IDEOLOGIA IDEOLOGIA conjunto de idias autnomas sem ligao

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IDEOLOGIA Ø IDEOLOGIA – conjunto de idéias autônomas, sem ligação com a realidade. Idéias

IDEOLOGIA Ø IDEOLOGIA – conjunto de idéias autônomas, sem ligação com a realidade. Idéias das classes dominantes, sistemas de representação da realidade que servem para sustentar relações de dominação, evitando que os dominados lutem por mudança social. Ø O uso, emprego de formas simbólicas (significados, sentidos) p/ criar, sustentar e reproduzir determinados tipos de relações. 1

Ø O que vai dar sentido às coisas e poderá servir p/ criar e

Ø O que vai dar sentido às coisas e poderá servir p/ criar e sustentar relações tanto justas, éticas, como também relações injustas, de dominação. Ø DOMINAÇÃO SOCIAL – não se dá apenas na economia, mas também e sobretudo nas leis, ciências, moral, religião etc. Ø DOMINAÇÃO se dá na “relação” entre pessoas, grupos, ou entre os dois, através da qual uma das partes expropria, rouba, se apodera do poder (capacidade) de outros. 2

Ø É uma relação onde alguém, a pretexto de o outro possuir determinadas qualidades

Ø É uma relação onde alguém, a pretexto de o outro possuir determinadas qualidades ou características (como o fato de ser mulher, de fazer parte de determinada etnia, de ser jovem etc. ) se apropria de seus poderes e passa a tratá-lo de maneira desigual, portanto, dominação é uma relação de não correspondência em grandeza, forma (assimétrica) desigual e injusta. Ø Ex. : “As mulheres são mais “afetivas” não possuem tanto poder de decisão, de realização. ” A partir daí fica fácil pagar às mulheres apenas 60% do que se paga aos homens, pelo mesmo tipo de trabalho, como demonstram as estatísticas. 3

Ø A IDEOLOGIA no dia-a-dia, vai criando definições de determinadas realidades. Essas, têm sempre

Ø A IDEOLOGIA no dia-a-dia, vai criando definições de determinadas realidades. Essas, têm sempre uma conotação de valor positivo ou negativo. A partir de aparências nem sempre fundamentadas, vamos criando juízos de valor, discriminações, estereótipos, preconceitos; vamos juntando, ligando qualidades, características valorativas a determinadas pessoas e coisas. Ø A expropriação econômica está baseada num estereótipo ideológico. • Ex. : O mesmo acontece com os negros, primeiramente se diz que os negros são mais alegres, gostam de festas, portanto, não gostam muito de trabalhar 4

Ø (outra maneira de dizer que são preguiçosos) etc. ; daí para se pagar

Ø (outra maneira de dizer que são preguiçosos) etc. ; daí para se pagar 70% do salário que se paga aos brancos, é apenas um passo. Ø DIALÉTICA – modo de entendermos a realidade como algo contraditório e em constante transformação. Ø Para Hegel, não existem pressupostos atemporais, as bases do conhecimento mudam de geração a geração, logo, não existem verdades absolutas, eternas. Um determinado pensamento, idéias, não estão certos para sempre, podem estar corretos para o momento. Ø A razão é algo dinâmico, um processo em constante mutação. É progressista, sempre se acrescenta algo de novo ao já existente, assim é o conhecimento humano, caminha com a humanidade. 5

Ø Um novo pensamento surge com base em outros formulados anteriormente, porém, o novo

Ø Um novo pensamento surge com base em outros formulados anteriormente, porém, o novo é contradito para outro. Ø Duas formas de se pensar se opõem e entre elas surge uma tensão, essa é quebrada quando o novo pensamento é formulado, dentro do qual se acomoda, o que havia de melhor nos dois precedentes. Ø Isto seria evolução dialética. O conhecimento se dá em três estágios: Tese, antítese e síntese. A síntese serve como novo ponto de partida p/ uma nova tese. • Ex. ; Descartes---racionalismo=tese; Hume----empirismo (contradito)=antítese ; Kant------racionalismo+empirismo=síntese 6

CONCEPÇÃO MARXISTA DE IDEOLOGIA Ø Para Marx, o pensamento é historicamente determinado. Ele não

CONCEPÇÃO MARXISTA DE IDEOLOGIA Ø Para Marx, o pensamento é historicamente determinado. Ele não separa a produção de idéias e as condições sociais e histórias nas quais são produzidas (esta separação é o que caracteriza a ideologia). Ø Toda ideologia se reduz a uma concepção distorcida da história ou a uma abstração completa dela. Ø Portanto, Marx concebe a história como um conhecimento dialético e materialista da realidade. 7

Ø Pensa a história como um processo dotado de uma força que produz os

Ø Pensa a história como um processo dotado de uma força que produz os acontecimentos. Esse motor é a contradição. Ø Contradição, só existe na relação, ou seja, entre dois termos antagônicos. São criados por essa relação e transformados nela e por ela. Ø Numa relação de contradição, os termos que se negam um ao outro só existem nessa negação. Ø Ex. : o escravo é o não-senhor e o senhor é o não-escravo. E só haverá escravo enquanto (onde) houver senhor e só haverá senhor onde (enquanto) houver escravo. 8

Ø Somente quando o senhor afirma que o escravo não é homem, mas um

Ø Somente quando o senhor afirma que o escravo não é homem, mas um instrumento de trabalho, e somente quando o escravo afirma sua não-humanidade, dizendo que só o senhor é homem, temos contradição. Ø Aspecto fundamental da contradição: ela é motor temporal, as contradições não existem como fatos dados no mundo, são produzidas. Ø A produção e superação das contradições é o movimento da história. A produção e superação das contradições revelam que o real se realiza com luta. Ø Nesta, uma realidade é produzida já dividida, fraturada, num pólo positivo e num pólo que nega o primeiro, essa negação, sendo a luta mortal dos contrários e que 9

só termina quando os dois termos se negam inteiramente um ao outro e engendram

só termina quando os dois termos se negam inteiramente um ao outro e engendram uma nova síntese. Ø Esta realidade nova também surgirá fraturada e reabre a luta dos contraditórios de sua negação recíproca e da criação de uma nova síntese. Ø Assim, a história é um processo contraditório unificado em si mesmo. Ø A história é a história do modo real como os homens reais produzem suas condições reais de existência. O conhecimento da realidade exige que diferenciemos o modo como uma realidade aparece e o modo como é concretamente produzida (suspensão da alienação). 10

ALIENAÇÃO Ø Reificação, fetichismo: processo fantástico no qual as atividades humanas começam a se

ALIENAÇÃO Ø Reificação, fetichismo: processo fantástico no qual as atividades humanas começam a se realizar como se fossem autônomas ou independentes dos homens e passam a dirigir e comandar suas vidas, sem que estes possam controlá-las. Ø Fenômeno da ideologia: sistema ordenado de idéias ou representações e das normas e regras como algo separado e independente das condições materiais. 11

Como se formam os valores nos seres humanos, como eles se dão e orientam

Como se formam os valores nos seres humanos, como eles se dão e orientam o cotidiano das pessoas. . . Ø Esse é o desafio, esmiuçar como se dão os processos, não só na formação de valores, mas na mudança de valores. Sem esquecer que eles vêm carregados de muita história a familiar, a social e não é fácil mudar. A não ser que a pessoa assuma, realmente, uma reflexão crítica. . . Ø Aí surge outro dilema, outra contradição: entre imaginação e fantasia. A fantasia leva à alienação, é destrutiva, porque perde os vínculos com o real, enquanto que a imaginação tem os pés no real, no cotidiano. 12

Ø Outro desafio que surgiu há pouco tempo é a apatia, o desinteresse. Ø

Ø Outro desafio que surgiu há pouco tempo é a apatia, o desinteresse. Ø Alguém indiferente às coisas está negando a própria vida, a emoção, o afeto! Isso é terrível! Como se forma um sentimento de indiferença? Ele é a morte, é virar um robô. Ø São desafios nos quais temos que nos aprofundar, pesquisar. Se assumirmos que a transformação social só se dará eticamente, quem mais do que nós, psicólogos, tem essa arma na mão? Ø É exatamente esse pensar ético que deve estar presente onde o psicólogo estiver atuando. (Lane, 2000). 13