-se cúmplices dos sofrimentos e das alegrias por que passam as personagens e, inversamente, a natureza reflete as sensações e sentimentos humanos.

3º Processo Construtivo: u. A pontuação excessiva, a coordenação abundante, como se o autor

3º Processo Construtivo: u. A pontuação excessiva, a coordenação abundante, como se o autor estivesse a imitar o processo primitivo de pensar por associações simples, tal como faria um indígena.

Processo Narrativo: u A técnica de Alencar mantém-se uniforme no transcorrer dos trinta e

Processo Narrativo: u A técnica de Alencar mantém-se uniforme no transcorrer dos trinta e três capítulos de Iracema. u Uma trama simples com soluções ao correr da pena, e, no final, o embrião de uma nova problemática, como se estivesse a tecer as redes, para configurar a lenda/trama metamorfoseada na formação/nascimento do Ceará.

O Cenário u O cenário é sempre esplêndido, correspondendo ao deslumbramento do português diante

O Cenário u O cenário é sempre esplêndido, correspondendo ao deslumbramento do português diante da paisagem brasileira. u Alencar procurou fixar os costumes indígenas conforme lhe pareceram mais fiéis, apoiado em longos e contínuos estudos sobre a vida primitiva do selvagem brasileiro.

O contraste u. Martim é um homem de hábitos cristãos e carrega consigo um

O contraste u. Martim é um homem de hábitos cristãos e carrega consigo um sentimento de culpa por um amor não consagrado. u. A índia, ao contrário, entrega-se integralmente, consciente de seus atos e de seus sentimentos.

A morte u A morte significa a realização das premunições do Pajé - a

A morte u A morte significa a realização das premunições do Pajé - a sacerdotisa não poderia pertencer ao estrangeiro. u A morte também é bem-vinda porque livra da culpa o cristão, que não pode legalizar sua união perante a Igreja, pois seu amor, possível nas terras virgens, não resistiria à censura da civilização.