Henri Walon 1879 1962 Biografia Pioneiro nos estudos
Henri Walon - (1879 -1962)
Biografia Pioneiro nos estudos em psicologia da criança; Aluno aplicadíssimo: Wallon tomou emprestada e certamente leu perto de 200 obras em dois anos (1899 -1900); Professor de filosofia (1902), doutor em medicina (1908); Participou da primeira guerra (1914 -1918) como médico (observar lesões e seus reflexos sobre processos psíquicos);
Biografia Defendeu sua tese “A criança turbulenta” (1925); Psiquiatra infantil/ psicopatologia infantil (crianças com dificuldades escolares, crianças instáveis, agitadas, epiléticas e retardadas); Segunda guerra (1939 -1945), participou do movimento de Resistência contra os invasores do nazismo Projeto Langevin-Wallon (1944 - 1947) – Comissão de Reforma de Ensino da França;
Capítulo 1 – A criança e o adulto Atitude natural de assimilação antropomórfica do adulto em relação à criança O reconhecimento da diferença entre ambos: - subtração (tratamento quantitativo/ alusão aos testes); - subtração (abordagem mais qualitativa/ Piaget/ desenvolvimento como aumento progressivo e contínuo de equilíbrio, ordenado em sistemas segundo uma série de etapas e estágios); - diferença absoluta: mentalidade infantil considerada uma aberração em comparação com a do adulto (comparação homem civilizado, mentalidade pré-lógica própria do primitivo/ Levy-Brul);
Capítulo 1 – A criança e o adulto Modelo dialético: modelo genético: círculo de círculos - a sucessão dos estágios de desenvolvimento se dá na forma de uma passagem descontínua marcada por conflitos (termo freudiano) entre o antigo e o novo; “A despeito dessa escolha, nada do que é abandonado é destruído e nada do que é ultrapassado fica inativo” (Wallon, 1941/2007, p. 13). “ A realização, pela criança, do adulto que ela deve vir a ser não segue portanto um traçado sem atalhos, bifurcações ou desvios” (Wallon, 1941/2007, p. 13). -
Capítulo 1 – A criança e o adulto Às vezes na crise um tipo de atividade inicialmente preponderante sofre uma redução (recalcamento), chegando a, por exemplo, desaparecer no estágio seguinte; Princípio da ambivalência: incertezas, hesitações, atalhos, bifurcações, desvios, esforço ou renúncia; Princípio da ambivalência: tudo é ao mesmo tempo obstáculo e instrumento (a criança tem que se esmaltar na sociedade): empecilho, problema, ajuda, aversão ou atração;
Capítulo 2 – Como estudar a criança “ Mas a psicologia da criança, ou pelo menos a da primeira infância, depende quase exclusivamente da observação” (Wallon, 1941/2007, p. 15) “ Não há observação sem escolha ou sem alguma relação, implícita ou não. A escolha é dirigida pelas relações que possam existir entre o objeto ou o acontecimento e nossa expectativa, em outras palavras, nosso desejo, nossa hipótese ou mesmo nossos simples hábitos mentais. Seus motivos podem ser conscientes ou intencionais, mas podem também nos escapar, pois confundem-se antes de mais nada com nossa capacidade de formulação mental”. (Wallon, 1941/2007, p. 17).
Capítulo 2 – Como estudar a criança “A grande dificuldade da observação pura como instrumento de conhecimento é que em geral utilizamos um quadro de referências sem sabê-lo, uma vez que seu emprego é impensado, instintivo e indispensável”. (Wallon, 1941/2007, p. 17). “Um movimento não é um movimento, mas o que a nosso ver ele exprime”. (Wallon, 1941/2007, p. 18). “Portanto, é de primeira importância definir claramente, para todo o objeto de observação, qual é o quadro de referências que corresponde à finalidade do estudo”. (Wallon, 1941/2007, p. 18).
Capítulo 2 – Como estudar a criança Cronologia do desenvolvimento: antecipação funcional, seguida da regressão, abolição, eclipse, redução completa, ou integração sob uma forma ora modificada, remanejada, ora semelhante. (ver página 19) “Portanto, entre o curso do tempo e o do desenvolvimento psíquico manifestam-se discordâncias”. (Wallon, 1941/2007, p. 19). “É constante que reações novas passem por um longo período de eclipse depois de terem se manifestado uma ou até várias vezes durante um curto período”. (Wallon, 1941/2007, p. 20).
Capítulo 2 – Como estudar a criança “ É mais provável que em muitos casos o primeiro aparecimento de um gesto ou de um ato resulte de fatores sobretudo internos”. (Wallon, 1941/2007, p. 20) “Por isso, no mesmo indivíduo, na mesma idade, a mesma operação pode ser executada em níveis variáveis”. (Wallon, 1941/2007, p. 21) “A atividade mental não se desenvolve num único e mesmo plano por uma espécie de crescimento contínuo. Evolui de sistema em sistema”. (Wallon, 1941/2007, p. 21) “O que importa não é a materialidade de um gesto, é o sistema ao qual ele pertence no instante em que se manifesta”. (Wallon, 1941/2007, p. 21)
Capítulo 2 – Como estudar a criança A partir dos 4 anos, a experimentação, mas quando a experimentação é difícil, o método de comparação patológica permite suprimi-la em parte; “Da mesma forma, os progressos da criança não são uma simples soma de funções. O comportamento de cada idade é um sistema em que cada uma das atividades já possíveis concorre com todas as outras, recebendo seu papel de conjunto”. (Wallon, 1941/2007, p. 24) Comparação estatística; Provas de personalidade: Análises fatoriais; Crítica à Piaget.
Resumo A pessoa está continuamente em processo; Cada instante desse processo a pessoa é uma totalidade, um conjunto resultante da integração dos conjuntos funcionais motor, afetivo e cognitivo; A existência social e individual estão em um vir-a-ser contínuo; Concepção de desenvolvimento aberto, em processo, em movimento, com conflitos, crises e regressões ( princípio da ambivalência); A teoria aponta para duas ordens de fatores que irão constituir as condições em que emergem as atividades mentais: fatores orgânicos e fatores sociais.
Resumo Lei da integração: organismo-meio ü conjuntos funcionais: motor, afetivo e cognitivo ü Lei da alternância Na predominância dos conjuntos funcionais ü Nas direções do desenvolvimento (centrípeta – para o conhecimento de si mesmo e centrífuga para o conhecimento do mundo) ü
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