Interao e Desenvolvimento Social Gilberto Hildebrando gilberto hsercomtel
Interação e Desenvolvimento Social Gilberto Hildebrando gilberto. h@sercomtel. com. br
Conceito de Interação Segundo o Dicionário (Aurélio): Interação é uma ação que se exerce mutuamente entre duas ou mais pessoas; ação recíproca.
Conceito de Desenvolvimento Social “Ampliação e melhoria das condições de vida e do exercício da cidadania de uma dada população: Acesso à moradia - água tratada abastecimento regular e controle da qualidade de alimentos - transportes - serviços municipais de saúde, educação, cultura, esportes, lazer atendimento ao trabalhador dos setores formal e informal, ao desempregado, ao micro-empresário, a grupos familiares e pessoas com necessidades especiais ou expostos a situações de risco, entre outros”. (Junqueira e Inojosa, 1997)
Interação e Desenvolvimento Social “Na perspectiva do Desenvolvimento Social, se não houver mudança dos componentes e das relações entre os componentes da sociedade não há desenvolvimento”. (AED – Agência de Educação para o Desenvolvimento, 2001)
Interação e Desenvolvimento Social “Há um saber mais reflexivo, da razão, e há um do coração, articulado a partir dos sentidos, sentimentos e desejos. A aliança entre os dois é a base do processo democrático” (Patrus Ananias, 2004)
Objetivos do Milênio (ONU) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Erradicar a extrema pobreza e a fome Atingir o ensino básico universal Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres Reduzir a mortalidade infantil Melhorar a saúde materna Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças Garantir a sustentabilidade ambiental Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento
Diretrizes Gerais da Extensão n Relação da Universidade e os demais setores da Sociedade n Bilateralidade n Interdisciplinaridade n Indissociabilidade
Diretrizes Gerais da Extensão Impacto Solidariedade Universidade demais setores da Sociedade Transformação Emancipação
Diretrizes Gerais da Extensão: Relação da Universidade e os demais setores da Sociedade Vale a pena refletir: 1°) Este processo é contínuo e persistente. A emancipação não é única e nem salvacionista;
Diretrizes Gerais da Extensão: Relação da Universidade e os demais setores da Sociedade 2°) As equipes dos projetos não têm a “missão” de desvelar soluções com fórmulas que circulam de comunidade em comunidade a partir de estudos teóricos elaborados com este fim; 3°) O “novo” não preexiste na realidade que se transformará e se emancipará.
Diretrizes Gerais da Extensão: Bilateralidade Interativa, dialógica, bidirecional, aplicação de metodologias participativas.
Diretrizes Gerais da Extensão: Bilateralidade Vale a pena refletir: 1°) A linguagem enquanto representação abstrata deveria dar lugar a práticas que implicassem a interlocução e a argumentatividade presentes na: a) colocação dos problemas; b) abordagens resolutivas iniciais pela equipe; c) deliberações acerca dos meios de ação; d) avaliação dos resultados.
Diretrizes Gerais da Extensão: Bilateralidade 2°) O texto de um projeto, de um relatório, não é réplica do real. Ser dialógico implica na crença de que o real é “opaco”, com saberes que se juntam, se negam, se contradizem e se reinventam.
Diretrizes Gerais da Extensão: Interdisciplinaridade Interação de modelos, conceitos e metodologias de diferentes áreas, buscando uma consistência teórica e operacional que estruture o trabalho dos atores do processo de extensão.
Diretrizes Gerais da Extensão: Interdisciplinaridade As relações entre as disciplinas podem se dar em três níveis: • Multidisciplinaridade, • Interdisciplinaridade, • Transdiciplinaridade
Diretrizes Gerais da Extensão: Interdisciplinaridade Na multidisciplinaridade, recorremos a informações de várias matérias para estudar um determinado elemento, sem a preocupação de interligar as disciplinas entre si.
Diretrizes Gerais da Extensão: Interdisciplinaridade Na interdisciplinaridade, estabelecemos uma interação entre duas ou mais disciplinas, proporciona uma aprendizagem muito mais estruturada e rica, pois os conceitos estão organizados em torno de unidades mais globais, de estruturas conceituais e metodológicas compartilhadas por várias disciplinas.
Diretrizes Gerais da Extensão: Interdisciplinaridade Na transdisciplinaridade, a cooperação entre as várias matérias é tanta, que não dá mais para separá-las: acaba surgindo uma nova "macrodisciplina".
Diretrizes Gerais da Extensão: Indissociabilidade Toda ação da extensão deve estar vinculada ao processo de formação, à utilização dos conhecimentos e dados produzidos e à geração de novos conhecimentos para retroalimentar o ensino e demandar novas pesquisas. . . e uma nova extensão!
Metodologia A palavra MÉTODO, cunhada no século XVI, vem do grego, methodos, que é composta de : meta: através de, por meio de, hodos: via, caminho. e
Metodologia Termo cunhado no século XIX, ilustra um percurso que vai do conhecimento à ação e vice-versa. As opções que são por ela encaminhadas, serão decisivas para que as metas sejam atingíveis com eficiência, eficácia e efetividade ou sustentabilidade.
Metodologia n n n EFICIÊNCIA é fazer certo; é o meio para se atingir um resultado; é a atividade, ou, aquilo que se faz; EFICÁCIA é a coisa certa; é o resultado; o objetivo; é aquilo para que se faz, isto é, a sua Missão; EFETIVIDADE é a medida que determina que os resultados do projeto, em termos de benefícios ou mudanças gerados, estão incorporados de modo permanente à realidade da população atingida.
Metodologia Usar um método é seguir regular e ordenadamente um caminho através do qual uma certa finalidade ou um certo objetivo é alcançado. Marilena Chauí (1997)
Metodologia Nada parece mais paradoxal na extensão que a regularidade e a ordem!!! n Contudo, com a desculpa de que na extensão tudo é imprevisível, muitos deixam de planejar!!! n
Metodologia é uma concepção dos métodos e técnicas a serem utilizados, com embasamento filosófico. É também o modo concreto de delinear o projeto, definindo seus objetivos e a adequação dos meios aos fins. Michel Thiollent (2000)
Metodologia Na metodologia, em sua concepção e descrição, podemos enxergar o projeto; n n n Concreto não significa imutável!!! É importante prever etapas de revisão e avaliação no transcurso do projeto e não apenas em sua conclusão.
Metodologia A extensão, articulada ao ensino e à pesquisa, enquanto resultado do conceitual e do teórico, busca seus significados mais concretos no próprio conceito de metodologia: n Campo da pesquisa: busca de construção de conhecimento; n Campo da educação: busca do modo de ensinar.
Metodologia Participativa 1. Encontro de 2. Objetiv o duplo Uma intenção acadêmica Uma vontade de mudar Fazer progredir os conhecimentos fundamentais Resolver os problemas
Metodologia Participativa 3. Trabalho conjunto Aprendizagem mútua Reciprocidade: É o sujeito transformado que vai em busca da transformação.
Metodologia Participativa 4. Quadro ético negociado e aceito por todos Acordar a utilização dos dados obtidos e as informações produzidas ao longo do projeto. Deixar claro as possibilidades e limites do projeto.
Metodologia Participativa: Resultados 1. Modos de resolução de problemas concretos encontrados no decorrer da realização do projeto; 2. Conhecimentos validados pela experimentação durante o projeto;
Metodologia Participativa Resultados 3. Formação de uma comunidade capacitada, competências individuais e coletivas; 4. Novos questionamentos para estudos e projetos futuros. Michel Liu (1997)
Extensão tradicional Segmentos governamentais Docentes Alunos Técnicos ? Segmentos populares Segmentos de classe/ profissionais Segmentos nãogovernamentais Segmentos mistos
Atores da Extensão n n n Inserção numa dimensão processual, de construção coletiva; Há uma troca de saberes e não uma hierarquia entre eles; O atendimento às demandas da extensão exige compromisso coletivo;
Atores da Extensão n n Os atores possuem identidade e papéis próprios, mas as competências são exercidas coletivamente em função dos resultados almejados; Há uma postura ética que leva à emancipação e não à instrumentalização;
Atores da Extensão n Uma metodologia participativa propicia a passagem de sujeitos envolvidos a sujeitos articulados e responsabilizados pela produção de conhecimento, o que inclui as resoluções possíveis dos problemas;
Atores da Extensão n O centro deixa de ser a relação sujeito/objeto e passa a ser a interação entre sujeitos ante uma situação a ser transformada.
Extensão queremos Docentes Alunos Segmentos mistos Segmentos populares Segmentos governamentais Técnicos Segmentos de nãoclasse/ governamentais profissionais
Princípios Básicos para a formulação de Projetos de Extensão 1. Os projetos são elaborados de modo interativo, com participação dos atores, e tomam como ponto de partida um levantamento de necessidades dos interessados;
Princípios Básicos para a formulação de Projetos de Extensão 2. Existe articulação entre os aspectos investigativos, educativo, comunicativo e organizativo; 3. Há também articulação entre conhecimento, informação e ação (com aspectos social e tecnológico);
Princípios Básicos para a formulação de Projetos de Extensão 4. A extensão não é apenas “repasse” de informação; ela produz conhecimento sobre problemas reais e condições de soluções e adequação, além de estimular a formulação de novos projetos de extensão e de pesquisa;
Princípios Básicos para a formulação de Projetos de Extensão 5. São utilizadas metodologias investigativas, de educação e de comunicação condizentes com os princípios anteriores.
Portanto, menos prescrição e mais criação !
Concluindo. . .
A pavimentação de um caminho participativo, solidário e emancipador na extensão tem que brotar dos desejos individuais. . .
. . . e coletivos. . .
. . . numa grande festa, onde todos ocupem as ruas que nos levem à igualdade, à justiça e à construção de novos rumos à sociedade.
Pós-conclusão
Alguns caminhos nos fazem andar pelo infinito, . . .
. . . trilhar o conhecido. . .
. . . ou um novo mundo.
Muitos são os caminhos iluminados.
Outros não totalmente concluídos.
Alguns possuem uma sustentabilidade admirável. . .
. . . outros não.
Caminhos que nos levam a destinos seguros e conhecidos. . .
. . . ou nem tanto.
Caminhos sinuosos, rudimentares. . .
. . . quase impossíveis, . . .
. . . ou simplesmente lúdicos.
Algumas dificuldades podem surgir. . .
Mas nem tudo são pedras.
Muito obrigado !
- Slides: 63