Gesto e Espiritualidade Ir Afonso Murad amuradmarista edu
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Gestão e Espiritualidade Ir. Afonso Murad. amurad@marista. edu. br SALESIANOS E SALESIANAS – Agosto 2007
GESTÃO Competência para coordenar processos e liderar pessoas, em vista de resultados, a fim de realizar com eficácia a missão (e o negócio) de um grupo organizado. Dois componentes básicos: • Liderança • Gerenciamento
Liderança e Gerenciamento LIDERAR: GERENCIAR: • Planejar e executar as • Animar as pessoas e rotinas necessárias. aumentar seu • Elaborar, acompanhar e envolvimento. avaliar o orçamento. • Dar direção e suscitar a • Definir a sistemática cooperação. dos processos. • Acompanhar o desempenho • Controlar e resolver problemas diariamente. de seu time. • Estabelecer visão de futuro e traçar estratégias.
Múltiplas faces da Gestão • Gestão da Vida Religiosa • • • (comunidades e consagrados, formação inicial e permanente, atualização do carisma). Das mantenedoras De iniciativas concretas: Pastoral Educação Social Outras. Especialização da gestão: Gestão de pessoas Gestão do conhecimento Gestão da sala de aula. . .
O LUGAR DO GESTOR(A) NAS ORGANIZAÇÕES COMPLEXAS NÍVEIS: • Operacional (suporte) • Executor/a • Técnico superior • Gestor(a) Embora haja uma figura específica, cada um é gestor de sua área de atuação.
Princípios da gestão profissional (Peter Drucker) • Capacitar pessoas para atuar em conjunto, efetivar forças e reduzir fraquezas. • Integrar a cultura local (jeito de ser, conviver e elaborar significados). • Ter compromisso com metas comuns e valores compartilhados. • Aprender a fazer e desenvolver o conhecimento. • Ancorar-se na comunicação e na responsabilidade. • Criar e utilizar seus indicadores de desempenho. • Buscar resultados múltiplos.
Gestão e negócio • A gestão serve a qualquer grupo organizado. • Instituições de prestação de serviços são também um negócio: - Oferecem um serviço e recebem remuneração por ele. - Inclui: clientes, fornecedores, funcionários e gestores (colaboradores) concorrentes.
Negócio e carisma A grande questão: até que ponto uma instituição religiosa pode e deve gerir um negócio? O que deve qualificar esse negócio? Até que ponto o negócio é somente um suporte para a missão religiosa, e não se transforma no coração da instituição? Quando se deve abandonar um negócio, se ele a desvia do carisma? Quando se deve abandonar um negócio, se ele somente dá “dor de cabeça”?
MISSÃO E CARISMA Missão religiosa: razão de ser do instituto (consagração, carisma e ação apostólica). Está explicitada nas Constituições e se atualiza nos capítulos e na relação com a Igreja e a Vida Religiosa no Brasil. Missão das instituições de religiosos(as): Define o negócio da instituição, sua razão de ser, seus clientes preferenciais e o papel na sociedade. Necessita estar articulada com a missão religiosa.
ESPIRITUALIDADE CONCEITO: Cultivo da relação com o sagrado, que dá consolo, esperança e sentido para a a existência. Jeito de viver o seguimento de Jesus. Vivência da fé que motiva as ações e alimenta nossas convicções. A espiritualidade se expressa em ritos e devoções, mas não se reduz a isso.
ESPIRITUALIDADE em imagens Espiritualidade: a seiva da árvore da existência.
Espiritualidade: alimentar o amor a Deus e à vida.
Espiritualidade: viver um caminho de iluminação.
ESPIRITUALIDADE CONCEITO: Cultivo da relação com o sagrado, que dá consolo, esperança e sentido para a a existência. Jeito de viver o seguimento de Jesus. Vivência da fé que motiva as ações e alimenta nossas convicções. A espiritualidade se expressa em ritos e devoções, mas não se reduz a isso.
A tensão: gestão X espiritualidade • São duas realidades muito diferentes, com lógicas, linguagens e perspectivas próprias. • Herdamos uma visão fragmentada da realidade humana: corpo e alma, matéria e espírito, indivíduo e sociedade. Separou-se para compreender melhor, e não se juntou mais. • Na instituição, há conflito de interesses e perspectivas.
A tensão produtiva • Instituição sem gestão, fracassa. Sem espiritualidade, se esvazia. • Oportunidade: uma nova síntese entre interioridade e eficácia, valores e resultados.
Construir a unidade interior Cuidar de si: corpo, sentimentos, sensibilidade. Aprender a lidar com pressões e ansiedade. Cultivar o olhar de encantamento e alegria. Equilibrar o tempo entre o trabalho e as outras dimensões da vida.
Crescer como pessoa Saborear o caminho percorrido. Partilhar sentimentos bons e guardá-los. Acolher-se como mulher ou homem.
EVITAR O DESCENTRAMENTO E O ATIVISMO
UM EXEMPLO. .
Cultivo pessoal da espiritualidade Manter-se enraizado(a) em Deus. Estar atento às tentações do poder (vigiar e orar). Exercitar a entrega, a ação de graças e a súplica. Meditar a Palavra de Deus.
Cultivo pessoal da espiritualidade Ter uma comunidade religiosa de referência. Fazer silêncio e se retirar, nos momentos mais exigentes. Exercitar a oração de discernimento e assumir o risco das decisões. A cada ano fazer seu projeto pessoal de vida e revisitá-lo periodicamente.
Indicadores de organizações espiritualizadas • Gestão participativa: empoderamento. • Clima e qualidade das relações. • Valorização dos colaboradores, como profissionais, pessoas e cristãos. • Compromisso com a sustentabilidade ecológica (gestão ambiental) • Responsabilidade social. • Relações honestas com cliente e fornecedores. • Espaços e tempos de cultivo da espiritualidade
Escola católica: espaço original e complexo • Instituição educacional: reelabora o conhecimento, produz e dissemina a cultura, socializa as novas gerações, vive e explicita valores, prepara o mercado de trabalho. • Espaço de evangelização: forma lideranças de cristãos e cidadãos. • Negócio: presta serviços educacionais e deve garantir sua continuidade com eles. • Filantrópica: Faz parte do terceiro setor, que promove ações sociais e ambientais, em vista de mudanças sociais.
O aluno é: • • Educando Interlocutor da evangelização Cliente Cidadão planetário
O(a) gestor(a) da escola: • Coordena processos pedagógicos, visando a aprendizagem. • Anima e sustenta a paixão dos educadores. • Responsabiliza-se pela evangelização na escola Valores Anúncio Experiências comunitárias. • Gerencia um negócio. • Prepara cidadãos planetários. • Em síntese: é pastor(a) e gestor(a).
Por que gestão e espiritualidade? Para recuperar a unidade perdida entre interioridade e atividade. Para sermos mais felizes. Para que nossa missão tenha raízes profundas. Para sobreviver e ter sucesso, sem se inebriar com ele. Para colaborar com um novo mundo possível, justo e sustentável.
Créditos Texto, criação e fotos: Ir. Afonso Murad. Desenhos: Max Gonçalves É permitido a reprodução e utilização deste material, desde que citados os autores. amurad@marista. edu. br Gestão e Espiritualidade (Paulinas).
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