GUERRA FRIA Flavio Thales Ribeiro Francisco Elementos do
GUERRA FRIA Flavio Thales Ribeiro Francisco
Elementos do padrão histórico dos EUA nas relações internacionais ■ Componentes históricos das relações internacionais: ■ Experimento norte-americano ■ Isolacionismo e experimentalismo ■ A expansão das fronteiras ■ O sistema americano e a esfera regional ■ Padrão norte-americano
Conferências ■ A Conferência de Ialta, ou Conferência de Yalta, também chamada de Conferência da Crimeia, é composta por um conjunto de reuniões ocorridas entre 4 e 11 de fevereiro de 1945 no Palácio de Livadia, na estação balneária de Yalta, nas margens do Mar Negro, na Crimeia. Foi a segunda das três conferências em tempo de guerra entre os líderes das principais nações aliadas (a anterior ocorreu em Teerã, e a posterior em Potsdam) e as potências capitalistas comemoraram a vitória na reunião. ■ Os chefes de governo dos Estados Unidos (Franklin D. Roosevelt) e da União Soviética (Josef Stalin), e o primeiro-ministro do Reino Unido (Winston Churchill) reuniram-se em segredo em Ialta para decidir o fim da Segunda Guerra Mundial e a repartição das zonas de influência entre o Oeste e o Leste. ■ Em 11 de fevereiro de 1945, eles assinam os acordos cujos objetivos são de assegurar um fim rápido à guerra e a estabilidade do mundo após a vitória final.
Reconstrução dos sistema internacional e contenção ■ Havia nos Estados Unidos o consenso de que o desenvolvimento econômico dependeria do funcionamento do sistema internacional. Nesse sentido, o país deveria assumir o papel de protagonista no processo de reconstrução do sistema internacional no pós-guerra. ■ Entretanto, havia várias alternativas naquele momento. A URSS, por exemplo, não era considerada um antagonista, existia a possibilidade de cooperação entre os dois países apesar do sistema econômico soviético.
Sistema mundial e excepcionalismo ■ Com apoio de seus aliados, os Estados Unidos pretendiam construir uma nova ordem internacional, espelhando os valores de sua “excepcional” democracia, assegurando um sistema regido pela hegemonia de princípios que haviam fundado o país. Cria-se novos padrões de cooperação e relacionamento. ■ Os norte-americanos começaram a acreditar que a prosperidade do país dependeria do expansão de seu sistema para o exterior
Arquitetando a nova ordem ■ O processo de constituição da nova ordem se deu ainda durante a guerra nas Conferências de Dumbarton Oaks e Bretton Woods. Nesses conferências foram criadas, respectivamente, as Nações Unidas, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional. ■ No campo político, após a falha da Liga das Nações, foi reforçada a noção de segurança coletiva. Na ONU, foi estruturado um espaço de representação igual para todos países, mas com um conselho de segurança formado pelos vencedores da Segunda Guerra mais a China. ■ Estudiosos afirmam que Roosevelt tinha intenção de reproduzir uma organização que incorporasse grande parte dos 14 pontos de Wilson, algo muito mais idealista. Mas que tivesse policiais do sistema (EUA, URSS, Grã-Bretanha e China)
Hegemonia sem unilateralismo ■ O objetivo era o de criar regras uniformes para as relações comerciais e financeiras. Tais regras procuravam remover as barreiras existentes nas relações econômicas, impedindo a remergência de mecanismos protecionistas. A intenção era promover a liberalização do comércio global, reconfigurando a política americana das “portas abertas” do século XIX. ■ O sistema criado pelos EUA era aberto, transparente, fragmentado e poroso, limitando o exercício estrito do poder e convidando à introdução de demandas externas. Nesse sistema, foram criados mecanismos de controle e de ligação, estabelecendo compromisso e o elo entre o país e os seus , sendo a hegemonia exercida de forma aberta e permeável. ■ Os EUA exercia hegemonia a custos menores.
Harry Truman e o início da Guerra Fria ■ Com o desfecho da guerra, havia a possibilidade de cooperação com a URSS, entretanto, os norte-americanos perceberam a intenção expansionista dos russos sobre a Europa Oriental. ■ Ano de 1946 é início de uma gradativa separação e do aprofundamento da distância em relação à URSS, favorecido pela impressão de que estava havendo um avanço nas posições deste país em áreas como o Oriente Médio. No Irã, os soviéticos tentaram controlar a produção de petróleo. ■ O avanço soviético era uma ameaça aos povos livres de um sistema internacional que deveria ser regido por princípios democráticos e liberais.
Harry Truman e o início da Guerra ■ Fria A intervenção dos soviéticos em um conflito entre turcos e gregos, acabou reforçando o argumento entre a opinião pública de que a abordagem americana deveria ser mais ativa nesta situação, encaminhando a sequencia de eventos para uma Guerra. ■ “No presente momento da história mundial quase toda nação precisa escolher entre modos alternativos de vida. Frequentemente, a escolha não é livre. Um modo de vida é baseado na vontade da maioria, e se distingue pelas instituições livres, governo representativo, eleições livres, garantias de liberdade individual, liberdade de discurso e religião. O segundo modo de vida é baseado na vontade forçosamente imposta de uma minoria sobre a maioria. Ela reside no terror e na opressão [. . . ]
Algumas razões para a “eclosão” da Guerra Fria ■ Emergência de duas potências no vácuo europeu; ■ Dois tipo de regimes distintos; ■ Os EUA superestimaram o poder bélico dos soviéticos;
■ Harry Truman e o início da Guerra Fria Truman, no processo de enfrentamento da Guerra Fria, acentuou o caráter pragmático das relações exteriores norte-americanas. A percepção dos que apoiavam o governo era a de que, sem Japão e Europa, os Estados Unidos eram os únicos capazes de fazer frente ao furor expansionistas dos soviéticos. Os EUA haviam se comprometido com uma comunidade internacional livre. ■ Como método básico dessa contenção, os Estados Unidos deveriam impedir o avanço da União Soviética por meio de pressões e ações políticas em áreas geográficas onde fosse identificada a expansão soviética, ajudando e garantindo a independência e liberdade dos regimes e povos que não desejassem ser inseridos na órbita soviética. ■ Truman eleva as dimensões realistas (interesses geopolíticos) e idealistas (um inimigo que representava outros valores morais) da política internacional dos EUA
Guerra Fria ■ O Plano Marshall e a Otan foram consequências do processo de institucionalização da agenda norte-americana para a Guerra Fria. ■ O Plano Marshall dever ser visto como uma das mais profundas e importantes iniciativas da política externa, pois supunha uma ajuda incondicional e ampla dos Estados Unidos à Europa, incluindo-se todos os que quisessem participar, objetivando a superação de suas dificuldades econômicas. ■ Politicamente, o plano visava garantir a estabilidade europeia, como também conquistar aliados, fortalecendo o poder norte-americano, proliferação de partidos comunistas na Europa Ocidental
DUAS ALEMANHAS
De Roosevelt a Truman ■ Pesquisadores do período demonstram que havia uma tendência de Truman seguir as diretrizes de Roosevelt, apostando na parceria com a URSS e ignorando a Europa como polo de poder no sistema internacional. ■ Apesar dos muitos erros na avaliação do real poder da URSS, Truman acabou definindo uma agenda própria, que afirmava a necessidade de fortalecer a Europa e criar uma barreira para os soviéticos em território europeu.
NSC-68
Debate sobre a extensão da contenção dos soviéticos ■ No relatório (NCS-68) apontava-se para o grau de enfrentamento da ameaça soviética. ■ Era necessário que, sem causar alarde, as autoridades abordassem a opinião pública sobre a gravidade do enfrentamento com os soviéticos. ■ Nesse momento já se levava em consideração o expansionismo na Europa e na Ásia, que comprometeria um sistema internacional baseado nos princípios da democracia americana. ■ Havia também a discussão da quantidade de recursos aplicados para iniciar o processo de contenção. Um problema para um enfrentamento direto seria os custos de um confronto direto. ■ Assim se reforça ideia de promover enfrentamento nas áreas limites da expansão soviética. Os quais seria as áreas frias de conflito.
Política de contenção ■ A política de contenção, com o tempo, deixou de ser reativa para se engajar na promoção da ordem do capitalismo em países ameaçados pela ideologia comunista. ■ Isso significava a mobilização de recursos para o enfrentamento para além do continente europeu. Os EUA passam, de fato, a atuar em nível mundial.
Características fundamentais da Guerra Fria ■ A bipolaridade orientou as superpotências e as demais nações também. ■ Equilíbrio de terror (ameaça nuclear do inimigo) ■ Corrida armamentista
A era da Confrontação ■ Delimitada entre os anos 1947 e 1962, a primeira fase da Guerra Fia estabeleceu os principais parâmetro de relacionamento entre as superpotências. ■ Entre 1950 e 1955, houve o domínio dos Estados Unidos. ■ Entre 55 e 62, os soviéticos equilibram as relações de poder.
Hegemonia norte-americana ■ O Plano Marshall foi o único investimento dos norteamericanos em um projeto de erguimento econômico em meio no período. ■ A tendência foi a de conter, não somente a URSS, mas todos os países, até mesmo aliados, que ameaçassem o espaço de liderança do Ocidentes dos norte-americanos.
Guerra da Coréia ■ Para os EUA, a Guerra da Coréia extremamente funcional para justificar o aumento de gastos previstos para o setor militar e, em termos de estratégia de contenção, crucial para destacar a relevância da Ásia na disputa global. ■ Há uma articulação da Doutrina Truman para o Pacífico com investimento na guerra, no apoio financeiro ao Japão e a China nacionalista (Taiwan), no suporte a Indochina e no anticomunismo nas Filipinas. ■ A partir da experiência da Coreia se estabelece o padrão de enfrentamento das superpotências em espaços satélite.
Limites de recursos ■ Nesse processo, já na administração do Presidente Dwight Eisenhower, a contenção deixou de ser uma cruzada antissoviética para se transformar em anticomunista. ■ Que tem como consequência o confronto com soviéticos, mas também difusores do comunismo. ■ Entretanto, paralelamente, Einsenhower iniciou um processo de ajustes e cortes que implicariam na aplicação de sua agenda.
URSS equilibra o jogo ■ Como consequência dos cortes, os norteamericanos acompanharam o salto econômico e tecnológico dos soviéticos, que chegariam a criar armas mais sofisticadas. ■ O lançamento, em 1957, do Sputnik geraria entre o público americano a sensação da decadência entre os norte-americanos.
American Way of Life ■ A imagem dos anos 1950, na memória coletiva, centra-se na prosperidade econômica e na estabilidade familiar. Nessa visão, todo mundo na época tinha emprego estável e ampla oportunidade de mobilidade social. A televisão, o cinema e a literatura de grande público destacaram famílias harmoniosas: pai trabalhador, mãe dona-de-casa e alguns filhos morando nos crescentes subúrbios em casas com quintais próprios e suas indefectíveis cercas brancas. ■ Sem dúvida, essas imagens capturam aspectos da realidade da época. O PIB dos Estados Unidos saltou em 250% entre 1945 e 1960, com renda familiar crescente e baixas taxas de desemprego e inflação. ■ A classe trabalhadora obteve acesso sem precedentes à economia de consumo de massa, sindicatos ganharam melhores salários e a expansão de benefícios, e o estado de bem-estar garantia em alguma medida a segurança econômica. Debaixo da superfície, porém, a sociedade afluente dos anos 1950 testemunhou contradições e
Uma outra “América” ■ Em 1960, um quinto das famílias americanas vivia abaixo do nível de pobreza oficial estabelecido pelo governo e muitas outras sobreviveram apenas com a mínima segurança e conforto. ■ A distribuição da renda não mudara muito: a população 20% mais rica continuou controlando 45% de toda renda, enquanto a 20% mais pobre controlava somente 5%. Indígenas, relegados às reservas no interior dos Estados Unidos, eram as pessoas mais pobres no país. ■ Idosos e trabalhadores rurais de todas as etnias e as populações afro-americana e latino-americana estavam desproporcionalmente entre os indigentes
Macarthismo ■ A histeria contra o comunismo foi replicada em casa com a nova “caça aos vermelhos” dos anos 1950. Conhecida popularmente como macarthismo, a campanha contra a subversão em todos os aspectos da vida americana foi muito mais abrangente do que a carreira bizarra do senador anticomunista, Joseph Mc. Carthy. ■ As investigações publicadas contra a suposta subversão de intelectuais, artistas e funcionários do governo federal, que resultaram em inúmeras demissões, centenas de sentenças de prisão e algumas execuções (como a do casal comunista Julius e Ethel Rosenberg) tornaram Mc. Carthy o rosto público do anticomunismo. ■ Os filmes Culpado por suspeita (1993) e Boa noite e boa sorte (2005) retratam bem o clima tenso do período.
Guerra Fria e o fim do colonialismo ■ Inicialmente os Estados Unidos e a URSS trabalharam juntos para incentivar o processo de descolonização, sustentado pelo princípio autodeterminação, como uma forma de decretar o fim do domínio europeu no sistema. ■ Mas processo de descolonização acabou acentuando a disputa dos países pelas nações recém libertadas. ■ A guerra poderia ser perdida pela porta de trás. ■ O terceiro-mundismo era sinal de uma frente anticapitalista (a URSS era referência de desenvolvimento para muitos países)
Guerra Fria a América Latina ■ A Guerra Fria na América Latina começou no fim dos anos 1940, quando movimentos favoráveis à mudança política e econômica surgiram em muitos países do continente e acabaram refreados ou esmagados pelas elites locais com a ajuda dos Estados Unidos. ■ Manipulando a retórica do anticomunismo, os Estados Unidos mantiveram os países latino-americanos na esfera da influência ocidental por meio de invasão, orquestração de golpes, obstáculos à reforma social e apoio técnico e político a regimes militares repressivos. ■ Departamento de Estado e a Agência Central de Inteligência (CIA em inglês), por exemplo, promoveram, planejaram e executaram a derrubada do governo reformista de Jacobo Arbenz na Guatemala em 1954
John Kennedy ■ Poucos presidentes gozaram de tanta popularidade quanto John F. Kennedy. Jovem e bem apessoado, herói de guerra e o primeiro presidente católico, Kennedy foi uma conseqüência das aspirações liberais não satisfeitas do tempo do New Deal. ■ Seu assassinato inesperado em novembro de 1963 e a subseqüente mitificação na memória coletiva como “a grande esperança liberal” têm mascarado a timidez da sua agenda liberal doméstica e sua política aguerrida de contenção do comunismo. ■ Como congressista e senador nos anos 1950, John F. Kennedy lealmente apoiou o impulso anticomunista tanto quanto seu irmão mais novo, Robert, um jovem advogado que trabalhava como assessor de Joseph Mc. Carthy
Lindon Johnson e o Great Society ■ Na verdade, foi o presidente Johnson quem mais se empenhou em reformas sociais e econômicas. ■ Os chamados “programas da Grande Sociedade”, lançados durante seu mandato, proporcionaram serviços médicos para idosos e pobres, deram modesto “vale comida” para os mais destituídos como viúvas e mães solteiras e destinaram mais dinheiro federal à educação, obras públicas, treinamento ocupacional e moradia. ■ Esses programas sociais contribuíram em parte para a redução da pobreza de 21% da população total em 1959 para 12% em 1969, mas o crescimento econômico geral foi, provavelmente, mais importante que essas intervenções políticas.
Rumo ao Vietnã e a crise dos mísseis de cuba ■ Quando perguntado, em 1961, por um jornalista sobre a crescente intervenção dos Estados Unidos no Vietnã, Bobby Kennedy, secretário de Justiça no governo do seu irmão, JFK, negou sua importância, respondendo: “Nós temos 30 Vietnãs”. ■ De fato, nos primeiros anos da década de 1960, os Estados Unidos tinham “consultores militares” em muitos países do mundo, organizando ações políticas e militares com governos e militares aliados contra as forças opositoras, geralmente comunistas ou movimentos reformistas. ■ Mas Kennedy desdenhou demais a importância de dois países nos quais os Estados Unidos tinham interesses cruciais: Cuba e Vietnã.
Crise dos mísseis ■ A clara ameaça ideológica representada por Cuba motivou o governo Kennedy a tomar medidas mais duras. Clandestinamente treinando refugiados cubanos contra Castro, orquestrou uma invasão à ilha no dia 17 de abril de 1961. ■ A operação foi um fracasso total: a maioria dos 1, 5 mil invasores acabaram capturados ou mortos
Crises dos Mísseis ■ No ano seguinte, Castro, cada vez mais próximo da União Soviética, concordou com a instalação de mísseis nucleares soviéticos em Cuba. ■ Em outubro de 1962, os americanos confrontaram os soviéticos e o mundo viuse à beira de uma guerra nuclear. ■ Novos documentos, liberados somente décadas depois do episódio, revelaram que os líderes políticos e militares dos Estados Unidos, inclusive os irmãos Kennedy, estavam mesmo prontos a começar uma guerra nuclear. ■ A guerra só não ocorreu porque os dois superpoderes acabaram negociando uma saída.
REARRANJ OS NA GUERRA FRIA
Guerra do Vietnã ■ O Vietnã era uma ex-colônia francesa que foi dividida em duas pelo tratado que finalizou a Guerra da Coréia. ■ O exército guerrilheiro comunista de Ho Chi Minh, que tinha derrubado os franceses, controlava a parte Norte do país e contava com numerosos seguidores na parte Sul, organizados pelo grupo guerrilheiro, o Viet Cong. ■ No Sul, o ditador Ngo Dinh Diem governava com ajuda militar e econômica dos Estados Unidos. ■ Em resposta à campanha repressiva de Diem contra seus simpatizantes, o líder nortista Minh lançou a luta armada em 1959
Guerra do Vietnã ■ Os Estados Unidos acreditavam que, com sua poderosa capacidade militar, poderiam infligir mais danos ao inimigo, forçando-o eventualmente a abandonar a guerra. ■ De 1965 a 1972, a campanha mais intensiva de bombardeamento da história, empreendida pelos americanos, seguiu com a intenção de enfraquecer o moral do Vietnã Norte. ■ Os Estados Unidos também procederam a um “programa de pacificação” cujo propósito era, em primeira instância, ganhar “corações e mentes” da população local com ■ propaganda e assistência social. Enfrentando resistência, passaram a adotar uma sistemática destruição de aldeias e de remoção forçada de camponeses, pretendendo manter a ordem e diminuir o apoio logístico que a população dava ao Viet Cong. ■ No saldo da guerra, 57 mil soldados americanos morreram e 300 mil ficaram feridos, enquanto 4 milhões de vietnamitas foram mortos. Era a primeira guerra que os Estados Unidos perdiam em 150 anos
IMAGENS DO VIETNÃ
Quebra no moral ■ A derrota moral no Vietnã provocou uma série de questionamento sobre a contenção, principalmente em gastos exorbitantes em áreas que não poderiam ser consideradas como prioritárias no sistema mundial. ■ Os Estados Unidos passaram a intervir onde somente tinham certeza de que poderiam vencer e gastar pouco.
DISSIDÊNCIA AMERICANA
Richard Nixon e a Detente ■ A longo prazo, a detente desejava constituir-se na última etapa da Guerra Fria, transformando consideravelmente a face da política externa norte-americana, quebrando alguns de seus padrões mais tradicionais a partir de 1969. ■ A percepção era de que era necessário reforçar a capacidade de negociação. Mais uma vez, os norte-americanos acompanhavam um ritmo forte de investimentos dos soviéticos em armamentos e afirmando a sua posição em disputas nas periferias do sistema. ■ Era um momento de transição de uma hegemonia para uma liderança, em um sistema que acompanhava a remergência da Europa.
Transição para multipolaridade ■ Richard Nixon e Henry Kissinger operavam com a ideia de que os Estados Unidos deveria atuar em uma ordem multilateral com a ascensão de Europeus, Chineses e Japoneses, produzindo um certo equilíbrio no sistema. ■ Nixon, superando bipolarismo, visita a China, que tinha um projeto distinto do Soviético. ■ Em 1975, os EUA se aproximam da URSS e promovem o comércio de grãos. ■ Assinado do SALT I (tratado de controle e redução de armamento) ■ A detente era uma contenção por outros meios.
Jimmy Carter ■ Carter assumi após a demoralização dos republicanos com o caso Watergate. Naquele momento existiam duas correntes questionavam o pragmatismo de Richard Nixon. Os liberais afirmavam que era necessário retomar o idelismo e os conservadores reclamavam com o excesso de concessões aos soviéticos. ■ Carter tem uma política externa que reforça ideaslismo, baseado no multilateralismo econômico. Ou seja, se reconhecia que as relações no sistema internacional eram marcadas pela interdependência. ■ Outro aspecto marcante foi a ênfase nos direitos humanos.
- Slides: 43