Histria da Msica VI CMU 244 Mdulo IV

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História da Música VI CMU 244 Módulo IV Geração de 1810 Chopin Prof. Diósnio

História da Música VI CMU 244 Módulo IV Geração de 1810 Chopin Prof. Diósnio Machado Neto

Formas narrativas • Schiller - transformação da música como ideal de expressão. – “Há

Formas narrativas • Schiller - transformação da música como ideal de expressão. – “Há dois modos pela qual a Natureza, sem a presença das criaturas vivas, pode se tornar um símbolo do humano: seja como representação dos sentimentos, seja como representação das idéias". • A música tem a forma dos sentimentos; uma imitação da natureza humana. – A criação das paisagens emocionais torna-se o pano de fundo do discurso romântico. • A nova representação da natureza não se fixa na imitação, mas na experiência sensível da natureza. Agir assim é a própria natureza da música. – Incapacidade de definir o seu próprio conteúdo é o que dá a música a profundidade abismal do sentido, na opinião de Schiller. • Cria uma liberdade de interpretação. • A questão da narração. – O princípio básico da narrativa, do programa que usa a música não necessariamente passa pela existência de um programa escrito. • Schumann, no Carnaval, não necessitou de um texto de apoio para realizar uma obra descritiva. A própria música cuidou de realizar uma narração que nunca existiu. • Para o romantismo a música "não precisa mais de um programa, do mesmo modo que as grandes representações da paisagem do romantismo não necessitavam mais de uma referência histórica, uma intriga ou um enredo“

Chopin e as baladas • A fusão narrativa e do texto poético, nas baladas,

Chopin e as baladas • A fusão narrativa e do texto poético, nas baladas, talvez seja a maior realização de Chopin. – Chopin tem nas baladas a sua solução para o problema da música programática, que aliás era fundamental para os românticos Liszt, Schumann e Berlioz. – As baladas têm forma narrativa, mas não possuem um programa: a forma narrativa é preenchida por um conteúdo lírico. • Entretanto, existe uma tese que elas tenham sido inspirada por poemas do polonês Mickiewicz. – Obras longas que combinam elementos da sonata, rondó e tema com variações • Caracteriza-se, no entanto, por um " fluxo narrativo ", como no desenvolvimento gradual de um enredo. • A forma se adapta às necessidades “narrativas” – A 3ª balada, por exemplo, não está estruturada por oposição harmônica ou temática (como sole ser na forma sonata), mas por flutuação dos sentimentos, "por variação de intensidade suportadas por mudanças de textura, sonoridade e fraseado periódico" • Nas grandes formas de Chopin, a estrutura clássica da sonata é enfraquecida, pois nem o desenvolvimento nem o retorno possuem a mesma função do que na forma clássica. Não há resoluções de tensão ou reconciliação de oposições harmônicas e melódicas.

Sumário estilístico de Chopin - melodia • Melodia. – Chopin se vale da técnica

Sumário estilístico de Chopin - melodia • Melodia. – Chopin se vale da técnica da longa melodia de Bellini (bel canto) • As inovações de Bellini revoluciona o estilo do canto contemporâneo. – – – Melodias freqüentemente usam identidade rítmica associadas com um estilo de dança, por exemplo, mazurkas, polonaises • – Algumas melodias são construídas a partir de pequenas células Algumas melodias são passagens de complexa figuração “polifônica”. • • Os compositores nascidos na década de 1810 foram praticamente educados com a obra de Bach O romântico mais do que apresentar uma fuga em várias vozes quer o efeito do contraponto, um contraponto heterofônico. – • Foram vistas como reacionárias; uma volta às antigas práticas da ornamentação. As ornamentação de Bellini, porém, é justamente o que possibilita as longas frases que o caracterizou e, ademais, eram invejadas por Verdi. Influencia as linhas melódicas de Chopin. Construção da melodia por justaposição das vozes. » Chopin, uma independência latente, ou seja, a configuração do contraponto depende da arte de interpretar ou ouvir as vozes, senão elas terão um sentido homofônico Formas experimentais – Principalmente no trato da forma sonata • – Forma sonata considerada problemática por causa da recapitulação, onde, frequentemente, somente o tema secundário é recapitulado, sendo o tema principal exaurido no desenvolvimento. Isso ocorre nos concertos para piano e nas sonatas, op. 35 e 58 Desenho formal único para as baladas, scherzos e polonaises. • A forma se torna híbrida, tem contornos clássicos porém tem liberdades impensáveis para a forma ortodoxa.

Longa melodia

Longa melodia

Contraponto heterofônico

Contraponto heterofônico

 • Harmonia O suporto expressivo de Chopin, ademais das longas frases, era dado

• Harmonia O suporto expressivo de Chopin, ademais das longas frases, era dado por uma particular técnica harmônica, extraída dos princípios de modulações românticas, que tem como pivô as mediantes. – Princípio básico de Chopin no tratamento harmônico das grandes formas: ele opõe tonalidades através de modulações , "mas produz tonalidades relacionadas com propósitos colorísticos". • Chopin encontrou uma fórmula de contrastar modos e não tonalidades, isso substitui o interesse das oposições tonais típicas das formas clássicas – Predileção por mediantes • O direcionamento da forma musical para a dominante, deixando a sub para a segunda metade da forma, desapareceu na geração de 1810. Foi substituída por um novo cromatismo, obtido pelo uso de relações de mediante. Obscurecimento do sistema tonal pela incerteza da relação do acorde com a Tônica. tal fato não ocorria com Bach, Haydn ou Beethoven. – Perda da importância da oposição tonal polarizada. • Para a geração de 1810, a modulação não é mais o estabelecimento de uma oposição, "mas uma coloração cromática da tônica original". Rosen acrescenta que essa tônica era frouxa e volúvel às alterações de modo • Na geração de 1810, a tônica não se estabelece com clareza do classicismo. A função não era mais o centro de gravidade, apesar dos motivos gravitarem ao seu redor, e nelas estabelecerem suas hierarquias. Senso harmônico mais fluido. • O romantismo promove uma síntese entre harmonia de mediante e cromatismo. Pois a mediante promove giros semitonais explícitos como, por exemplo, em si maior pode ter uma submediante em sol maior, ou seja, se extrai quatro sustenidos com uma simples modulação. – Esse caminho é impensável para a modulação na dominante. – Emprego de vários dispositivos harmônicos até então únicos, por exemplo, ambigüidade tonal, enarmonia (a mediante de si maior pode ser mib maior, enarmônica de Re#M), modulações progressivas (por exemplo, pro, acordes de 7ª sem resoluções, efeitos de pedais para modulações, etc. – Uso de modos • Percebe-se mais nas mazurkas, mas tb aparecem nas polonaises.

Sumário das obras • Um compositor ligado ao piano – Waltzes (Valsas) • Esse

Sumário das obras • Um compositor ligado ao piano – Waltzes (Valsas) • Esse gênero, nas mãos de Chopin, se torna muito popular na França. – • – O estilo de suas valsas derivam de Schubert e Weber Forma • Cada valsa consiste em uma série de seções de 16 compassos (usualmente). Cada seção tem caráter contrastante (algumas mais líricas, outras mais rítmicas). Encerra-se sempre com uma coda. – – Torna-se o principal gênero das chamadas “música de salão” Algumas valsas exibem excentricidade rítmicas, por exemplo, a Valsa em Lab, op. 42, que tem uma polirritmia entre “ 2 e 3”. Outra característica é relação harmônica inusual entre seções (algumas vezes através do cromatismo das mediantes) Nocturnes • • Gênero desenvolvido por John Field O estilo dos noturnos centra-se no cantabile da linha melódica (freqüentemente no estilo vocal), acompanhado de acordes arpejados. – – • • Esses estilo pode-se relacionar com o estilo da ária de Bellini Em alguns noturnos, o acompanhamento arpejado é bastante complexo, Geralmente se apresenta na forma A-B-A, típica da música de salão, porém, alguns noturnos são mais complexos incluindo seções intermediárias dramáticas, como, por exemplo, o Noturno em Do# menor, op. 27, nº 1 Tratamento harmônico inovador, em alguns Noturnos – – Op. 9, No. 1 em Si-b menor tem uma seção central com acordes de 7ª sem resolução Op. 37, No. 2 em Sol maior contém inúmeras inovações, no trato das modulações: somente 20 dos 140 compassos em Sol M, sendo freqüentes as modulações para regiões remotas