III SIMPSIO INTERNACIONAL DE VIGIL NCIA DAS DOENAS

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III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE VIGIL NCIA DAS DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR 21

III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE VIGIL NCIA DAS DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR 21 de Novembro de 2005 Centro de Convenções Rebouças, São Paulo, SP, Brasil. DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR: SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO ESTADO DE SÃO PAULO Maria Bernadete de Paula Eduardo Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar do Centro de Vigilância Epidemiológica, Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, SP, Brasil. DDT HA

DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR - DTHA • Declínio da mortalidade pelas doenças

DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR - DTHA • Declínio da mortalidade pelas doenças infecciosas intestinais - ações de saneamento básico e programas específicos em saúde pública. • Novos fatores de risco: globalização da economia e ampla comercialização dos alimentos, ampla mobilização das populações, viagens internacionais, diferentes estilos de vida, grandes aglomerados urbanos, processos tecnológicos de produção alimentar, entre outros. • Mudanças nas características, formas de manifestação e tipos de DTHA : • Alimentos - principais responsáveis por surtos e pela emergência de novos patógenos ou reemergência de antigas doenças; • Grandes surtos relativamente estritos a determinadas espaços dão lugar a um conjunto de surtos ou casos aparentemente esporádicos, porém causados por uma fonte comum. • Novos comportamentos dos agentes etiológicos, mutações de patógenos, resistências antimicrobianas NOVAS MEDIDAS E SISTEMAS DE CONTROLE

Figura 1 - Casos e Coeficientes por 100 mil habitantes* de Doença Diarréica Aguda

Figura 1 - Casos e Coeficientes por 100 mil habitantes* de Doença Diarréica Aguda monitorados pelo programa de MDDA, ESP, 2000 a 2004 Fonte: DDTHA (*) Coef. Por 100 mil hab. ; Pop. = IBGE das áreas sentinelas MELHORIA NA CAPTAÇÃO DAS DIARRÉIAS

Figura 2 - Pirâmide de incidência e impacto das diarréias por todas as etiologias,

Figura 2 - Pirâmide de incidência e impacto das diarréias por todas as etiologias, ESP, Ano 2004 Áreas implantadas Monitorização da Doença Diarréica Aguda: 390. 911 casos notificados = 1. 026, 7 casos/100 mil hab. Notificação para a VE Caso confirmado/cultura Testes de Laboratório 488. 639 casos SUS 80% Serviços saúde procurados 40% 1. 221. 597 doentes Pessoas doentes Infecção na população Fonte: MMDA Estimativas - DDTHA ? 100% Coef. estimado = 3. 080 casos/100 mil hab.

Figura 3 - Pirâmide de incidência e impacto das diarréias em geral e por

Figura 3 - Pirâmide de incidência e impacto das diarréias em geral e por rotavírus em < 5 anos , ESP, Ano 2004 Parâmetros corrigidos Rio Claro 6, 6 casos Rota (+)/1000 < 5 anos 22. 387 casos (+) estimados Casos Parâmetros corrigidos Guarulhos 16, 3 casos Rota (+)/1000 < 5 anos 55. 289 casos (+) estimados Caso confirmado/cultura Custos diarréia por rotavírus = > $ 1 milhão Testes de Laboratório amostras colhidas Procuraram serviços 101, 7 casos diarréia/1000 < 5 anos médicos 344. 965 casos diarréia em geral (estimado) Pessoas doentes 91, 1 casos diarréia/1000 < 5 anos 309. 010 casos diarréia em geral (estimado) Infecção na população < 5 anos ? 161. 089 casosnotificados diarréia MDDA < 5 anos = 47, 5 casos diarréia/1000 < 5 anos Fonte: Pesquisa Rotavírus/DDTHA/CVE MDDA/DDTHA/CVE Pop. IBGE < 5 anos = 3. 391. 982 – Ano 2004 Pop. IBGE 0 -2 anos = 2. 020. 412 – Ano 2004 NECESSIDADE DE MELHORES ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO

Figura 4 - Percentual de Surtos de DTHA* segundo a etiologia, ESP, 1995 -

Figura 4 - Percentual de Surtos de DTHA* segundo a etiologia, ESP, 1995 - 2004** Fonte: MDDA - DDTHA/CVE (*) Todos os surtos de DTA (Doenças Diarréicas e não diarréicas) NECESSIDADE DE NOTIFICAÇÃO EM TEMPO OPORTUNO E AUMENTAR A COLETA DE AMOSTRAS CLÍNICAS PARA DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO

DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR - DTHA De 1999 a setembro de 2005

DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR - DTHA De 1999 a setembro de 2005 foram notificados ao CVE: • 1. 471 surtos de doenças transmitidas por água e alimentos, com 46. 498 casos. • 60 a 80% dos surtos de diarréia tiveram como veículo primário de transmissão os alimentos, quase 10% a água e os demais, o contato pessoa-a-pessoa e outros. • Quase 30% deles são causados por bactérias envolvendo domicílios, restaurantes, refeitórios industriais e outros estabelecimentos comerciais. • Entre as bactérias, destacam-se as Salmonellas veiculadas por produtos de origem animal. • E. coli O 157: H 7 (5 casos notificados) e a Síndrome Hemolítico-Urêmica (52 casos) já estão sendo captadas pelo sistema.

DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR - DTHA • 223 (15%) de todos os

DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR - DTHA • 223 (15%) de todos os surtos foram causados pelo vírus da Hepatite A com 3. 261 (7%) casos - 5% associados à água; 2% pessoa-a-pessoa; 3% contato com esgoto e 1, 3% alimentos (ostras e verduras) e em 88, 7% a investigação epidemiológica não conseguiu determinar a via primária de transmissão). • Observa-se um aumento de surtos por rotavírus no período, mesmo considerando a maior sensibilidade do sistema de vigilância em captação das diarréias: – 1999, 7, 7% dos surtos com etiologia identificada correspondiam a surtos por rotavírus, e 2, 7% do total de casos; ; – 2005 mais de 20% dos surtos foram por rotavírus representando quase 50% do total de casos. • Cryptosporidium, Giárdia e Cyclospora foram os agentes mais identificados nos surtos por protozoários, associados principalmente à transmissão pela água de consumo humano e pelo contato pessoa-a-pessoa em creches.

Figura 5 - Pirâmide de incidência e impacto de diarréias por Salmonella Enteritidis, ESP,

Figura 5 - Pirâmide de incidência e impacto de diarréias por Salmonella Enteritidis, ESP, Estudo de 2002 Casos internados 1. 045 = Coef. 2, 7/100 mil hab. 235 casos envolvidos em surtos por SE notificados = Coef. 0, 6/100 mil hab. Notificação para a VE Caso confirmado/cultura Testes de Laboratório amostras colhidas Casos internados estimados 5. 864 = 15, 4/100 mil hab. 49. 447 casos estimados envolvidos em surtos = 129, 5/100 mil hab. Procuram cuidados médicos Pessoas doentes Infecção na população ? Coef. Total de incidência = 145 casos de SE/100 mil hab. Alimentos implicados - ovos crus ou mal cozidos e outros pratos à base de ovos responsáveis por 70% dos surtos por SE e a 67% por Salmonella sp. (sem a identificação de sorotipo).

DOENÇAS ESPECÍFICAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA • Cólera - endêmica em vários estados do Norte

DOENÇAS ESPECÍFICAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA • Cólera - endêmica em vários estados do Norte e Nordeste até 2001, não se disseminou pelo ESP. O último caso confirmado no ESP foi em 1999, em Cotia, SP, importado da Bahia. Impacto positivo de ações de sanemento. • Febre Tifóide – em curva descendente nas últimas décadas devido ações de saneamento, merece maior atenção frente a seu comportamento nos últimos meses. • Poliomielite – erradicada no Brasil, exige vigilância permanente; impõe-se agora o acompanhamento da Síndrome Pós-Pólio. • Botulismo – casos esporádicos. • Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) para vigilância/detecção precoce da variante (v. DCJ), associada à transmissão por carne contaminada EEB, entra recentemente na lista de DNC em todo o território nacional. – Estudos do CVE a partir de levantamento de Atestados de Óbito, prontuários da AIH e notificação da VE, no período de 1990 a 2005 mostram o registro de apenas 58 casos de DCJ (média do período = 3 casos/ano; abaixo do esperado pelo parâmetro WHO – novidade cerca de 40 entre casos/ano para o ESP/Ano 2005). Implementar A v. DCJ é a as doenças de origem alimentar, que essa vigilância. aterroriza o mundo, ao lado das doenças que afetam os animais de criação para consumo alimentar, como a gripe do frango, a febre aftosa, e o que virá ainda?

DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR - DTHA • a Difilobotríase emergiu entre um

DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR - DTHA • a Difilobotríase emergiu entre um grupo restrito - o de consumidores habituais de sushi/sahimi. Causa = salmão importado (2004/2005). Fontes: CVE, IAL e Lab. Fleury Tabela 1 - Distribuição dos 52 casos notificados* de difilobotríase no Estado de São Paulo, segundo o município de residência, março de 2004 a outubro de 2005 Município de residência N. º % cas os Barueri 1 1, 9 Bauru 1 1, 9 Campinas 2 3, 8 Carapicuiba 1 1, 9 Diadema 1 1, 9 Itapecerica da Serra 1 1, 9 Ribeirão Preto 1 1, 9 Santo André 1 1, 9 Santos 1 1, 9 São Paulo 42 81, 0 Total 52 100, 0 NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO SANITÁRIA PARA PESCADOS

É preocupação permanente da Vigilância Epidemiológica: Aprimorar seus sistemas de captação de casos, os

É preocupação permanente da Vigilância Epidemiológica: Aprimorar seus sistemas de captação de casos, os métodos de investigação, implantar técnicas avançadas de diagnóstico, entre outros aspectos que permitam identificar: • quais doenças estão emergindo ou reemergindo? • que condições estão propiciando o surgimento dessas novas doenças? • que grupos estão sendo afetados? • o que temos que fazer para prevenir e controlá-las? • Essa importância da Epidemiologia e de suas ferramentas é que tem que se disseminar entre as instituições governamentais que cuidam da vigilância das doenças e do controle sanitário dos alimentos/água, entre os setores de produção de alimentos e a sociedade, para se impedir a disseminação de doenças.

 • Nosso endereço: • Site do CVE: – http: //www. cve. saude. sp.

• Nosso endereço: • Site do CVE: – http: //www. cve. saude. sp. gov. br <Doenças Transmitidas por Água e Alimentos > • Telefones: – DDTHA - 11 3081 -9804 – Central CVE (24 horas) - 08000 - 555 466 • E-mail: dvhidri@saude. sp. gov. br OBRIGADA!