Interface de Navegao em Hiperdocumentos Prof Roberto Cabral
Interface de Navegação em Hiperdocumentos Prof. Roberto Cabral de Mello Borges 1
Interface de Sistemas para Navegação em Hiperdocumentos 1 - Introdução 2 - O processo cognitivo do ser humano 3 - O processo de memorização 4 - Projeto e lay-out gráfico da Interface 5 - Orientação Espacial 6 - Metáforas 7 - Navegação em Hiperdocumentos 8 - Projeto da Interface 9 - Conclusão 2
1 - Introdução (cont. ) 1. 5 - A importância da Interface – interface inspira sentimentos de aceitação ou rejeição – áreas de requisitos para uma interface: » funcionalidade da tela » funcionalidade dos links » metáforas da realidade – funcionalidade e metáforas: associação do que se vê e ouve ao processo de como o “engenho” humano recebe, interpreta e capta informações. Beltran 96 Stevens 94 3
2 - O processo cognitivo do ser humano 2. 1 - Fatores Cognitivos na compreensão de um documento – compreensão é a construção de um modelo mental que representa objetos e a sua relação semântica; – aumenta quando se tem influências positivas e diminui quando de tem influências negativas. 2. 2 - Coerência (influência positiva): – um documento é coerente se o leitor pode construir um modelo mental do mesmo; Thüring 95 Norman 99 – tipos de coerência: » local: relação entre cláusulas e sentenças » global: conexões inferidas em grande escala 4
2 - O processo cognitivo do ser humano (cont. ) 2. 3 - Sobrecarga Cognitiva (influência negativa) – esforço necessário para recuperar informações, devido à concentração e memorização – para diminuir pode-se fornecer “pistas”que: » identificam a posição atual na estrutura » reconstruam o caminho que o levou até esta posição » façam a distinção entre diferentes opções disponíveis – indicação da direção de movimento: » progressiva » regressiva (backtracking) Mc Knight 93 Thüring 95 – distância: » distingüir links que fazem “passos” ou “saltos”. 5
2 - O processo cognitivo do ser humano (cont. ) 2. 4 - Algumas regras para apoiar a construção de um modelo mental de um hiperdocumento – navegação básica: distinção entre links internos e externos, bem como direção progressiva ou regressiva, com uso de cores: » Vermelho: nodos já visitados; » Rosa: último nodo visitado » Laranja ou amarelo âmbar: nodo hierarquicamente superior Thüring 95 Streits 92 » Azul: nodo ainda não visitado » Verde; Nodo contido no próprio documento 6
2 - O processo cognitivo do ser humano (cont. ) 2. 5 - Auxiliando o usuário a escolher e a aprender: – tamanho do texto na tela – rolamento x paginação – codificação com cores (sensações e efeitos) – cor na tela x cor no papel Milner 88 – divisão do texto em várias telas Dillon 91 Hammond 91 – dispositivos de entrada de dados Grube 95 Borges 95 7
2 - O processo cognitivo do ser humano (cont. ) Cerca de 15% da população sofre de Dislexia Personagens que sofreram de dislexia: – visual (acuidade ou daltonismo) • Albert Einstein • Tomas Edison – auditiva (surdez parcial ou total) • Winston Churchill – motora (coordenação • motora das mãos) Pablo Picasso • Walt Disney – cognitiva (memorização ou dislexia • Leonardo da Vinci [dificuldade de ler e assimilar longos • Frank Sinatra • Pelé textos]) • Paul Mac Carty • Amadeus Mozart Nielsen 96 • 2. 6 - Deficiências: 8
4 - Projeto e Lay-out Gráfico da Interface 4. 1 - Requisitos de uma interface gráfica: – uma imagem mental (metáforas) – organização dos dados, funções e tarefas (modelo cognitivo) – esquema de navegação eficiente (orientação) – qualidade na aparência (the look) Dzida 95 – seqüência de interação efetiva (the feel) 4. 2 - Principais áreas de requisitos para uma interface: – interface de tela – interface de entrada 9
4 - Projeto e Lay-out Gráfico da Interface (cont. ) 4. 3 - Lay-out Visual: – lay-out físico (formatos, proporções e grades) – tipografia (fontes e formatação) – cores e texturas (contrastes e sensações) – imagens (sinais, ícones, símbolos e fotos) Marcus 95 – animação (tela dinâmica e vídeos) – seqüenciação (caminhos e alternativas) – som (abstrato, vocal ou música) – identidade visual (regras únicas que garantam a consistência global da interface) 10
4 - Projeto e Lay-out Gráfico da Interface (cont. ) 4. 4 - Princípios: 1 - Organização » Consistência » Lay-out da tela Consistência do Mundo Real Norman 69 Marcus 95 Borges 96 11
4 - Projeto e Lay-out Gráfico da Interface (cont. ) 4. 4 - Princípios: 1 - Organização » » Consistência Lay-out da tela 2 - Economizar » simplicidade » clareza Norman 69 Marcus 95 Borges 96 12
4 - Projeto e Lay-out Gráfico da Interface (cont. ) 4. 4 - Princípios: 1 - Organização » Consistência » Lay-out da tela 2 - Economizar » simplicidade » clareza 3 - Comunicação » Legibilidade » Tipografia » Simbolismo » Cor/textura Tipografia (Tipos de Fontes): • for i : = j + 1 to l do (Times) • for i : = j + 1 to l do (Arial) • for i : = j + 1 to l do (Courier) • • • for i : = j + 1 to l do (Chicago) for i : = j + 1 to l do (Monaco) for i : = j + 1 to l do (Wide Latin) • for i : = j + 1 to l do (Colonna MT) Cores Norman 69 Marcus 95 Borges 96 13
4 - Projeto e Lay-out Gráfico da Interface (cont. ) • 4. 5 - Caixas de Diálogo: – Radio Button » uma e somente uma opção selecionada – Check Box Borges 97 » zero, uma ou diversas opções selecionadas – Radio Button Opcional » zero ou uma opção selecionada 14
5 - Orientação espacial 5. 1 - Estruturas do hiperespaço: – estruturas hierárquicas – conjuntos, agregação ou agrupamentos – redes semânticas – links – âncoras 5. 2 - Técnicas de busca Botafogo 91 Rivlin 94 Nielsen 95 – filtros – busca estruturada x busca por conteúdo 5. 3 - Perdido no hiperespaço 15
6 - Metáforas • A idéia é aproveitar experiências já adquiridas; • As metáforas estão associadas a referenciais, com contrastes; • Os principais referenciais podem ser usados para orientar a navegação e a localização do leitor; 16
Principais Metáforas Marcus 95 Santos 96 17
Metáforas (cont. ) 1 -Luz/Transparência x Escuridão/Opacidade 2 -Sustentado por Baixo x Suspenso por Cima 3 -Ligado x Desligado 4 -Para Cima x Para Baixo 5 -Topo x Fundo 6 -Próximo x Longe 7 -De Frente para x De Costas para 8 -Frente x Atrás 9 -Mover-se na Direção de x Afastar-se 10 -Esquerda x Direita 11 -Seqüência/Ordem x Randômico/Caos 12 -Padronizado x Não Padronizado 18
Metáforas (cont. ) 13 -Maior x Menor 14 -Crescimento x Encolhimento 15 -Dentro x Fora 16 -Entrar x Sair 17 -Envolvente x Envolvido 18 -Cheio x Vazio 19 -Aberto x Fechado 20 -Tocado/Contactado x Não Tocado/Não Contactado 21 -Conectado x Não Conectado 22 -Partes x Todo 23 -Segurar x Soltar 24 -Encontrar x Perder 19
Metáforas (cont. ) 25 -Visível x Invisível 26 -Estruturado/Organizado x Não Estruturado 27 -Ajustado x Desajustado 28 -Duro x Mole/Suave 29 -Forte x Fraco 30 -Centro x Periferia 31 -Balanceado x desbalanceado 32 -Móvel x Estático 33 -Cíclico x Linearidade 34 -Acima x Abaixo 35 -Através x Em Volta de 20
Exemplos de Metáforas Ligado x Desligado Próximo x Longe Crescimento x Encolhimento 21
Exemplos de Metáforas Forte x Fraco Encontrar x Perder Estruturado x Não Estruturado 22
7 - Navegação em Hiperdocumentos • Definição – Navegação é a forma como os usuários se movimentam através de um hiperdocumento. • Estratégias de Navegação – em amplitude – em profundidade – randômica • Navegação é influenciada: Botafogo 94 De Vocht 95 Gaines 95 – pela estrutura do hiperdocumento – pela estratégia de navegação – pelos auxiliares de navegação 23
7. 1 - Auxiliares de Navegação • Roteiros Dirigidos – Mapas de Navegação • • Bookmarks Landmarks ("Bread Crumbs") “Sneak Preview” “Fish-Eye” Vision “Bird-Eye” Vision Backtracking History Nielsen 90 Catledge 95 De Bra 96 Tauscher 96 24
Mapa de Navegação Exemplos de Mapas de Navegação 25
Bookmarks 26
Landmarks 27
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"Sneak Preview" 29
"Fish Eye Vision" • Fornece uma visão para os lados e em pequena profundidade 30
"Bird Eye Vision" • Fornece uma visão em grande profundidade, mas com pouca largura. 31
History/Backtracking Distribuição do uso das ferramentas de navegação dos Browsers (Linha Tauscher - 1998) Operação Ocorrências Link 16140 Back 12633 Open URL 707 Hotlist - Go To 636 Forward 537 Open Local 221 Home Document 179 Window History 39 Percentual 51, 9 40, 6 2, 0 1, 9 0, 7 0, 5 0, 1 32
Linda Tauscher Saul Greenberg 2005 33
History/Backtracking (i) D B C B A - Ordem Cronológica completa (ii) D B A - Percurso Tangencial (iii) D B C A - Percurso Cronológico - passagem única (iv) D C B A - Ordem Hierárquica 34
8 - Projeto da Interface 8. 1 Objetivos do projeto da interface – não aumentar a sobrecarga cognitiva – reduzir o esforço mental – reduzir o esforço de memorização – aumentar a capacidade de memorização – melhorar o conforto e orientação visual – explorar as capacidades de compreensão das metáforas – apoiar-se em ferramentas de navegação – dispor de mecanismos de navegação adequados – manter o usuário orientado na estrutura do hiperdocumento 35
8. 2 - Características da Interface • A interface deve ter as seguintes características: – mostrar a estrutura do hiperdocumento e a posição corrente de navegação Borges 97 – lay-out gráfico visando conforto visual (distribuição, coerência e cores) – usar metáforas adequadas para facilitar a navegação – fazer uso intensivo de ferramentas de navegação – usar auxiliares de navegação e orientação 36
8. 5 - Funcionalidade da Interface • A interface deve ser idealizada para que o usuário possa a qualquer tempo: – orientar-se por onde já andou e por onde pode navegar; – navegar facilmente pela estrutura hierárquica do documento; – retornar a pontos de interesse, escolhidos por ele. • O mecanismo de landmark permite ao usuário criar marcas personalizadas, em pontos de interesse no documento. • O tamanho de cada “página” deveria se aproximar do tamanho de uma tela. Ref: [Miller 56], [Shneiderman 95] 37
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