Interao solopoluente Prof Ednilson Viana Fontes de poluio

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Interação solopoluente Prof. Ednilson Viana

Interação solopoluente Prof. Ednilson Viana

Fontes de poluição do solo (Lei nº 997/76 aprovado pelo Decreto nº 8. 468/76)

Fontes de poluição do solo (Lei nº 997/76 aprovado pelo Decreto nº 8. 468/76) Artigo 4 - São consideradas fontes de poluição todas as obras, atividades, instalações, empreendimentos, processos, dispositivos, móveis ou imóveis, ou meios de transportes que, direta ou indiretamente, causem ou possam causar poluição ao meio ambiente. - Postos de combustível - Indústria (passivo ambiental resíduos) - Disposição resíduos domiciliares (lixão) - Agricultura (agrotóxicos) - Suinocultura (resíduos) - Mineração - Efluentes urbanos (Esgoto)

Interação solo-poluente 1. sólido 2. líquido volatilização Poluente Escoamento superf. 3. viscoso 4. gasoso

Interação solo-poluente 1. sólido 2. líquido volatilização Poluente Escoamento superf. 3. viscoso 4. gasoso INSATURADA Atenuação/Retenção SATURADA transporte

A interação solo-poluente depende: • Características do poluente/contaminante • Características da exposição • Condições

A interação solo-poluente depende: • Características do poluente/contaminante • Características da exposição • Condições ambientais • Características do solo

Características do poluente

Características do poluente

Características do Poluente § Físicas § Químicas

Características do Poluente § Físicas § Químicas

§ Características físicas • Estado físico ü Sólido ü Líquido ü Gasoso ü Viscoso

§ Características físicas • Estado físico ü Sólido ü Líquido ü Gasoso ü Viscoso • Temperatura

Características físicas - Temperatura A temperatura do poluente pode alterar: • Permeabilidade do solo

Características físicas - Temperatura A temperatura do poluente pode alterar: • Permeabilidade do solo (muda a viscosidade do fluido) • Velocidade de reações químicas • Solubilidade do contaminante • Volatilização

§ Características químicas • Solubilidade • Densidade • Concentração • p. H • D.

§ Características químicas • Solubilidade • Densidade • Concentração • p. H • D. B. O • D. Q. O • Outros

Características químicas - Solubilidade • Se for sólidos solúvel em água - pode atingir

Características químicas - Solubilidade • Se for sólidos solúvel em água - pode atingir maior profundidade • Se for sólido insolúvel em água - pode ficar retido • Se for líquido solúvel em água - pode atingir camadas mais profundas do solo • Se for líquido insolúvel (NAPL) - tb pode atingir a zona insaturada e ampliar a extensão da contaminação

Fase líquida não aquosa (NAPL) – Não solúvel em água Este grupo de poluentes

Fase líquida não aquosa (NAPL) – Não solúvel em água Este grupo de poluentes envolve solventes orgânicos sintéticos que são insolúveis ou muito pouco solúveis em água Fonte: Cetesb O comportamento desta categoria de poluentes depende de vários fatores como o grau de saturação do solo, a densidade e viscosidade do NPAL e o volume ou dimensão

Fase líquida não aquosa baixa densidade (LNAPL) Fonte: Cetesb INSATURADA LNAP L Fase residual

Fase líquida não aquosa baixa densidade (LNAPL) Fonte: Cetesb INSATURADA LNAP L Fase residual Fase livre Fase dissolvida (pluma)

Fase líquida não aquosa maior densidade (DNAPL) DNAPL Fonte: Cetesb INSATURADA Fase residual Fase

Fase líquida não aquosa maior densidade (DNAPL) DNAPL Fonte: Cetesb INSATURADA Fase residual Fase livre Fase dissolvida (pluma)

Características da exposição solo ao contaminante

Características da exposição solo ao contaminante

Características da exposição solo ao contaminante • Tempo de exposição ou residência Ø Longo

Características da exposição solo ao contaminante • Tempo de exposição ou residência Ø Longo Ø Curto • A forma de exposição Ø Derramamento Ø Inoculação no solo (armazenagem (tanques combustível), aterramento (resíduos) etc) Ø Superficial (pulverização agricultura,

Tempo residência percolado Pode alterar mecanismos como por exemplo: Adsorção Precipitação Neutralização

Tempo residência percolado Pode alterar mecanismos como por exemplo: Adsorção Precipitação Neutralização

Características ambientais

Características ambientais

Características ambientais v Presença de microorganismos v Condições hidrogeológicas/climáticas v Condições aeróbias/anaeróbias v Temperatura

Características ambientais v Presença de microorganismos v Condições hidrogeológicas/climáticas v Condições aeróbias/anaeróbias v Temperatura local v Manejo solo

Características ambientais - Manejo insaturada fraturas, interstícios e canais de dissolução – maior vulnerabilidade

Características ambientais - Manejo insaturada fraturas, interstícios e canais de dissolução – maior vulnerabilidade a contaminação saturada O que facilita a entrada do contaminante no solo ?

Características solo

Características solo

Características do solo v Espessura das zonas v Perfil do solo v Propriedades físicas

Características do solo v Espessura das zonas v Perfil do solo v Propriedades físicas v Propriedades químicas

Como as zonas do solo atuam na interação com o contaminante?

Como as zonas do solo atuam na interação com o contaminante?

Função solo: atua como um filtro – zona insaturada Condição aeróbia + alcalina +

Função solo: atua como um filtro – zona insaturada Condição aeróbia + alcalina + composição solo Atenua ou elimina os efeitos nocivos contaminantes

FRANJA DE CAPILARIDADE (formação) Franja capilaridade Formada em função da atração molecular entre a

FRANJA DE CAPILARIDADE (formação) Franja capilaridade Formada em função da atração molecular entre a fase líquida e sólida e tensão superficial entre fase ar-água

FRANJA DE CAPILARIDADE (formação) Franja capilaridade A água sobe poros de diâmetro muito pequenos

FRANJA DE CAPILARIDADE (formação) Franja capilaridade A água sobe poros de diâmetro muito pequenos (franja capilar) opondo-se a força de gravidade

FRANJA DE CAPILARIDADE (dependência) Franja capilaridade Isto quer dizer que a espessura da franja

FRANJA DE CAPILARIDADE (dependência) Franja capilaridade Isto quer dizer que a espessura da franja de capilaridade é definida pela elevãção capilar que é FUNÇÃO? ?

FRANJA DE CAPILARIDADE (dependência) da TEXTURA E GRANULOMETRI A DO TERRENO Franja capilaridade

FRANJA DE CAPILARIDADE (dependência) da TEXTURA E GRANULOMETRI A DO TERRENO Franja capilaridade

FRANJA DE CAPILARIDADE (função) Franja capilaridade O que isto significa na atenuação de poluentes

FRANJA DE CAPILARIDADE (função) Franja capilaridade O que isto significa na atenuação de poluentes no solo? ?

FRANJA DE CAPILARIDADE (função) AERÓBIO E Franja capilaridade ALCALINO índice de vazio benéfico para

FRANJA DE CAPILARIDADE (função) AERÓBIO E Franja capilaridade ALCALINO índice de vazio benéfico para eliminar bactérias, vírus, hidrocarbonetos e orgânicos sintéticos

Zona Saturada (função) Processos interceptação, adsorção e biodegradação de contaminantes continuam aqui Segue fluxo

Zona Saturada (função) Processos interceptação, adsorção e biodegradação de contaminantes continuam aqui Segue fluxo lençol (fase dissolvida) – locais mais distantes

Atenuação física Interação solo-poluente Atenuação química

Atenuação física Interação solo-poluente Atenuação química

Filtração Atenuação física Adsorção física

Filtração Atenuação física Adsorção física

Alterando as propriedades físicas do solo de que forma afeta a filtração e lixiviação?

Alterando as propriedades físicas do solo de que forma afeta a filtração e lixiviação?

Neutralização Adsorção química Atenuação química Precipitação

Neutralização Adsorção química Atenuação química Precipitação

Manejo do solo

Manejo do solo

Alterando as propriedades químicas do solo de que forma afeta a adsorção química, neutralização,

Alterando as propriedades químicas do solo de que forma afeta a adsorção química, neutralização, precipitação?

ADSORÇÃO PRECIPITAÇÃO NEUTRALIZAÇÃO Manejo do solo

ADSORÇÃO PRECIPITAÇÃO NEUTRALIZAÇÃO Manejo do solo

Interação solo-poluente volatilização Poluente Escoamento superf. INSATURADA Atenuação/Retenção SATURADA transporte

Interação solo-poluente volatilização Poluente Escoamento superf. INSATURADA Atenuação/Retenção SATURADA transporte

Interações solo-poluente Volatilização Poluente Retenção Superfície INSATURADA Imobilização/retenção Lixiviação Precipitação Degradação Oxidação Infiltração Reações

Interações solo-poluente Volatilização Poluente Retenção Superfície INSATURADA Imobilização/retenção Lixiviação Precipitação Degradação Oxidação Infiltração Reações quimicas SATURADA Advecção Dispersão Troca iônica Degradação

Quais são os mecanismos principais de retenção/atenuação contaminante? - infiltração - lixiviação - advecção

Quais são os mecanismos principais de retenção/atenuação contaminante? - infiltração - lixiviação - advecção - dispersão

Quais são os mecanismos principais de atenuação química de um contaminante? Precipitação Neutralização Oxidação

Quais são os mecanismos principais de atenuação química de um contaminante? Precipitação Neutralização Oxidação Adsorção Filtração

Contaminante atinge a superfície do solo Contaminante Retenção Adsorção física química Não-Adsortiva precipitação sequestro

Contaminante atinge a superfície do solo Contaminante Retenção Adsorção física química Não-Adsortiva precipitação sequestro Infiltração Reações químicas transporte Solubilização/ precipitação difusão dispersão Oxidação/ Redução Troca iônica

Retenção – (adsorção) Adsorção – É o mecanismo pelo qual as moléculas de poluentes

Retenção – (adsorção) Adsorção – É o mecanismo pelo qual as moléculas de poluentes são retidos na superfície dos grãos do solo. Há dois tipos de mecanismos de adsorção: Adsorção física Adsorção química

Retenção – (adsorção física) Adsorção física - as moléculas de poluentes ficam retidas na

Retenção – (adsorção física) Adsorção física - as moléculas de poluentes ficam retidas na superfície dos grãos do solo por forças de Van der Waals, qu duram um longo período (até semanas). Estas são forças fracas e não envolvem por isto a quebra de ligações com os componentes ali presentes.

Retenção – (adsorção física) Forças de Van der Waals: São forças de atração ou

Retenção – (adsorção física) Forças de Van der Waals: São forças de atração ou repulsão ent moleculas (ou entre grupos dentro da mesma entidade molecula diferentes daquelas que são devidas à formação de ligação ou a interação eletrostática de íons ou grupos iônicos uns com os out Aumento de temperatura diminui a quantidade de material retido Adsorção física

Retenção – (adsorção química) Adsorção química - Os poluentes se ligam neles mesmos e

Retenção – (adsorção química) Adsorção química - Os poluentes se ligam neles mesmos e então na superfície do grão de solo como resultado da formação de um ligação química forte (normalmente colvalente).

Retenção – (adsorção química) Ligação covalente: A ligação covalente é um tipo de ligação

Retenção – (adsorção química) Ligação covalente: A ligação covalente é um tipo de ligação quími entre átomos, caracterizada pelo compartilhamento de um ou mai pares de elétrons entre estes, causando uma atração mútua entre eles, que mantêm a molécula resultante unida. Aumento de temperatura aumenta a quantidade de material retido por adsorção química

Retenção – (adsorção) Exemplos de adsorventes no solo: argilas, ferro, hidróxido de alumínio, substâncias

Retenção – (adsorção) Exemplos de adsorventes no solo: argilas, ferro, hidróxido de alumínio, substâncias húmicas, componentes orgânicos etc Muitos minerais como micas e feldspatos são bons adsorventes de moleculas de poluentes

Fatores que afetam a adsorção no solo A intensidade da adsorção depende de vários

Fatores que afetam a adsorção no solo A intensidade da adsorção depende de vários fatores, não somente da composição do solo mas também das propriedades físicas e químicas dos poluentes

Fatores que afetam a adsorção no solo -- Composição mineralógica do solo -- Textura

Fatores que afetam a adsorção no solo -- Composição mineralógica do solo -- Textura do solo -- Conteúdo e distribuição de substãncias mineralógicas no solo -- Propriedades físico-químicas do solo -- CTC dos componentes orgânicos e minerais do solo -- O tipo de poluente, a sua natureza e constituição química -- Condições climáticas e práticas agrícolas (condições externas)

Fatores que afetam a adsorção no solo (Composição mineralógica do solo) -***argilo minerais são

Fatores que afetam a adsorção no solo (Composição mineralógica do solo) -***argilo minerais são importantes adsorventes seguido de silicatos e -Componentes orgânicos*** -- A intensidade de adsorbância depende fundamentalmente do conteúdo de argila no solo, bem como de outros silicatos na composição mineral -- A capacidade de troca de cátions das argilas pode ser aumentada com -aumento da presença de matéria mineral como hidróxidos de alumínio e -Ferro

Fatores que afetam a adsorção no solo (Textura) -- Quanto menor o tamanho do

Fatores que afetam a adsorção no solo (Textura) -- Quanto menor o tamanho do grão, maior a superfície de contato alta energia superficial e portanto maior capacidade de adsorção -- Kennedy & Brown (1965) – conteúdo de cálcio e sódio adsorvido em -sedimento de areia representava 90% do tamanho do grão (0, 12 -0, 2 mm -enquanto que para uma fração mais grosseira (0, 2 -0, 5), foi 10% menor

Fatores que afetam a adsorção no solo (Substâncias húmicas) -- A presença de substâncias

Fatores que afetam a adsorção no solo (Substâncias húmicas) -- A presença de substâncias húmicas contendo os grupos -funcionais Carboxil e hidroxil fenólico – aumenta a CTC do s

Fatores que afetam a adsorção no solo (CTC) -- Na presença de argilas as

Fatores que afetam a adsorção no solo (CTC) -- Na presença de argilas as moléculas de água são adsorvidas em sua -superfície e formam cavidades de hidratação. -Estas cavidades provém sítios para moléculas de poluentes. A água -adsorvida geralmente possui alta taxa de dissociação, o que pode aume - a CTC do solo

Fatores que afetam a adsorção no solo (características do poluente) -A natureza e composição

Fatores que afetam a adsorção no solo (características do poluente) -A natureza e composição dos poluentes exercem influência -- não somente sobre o processo de solubilização e difusão -- mas também sobre a adsorção nos grãos do solo

Fatores que afetam a adsorção no solo (características do poluente) As reações de hidrólise

Fatores que afetam a adsorção no solo (características do poluente) As reações de hidrólise e troca iônica são sensíveis ao p. H do Ambiente criado pelo contaminante. Um exemplo é a adsorção de organofosforados (pesticida) na superfície de argilas, que são estáveis em p. H ácido/neutro mas instável em p. H alcalino (hidrólise) (ésteres na composição)

Retenção não adsortiva (precipitação) -- Ocorre através da passagem da forma dissolvida do poluente

Retenção não adsortiva (precipitação) -- Ocorre através da passagem da forma dissolvida do poluente para a forma -insolúvel. Estas reações de precipitação são controladas pelo equilíbrio -ácido-base e condições redox do meio -- As reações de precipitação são reversíveis com a mudança das condições -do meio como por exemplo o p. H.

Precipitação Os íons de duas ou mais eletrólitos fortes reagem entre si um composto

Precipitação Os íons de duas ou mais eletrólitos fortes reagem entre si um composto insolúvel ou bem pouco solúvel em água, que precipita Exemplo: 2 Kl (aq) + (Pb(NO 3)2) (aq) = Pb. I 2 (s)+2 KNO 3 (aq)

Neutralização Reação de neutralização pelos carbonatos (maior 100 mg por hectare – custo elevado)

Neutralização Reação de neutralização pelos carbonatos (maior 100 mg por hectare – custo elevado) – Ca. O 3

Retenção não adsortiva (filtração) -- É o empilhamento de partículas sólidas e moléculas grandes

Retenção não adsortiva (filtração) -- É o empilhamento de partículas sólidas e moléculas grandes dissolvidas no espaço dos poros do solo – um dos principais mecanismos de retenção de poluentes -Este tipo de retenção ocorre de acordo com 3 mecanismos: membrana superficial; filtro; sequestro físico-químico

Retenção não adsortiva (membrana) a) membrana: Ocorre quando as partículas de poluentes são maiores

Retenção não adsortiva (membrana) a) membrana: Ocorre quando as partículas de poluentes são maiores que os poros do solo. Formam uma camada (membrana) na superfície onde o tamanho dos poros são muito pequenos

Retenção não adsortiva (retenção) b) retenção: Ocorre quando as partículas de poluentes são do

Retenção não adsortiva (retenção) b) retenção: Ocorre quando as partículas de poluentes são do mesmo tamanho dos poros do solo. Elas caminham poro abaixo até encontrar poros de tamanhos menores

Retenção não adsortiva (filtração – físico-químico) -Partículas de poluentes são menores que o tamanho

Retenção não adsortiva (filtração – físico-químico) -Partículas de poluentes são menores que o tamanho dos poros do solo. -Este tipo de retenção limita o fluxo dos poros pela obstrução destes -através de reações físico-químicas, formando novos produtos -com tamanho molecular maior que o dos poros. -Um exemplo é a floculação de partículas coloidais resultantes da precipitação - do óxido de Ferro e manganês

INFILTRAÇÃO (Zona Insaturada) Por isso a mobilidade dos contaminantes dependem: • Forma • tamanho

INFILTRAÇÃO (Zona Insaturada) Por isso a mobilidade dos contaminantes dependem: • Forma • tamanho das partículas • grau de compactação

Lixiviação Extração ou solubilização de constituintes químicos de uma rocha, mineral, solo, depósito etc

Lixiviação Extração ou solubilização de constituintes químicos de uma rocha, mineral, solo, depósito etc pela ação de um líquido percolante Movimentação dos contaminantes ao longo do perfil do solo por meio da água

Lixiviação TIPOS DE REAÇÕES - Solvatação de íons pela água Cu. SO 4 (s)

Lixiviação TIPOS DE REAÇÕES - Solvatação de íons pela água Cu. SO 4 (s) = Cu 2+ + SO 4 2 -Ataque ácido Zn. O(s) + 2 H+aq. = Zn 2+ aq + H 2 O -Ataque alcalino Al 2 O 3 (s)+2 OH- aq = Al 2 O 3 - aq+ H 2 O

LIXIVIAÇÃO (Zona Insaturada) A movimentação dos poluentes através do solo, em direção ao lençol

LIXIVIAÇÃO (Zona Insaturada) A movimentação dos poluentes através do solo, em direção ao lençol freático INFLUENCIADA POR FATORES • características físico-químicas dos poluentes (mais solúvel ou menos solúvel p. ex) • propriedades fisico-químicas do solo • práticas de manejo do solo

DISPERSÃO - (ZONA SATURADA) Transporte causado pelo movimento das moléculas que se agitam aleatoriamente.

DISPERSÃO - (ZONA SATURADA) Transporte causado pelo movimento das moléculas que se agitam aleatoriamente. É o espalhamento do contaminante na direção do fluxo da solução Ligado a variação da dimensão dos poros, tortuosidade, reentrância e interligações entre os canais

DIFUSÃO Transporte ocasionado por um gradiente de concentração molecular ou viscosidade ou densidade. Este

DIFUSÃO Transporte ocasionado por um gradiente de concentração molecular ou viscosidade ou densidade. Este processo ocorre em líquidos e gases. O contaminante dissolvido na água do solo pode difundir através do gradiente de concentração dos fluidos. Gases contidos na porção de ar do solo são resultantes de componentes voláteis dos poluentes (gasolina), migrados por difusão pelo sistema de poros do solo

DEGRADAÇÃO Transformação dos contaminantes em um ou mais produtos através de reações de quebra

DEGRADAÇÃO Transformação dos contaminantes em um ou mais produtos através de reações de quebra ou formação de novas ligações químicas, formando compostos mais simples como água, CO 2 e NH 3 Pode ser: • Fotodegradação (luz) • Degradação química (hidrólise e reações de oxirredução) • Degradação microbiológica (microrganismos)

DEGRADAÇÃO (MICROBIOLÓGICA/METABOLIZAÇÃO) Principais microrganismos no solo: TRANSFORMA MOLÉCULAS ORG NICAS EM OUTRAS MENORES +

DEGRADAÇÃO (MICROBIOLÓGICA/METABOLIZAÇÃO) Principais microrganismos no solo: TRANSFORMA MOLÉCULAS ORG NICAS EM OUTRAS MENORES + CO 2 E ÁGUA - Fungos - Bactérias -- Actinomicetos (pouco exigentes e junto com as bactérias são os principais responsáveis pela biodegradação de hidrocarbonetos no solo)

DEGRADAÇÃO (MICROBIOLÓGICA) - Aeróbia (presença de O 2) Principalmente na zona insaturada (maior presença

DEGRADAÇÃO (MICROBIOLÓGICA) - Aeróbia (presença de O 2) Principalmente na zona insaturada (maior presença de O 2) - Anaeróbia (ausência O 2) Principalmente na zona insaturada (pouco O 2)

IMOBILIZAÇÃO Capacidade das partículas minerais e-ou orgânicas do solo de reterem um determinado composto

IMOBILIZAÇÃO Capacidade das partículas minerais e-ou orgânicas do solo de reterem um determinado composto ou molécula orgânica (adsorção ou precipitação)

ADVECÇÃO - (ZONA SATURADA) É o movimento de soluto conjuntamente ao movimento do fluxo

ADVECÇÃO - (ZONA SATURADA) É o movimento de soluto conjuntamente ao movimento do fluxo da água subterrânea ***densidade do contaminante****

PRECIPITAÇÃO/DISSOLUÇÃO Desprendimento de substâncias inicialmente em solução Ocorre quando a concentração destas substâncias excede

PRECIPITAÇÃO/DISSOLUÇÃO Desprendimento de substâncias inicialmente em solução Ocorre quando a concentração destas substâncias excede o seu grau de solubilidade (precipita) Dissolução é processo inverso de precipitação Reversível Fortemente afetado pela temperatura e p. H

OXIDAÇÃO/REDUÇÃO Mudança da valência dos elementos envolvidos através da perda (oxi) ou ganho de

OXIDAÇÃO/REDUÇÃO Mudança da valência dos elementos envolvidos através da perda (oxi) ou ganho de elétrons (redu)

Oxidação Fe. S 2 (s) + 15/4 O 2 (aq) + 7/2 H 2

Oxidação Fe. S 2 (s) + 15/4 O 2 (aq) + 7/2 H 2 O → Fe(OH)3 (s) + 2 H 2 SO 4 (aq) Pirita ácido

IONIZAÇÃO Ácidos orgânicos podem doar elétrons em soluções aquosas , tornando-se ânions, o que

IONIZAÇÃO Ácidos orgânicos podem doar elétrons em soluções aquosas , tornando-se ânions, o que aumenta significativamente a sua mobilidade na água

Troca iônica (CTC) O poder de troca de um cátion será maior quanto maior

Troca iônica (CTC) O poder de troca de um cátion será maior quanto maior for a sua valência Na química, valência é um número que indica a capacidade que um átomo de um elemento tem de se combinar com outros átomos, capacidade essa que é medida pelo número de elétrons que um átomo pode dar, receber, ou compartilhar de forma a constituir uma ligação química - Remoção de metais pesados depende da CTC de argilas e pode ser calculado – importante para remediação - Dependem também da área argila

Troca iônica (CTC) raíze s Humu s Partículas argila

Troca iônica (CTC) raíze s Humu s Partículas argila

Cidade dos Meninos, Rio de Janeiro • Cidade dos meninos = abrigo para crianças

Cidade dos Meninos, Rio de Janeiro • Cidade dos meninos = abrigo para crianças e depois como um centro educacional (1946) • Fábrica de pesticidas instalada dentro do complexo educacional • Fábrica de HCH, vulgarmente denominado “póde-broca”, um pesticida, proibido no Brasil há mais de 20 anos, que utilizava como matériaprima o cancerígeno benzeno • Após dificuldades econômicas, a fábrica fechou em 1955 • sem dar destinação à sobra de material tóxico, estimado em 400 toneladas na época

Cidade dos Meninos, Rio de Janeiro • Com o tempo, as instalações da fábrica

Cidade dos Meninos, Rio de Janeiro • Com o tempo, as instalações da fábrica foram sendo depredadas e o pó, que era acondicionado em toneis de papelão, começou a se infiltrar pelo solo da região, que também servia de pasto para animais • Moradores utilizavam para matar piolho, desinfetar casas e como inseticida • Alguns chegavam a vender o pó-de-broca em feiras livres • A partir daí, surgem as primeiras queixas de doenças provocadas pela exposição ao pó-debroca, como leucemia e outros tipos de câncer

Santo Amaro da Purificação, Bahia • Contaminação por metais pesados em Santo Amaro –

Santo Amaro da Purificação, Bahia • Contaminação por metais pesados em Santo Amaro – 1960 • Instalação de uma empresa francesa de beneficiamento de chumbo, a Penarroya Oxydes • Para atuar no Brasil, criou a subsidiária Cobrac – Companhia Brasileira de Chumbo, que começou a operar na forma de uma usina para produzir lingotes de chumbo.

Santo Amaro da Purificação, Bahia • Em 1989, foi vendida e incorporada à empresa

Santo Amaro da Purificação, Bahia • Em 1989, foi vendida e incorporada à empresa Plumbum Mineração e Metalurgia Ltda, pertencente ao Grupo Trevo, que embora tenha herdado o passivo ambiental e trabalhista dos franceses, não cumpriu com as obrigações, fechando a fábrica em 1993. • A desativação deixou um rastro de poluição e doença causada, principalmente, por cádmio e chumbo. • Dados da Associação de Vítimas de Contaminação por Chumbo e Cádmio de Santo Amaro (AVICCA) indicam que 619 extrabalhadores da fábrica foram a óbito e vários apresentam sequelas, assim como seus

Caso Rhodia, São Paulo • Em 1965 a empresa Clorogil inicia em Cubatão as

Caso Rhodia, São Paulo • Em 1965 a empresa Clorogil inicia em Cubatão as operações de uma fábrica que produz os pesticidas denominados pentaclorofenol e pentaclorofenato de sódio • Conhecidos popularmente como pó da China, composto considerado perigoso pela Organização Mundial de Saúde. Dez anos depois, o controle é assumido pela francesa Rhodia.

Caso Rhodia, São Paulo • A fábrica é interditada em 1993, e na época

Caso Rhodia, São Paulo • A fábrica é interditada em 1993, e na época constatou-se que a empresa havia despejado mais de 12 mil toneladas de resíduos tóxicos no solo, em 15 anos de operação. • Dois anos depois, surgem as primeiras denúncias de problemas de saúde envolvendo trabalhadores da fábrica. • De acordo com a Associação de Combates aos Poluentes (ACPO), dois operários morreram com quadros característicos de intoxicação aguda nos anos de operação da unidade.

Condomínio residencial Barão de Mauá • compostos orgânicos e compostos inorgânicos • benzeno, clorobenzeno,

Condomínio residencial Barão de Mauá • compostos orgânicos e compostos inorgânicos • benzeno, clorobenzeno, trimetilbenzeno e decano

ÁREAS CONTAMINADAS CRÍTICAS EM SÃO PAULO

ÁREAS CONTAMINADAS CRÍTICAS EM SÃO PAULO

 • Laudo técnico, a Cetesb encontrou cerca de 40 tipos de gases tóxicos

• Laudo técnico, a Cetesb encontrou cerca de 40 tipos de gases tóxicos na região, entre eles o benzeno que, ao ser absorvido por via oral, através da ingestão de água, cutânea ou inalação, pode gerar alergias e afetar o sistema nervoso central. • Exames em 329 moradores, feitos em 1991, constataram que quatro deles teriam índice da presença de ácido transmucônico, resultado do metabolismo de níveis de benzeno no organismo, responsável por inúmeras

Contaminação pela CSN no bairro Volta Redonda - RJ • Contaminação de um terreno

Contaminação pela CSN no bairro Volta Redonda - RJ • Contaminação de um terreno do bairro Volta Grande IV, provocada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda • Considerada gravíssima, com concentrações de elementos tóxicos e cancerígenos , como ascarel, cádmio e cromo, até 90 vezes acima do tolerável • (2013) A retirada de 750 moradores da área era medida inadiável. As informações foram anunciadas com base em relatório do Instituto Estadual Ambiental (Inea). A siderúrgica deve ser multada pelo órgão ambiental em até R$

Contaminação pela CSN no bairro Volta Redonda - RJ • A área onde o

Contaminação pela CSN no bairro Volta Redonda - RJ • A área onde o conjunto Volta Grande IV foi construído serviu como depósito de resíduos siderúrgicos entre 1986 e 1999 • O descarte do material prosseguiu até depois que o terreno foi doado, em 1995, ao Sindicato dos Metalúrgicos, dois anos após a privatização da CSN • O empreendimento Volta Grande IV foi financiado pela Caixa Econômica Federal