Iluminismo Definio O iluminismo tambm conhecido como Sculo
Iluminismo
Definição O iluminismo, também conhecido como Século das Luzes e como Ilustração foi um movimento cultural da elite intelectual europeia do século XVIII que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval. Abarcou inúmeras tendências e, entre elas, buscava-se um conhecimento apurado da natureza, com o objetivo de torná-la útil ao homem moderno e progressista. Tinha como proposta central levar a “luz” – sua filosofia – para iluminar as “trevas” da ignorância, representadas pelo Antigo Regime.
Características do Antigo Regime Religião dominava a mentalidade humana, sufocando a razão e pregando a intolerância; O clero e a nobreza dispunham de imensos luxos e privilégios; Economia mercantilista caracterizada por monopólios e pela intervenção estatal; Os reis absolutistas, cujo poder legitimava-se pelo Direito Divino, eram isentos de restrições legais.
Base das revoluções burguesas Ideologia-guia das revoluções burguesas do fim do XVIII e começo do século XIX. Pensadores: construção do Liberalismo e do Estado democrático-burguês. Iluminismo como um pensamento burguês.
Iluminismo Cronologia: Boa parte dos acadêmicos simplesmente utilizam o início do século XVIII como marco de referência, aproveitando a já consolidada denominação Século das Luzes. O término do período é, por sua vez, habitualmente assinalado em coincidência com o início das Guerras Napoleônicas (1804 -1815). Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais, políticas, correntes intelectuais e atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diversos "micro-iluminismos", diferenciando especificidades temporais, regionais e de matiz religioso, como nos casos de "iluminismo tardio", "iluminismo escocês" e "iluminismo católico".
Iluminismo O iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um lugar melhor - mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.
Iluminismo Immanuel Kant como resposta à questão "O que é o iluminismo? ", descreveu de maneira lapidar a mencionada atitude: "O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do iluminismo".
Iluminismo Qual é o sentido da saída dessa tutelagem? Quem está tutelando? Quem é tutelado?
Características gerais do pensamento iluminista Razão: valorização do homem e da razão humana; Tolerância: a razão deve ser exercida livremente. Liberdade de crença e tolerância; Progresso: o avanço da razão deixaria as mazelas da existência para trás; Engajamento: compromisso com a causa; Deísmo: crença em Deus e nada mais. Thomas Paine; Igualdade perante a lei e governo constitucional: racionalização do Estado, mas de maneira eletista.
Origens do pensamento iluminista: século XVII Muitos dos elementos centrais do pensamento iluminista têm suas origens na filosofia do século XVII, quando foram temas as grandes questões do pensamento ilustrados, tais como: Natureza; Razão; Tolerância; Felicidade; Ceticismo; Individualismo; Liberdade.
Origens do pensamento iluminista: século XVII René Descartes: O Discurso do Método; Busca de certezas filosóficas inquestionáveis: Dúvida metódica, verdade absoluta; Dúvida sistemática: correto é aquilo que pode ser comprovado sem nenhuma lacuna; A única coisa inquestionável é a própria dúvida, pois duvidar do pensamento é impossível uma vez que duvidar já é pensar; Penso, logo existo.
Origens do pensamento iluminista: século XVII John Locke: Três direitos naturais: Liberdade, igualdade e propriedade privada. Fundador do pensamento liberal: A religião, as escolhas políticas e o pensamento são escolhas individuais. O individuo é maior que o Estado. O governo deve preservar esses direitos naturais.
Principais pensadores iluministas: Montesquieu (1689 -1755) Era contra o absolutismo (forma de governo que concentrava todo poder do país nas mãos do rei). Fez várias críticas ao clero católico, principalmente, sobre seu poder e interferência política. Defendia aspectos democráticos de governo e o respeito às leis. Defendia a divisão do poder em três: Executivo, Legislativo e Judiciário. Executivo: declara paz ou guerra, envia embaixadores e estabelece a segurança; Legislativo: produz, corrige e revoga leis; Judiciário: pune crime e julga querelas.
Principais pensadores iluministas: Voltaire (1694 -1778) Voltaire foi influenciado, no campo da ideias, pelo cientista Isaac Newton e pelo filósofo John Locke. Defesa do livre pensamento. Defendia as liberdades civis (de expressão, religiosa e de associação). Criticou as instituições políticas da monarquia, combatendo o absolutismo. Criticou o poder da Igreja Católica e sua interferência no sistema político. Foi um defensor do livre comércio, contra o controle do estado na economia. Foi um importante pensador do iluminismo francês e suas ideias influenciaram muito nos processos da Revolução Francesa e de Independência dos Estados Unidos. “Não concordo com o que dizes, mas defendo até a morte o direito de o dizeres”.
Principais pensadores iluministas: Diderot (1713 -1784) Importância da Ciência como principal motor do desenvolvimento e progresso humano; O homem seria não mais que uma porção de matéria construída sob as leis que regem o universo. Deus seria uma invenção. A política deve se incumbir de eliminar as diferenças sociais; A religião deve ficar restrita ao campo de formação do comportamento humano. A tecnologia é de fundamental importância para o desenvolvimento econômico das nações. Foi um crítico do Absolutismo e do poder e influência da Igreja na sociedade. ”O homem só será livre quando o último déspota for estrangulado com as entranhas do último padre". Editor da Enciclopédia junto com D’Alambert.
Principais pensadores iluministas: nova geração Década de 1770, nova geração de filósofos influencia nos momentos mais radicais da Revolução Francesa, radicaliza o pensamento iluminista e passa a defender a República e a criticar a civilização, o progresso, a propriedade privada, a desigualdade e a escravidão colonial, dando os primeiros passos rumo ao pensamento crítico do século XIX. São membros dessa geração: Mably, Meslier, Raynal, Morelly, Beccaria, Thomas Paine e Rousseau, o maior de todos os nomes, percursor do Romantismo que admitia a importância do sentimento e da natureza diante da frieza da razão e da civilização.
Principais pensadores iluministas: Rousseau (1712 -1778) Escreveu, além de estudos políticos, romances e ensaios sobre educação, religião e literatura. Sua obra principal é Do Contrato Social. Nesta obra, defende a ideia de que o ser humano nasce bom, porém a sociedade o conduz a degeneração. Afirma também que a sociedade funciona como um pacto social, onde os indivíduos, organizados em sociedade, concedem alguns direitos ao Estado em troca de proteção e organização. Em sua obra Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens, publicada no ano de 1755, ele descreve uma hipótese para o estado natural do homem, sugerindo que, apesar das diferenças determinadas pela natureza, houve um determinado momento em que os homens agiam como iguais.
Principais pensadores iluministas: Rousseau (1712 -1778) Nesse sentido, em algum momento da História, o homem passou a escravizar, criar propriedade privada e a suprimir liberdades. A desigualdade seria, portanto, a fonte primeira de todos os males. Para preservar a liberdade tem que existir um Contrato Social: Vontade da maioria; Governo tutela pela liberdade e bem estar da população; Evitar-se-ia autoritarismo e extremos de pobreza e riqueza. Ideia de que a natureza humana pode ser transformada pela educação.
Iluminismo: economia Crítica as práticas mercantilistas e fundação do chamado Liberalismo Econômico. Fisiocratas, na França; Escola Clássica, na Inglaterra. Fisiocratas: Negação do metalismo; Riqueza vem da natureza; Comércio e indústria é circulação; Estado não deve controlar rigidamente a economia; Comércio deve fluir livremente; “Deixe fazer, deixe passar, o mundo vai por si mesmo”.
Iluminismo: economia Escola Clássica: Adam Smith (1732 -1790) – A Riqueza das Nações, teoria fundadora do Liberalismo econômico; Trabalho como fonte de riqueza: negação do metalismo, o trabalho que é produtor de riqueza; Livre-iniciativa e livre-concorrência: a busca individual de riqueza beneficia toda a sociedade, através da busca de qualidade, tecnologia e menor preço; Atuação dos indivíduos garante estabilidade;
Iluminismo: economia Escola Clássica: A Lei da Oferta e da Procura funciona como uma “mão invisível” que regula o mercado e naturalmente traz felicidade a todos. Tanto para o Liberalismo econômico quanto para o Liberalismo político, o indivíduo é maior que o Estado; A não intervenção do Estado na economia: não se pode impor monopólios ou restrições. Sua função é garantir a ordem e o respeito aos direitos naturais do homem por meio de uma Constituição e de seus órgãos repressores.
O despotismo esclarecido Instrumentalização do Iluminismo em países em decadência político-econômica: Manutenção do despotismo; Sem grandes melhorias nas condições de vida das populações. Ações: Separação entre Estado e Igreja; Tolerância religiosa; Valorização dos conhecimentos cientifícos; Ênfase no método experimental newtoniano;
O despotismo esclarecido Ações: Liberdade de comércio e indústria; Profissionalização da burocracia. As reformas inauguraram, na América Espanhola e Portuguesa, um período de simultâneo crescimento econômico e maior exploração, dando início à Crise do Antigo Sistema Colonial.
Despostas esclarecidos: Frederico II, O Grande (1712 -1786), Prússia Foi o monarca mais próximo dos filósofos iluministas, tendo inclusive, os acolhido quando os mesmos sofreram perseguições na França. Frederico II aboliu as torturas, fundou escolas, reformulou o sistema penal e passou a aceitar todas as crenças religiosas.
Despostas esclarecidos: José II (17411796), Áustria Aboliu a servidão pessoal; Extinguiu as corporações de ofício; Acabou com vários conventos e abriu escolas com os materiais adquiridos; Estabeleceu liberdade religiosa.
Despostas esclarecidos: Catarina II (17291796), Rússia Correspondeu-se regularmente com Voltaire e outros filósofos, o que contribuiu para projetar uma imagem positiva de seu governo junto às demais potências europeias. Procurando justificar o autoritarismo da czarina, Voltaire cunhou a expressão “déspota esclarecida”, que se estenderia a outros governantes da época. No entanto, pode-se dizer que as reformas de Catarina foram superficiais. Ela estabeleceu a tolerância religiosa e incentivou a educação das camadas dominantes, o que levou ao afrancesamento da alta sociedade russa. Também estimulou o povoamento da Rússia Meridional, fixando colonos alemães na região do Volga. Mas em seu reinado a situação dos servos piorou, pois Catarina Suprimiu um direito costumeiro que permitia aos camponeses, em certas circunstâncias, transferir-se para as terras de outro senhor. Essa proibição aumentou o poder dos proprietários sobre seus servos.
Despostas esclarecidos: Carlos III (17591788), Espanha Igreja sob controle do Estado; Expulsão dos jesuítas do país e das colônias; Desenvolvimento da indústria manufatureira; Construção de canais de irrigação; Liberdade de comércio de grãos para dinamizar a economia.
Despostas esclarecidos: Carlos III (17591788), Espanha Igreja sob controle do Estado; Expulsão dos jesuítas do país e das colônias; Desenvolvimento da indústria manufatureira; Construção de canais de irrigação; Liberdade de comércio de grãos para dinamizar a economia.
Despostas esclarecidos: Marquês de Pombal (1699 -1782), Portugal Organizou o funcionalismo público; Criação de uma burocracia moderna; Crescimento econômico, demográfico, manufatureiro e comercial; Tirou o poder da Inquisição; Expulsou os jesuítas do império; Acabou com o monopólio da Igreja sobre a educação; Implantou novos cursos na faculdade.
Lição de casa Escolher um filósofo do Iluminismo e relacioná-lo diretamente com algum evento ou fato histórico da Revolução Francesa, demonstrando suas influências no processo revolucionário ou no regime instaurado após a Revolução.
- Slides: 30