Homossexualidade masculinidade feminilidade e noconformidade de gnero Contedo

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Homossexualidade, masculinidade, feminilidade e não-conformidade de gênero

Homossexualidade, masculinidade, feminilidade e não-conformidade de gênero

Conteúdo do curso 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. História da

Conteúdo do curso 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. História da pesquisa voltada a orientação sexual Definições e medição da orientação sexual Não-conformidade de gênero e a orientação sexual Radar gay e subcomunidades confusas Pesquisa transcultural e relacionamentos de mesmo sexo Teoria do cérebro homossexual Ordem de nascimento e constelação familiar Genética da orientação sexual Teorias evolucionistas da homossexualidade

Não-conformidade de gênero (NG) Não-conformidade de gênero é um conjunto de características, como aparência,

Não-conformidade de gênero (NG) Não-conformidade de gênero é um conjunto de características, como aparência, comportamento, personalidade, ou preferências que são mais comuns para o sexo oposto (i. e. homens femininos, e mulheres masculinas) Conjunto de características mais comuns em homens = traços masculinos (masculinidade), e em mulheres = traços femininos (feminilidade) (Bem, 1983) Traços masculinos e femininos também mostram variação intrassexual Alguns traços masculinos e alguns traços femininos podem variar entre culturas, períodos históricos, e outros permanecem mais estáveis Discussão Natureza X Criação (Inato X adquirido) Construtivismo social: traços relacionados ao gênero são aprendidos ao longo da vida, e são flexíveis por meio do tempo e contextos culturais Determinismo biológico: traços sexuais dimórficos são inatos, influenciados por genes e ação hormonal, são fixos e imutáveis Lippa: Gender, Nature, and Nurture, Psychology Press, 2005: características tipicamente pertencente a cada sexo são influenciados por uma complexa e interconectada rede de fatores biológicos e sociais, em parte aprendidos e em parte inatos, levando a impossibilidade de desembaraçar tais fatores dentro da rede. Jordan-Young, R. M. (2011). Brain storm: The flaws in the science of sex differences. Harvard University Press.

Problemas com pesquisa da não conformidade de gênero Pesquisa sobre masculinidade e feminilidade é

Problemas com pesquisa da não conformidade de gênero Pesquisa sobre masculinidade e feminilidade é muito complicada e controversa 1. Para medir os traços típicos de cada sexo independentemente do sexo da pessoa analisada é difícil, pois as ferramentas de medição foram construídas para medir as diferenças em média entre homens e mulheres 2. Termos M-F são neutros, mas em toda cultura eles tem certo valor social Ø Em várias culturas os traços femininos em homens não são tolerados, masculinidade em mulheres é tolerada com maior frequência Ø Homossexualidade masculina é estereotipicamente associada com feminilidade (mariquinha), e homossexualidade feminina é associada com masculinidade (tomboys, maria-rapaz, moleca) 3. Associação estereotípica entre homossexualidade e não conformidade de gênero foi influenciada pelas teorias pioneiras da inversão sexual, e pela hipótese de um “cérebro homossexual” Estereótipo social simplista = desde a infância, homens homossexuais são efeminizados e as mulheres lésbicas são masculinas

Terman & Miles (1936): Mx. F mutuamente exclusivas Teste de atitudes e de interesses

Terman & Miles (1936): Mx. F mutuamente exclusivas Teste de atitudes e de interesses (Attitude Interest Analysis Survey (AIAS)): mede o conhecimento geral, emoções, preferências de ocupações, livros, traços da personalidade, associação verbal e de imagens, crenças e atitudes Masculinidade e feminilidade como características opostas em um contínuo unidimensional Dados de 134 homens homossexuais (a maioria prisioneiros) Homens homossexuais relataram a ser mais na direção feminina do que homens heterossexuais; mulheres lésbicas relataram a ser muito mais na direção masculina que mulheres heterossexuais Década de 30: homossexualidade classificada como transtorno mental = feminilidade nos homens e masculinidade nas mulheres não eram percebidas como desvios, transtornos, algo atípico, não normal; o melhor é ter características típicas para um dos sexos MASCULINIDADE FEMINILIDADE

Década de 50 – críticas da imagem das mulheres típicamente F e homens tipicamente

Década de 50 – críticas da imagem das mulheres típicamente F e homens tipicamente M Medições não são confiáveis, MF muda conforme o tempo e vida Feminilidade nas mulheres está relacionada com a ansiedade, expressividade, baixa autoestima, submissão, neuroticismo Masculinidade em homens está relacionada a agressividade, e dominância Maccoby (1966): homens muito masculinos podem ser impulsivos demais, enquanto mulheres muito femininas podem ser demasiadamente submissas e não assertivas A masculinidade típica em homens e feminilidade em mulheres não é necessariamente a melhor configuração

Década de 70 – críticas a abordagem unidimensional Revisão da masculinidade e feminilidade Constantinople,

Década de 70 – críticas a abordagem unidimensional Revisão da masculinidade e feminilidade Constantinople, A. (1973). Masculinity-femininity: An exception to a famous dictum? . Psychological bulletin, 80(5), 389. novo conceito de MF, análise fatorial dos questionários anteriores – muitas dimensões não estão relacionadas com as outras “It is concluded that further theoretical and empirical work is necessary in all aspects of the problem” Ex. : Eu quero ser motorista de caminhão. Eu reflito sobre meus sentimentos e atitudes. Eu prefiro tomar banho de banheira do que ducha. Tempestades com clarões e trovões me assustam. Eu gosto de ir ao teatro e a performances de dança. Ver um inseto escalando a parede me enche de nojo.

Década de 70 – M & F como características Muito M Pouco M independentes

Década de 70 – M & F como características Muito M Pouco M independentes Pouco F Ø Ø Muito F Movimentos feministas modernos, luta pelos direitos de mulheres, críticas dos papéis de gênero impostos pela sociedade Sandra Lipsitz Bem (1974): combinação do feminismo e pesquisa empírica M e F não são mutualmente exclusivas, mas são duas dimensões independentes Inventário de papéis sexuais de Bem (Bem’s sex role inventory (BSRI)) 1974 - Bem Sex-Role Inventory (BSRI), mede a masculinidade (M) e feminilidade (F) como duas dimensões independetes, mas ele não mede as diferenças reais entre os sexos, ele mede características dos estereótipos de gênero = as diferenças que as pessoas pensam que a sociedade demanda 1974 - Janet Spence, Bob Helmreich & Joy Stapp – Personal Attributes Questionnaire (PAQ) M: Características instrumentais (manipulativas - independência, dominância, habilidades de líder) F: Características expressivas (sociáveis - agradabilidade, entendimento, compaixão, sensibilidade)

O conceito de androginia - Bem – indivíduos esteriotipicamente M ou F são limitados

O conceito de androginia - Bem – indivíduos esteriotipicamente M ou F são limitados ANDROGI NIA pelos seus papeis rígidos de gênero - Indivíduos andróginos são balanceados, eles se adaptam a qualquer situação, possuem o melhor dos dois mundos, +M MASCULINI então ser andrógino é ideal - Este conceito radicalmente mudou os valores associados DADE a MF tradicional e mostrou aos homens o valor de ser feminino e as mulheres o valor de ser masculina +F FEMINILID ADE -M NÃO DIFERENCIA ÇÃO -F Skrapec (2005); Carlson & Steuer (2001): - homens homossexuais eram mais masculinos, ou andrógenos - A maior variação se deu em homens homossexuais Críticas: essas escalas medem M e F ou características da personalidade em termos de instrumentalidade e expressividade? As escalas as vezes nem sempre medem as diferenças entre homens e mulheres Uma mistura de muitas dimensões: personalidade, preferências, sexualidade, aparências Intercorrelação com as dimensões básicas da personalidade que mostram diferenças pequenas ou nenhumas entre homens e mulheres (M com extroversão e estabilidade emocional, e F com agradabilidade)

Diagnótico de gênero Gender diagnosticity (GD) PREFERÊNCIAS de passatempos e ocupações típicas de cada

Diagnótico de gênero Gender diagnosticity (GD) PREFERÊNCIAS de passatempos e ocupações típicas de cada gênero Ideia original - Edward Strong: Strong Vocational Interest Blank Richard Lippa (1997): Preferências estáveis durante a vida, desde a infância, mede diferenças entre sexos melhor que Instrumentalidade e Expressividade, ademais não correlaciona com as dimensões básicas da personalidade, mas sim com o comportamento masculino-feminino Mede a probabilidade se a pessoa é homem ou mulher Preferências de hobbies e ocupações são fortemente relacionadas a orientação sexual (Lippa, 2000, 2002; Lippa & Tan, 2001) Lippa (2002): indivíduos homossexuais não preferem características tipicamente masculinas, nem tipicamente femininas, mas algo no meio Estabilidade transcultural: estudo de GD em indivíduos homossexuais no 53 países (Lippa, 2009) Lippa & Tan (2001): em etnias com maior estratificação dos papéis de gênero, a diferença entre homossexuais e heterossexuais foi maior

Outras dimensões de MF Ocupações reais: homens homossexuais estão mais frequentemente envolvidos em profissões

Outras dimensões de MF Ocupações reais: homens homossexuais estão mais frequentemente envolvidos em profissões relacionadas a empatia, criatividade artística e pesquisas acadêmicas (Chung & Harmon, 1994; Croteau, 1996; Croteau & Bieschke, 1996; Oberschneider & Bailey, 1997). Mais de 50% dos dançarinos profissionais são gays, e ao serem comparados aos dançarinos hoetero geralmente a decisão da ocupação veio por parte deles e estão intensamente interessados nessa atividade (Bailey & Oberschneider, 1997) Agressividade física: homens e mulheres homossexuais apresentam menos agressividade física do que os heterossexuais (Blanchard et al. , 1983; Gladue, 1991, Gladue & Bailey, 1994, Sergeant, 2006) Empatia: homens homossexuais tem maior empatia do que homens hetero (Sergeant, 2006) Preferência de cores: nenhuma diferença significativa entre homens homossexuais e heterossexuais (Ellis & Ficek, 2001) Moda: maior importância da moda e estilos de roupa em homens homossexuais (Clarke & Turner, 2007)

Não-conformidade de gênero durante a infância Childhood gender nonconformity (CGN) Processo da tipificação do

Não-conformidade de gênero durante a infância Childhood gender nonconformity (CGN) Processo da tipificação do sexo começa cedo na infância – por volta dos 2 anos de idade a maior parte das crianças está ciente do seu sexo, e elas preferem brinquedos típicos do seu sexo; por volta de 3 e 4 anos de idade as crianças preferem colegas do mesmo sexo, e meninos brincam de forma mais dura e violenta do que as meninas (Maccoby, 2002) Indivíduos conseguem lembrar os comportamentos típicos e atípicos de sexo praticados durante a infância, e até seus pais e irmãos estão cientes disso (Bailey a kol. , 1999; D'Augelli a kol. , 2005; Dawood a kol. , 2000) Pais de crianças de gênero atípico chegam a refletir até uma aparência diferente das crianças (Pillard a Bailey, 1998) CGN é significantemente herdável (Dawood a kol. , 2000; Dunne a kol. , 2000; Knafo a kol. , 2005; Pillard a Bailey, 1998)

CGN e homossexualidade - - Bailey & Zucker (1995) - CGN é o maior

CGN e homossexualidade - - Bailey & Zucker (1995) - CGN é o maior correlato de homossexualidade adulta (aproximadamente de 75% dos indivíduos homossexuais relatam uma maior CGN) Homens homossexuais lembram ter evitado esportes, e brincadeiras típicas de meninos, eles se vestiam de menina, e preferiam amigas meninas, em mulheres lésbicas o oposto é verdade Vídeos de homossexuais durante a infância são avaliadas como mais não confórmicas (Rieger et al. , 2008) Pesquisas em diferentes países: América do Norte, Europa, Brasil, Guatemala, Filipinas, Polinesia (Bartlett & Vasey, 2006; Cardoso, 2005, 2009; Steensma et al. , 2013; Vasey et al. , 2011; Whitam, 1980, Whitam & Zent, 1984) Cardoso, F. L. (2009). Recalled sex-typed behavior in childhood and sports’ preferences in adulthood of heterosexual, bisexual, and homosexual men from Brazil, Turkey, and Thailand. Archives of Sexual Behavior, 38(5), 726 -736. Maior CGN nos homossexuais nas três culturas (menor agressividade, mais brincadeiras com meninas, menos esporte), os resultados de bissexuais entre hetero e homo Cardoso, F. L. (2005). Cultural universals and differences in male homosexuality: The case of a Brazilian fishing village. Archives of Sexual Behavior, 34(1), 103 -109. - litoral da SC, 41 homens: paneleiros (sexo com homens), heterosexuais estáveis (sexo só com mulheres), e paneleiro lovers (sexo com mulheres e paneleiros), Diferenças significativas em CGN (brincadeira infantil) e preferências de esportes entre paneleiros and não-paneleiros; mas nenhuma diferença entre paneleiro lovers e heterosexuais estáveis

CGN e homossexualidade Nem toda criança com a não-conformidade de gênero será homossexual! Nem

CGN e homossexualidade Nem toda criança com a não-conformidade de gênero será homossexual! Nem todo indivíduo homossexual apresentará a não-conformidade de gênero na idade adulta – muitos homens homossexuais e mulheres conseguem adotar papéis de gênero típicos para reduzir o estresse social (Landolt a kol. , 2004) Valentova et al. (2011): maior CGN em homens homossexuais na República Tcheca e nos EUA, porém a não-conformidade de gênero em adultos só se manifestou nos EUA A maior CGN é interessante porque os pais (e outros parentes) geralmente desencorageam o comportamento não confórmico e encorageam o comportamento típico para cada sexo A CGN aparece muito mais cedo (2 -4 anos) do que as primeiras atrações sexuais (10 anos)

MF em mulheres não-heterossexuais A não conformidade de gênero parece ser mais frequente (e

MF em mulheres não-heterossexuais A não conformidade de gênero parece ser mais frequente (e é mais estudada) em homens homossexuais; As mulheres se dividem entre dois grupos: femme (mulher lésbica ou bissexual feminina) e butch (mulher lésbica masculina) “Conflating results on different types of nonheterosexual women risks distorting research results, which is a weakness in some of the research data. . . ” Mulheres butch são mais masculinas em vários traços: ciúme, guarda de parceira, assertividade, dominância, cognição, sistematização, preferências por parceiras

Casais homossexuais – estereotipo de um parceiro masculino e o outro feminino 2 estudos,

Casais homossexuais – estereotipo de um parceiro masculino e o outro feminino 2 estudos, amostras tchecas Só homens em relacionamentos com homens Em geral não achamos semelhança entre MF Mas os casais mais semelhantes relataram maior satisfação no relacionamento

Conclusão 1 - Alguns esteriótipos sociais de indíviduos homossexuais se mostraram como representativos da

Conclusão 1 - Alguns esteriótipos sociais de indíviduos homossexuais se mostraram como representativos da realidade, outros não - em média, pessoas homossexuais demonstram certa não-confomidade de gênero em termos de comportamento, personalidade, preferências etc.

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. História da pesquisa voltada a

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. História da pesquisa voltada a orientação sexual Definições e medição da orientação sexual Não-conformidade de gênero e a orientação sexual Radar gay e subcomunidades confusas Pesquisa transcultural e relacionamentos de mesmo sexo Teoria do cérebro homossexual Ordem de nascimento e constelação familiar Genética da orientação sexual Teorias evolucionistas da homossexualidade

Excursão I: Radar gay

Excursão I: Radar gay

Percepção das características „primárias“ O que nós precisamos reconhecer em um indivíduo para saber

Percepção das características „primárias“ O que nós precisamos reconhecer em um indivíduo para saber como interagir com ele? - Características primárias: Espécie Sexo Idade

Primeiras impressões Percepção de características primárias ajuda a conhecer novas pessoas, criar opiniões/impressões em

Primeiras impressões Percepção de características primárias ajuda a conhecer novas pessoas, criar opiniões/impressões em um pequeno período de tempo enquanto baseia-se em informações limitadas Atribuir características da personalidade ‘a primeira vista’ Conclusões das primeiras impressões: amigo X inimigo, socializar, X fugir, reproduzir X lutar Atribuir características secundárias é mais difícil do que atribuir sexo, ou idade

Atribuições de orientação sexual É possível reconhecer um indivíduo heterossexual de um indivíduo homossexual?

Atribuições de orientação sexual É possível reconhecer um indivíduo heterossexual de um indivíduo homossexual? Os homossexuais diferem-se em alguns aspectos: neuroanatomicos, morfológicos, comportamentais, cognitivos Sinais sociais: bandeira do arco-íris, cores, roupas

Radar gay vocal Julgamentos da orientação sexual utilizando gravações vocais estão correlacionados com os

Radar gay vocal Julgamentos da orientação sexual utilizando gravações vocais estão correlacionados com os auto relatos (Gaudio, 1994; Linville, 1998; Renn, 2005; Rieger et al. , 2010, Valentova & Havlicek, 2013; Tracy et al. , 2015) Mas não sempre: Munson et al. , 2006; Smyth et al. , 2003; Sulpizio et al. , 2019 existe um estereótipo sobre a fala típica dos gays „gay sounding speech“ que está independente de orientações sexuais (Avery & Liss, 1996; Jacobs, Smyth, & Rogers, 2006; Smyth, Jacobs, & Rogers, 2003; Lick & Johnson, 2016; Sulpizio et al. , 2015) Radar gay facial Julgamentos correlacionados com os auto relatos (Rule & Ambady, 2008; Rule et al. , 2008) Julgamentos não correlacionados com os auto relatos: Valentova & Havlicek, 2013; Valentova et al. , 2014)

Radar gay comportamental Estilo de andar – EUA (Johnson, 2007) Vídeos de homens e

Radar gay comportamental Estilo de andar – EUA (Johnson, 2007) Vídeos de homens e mulheres falando – EUA (Rieger et al. , 2010) Radar gay transcultural (Valentova et al. , 2011) – radar gay funciona através de diferentes populações, entretanto é mais forte para avaliadores do mesmo país (República Tcheca X EUA) Rieger et al. (2010): os/as participantes conseguem esconder a orientação sexual atuando como mais masculinos/femininos mas somente em tarefas simples, e não quando demonstrar tarefas mais exigentes

Crítica Cox et al. , 2015: “orientation is not visible from the face—purportedly “face-based”

Crítica Cox et al. , 2015: “orientation is not visible from the face—purportedly “face-based” gaydar arises from a third-variable confound. People do, however, readily infer orientation from stereotypic attributes (e. g. , fashion, career). ” Julgamento de orientação sexual é mais baseado em estereótipos do que em diferenças “reais” Valentova & Havlicek (2013): “only homosexual men accurately attributed sexual orientation of the two groups from facial images. Interestingly, facial images of homosexual targets were rated as more masculine than heterosexual targets. This indicates that attributions of sexual orientation are affected by stereotyped association between femininity and male homosexuality; however, reliance on such cues can lead to frequent misjudgments as was the case with the female raters”

“Gaydar” – descrição qualitativa de roupa durante o julgamento da orientação

“Gaydar” – descrição qualitativa de roupa durante o julgamento da orientação

Nem todos os heterossexuais são “masculinos” Metrossexual & Gay vague Homens que excessivamente se

Nem todos os heterossexuais são “masculinos” Metrossexual & Gay vague Homens que excessivamente se preocupam com a aparência, obsessivos com a higiene e cuidados pessoais, eles gostam de sair para compras, ver a ultima moda e viver uma vida saudável David Beckham é um símbolo para metrossexuais Gay vague = homem zelando pela higiene e cuidados pessoais, com traços masculinos e femininos Zelar pela higiene e cuidados pessoais é estereotipicamente associado com homossexualidade – metrossexuais e gay vagues não são homossexuais

Nem todos os homossexuais parecem como homossexuais Por que a atribuição da orientação sexual

Nem todos os homossexuais parecem como homossexuais Por que a atribuição da orientação sexual não é mais exata? Existem vários sub-grupos de homossexuais Twinks – homens homossexuais estereotipicamente femininos, frequentemente em mídias, jovens, magros, atraentes “gays” Drag (dressed as a girl) – homens homossexuais vestindo-se como mulheres (travesti) Bears - Les Wright (1997): sub-comunidade de Ursos, homens homossexuais maiores, mais peludos, fleugmáticos, não histéricos, gostam de comer, beber, andar de moto, e são bem masculinos = eles não são os homens gays estereotípicos (mas os ursos também podem ser femininos)

Conclusões III Homens homossexuais e mulheres lésbicas na média apresentam aspectos atípicos a seu

Conclusões III Homens homossexuais e mulheres lésbicas na média apresentam aspectos atípicos a seu gênero, i. e. eles apresentam traços que são típicos de indivíduos do sexo oposto Mas nem todo indivíduo homossexual manifesta seu gênero de maneira atípica, e nem todo indivíduo que manifesta seu gênero de maneira atípica é homossexual Existe uma grande variação nos traços masculinos e femininos através de orientações sexuais, sugerindo mais tipos de indivíduos homossexuais, que geralmente não estão refeltidos nas pesquisas

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. História da pesquisa voltada a

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. História da pesquisa voltada a orientação sexual Definições e medição da orientação sexual Não-conformidade de gênero e a orientação sexual Radar gay e subcomunidades confusas Pesquisa transcultural e relacionamentos de mesmo sexo Teoria do cérebro homossexual Ordem de nascimento e constelação familiar Genética da orientação sexual Teorias evolucionistas da homossexualidade

Relações homossexuais na pesquisa transcultural

Relações homossexuais na pesquisa transcultural

Pesquisa da sexualidade humana em ‘outras’ culturas Tipos de pesquisa: pesquisa etnográfica, perspectiva comparativa,

Pesquisa da sexualidade humana em ‘outras’ culturas Tipos de pesquisa: pesquisa etnográfica, perspectiva comparativa, observação (problemático), fontes históricas Toma muito tempo – ex. ganhar a confiança Sexo e atitude do pesquisador podem influenciar a pesquisa Comportamento sexual influenciado pelo ambiente sociocultural Códigos sexuais: regras, normas, símbolos que dizem a respeito da sexualidade típica de cada cultura/país Terminologia – geralmente não é possível utilizar termos que frequentemente são aplicados na ‘cultura ocidental’

Pesquisa inter-cultural de andro/ginefilia Evidência transcultural sobre sexualidade voltada ao mesmo sexo, mas há

Pesquisa inter-cultural de andro/ginefilia Evidência transcultural sobre sexualidade voltada ao mesmo sexo, mas há muitas variações locais Terminologia – androfilia, ginefilia, terceiro gênero, MSM, FSF, termos locais Diferentes tipos de relações homossexuais: igualitários X hierárquicos, estratificação de gênero, estratificação de idade

Alguns termos locais (modernos ou traditionais, afirmativos ou ofensivos) Yirka-la-ul-va-irgin, Ne-uchica Khanith, Xanith Hijra,

Alguns termos locais (modernos ou traditionais, afirmativos ou ofensivos) Yirka-la-ul-va-irgin, Ne-uchica Khanith, Xanith Hijra, Kothi, Meti, Aravani, Khusra, Zanana Mahu, Fa’afafine Fakaleiti Pinapinaine Apwint, Acault Kathoey Pumia, Pumae, Phet thee sam, Sao praphet song, Phuying kham phet Maknyah Waria, Banci, Bencong, Calabai, Kedie, Wandu Bakla, Transpinay Bayot, Bayog, Asog, Bantut, Binabae

Tipo igualitário de relações de mesmo sexo – „sistema gay“ Em sociedades em quais

Tipo igualitário de relações de mesmo sexo – „sistema gay“ Em sociedades em quais a hierarquia social é dada mais por meio de performances individuais (CV) do que pelo status e relacionamentos inter-individuais Relações entre indivíduos do mesmo sexo entre pessoas de status e idade parecido Relações entre indivíduos do mesmo sexo entre pessoas que se identificam como homossexuais, geralmente são cis (em concordância com o sexo de nascenca) Relações entre indivíduos do mesmo sexo frequentemente não são toleradas, necessidade de lutar por direitos Esse sistema é específico para as populações Europeias e Americanas, e é mais recente (Cardoso & Werner, 2003)

Relações entre indivíduos do mesmo sexo com estratificação de idade Em sociedades com maior

Relações entre indivíduos do mesmo sexo com estratificação de idade Em sociedades com maior segregação entre homens e mulheres Em sociedades en quais o estatus cresce com a idade Sistema de mentoria: mestre/aprendiz Antiguidade; Grécia e Roma Japão; samurais Nova Guiné Sudão: Azande

Fontes históricas: mitos, religião, literatura - Antiguidade: mitos: Zeus e Ganímedes, Eros Relações eróticas

Fontes históricas: mitos, religião, literatura - Antiguidade: mitos: Zeus e Ganímedes, Eros Relações eróticas entre pupilos e mestres Tipo específico de relações de mesmo sexo: mestre/aprendiz “Cada um de nós portanto é uma téssera complementar de um homem, porque cortado como os linguados, de um só em dois; e procura então cada um o seu próprio complemento. Por conseguinte, todos os homens que são um corte do tipo comum, o que então se chamava andrógino, gostam de mulheres, e a maioria dos adultérios provém deste tipo. . . Todas as mulheres que são o corte de uma mulher não dirige muito sua atenção aos homens, mas antes estão voltadas para as mulheres e as amiguinhas provêm deste tipo. E todos os que são corte de um macho perseguem o macho, e enquanto são crianças, como cortículos do macho, gostam dos homens e se comprazem em deitar-se com os homens e a eles se enlaçar, e são estes os melhores meninos e adolescentes, os de natural mais corajoso. . . uma vez amadurecidos, são os únicos que chegam a ser homens para a política, os que são desse tipo. “ - Plato, Simpósio, 191 d-192 b

Japão Xintoísmo – relações positivas em relação a sexualidade Século VI - Budismo: sexualidade

Japão Xintoísmo – relações positivas em relação a sexualidade Século VI - Budismo: sexualidade não é má, mas os relacionamentos trazem sofrimento, e a procriação leva a circulação eterna da vida e da morte, a qual é melhor evitar Sexualidade é muito poderosa, mas é preferível se que haja a procriação, permissiva em relação a sexualidade do mesmo sexo Tradição budista – século 13 ao 19: relacionamento entre homens mais velhos e mais jovens em monastérios: chigo monogatari Tradição samurai e budista não descreve a beleza do corpo feminino, ao invés disso descreve a do corpo jovem masculino, o qual é o objeto ideal de desejo dos homens adultos Encontros sexuais com homens não eram compreendido como o oposto de relações sexuais com uma mulher; e sim como uma das variantes do prazer sexual Período Tokugawa: onnaigirai (aquele que odeia as mulheres) X shódzinzuki (o perito em garotos jovens) Um modelo de um bom garoto jovem: bichonen 16. ct. Fontes históricas de jesuitas 17. ct. : Regras samurais (bushido): homens são superiores a mulheres, sexualidade de mesmo sexo é um tipo mais puro de amor, admiração da masculinidade Teatro, literatura, poesia celebrando o amor de mesmo sexo

Nova Guiné Gilbert Herdt: sâmbia Antagonismo de homens e mulheres Mulheres amadurecem naturalmente, mas

Nova Guiné Gilbert Herdt: sâmbia Antagonismo de homens e mulheres Mulheres amadurecem naturalmente, mas precisam ir por um processo cuidadoso de socialização Homens precisam de rituais especiais para se tornar homens de verdade – rituais de iniciação, criação da masculinidade, inseminação Experiência sexual de mesmo sexo obrigatória (homossexualidade ritualística): relações de longo prazo entre os garotos jovens e seus mentores, o básico da sua posterior vida reprodutiva Interpretação: solidariedade masculina; tribos da Nova Guiné estão frequentemente em guerra, necessidade de cooperação e laços emocionais entre os camaradas masculinos

Relações de mesmo sexo com estratificação de gênero - Em sociedades onde o status

Relações de mesmo sexo com estratificação de gênero - Em sociedades onde o status social é dado pelas relações individuais, e homens e mulheres tem um status diferente - Parece ser o sistema mais frequente e mais antigo A sociedade divide homens, mulheres e o terceiro gênero Os homossexuais são geralmente “trans”, com o gênero diferente do sexo Tailândia: kathoey (Griensven et. al. , 2004) América do Norte: berdache (Benedict, 1934, Callender, 1983) Índia: hijras (Nanda, 1986) Samoa: Faafafine (Van. Derlaan, 2009) Taiti e Phillipines: maahuu Omã: xanith Indonesia: Tombois (Blackwood, 1998) -

Berdache da América do Norte - Pérsia: bradacha América do Sul: berdache América do

Berdache da América do Norte - Pérsia: bradacha América do Sul: berdache América do Norte: 113 sociedades: um indivíduo (geralmente um homem) tomando o papel de gênero de uma mulher Navajos – homens biológicos, depois da puberdade tomam o papel de gênero feminino Índios Crow: berdache desde cedo na infância, tolerância, ambivalência Sagrados, indivíduos liminares – um mediador entre as pessoas e os seres divinos

Hijras: Índia Casta de hijras Assexuais sagrados, prostitutas Não é um homem, nem uma

Hijras: Índia Casta de hijras Assexuais sagrados, prostitutas Não é um homem, nem uma mulher, mas ambos Função social específica – continuidade da sociedade

Tendências recentes - - Recentemente há a adoção frequente do ‘tipo gay’ e igualitário

Tendências recentes - - Recentemente há a adoção frequente do ‘tipo gay’ e igualitário de relações de mesmo sexo, dualidade do homem-mulher, heterossexual-homossexual – sistema occidental está influenciando os sistemas tradicionais de outras culturas Destruição das instituições tradicionais que oficializam as minorias sexuais e outros gêneros; as pessoas não sabem o lugar delas na sociedade, aumento da depressão e suicídio

Homossexualidade em outras espécies In other animals: stable same-sex preferences including sex, pair-bonding and

Homossexualidade em outras espécies In other animals: stable same-sex preferences including sex, pair-bonding and parenting are relatively rare: black swans, penguins, ducks, gulls, zebras, elephants, spotted hyenas, sheep, macaques Occasional same-sex behavior: in more than 1500 species, incl. insects, amphibians, reptiles, fish, birds, and mammals

Documentário Animals like us (Animal Homosexuality, 50 min) http: //www. saint-thomas. net/uk-program-50 -animalslike-us-animal-culture. html

Documentário Animals like us (Animal Homosexuality, 50 min) http: //www. saint-thomas. net/uk-program-50 -animalslike-us-animal-culture. html