GERENCIAMENTO DE RISCO Risco Probabilidade de consequncias ocorrncia
GERENCIAMENTO DE RISCO
Risco Probabilidade de consequências ocorrência de um evento e as suas
Risco - O termo risco é proveniente do latim e significa ousar. Entende-se “risco” como possibilidade de “algo não dar certo”, mas seu conceito atual envolve a quantificação e qualificação da incerteza, tanto no que diz respeito às “perdas” como aos “ganhos”, com relação ao rumo dos acontecimentos planejados
O QUE É PERIGO E O QUE É RISCO: PERIGO RISCO Situação ou fonte potencial de dano em termos de acidentes pessoais, doenças, danos materiais e ao meio ambiente de trabalho, ou a combinação dos mesmos Combinação da probabilidade e gravidade (Conseqüência) de um determinado evento (perigo) ocorrer.
O conceito de risco possui dois elementos: 1. A probabilidade de um evento perigoso; são condições de uma variável com potencial necessário para causar danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões a pessoas, danos a equipamentos e instalações, danos ao meio ambiente, perda de material em processo, ou redução da capacidade de produção; 2. Severidade da consequência do evento perigoso; expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um período de tempo ou número de ciclos operacionais. Pode indicar ainda incerteza quanto à ocorrência de um determinado evento.
Gestão do Risco • Processo através do qual as organizações lidam com o risco associado à sua atividade. • Medidas de prevenção ou controle que devem ser adotadas, para eliminar, prevenir ou minimizar um ou vários pontos críticos ou de risco.
Gerenciamento de Risco As investigações da Gerência de Risco devem efetivamente relacionar … EVENTO CAUSAS REAIS
Objetivo da Gestão do Risco Acrescentar valor a todas as atividades da organização Doenças e Acidentes Saúde e Segurança
Gerenciamento de Risco QVT SEGURANÇA SAÚDE EFETIVIDADE CONFORMIDADE Redução da probabilidade da ocorrência de Eventos Adversos
Riscos Ambientais As lesões causadas por produtos mecânicos, elétricos ou eletromecânicos podem ser resultantes de produtos que: -Não estejam em conformidade com as especificações. Por exemplo: • Manuseio errado (ex: danos causados durante o transporte); • Falha no cumprimento das Boas Práticas de Fabricação e Serviço (BPF); • Não atendimento às exigências legais (Leis, Regulamentações);
Riscos Ambientais • Não contêm sinalizações ou avisos adequados; • Não foram projetados adequadamente para o uso pretendido; • São divulgados como passível de conformidade, mas não o são; • Falha ou deterioração por qualquer razão.
Natureza dos Riscos 1) Riscos Estratégicos: - Os riscos estratégicos estão associados à tomada de decisão da alta administração e podem gerar perda substancial nos valores da organização. Os riscos decorrentes da má gestão organizacional muitas vezes resultam em graves danos à saúde e à vida. 2) Riscos Operacionais - Os riscos operacionais estão associados à saúde dos trabalhadores e segurança dos processos.
Programa de Gerenciamento de Riscos • Informações de segurança de processos; • Política de revisão dos riscos; • Gerenciamento de modificações; • Manutenção e garantia da qualidade de sistemas críticos; • Normas e procedimentos operacionais; • Política de capacitação de recursos humanos; • Investigação de incidentes; • Plano de emergência; • Auditorias.
ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO DE ERROS Utilização de checklists/ protocolos Melhorar a qualidade dos registros em prontuário Padronizar procedimentos Participar de iniciativas de processos de melhoria Incluir o paciente e seus familiares na confirmação de dados Estabelecer políticas para desenvolver uma cultura de segurança 14
Desafio da Gestão do Risco • Mudança de Cultura. De uma cultura de relato para uma de aprendizagem; • Análise dos Micro-sistemas; • Análise dos Processos; • Análise da estrutura; • Educação e Capacitação, Pesquisa e Projetos especiais. Colaboração, Relatórios
DIFICULDADES RELACIONADAS À NOTIFICAÇÃO • Falta de Conscientização dos profissionais • Falta de tradição dos profissionais em notificar ocorrências • Ruptura de rotinas previamente estabelecidas • Sigilo da informação • Tempo decorrente entre a notificação e “fechamento do caso” • Baixa confiabilidade acerca dos resultados 16 o
MODELO DE GESTÃO INTEGRADA
Riscos Ambientais Probabilidade de ocorrer um evento bem definido, que pode causar algum dano relacionado a(s): • saúde, • unidades operacionais, • econômico • social
Riscos Ambientais A ocorrência de lesões causadas por dispositivos médicos pode estar relacionada ao equipamento, ao operador, ao paciente, ou estar relacionada a outros fatores, como por exemplo, o transporte externo e interno, armazenamento ou instalação do produto.
Riscos Ambientais Químico Físico Biológico Ergonômico Acidentes
Ambiente Hospitalar O gerenciamento do ambiente hospitalar pode ser definido como um conjunto de processos utilizados para planejar, construir, equipar e confiabilidade de espaços e tecnologias. manter a
“CUIDAR DA SAÚDE” Vigilância em Saúde Gestão do Risco = conformação e formalização forma de identificar, interpretar e validar, as diferentes dimensões do processo saúde-doença Vigilância Epidemiológica (vigilâncias) Gerenciamento do Risco = programação e intervenção
Vigilância em Saúde - Gestão do Risco Subsistema de inteligência operativa: INTELIGÊNCIA EPIDEMIOLÓGICA ü É especializado e tem por objetivo formalizar o risco. ü Elabora as bases técnico - cientifico dos programas para intervenção e controle de eventos específicos adversos à saúde. Vigilância Epidemiológica - Gerenciamento do Risco Subsistema de informações para as ações de controle: VIGIL NCIA x PROGRAMAS ü Agiliza o processo de identificação e controle de eventos adversos à saúde. ü Elabora as normas utilizadas nos diversos níveis dos serviços de saúde. ü As intervenções devem estar perfeitamente articuladas com a de planejamento, execução e avaliação dos programas.
Vigilância em Saúde Gestão do Risco Ø Incorpora a Epidemiologia enquanto método buscando a operacionalização das práticas das vigilâncias através do uso de técnicas de planejamento destinadas ao enfrentamento dos eventos e fenômenos. Ø Identifica e prioriza os problemas de acordo com as necessidades locais. Ø Visa a articulação integrada de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação.
Vigilância em Saúde Gestão do Risco Ø Fortalece o processo de autonomia político-gerencial dos sistemas e da capacidade técnico-operacional para o desenvolvimento das ações de enfrentamento aos problemas de saúde de acordo com o perfil epidemiológico local. Ø Possibilita a escolha de alternativas para a tomada de decisão. Ø Permite o monitoramento e a avaliação com a finalidade de medir impactos e resultados das ações de saúde e/ou identificar fatores de risco. Ø Deve ser entendida como pré-requisito para a elaboração de planos, programas e projetos de saúde e instrumentos para avaliação dos impactos.
Vigilância Epidemiológica Gerenciamento do Risco OBJETIVOS: Ø Identificar tendências e fatores de risco envolvendo a ocorrência de doenças e agravos. Ø Recomendar com bases objetivas e cientificas as medidas necessárias para prevenir ou controlar a ocorrência de agravos à saúde. Ø Avaliar o impacto de medidas de intervenção por meio de informações epidemiológicas.
Vigilância Epidemiológica Gerenciamento do Risco FUNÇÕES: • Coleta de dados; • Processamento de dados coletados; • Análise e interpretação dos dados processados; • Recomendação das medidas de controle apropriadas; • Promoção das ações de controle indicadas; • Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; • Divulgação de informações pertinentes.
Foco da Acreditação • As necessidades estão mudando ao longo do tempo devido educação, economia, tecnologia e cultura. • Estas mudanças requerem melhorias continuas da qualidade. • Métodos Administrativos • Protocolos Assistenciais Gerenciamento de Risco
Gerenciamento do Risco no Ambiente Hospitalar
A identificação de riscos Para o Gerenciamento do ambiente hospitalar, necessita-se além das informações do campo da manutenção, as informações relativas aos riscos existentes. Com relação aos riscos no prédio e infraestrutura, o mapa de riscos diversos espaços tem seu conceito ampliado.
Identificação do Risco no Ambiente Hospitalar Quando se fala em riscos em ambientes hospitalares, pensamos imediatamente em infecção hospitalar. A preocupação em se definir os riscos existentes no ambiente hospitalar e inventariá-los de forma objetiva e racional são fundamentais para definição de parâmetros e procedimentos de biossegurança.
Metas Internacionais para a Segurança do Paciente (redução dos riscos) • Identificar os pacientes corretamente; • Melhorar a comunicação efetiva (prescrições e resultados de exames diagnósticos); • Melhorar a segurança para medicamentos de risco; • Eliminar cirurgias em membros ou pacientes errados; reduzir o risco de adquirir infecções; e • Reduzir o risco de lesões decorrentes de quedas. Estas metas vêm sendo implementadas em todos os hospitais em processo de acreditação nacional americano e acreditação internacional.
Segurança do paciente: iniciativas no Brasil Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Agência governamental brasileira que atua fortemente na área da segurança. Objetivo: Promover intermédio a proteção do controle da saúde da sanitário da população, produção e por da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos e fronteiras.
Segurança do paciente: iniciativas no Brasil Atuação da ANVISA: Projeto Hospitais Sentinela criado em 2001, para ampliar e sistematizar a vigilância de produtos utilizados em serviços de saúde e, assim, garantir melhores produtos no mercado e mais segurança e qualidade para pacientes e profissionais de saúde. • Rede nacional constituída por hospitais terciários, de grande porte e alta complexidade, mobilizados para a notificação de eventos adversos relacionados a produtos de saúde. Aborda três áreas distintas: • Farmacovigilância • Hemovigilância • Tecnovigilância
GERENCIAMENTO DE RISCO Cinco Pilares 1. Farmacovigilância 2. Tecnovigilância 3. Hemovigilância 4. Gestão de Resíduos 5. Controle de Infecção Hospitalar 37
Gerenciamento de Riscos Fatores Humanos/ organizacionais
FARMACOVIGIL NCIA ü Ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos (OMS, 2002). ü Objetivos: 1) Detecção de reações adversas ou interações medicamentosas desconhecidas; 2) Detecção do aumento da freqüência de aparição de reações adversas conhecidas; 3) Identificação dos fatores de risco e mecanismos subjacentes nas reações adversas; 4) Avaliação dos aspectos quantitativos de risco; 5) Análise e disseminação das informações obtidas, necessárias à prescrição e regulação dos medicamentos; 39
TECNOVIGIL NCIA ü Visa a segurança sanitária de produtos para saúde póscomercialização (equipamentos, materiais, artigo médicohospitalares, implantes e produtos para diagnóstico). 40
HEMOVIGIL NCIA ü Sistema de avaliação e alerta, organizado com o objetivo de recolher e avaliar informações sobre os efeitos indesejáveis e/ou inesperados da utilização de hemocomponentes a fim de prevenir seu aparecimento ou recorrência. ü Controle mais rigoroso da Qualidade do Sangue ü ü Exames Laboratoriais do doador Exames Laboratoriais do receptor (pré e pós-transfusão) Controle sistemático da Reações Transfusionais (RTs) Agudas e Tardias Garantia da Rastreabilidade do Sangue e Hemocomponentes Busca ativa das Notificações Auxílio às investigações das reações tardias 41
GESTÃO DE RESÍDUOS ü Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS)- Conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implantados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. 42
CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR ü Conjunto de ações desenvolvidas e deliberadas sistematicamente, com vistas a redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares. 43
GERENCIAMENTO DE RISCO - INDICADORES: 1. Não conformidade relacionada à administração de medicamento pela enfermagem 2. Reação adversa e queixa técnica em relação à medicamentos 3. Índice de perda de sonda nasoenteral para aporte nutricional 4. Índice de extubação acidental 5. Índice de úlcera por pressão 6. Índice de queda de paciente internado 7. Infecção hospitalar 8. Evento adverso devido à equipamentos e/ou materiais 9. Reação transfusional por contaminação bacteriana no hemocomponente 10. Transfusão em paciente errado 11. Índice de acidente de trabalho 12. Evento sentinela 44
GERENCIAMENTO DE RISCO Investigação de ocorrências como Ferramenta da Qualidade dos Serviços de Saúde - Impulsiona mudança de cultura institucional e profissional - Incentiva atitudes não punitivas - Possibilita correção dos pontos vulneráveis do sistema - Permite prevenção das falhas - Garante maior segurança a pacientes e prestadores de serviços 45
Programa “Aliança Mundial para a Segurança do Paciente”: 1. Desafio Global: Infecção “Cuidado Limpo é Cuidado Seguro. ”; 2. Envolvimento de pacientes e consumidores; 3. Desenvolvimento de conceitos e padrões; 4. Pesquisas; 5. Soluções para redução de riscos e garantia da segurança; e 6. Relatar e aprender.
Construção do Modelo Risco Qualidade “ Em serviços de Saúde qualidade e risco são indissociáveis”
Fatores que contribuiram para o surgimento de Modelo para Hospitais 1) mudança na própria natureza do risco (principais causas de óbito foram deixando de ser atribuídas às doenças infecciosas para privilegiar as crônicas degenerativas; mudança nas características dos acidentes). 2) aumento na média de expectativa de vida. 3) desenvolvimento de testes de laboratório, métodos epidemiológicos, modelagens ambientais, simulações em computadores e avaliação de riscos na engenharia.
4. a ampliação do papel do governo federal na avaliação e no gerenciamento de riscos para a saúde, a segurança e meio ambiente; 5. crescimento de grupos de interesses que procuravam participar cada vez mais no gerenciamento social do risco, o que tornou cada vez mais politizadas as atividades de análise e gerenciamento de riscos
Classificação
Expectativas
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