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Introdução à Gestão de Projectos Este documento serve de apoio à exploração dos materiais

Introdução à Gestão de Projectos Este documento serve de apoio à exploração dos materiais inseridos nas unidades de aprendizagem de cada um dos tópicos deste curso.

O sentido da coisa! Esta pequena apresentação pretende ser uma lanterna para que os

O sentido da coisa! Esta pequena apresentação pretende ser uma lanterna para que os exploradores destes conteúdos possam compreender a orientação e a pertinência deste (re)curso e, por esta via, encontrem o caminho da competência que pretendemos desenvolver: a capacidade de pensar e de gerir projectos mais efectivos numa abordagem participativa e empoderadora. l Boa viagem! l Esta apresentação introdutória pretende também facilitar uma síntese final deste percurso. l

Introdução l A gestão de projectos é uma abordagem operacional que visa a concretização

Introdução l A gestão de projectos é uma abordagem operacional que visa a concretização de um processo destinado a obter resultados determinados. l Tem sido valorizada nos últimos anos por diversas entidades devido ao seu elevado nível de eficiência e eficácia na concretização dos objectivos a que se propõe. l No campo da intervenção social e do desenvolvimento local, esta metodologia de gestão está a ser utilizada em modelos participativos de acção de modo a gerar «empowerment» e a promover soluções mais sustentáveis.

Uma viagem, um empreendimento Um projecto é um empreendimento, uma viagem, com um objectivo,

Uma viagem, um empreendimento Um projecto é um empreendimento, uma viagem, com um objectivo, um destino marcado: «um porto seguro» . l Fazer um projecto é como navegar num barco à vela. Estamos condicionados pelo contexto. Os ventos podem soprar a favor ou contra. A base pode ser mais suave ( «um mar chão» ) ou mais turbulenta. Cabe-nos a nós (líder e tripulação) jogar com as forças externas e os recursos internos para chegar ao porto desejado. l Para que tal aconteça, necessitamos de um farol que nos indique o caminho (a estratégia), tempo, uma tripulação, recursos materiais, liderança. Corremos riscos, mas podemos escolher diferentes percursos. l Ver slide 4

Gerir por Projecto Líder Tripulação Rotas Riscos Recursos Tempo Objectivo 1 porto seguro

Gerir por Projecto Líder Tripulação Rotas Riscos Recursos Tempo Objectivo 1 porto seguro

Todo o projecto tem um ciclo Os projectos seguem um processo cíclico que, dependendo

Todo o projecto tem um ciclo Os projectos seguem um processo cíclico que, dependendo dos autores e da abordagem, pode ser composto por 3 a 7 fases. l Na perspectiva Ciclo de Gestão de Projecto ou Project Cycle Management (PCM) o ciclo tem 6 fases: Programação, identificação do problema, formulação da solução (planificação), financiamento, implementação ou execução e avaliação. (ver slide 6) l Ou, numa perspectiva mais linear podemos também considerar 5 fases e como momentos relevantes: o lançamento e a conclusão (ver slide 7) l

O Ciclo de Projecto PROGRAMA de FINANCIAMENTO IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA AVALIAÇÃO EXECUÇÃO DO PROJECTO

O Ciclo de Projecto PROGRAMA de FINANCIAMENTO IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA AVALIAÇÃO EXECUÇÃO DO PROJECTO FORMULAÇÃO DA SOLUÇÃO PLANIFICAÇÃO FINANCIAMENTO E CONJUGAÇÃO DE RECURSOS

Solução Fase 4 Conclusão Avaliação 3 Resultado final e entrega Fase 2 Gestão /

Solução Fase 4 Conclusão Avaliação 3 Resultado final e entrega Fase 2 Gestão / Execução Liderança de projecto Lançamento Fase 1 Planificação conjunta Diagnóstico participado Problema sentido Ciclo de projecto Liderança de projecto Fase 5

Dependentes dos actores Qualquer intervenção está dependente das partes interessadas (stakeholders) e das relações

Dependentes dos actores Qualquer intervenção está dependente das partes interessadas (stakeholders) e das relações e negociações que se realizam entre elas. l Por um lado temos os fornecedores (parte de baixo do slide 9) e, por outro, os beneficiários. l Nestes processos, ambos possuem interesses e «agendas políticas» próprias que, habitualmente, escondem. l Torna-se essencial analisar os interesses presentes em torno de cada problema/projecto. Para tal, existem diversas metodologias e instrumentos dos quais destacamos o que se apresenta no slide 10. l

Diagrama de relações Destinatários Conflitos de interesses Projecto ou solução Fornecedores Agendas escondidas

Diagrama de relações Destinatários Conflitos de interesses Projecto ou solução Fornecedores Agendas escondidas

Matriz de análise de stakeholders Grupos de stakeholders Interesses (em jogo com o projecto)

Matriz de análise de stakeholders Grupos de stakeholders Interesses (em jogo com o projecto) Efeitos Importância (do projecto sobre o interesse) Influência Deverá ser completada pela análise de poder, de importância e pela análise de condições de participação. Outro aspecto a ter em conta são as alianças entre parceiros. Fonte: Manual de Planeamento e Avaliação de Projectos, Princípia, 2006

Qualidade e negociação A qualidade de um projecto pode ser medida pela sua efectiva

Qualidade e negociação A qualidade de um projecto pode ser medida pela sua efectiva capacidade de resolver um problema (efectividade) e pela satisfação que gera nos destinatários. l Para garantir a qualidade e efectividade, mobilizando todos os recursos disponíveis e conferindo sustentabilidade, torna-se essencial criar efectivas negociações participadas dos interesses e dos problemas. l Estas negociações ocorrem sempre num espaço delimitado pelas janelas de negociação (ver slide 12). l

Janelas de negociação Horizonte aceitável Janela do desejado Campo do imprescindível

Janelas de negociação Horizonte aceitável Janela do desejado Campo do imprescindível

Diversas metodologias Existem diversas metodologias de Gestão Participada de Projectos. l Entre elas, destacamos

Diversas metodologias Existem diversas metodologias de Gestão Participada de Projectos. l Entre elas, destacamos as que têm origem na gestão por objectivos como a MAPA – que exploraremos neste curso. l Mas devemos chamar a atenção para o valor da PCM ou, em português, GCP, na medida em que é um referencial para a avaliação da efectividade e qualidade de um projecto. l A este propósito vale a pena estabelecer uma relação entre a MAPA e a PCM. (ver slide 14) l

A MAPA possui um elevado potencial de geração de aprendizagem colectiva em todas as

A MAPA possui um elevado potencial de geração de aprendizagem colectiva em todas as suas fases. Promove a partilha, o envolvimento e a implicação das pessoas e das organizações nos processos de resolução de problemas. Parte do conhecimento implícito de cada entidade. É a abordagem do empowerment e do desenvolvimento sustentável Fonte: Manual de Planeamento e Avaliação de Projectos, Princípia, 2006

MAPA e MEL A MAPA (Método Aplicado de Planeamento e Avaliação) é uma abordagem

MAPA e MEL A MAPA (Método Aplicado de Planeamento e Avaliação) é uma abordagem que aponta para a matriz de enquadramento lógico (ver slide 16) e para o Método do Quadro Lógico. l Do mesmo modo, valoriza essencialmente as componentes de planificação e avaliação, sustentando a sua abordagem no trinómio: participação, consciencialização e decisão. l A MEL é um instrumento de sistematização da estratégia do projecto que permite identificar o seu âmbito e hierarquizar intenções. l

MEL - Matriz de enquadramento lógico Lógica de Intervenção Indicadores objectivamente Observáveis Fontes de

MEL - Matriz de enquadramento lógico Lógica de Intervenção Indicadores objectivamente Observáveis Fontes de Verificação Pressupostos Objectivos Gerais Sustentabilidade Objectivo específico do projecto Para atingir objectivo geral Resultados A atingir Para atingir objectivo específico Actividades a realizar Actividade 1 Actividade n Meios Custos Para atingir resultados

O nascimento da MEL A MEL pode ser elaborada a partir de uma árvore

O nascimento da MEL A MEL pode ser elaborada a partir de uma árvore de problemas como as que podemos observar nos slides 18 e 19 e numa abordagem de workshops de planificação (normal ou acelerada). l Resulta de um processo de trabalho que utiliza as metodologias baseadas na visualização (visioning) e no envolvimento reflexivo dos diferentes interesses e pontos de vista. Inclui a participação activa dos mais importantes (por vezes todos) os stakeholders estratégicos. l

Árvore de problemas Efeito Efeito Problema central Causa Causa Problema: é uma situação sentida

Árvore de problemas Efeito Efeito Problema central Causa Causa Problema: é uma situação sentida como negativa queremos resolver

Árvore de problemas Problema central Problema 1 Problema 2 Problema 4 Problema 3 Problema

Árvore de problemas Problema central Problema 1 Problema 2 Problema 4 Problema 3 Problema 5 Problema 6 Problema 7 Problema: é uma situação sentida como negativa queremos resolver

A importância das prioridades Os processos de reflexão participada no desenho de projectos (fase

A importância das prioridades Os processos de reflexão participada no desenho de projectos (fase de identificação do problema do PCM) é bastante rico pela sua diversidade, mas, por vezes, demasiado alargado no seu âmbito de intervenção gerando a dispersão de recursos. l Por esse motivo torna-se essencial definir, nesta fase, um quadro de prioridades estratégicas sobre as quais o projecto irá incidir a sua actuação. Para tal, utilizam-se diversos instrumentos como o que apresentamos no slide 21. l

Quadro de prioridades estratégicas Problemas Critérios de priorização Importância Urgência Disponibilidade de recursos Prob.

Quadro de prioridades estratégicas Problemas Critérios de priorização Importância Urgência Disponibilidade de recursos Prob. 1 0. 4 0. 3 Prob. 2 0. 4 0. 3 Prob. n 0. 4 0. 3 média Fonte: Manual de Planeamento e Avaliação de Projectos, Princípia, 2006

Das prioridades ao objectivo A efectividade e a qualidade de um projecto decorrem em

Das prioridades ao objectivo A efectividade e a qualidade de um projecto decorrem em grande medida da focalização «no» objectivo e nos objectivos relacionado que resolvem os problemas identificados. l Por este motivo, na fase de identificação do problema elabora-se, muitas vezes, uma árvore de objectivos que nos irá conduzir até à MEL do projecto. (ver slides 23 e 24) l

Árvore de Objectivos Objectivo Central Objectivo 1 Objectivo 2 Objectivo 1. 1 Objectivo 1.

Árvore de Objectivos Objectivo Central Objectivo 1 Objectivo 2 Objectivo 1. 1 Objectivo 1. 2. 23 Objectivo: é o problema definido numa perspectiva positiva, optimista, realista e passível de ser medido por um indicador

MEL - Matriz de enquadramento lógico Lógica de Intervenção Indicadores Objectivamente Observáveis Fontes de

MEL - Matriz de enquadramento lógico Lógica de Intervenção Indicadores Objectivamente Observáveis Fontes de Verificação Pressupostos Objectivos Gerais Sustentabilidade Objectivo específico do projecto Para atingir objectivo geral Resultados A atingir Para atingir objectivo específico Actividades a realizar Actividade 1 Actividade n Meios Custos Para atingir resultados Fonte: Manual de Planeamento e Avaliação de Projectos, Princípia, 2006

O âmbito do projecto O âmbito (scope) do projecto fica identificado na MEL (slide

O âmbito do projecto O âmbito (scope) do projecto fica identificado na MEL (slide 24) como a área que diz respeito ao controlo efectivo dos recursos do projecto. l Define de modo claro o que se encontra na componente interna do trabalho da equipa de projecto (área assinalada a azul) e o que se encontra fora. l No interior desta área iremos ter o espaço de gestão operacional do projecto composto pelas actividades, pelos meios, pelos custos, sobre os quais poderemos gerar indicadores de monitorização e avaliação interna. l

A estrutura síntese do projecto A MEL funciona como a estrutura síntese do projecto

A estrutura síntese do projecto A MEL funciona como a estrutura síntese do projecto que permite compreender a lógica de intervenção e avaliar a sua efectividade. l Nela se inserem os conteúdos da acção, os indicadores de avaliação os pressupostos existentes e os riscos externos. l No âmbito dos conteúdos permite identificar de modo transparente: os Objectivos gerais do projecto, o seu propósito concreto (capaz de gerar a satisfação dos destinatários), os resultados desejados e as actividades que estão na sua origem. (ver slide 27) l

MEL - Matriz de enquadramento lógico

MEL - Matriz de enquadramento lógico

Os campos de acção do projecto l O projecto deverá, obrigatoriamente, ter definidos resultados

Os campos de acção do projecto l O projecto deverá, obrigatoriamente, ter definidos resultados e actividades nas seguintes componentes: l l l Conteúdos relativos à criação das condições prévias Conteúdos relativos ao controlo dos riscos Conteúdos que levam directamente aos resultados desejados Conteúdos relativos à comunicação interna Conteúdos de marketing do projecto Conteúdos relativos à gestão das tecnologias

A MEL e a avaliação l A avaliação de um projecto pode ir beber

A MEL e a avaliação l A avaliação de um projecto pode ir beber a sua inspiração à MEL e recorrer (principalmente à identificação dos indicadores relevantes e à análise de congruência entre todos os quadrantes do projecto. l Tal como na fase de planificação ou identificação do problema, pode executar-se através de workshops participativos, conduzidos de acordo com as metodologias de visioning e, de acordo com o momento em que se insere no projecto, constituir-se como elemento de afinação ou de reflexão.

Limites desta abordagem Esta abordagem do MAPA destaca acima de tudo as componentes inicial

Limites desta abordagem Esta abordagem do MAPA destaca acima de tudo as componentes inicial e final do projecto, não aparentando atribuir a mesma valorização para as componentes de gestão operacional do projecto. É deste facto que decorrem os seus principais limites. l Todavia persegue uma abordagem de carácter estratégico e participativo que, quando complementado com outras perspectivas como a SCRUM ou a conhecida PMbook, podem resultar numa elevada efectividade em termos sociais. l Em gestão de projectos, a liderança da fase de execução ou implementação é tão relevante como a fase da identificação do problema. l