GEOGRAFIA URBANA INTRODUO PROF NCIO TURRA NETO EMENTA
GEOGRAFIA URBANA: INTRODUÇÃO PROF. NÉCIO TURRA NETO
EMENTA o. O processo de urbanização o. Urbanização e cidades brasileiras
OBJETIVOS n n n caracterizar as condições históricas que propiciaram a origem e o desenvolvimento da cidade, da Antiguidade aos dias atuais; compreender o processo de urbanização no Brasil e sua diversidade regional; caracterizar a rede urbana brasileira e paulista na atualidade e os diversos papéis das cidades de diferentes portes no contexto da globalização, com enfoque para a relação entre metrópoles e cidades médias; .
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. O processo de urbanização 1. 1. Condições históricas para a origem e desenvolvimento das cidades: Antiguidade; Idade Média e Capitalismo Comercial; 1. 2. Urbanização e Industrialização; 1. 3. Urbanização contemporânea e novos conteúdos com a globalização e a economia flexível.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2. Urbanização e cidades brasileiras 2. 1. Urbanização no Brasil da Colônia ao Processo de Metropolização; 2. 2. Urbanização e Estruturação da Rede Urbana Brasileira; 2. 3. Urbanização contemporânea e os novos conteúdos das metrópoles e cidades médias.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 3. Urbanização Paulista 3. 1. Formação socioespacial do café e a urbanização Paulista; Industrialização e urbanização em São Paulo; 3. 2. Presidente Prudente – produção do espaço urbano.
DEFINIÇÃO DE URBANIZAÇÃO Urbanização como instalação de infraestrutura urbana; n Urbanização como crescimento das cidades, em tamanho físico e em população; n Urbanização como amplo processo histórico em que ocorreu a passagem da população do campo para a cidade, paralelamente a estruturação hierárquica de uma rede urbana cada vez mais integrada – processo que produz e demanda urbano. n
year % urban Asia year % urban 1950 14. 4 18. 1 1955 16. 3 1960 20. 0 1960 18. 6 1965 21. 7 1965 21. 3 1970 22. 7 1970 23. 6 1975 24. 0 1975 25. 7 1980 26. 3 1980 27. 9 1985 28. 9 1985 30. 0 1990 31. 5 1990 32. 1 1995 34. 2 2000 36. 8 2000 36. 0 2005 39. 8 2005 37. 9 2009 41. 7 2009 39. 6 2010 42. 2 2010 40. 0 2015 44. 6 2015 42. 2 2020 47. 2 2020 44. 6 2025 49. 9 2025 47. 2 2030 52. 8 2030 49. 9 2035 55. 8 2035 52. 8 2040 58. 8 2040 55. 7 2045 61. 8 2045 58. 7 2050 64. 7 2050 61. 6 1950 16. 3 1955 Africa
year % urban 1950 62. 0 1950 41. 4 1955 64. 3 1955 45. 3 1960 66. 6 1960 49. 3 1965 68. 8 1965 53. 3 1970 70. 8 1970 57. 1 1975 71. 5 1975 60. 7 1980 71. 4 1980 64. 3 1985 70. 8 1985 67. 4 1990 70. 7 1990 70. 3 1995 70. 5 1995 73. 0 2000 70. 4 2000 75. 5 2005 70. 3 2005 77. 7 2009 70. 2 2009 79. 3 2010 70. 2 2010 79. 6 2015 70. 2 2015 81. 2 2020 70. 4 2020 82. 6 2025 70. 8 2025 83. 8 2030 71. 4 2030 84. 9 2035 72. 1 2035 85. 9 2040 72. 8 2040 86. 9 2045 73. 8 2045 87. 9 2050 74. 8 2050 88. 8 Oceania América Latina e Caribe
year % urban 1950 51. 3 1955 54. 1 1960 57. 0 1965 year % urban 1950 63. 9 1955 67. 0 1960 69. 9 60. 0 1965 72. 0 1970 62. 8 1970 73. 8 1975 65. 3 1975 73. 8 1980 67. 3 1980 73. 9 1985 68. 7 1985 74. 7 1990 69. 8 1990 75. 4 1995 70. 3 1995 77. 3 2000 70. 8 2000 79. 1 2005 71. 7 2005 80. 7 2009 72. 5 2009 81. 9 2010 72. 8 2010 82. 1 2015 74. 0 2015 83. 4 2020 75. 4 2020 84. 6 2025 76. 9 2025 85. 7 2030 78. 4 2030 86. 7 2035 80. 0 2035 87. 6 2040 81. 5 2040 88. 5 2045 82. 9 2045 89. 4 2050 84. 3 2050 90. 1 Europa América do Norte
BRASIL População residente Período Urbana Rural 1950 36. 16 63. 84 1960 45. 08 54. 92 1970 55. 98 44. 02 1980 67. 7 32. 3 1991 75. 47 24. 53 2000 81. 23 18. 77 O Censo 2010 mostra também que a população é mais urbanizada que há 10 anos: em 2000, 81% dos brasileiros viviam em áreas urbanas, agora são 84%.
CALENDÁRIO
Onde encontrar? n CALENDÁRIO e PROGRAMA – www. fct. unesp. br/docentes • Geografia – necioturra » Geografia urbana
PERIODIZAÇÃO INICIAL: BENÉVOLO. n Há 500. 000 anos atrás, surgiu a espécie humana. 95% deste período foi marcado pela coleta, caça e pesca, sem grandes transformações no ambiente natural. É conhecido como Período Paleolítico; n Há cerca de 10. 000 anos – domesticação de animais e plantas e formação das primeiras aldeias – Período Neolítico.
PERIODIZAÇÃO INICIAL n Há cerca de 5. 000 anos atrás, nas planícies aluviais do Oriente Próximo, surgiram as primeiras cidades.
MUMFORD “Antes da cidade, houve a pequena povoação, o santuário e a aldeia; antes da aldeia, o acampamento, o esconderijo, a caverna, o montão de pedras; e antes de tudo isso, houve certa predisposição para a vida social [. . . ]” (p. 11).
Cidade dos mortos Cavernas Reservas de água, caça e pesca Referências espaciais dos grupos paleolíticos Eram ímãs que atraíam grupos nômades, de tempos em tempos, para práticas cerimoniais e para o comércio.
Período Neolítico n Domesticação de plantas e animais; n Desenvolvimento agrícola e doméstico; Consequencias: suprimento alimentar amplo e seguro; fixação em aldeias; ampliação da população.
n Principais invenções: celeiro, armazéns, recipientes diversos. Mas também, arsenal bélico; n Conformismo, repetição e paciência eram a base da cultura da aldeia. Predomínio do feminino. n Mas, tais fatores não eram suficientes para fazer emergir cidades. . .
Para surgir cidades: A produção do campo que alimentava as aldeias, supria as necessidades básicas e garantia certo armazenamento, para a entressafra. Mas, se naquele ano a colheita fosse ruim, por causa de qualquer incidente natural ou humano, o suprimento logo se esgotava e a aldeia era atingida pela fome – um fantasma sempre presente. Daí que, impelidos pela necessidade, grupos neolíticos começaram a desenvolver técnicas para ampliar a área produzida e a produtividade; técnicas de armazenamento em maior escala; bem como toda uma organização social, religiosa e política, para garantir o armazenamento e gestão do excedente e para coordenar os trabalhos coletivos em obras públicas, como a irrigação e as construções de templos e armazéns. A guerra também passou a demandar mais recursos e especialistas.
Este impulso masculino por controlar a natureza a partir das técnicas e outros grupos humanos a partir das armas foi o que originou uma organização social mais complexa, que teve como desdobramento e como condição para sua realização, uma organização espacial mais complexa: surge a cidade, distinta e separada do campo e da aldeia e exercendo controle sobre ambos. - tese da passagem do caçador à condição de chefe político-religioso.
A origem da cidade é política e religiosa. Lugar de dominação. Nela os excedentes alimentares são transformados em poder militar, dominação política e reverência às deidades.
Para Singer: a cidade é a sede do poder, local de moradia da classe dominante. O campo é onde se dá a atividade primária, é autossuficiente. n Assim, sem o excedente capturado do campo, a cidade não existiria. Para garantir esta transferência permanente do excedente do campo, toda uma série de instituições sociais surgiram. . . n Isso quer dizer que, para existir cidade, é preciso uma sociedade de classes (ou seja, participação desigual das pessoas na produção e distribuição da riqueza). A uma centralização do poder – uma minoria dominando uma maioria – seguiu-se uma centralização e concentração espacial do poder e dos recursos – aplicados para maior controle da natureza e maior domínio de homens e territórios. n
A CIDADE NA MESOPOT MIA E NO EGITO ANTIGOS. BENEVOLO, L. História da cidade. São Paulo: Perspectiva, 2007. 728 p. MUMFORD, L. A cidade na história: suas origens, transformações e perspectivas. São Paulo: Martins Fontes, 2004. 741 p.
III. FORMAS E MODELOS ANCESTRAIS n III. 1. Cidades da Planície: - limites para a construção de um quadro geral sobre a origem da cidade; - Vales dos rios – as imposições do meio exigiram mobilização de trabalho coletivo coordenado, para construção de grandes obras públicas. - As cidades foram uma necessidade desta nova organização social, o que tornou ela possível.
- a cidade, portanto, não foi mera ampliação da aldeia, mas um novo tipo de organização. Uma unidade social superior. Um universo simbólico novo, com seus próprios cosmo e deuses; - Na Mesopotâmia, o domínio das águas foi crucial para a sobrevivência daquela civilização, naquele lugar (nos períodos de cheias intensas e nos períodos de secas prolongadas); - no Egito, condições mais suaves. . . O Nilo com uma enchente previsível por ano.
ZIGURATE: monumento em forma de pirâmide escalonada, característico da arquitetura religiosa mesopotâmica, com acesso por rampas e escadarias ao topo, onde se erigia um santuário, tb. us. para a salvaguarda das provisões de cereais e para observação dos astros
- a cidadela é repertório das mais ricas relíquias da arte e da técnica; - a cidadela era expressão do poder, nela se concentravam o templo, o armazém, o palácio. - o poder se irradiava da cidadela para toda cidade e aldeias e os tributos afluíam para dentro dela. - a muralha: artifício militar de defesa e de controle da pop. Urbana; produziam distinções sociais e ambientais.
- a cidade antiga exercia uma atração mágica; - a arte monumental reduzia o homem a uma posição inferior.
- a cidadela também tinha papel econômico: foi onde primeiro se realizava o mercado (no templo) – economia totalitária; - os meios de transporte eram o elemento dinâmico da cidade (cidade e navegações); - mercado e mercadores.
- apenas com o crescimento da população e a complexificação das atividades econômicas, o mercado foi para outra parte da cidade e a empresa comercial passou para as mãos seculares.
- os principais órgãos da cidade já estavam criados em 2000 a. C. ; - jardins e criações dentro da cidade; - recursos sanitários deficientes.
seria a cidade uma habitação natural ou um artefato humano? n Maias n Incas e Astecas;
DESENVOLVIMENTOS DA CIDADE - a introdução dos elementos predatóriosparasitários foi um novo estímulo ao crescimento. Mas orientava a comunidade ao sacrifício, à constrição, à prematura destruição e morte; - a ganância dos governantes – um materialismo sem finalidade; - função de materialização da cidade.
DESENVOLVIMENTOS DA CIDADE A ascensão e desenvolvimento das cidades parece ter sido acompanhada de deliberado esforço para derrubar o isolamento e a autossuficiência. Seu crescimento dependia de trazer matérias primas, habilidades e homens de outras comunidades – pela conquista e pelo comércio. Assim, a cidade multiplicou as oportunidade de choque cultural e estímulo psicológico. n O estrangeiro, o comerciante, além dos autóctones eram também novos moradores da cidade. n A vida deslocava-se da urgência da reprodução social e a criatividade foi liberada – ainda que boa parte dela, na forma de religião, escrita, arte e ciência tenha permanecido, por muito tempo, como monopólio da elite dominante. n A cidade era um estímulo ao progresso, ao mesmo tempo que receptáculo, armazém e escola da tradição. n
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