GEOGRAFIA E HISTRIA DA BAHIA INTRODUO n Considerando
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DA BAHIA
INTRODUÇÃO n Considerando sua forma, dimensão territorial e ainda sua grande diversidade histórica e geográfica, o Estado da Bahia é um expressivo resumo de todo o Brasil. n A História do Brasil aqui começou em 1500, no Extremo sul da Bahia, e Salvador, fundada em 1549, foi sua primeira capital até 1763, expressando o relevante papel da Bahia no cenário nacional, o que continua até os dias atuais (âmbito político, sociocultural e econômico).
n A Bahia foi um dos berços da tradicional civilização do açúcar, do fumo, da mandioca, da pecuária, do algodão, da exploração mineral e do cacau, gerando, como conseqüência, uma diversificada e regionalizada atividade agromercantil.
n Atualmente, a Bahia se destaca no cenário nacional: Silvicultura (Extremo Sul e Nordeste da Bahia); 2. Indústria (RMS); 3. Agricultura (soja, no oeste e fruticultura no vale do rio São Francisco); 4. Turismo (Chapada Diamantina e litoral, sobretudo Salvador) 1.
A Bahia no mundo O Estado da Bahia com uma extensão de 564. 692, 7 km², é maior que muitos países do mundo: • França - 547 028 km² • Espanha – 504 030 km² • Paraguai – 406 750 km² • Japão – 377 873 km² • Alemanha – 357 050 km² • Itália – 301 230 km²
A Bahia no Brasil Posição privilegiada
A Bahia no Nordeste
Formações insulares da Bahia n Na Baía de Todos os Santos foram identificadas, segundo o CRA, 51 ilhas e as mais conhecidas são: Itaparica, Madre de Deus, Frades, Maré etc. n Ao sul da Baía de Todos os Santos: Tinharé, Boipeba e Grande de Camamu. n No extremo sul: Abrolhos.
HISTÓRIA DA BAHIA Da Colônia à República
Diogo Álvares Correia - Caramuru q Foi um náufrago português que passou a vida entre os índios do Brasil e facilitou seu contato com os primeiros administradores e missionários. Recebeu a alcunha Caramuru dos índios tupinambás. Considerado o fundador do município baiano de Cachoeira. q Caramuru foi o primeiro europeu a viver no Brasil, iniciando o longo processo de miscigenação que caracterizou a colonização portuguesa na América. q Viajando para São Vicente por volta de 1510, o fidalgo da Casa Real Diogo Álvares naufragou nas proximidades do rio Vermelho, na baía de Todos os Santos. Seus companheiros foram mortos pelos índios tupinambás, mas ele conseguiu sobreviver e passou a viver entre os índios, de quem recebeu a alcunha de Caramuru, que significa “moréia".
Capitanias hereditárias No território correspondente ao atual da Bahia, foram formadas cinco capitanias hereditárias entre 1534 e 1566, consevadas até a segunda metade do século XVIII. As quais foram a da Bahia, doada a Francisco Pereira Coutinho em 5 de abril de 1534; de Porto Seguro doada a Pero do Campo Coutinho em 27 de maio de 1534; de Ilhéus doada a Jorge de Figueiredo Corrêa em 26 de julho de 1534; das ilhas de Itaparica e Tamarandiva doada a D. Antonia de Athayde em 15 de março de 1598; do Paraguaçu ou do Recôncavo da Bahia doada a Álvaro da Costa em 29 de março de 1566.
Invasões holandesas Ingleses e holandeses atacaram a Bahia no século XVII. Durante o Governo de D. Diogo de Mendonça Furtado, Salvador foi invadida pelos holandeses que vencendo a resistência dos cidadãos que deixaram a cidade, dominaram Salvador de 1624 a 1625. Mas em 1º de maio de 1625, depois de vários conflitos, os holandeses estando cercados e isolados, com a ajuda de morgados como a Casa da Torre e dos espanhóis, a cidade foi retomada pelos portugueses.
Conjuração Baiana - 1798 Bandeira da Conjuração Baiana. As cores da bandeira do movimento (azul, branca e vermelha) são até hoje as cores da Bahia. Conjuração Baiana, também denominada como Revolta dos Alfaiates (uma vez que seus líderes exerciam este ofício), foi um movimento de caráter emancipacionista, ocorrido no ocaso do século XVIII, na então Capitania da Bahia, no Estado do Brasil. Diferentemente da Inconfidência Mineira (1789), se reveste de caráter popular.
Independência da Bahia A Independência da Bahia foi um movimento que iniciou-se ainda em 1821 e teve seu desfecho ao 2 de julho de 1823, motivado pelo sentimento federalista emancipador de seu povo, e que terminou pela inserção na formação da unidade nacional brasileira, durante a Guerra da independência do Brasil. JOANA ANGÉLICA ALEGORIA DO “CABOCLO”
Revolta dos Malês - 1835 q A chamada Revolta dos Malês (também conhecida como revolta dos escravos de Alá) registrou-se de 25 a 27 de Janeiro de 1835 na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, no Brasil. q Consistiu numa sublevação de caráter racial, de escravos africanos das etnias hauçá e nagô, de religião islâmica, organizados em torno de propostas radicais para libertação dos demais escravos africanos. O termo "malê" deriva do iorubá "imale", designando o muçulmano. q Foi rápida e duramente reprimida pelos poderes constituídos.
Sabinada Bandeira da Sabinada q Foi uma rebelião de elementos da camada média urbana de Salvador e que não contou com a participação da massa pobre e com o apoio da aristocracia latifundiária. q Os organizadores do movimento, entre os quais se destacou o médico Francisco Sabino da Rocha Viera (daí o nome Sabinada), acreditavam que somente a luta armada para derrotar o governo regencial possibilitaria a solução dos problemas econômicos do país. Sabinada (1837)
ABOLIÇÃO CARTA ORIGINAL DA LEI ÁUREA http: //www. internationalist. org/negro. html
OUTRAS LEIS. . . EUSÉBIO DE QUEIRÓZ. . . VENTRE LIVRE. . . SEXAGENÁRIOS. . . www. plenarinho. com. br
MOVIMENTO RURAL MESSI NICO – CANUDOS (1893 – 1897) BAHIA www. historianet. com. br “ Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a História, resistiu até o esgotamento completo. . . ” Trecho do Livro “Os Sertões” Euclides da Cunha
O conflito de Canudos mobilizou ao todo mais de dez mil soldados oriundos de dezessete Estados brasileiros, distribuídos em quatro expedições militares. Em 1897, na quarta incursão, os militares incendiaram o arraial, mataram a população e degolaram os prisioneiros. Calcula-se que morreram ao todo mais de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da povoação. A Guerra de Canudos deu origem a um dos clássicos da literatura brasileira, o livro Os sertões, de Euclides da Cunha, e inspirou o filme de longametragem , Canudos de Sérgio http: //www. klepsidra. net/klepsidra 3/e Rezende, entre outros filmes. uclides. html
MOVIMENTO RURAL - CANGAÇO O termo cangaço vem de canga (peso), devido ao peso da arma e equipamentos que os cangaceiros carregavam. Lampião até hoje é considerado o Rei do Cangaço. Virgulino Ferreira da Silva nasceu em 1897, na comarca de Vila Bela, região do Vale do Pajeú, Estado de Pernambuco. Dos 9 irmãos, Virgulino foi um dos poucos a se interessar pelas letras. Freqüentava as aulas dadas por mestres-escolas que se instalavam nas fazendas. No sertão castigado por secas prolongadas e marcado por desigualdades sociais, a figura do coronel representava o poder e a lei. Criava-se desta forma um quadro de injustiças que favorecia o banditismo social. Pequenos bandos armados, chamados cangaceiros, insurgiam-se contra o poder vigente e espalhavam violência na região. www. tvcultura. com. br
www. tvcultura. com. br No final do século XIX, a concentração da terra e as secas pioraram a situação dos pobres; muitos se organizaram em bandos para assaltar e conseguir alimentos. Outros grupos surgiram para combater desmandos ou injustiças de algum coronel ou ainda para resistir ao alistamento militar obrigatório, como ocorreu durante a Guerra do Paraguai. Nesse contexto se formaram bandos autônomos de cangaceiros, independentes dos proprietários rurais. Alguns coronéis tinham interesse em manter contato com esses bandos, para evitar ataques e, às vezes, por precisarem de algum "serviço".
"Se o Virgulino Ferreira, conhecido Lampião, muito fala que é bandido é o Imperador do Sertão". Poeta popular desconhecido www. guiapernambuco. com. br Após dezoito anos, a polícia finalmente consegue pegar o maior dos cangaceiros. Na madrugada do dia 28 de julho de 1938, a Volante do tenente João Bezerra, numa emboscada feita na Grota do Angico, mata Lampião, Maria Bonita e parte de seu bando.
Revolução de 1930 e modernização da Bahia n Nas eleições de 1930, a Bahia deu o candidato a vice-presidente da república na chapa oficial, o ex-governador Vital Soares, mas já em 1929 se conspirava no estado, durante a campanha da Aliança Liberal. Em passagem por Salvador, em abril de 1929, Juarez Távora deixara instruções sobre o movimento que rebentou em outubro do ano seguinte. É inconteste que a Bahia opôs resistência à revolução de 1930, daí ter havido uma espécie de ocupação militar nos dois primeiros anos da década.
Revolução de 1930 e modernização da Bahia n A partir da interventoria do tenente, depois capitão, Juracy Magalhães (1931 -1935), modificou-se a situação, de modo que sua eleição constitucional realmente correspondeu a um novo quadro político. Juraci Magalhães deu apoio e incentivo às lavouras do cacau e do fumo, à indústria e à pecuária, definindo algumas das perspectivas de planejamento que voltariam ampliadas nas décadas de 1950 e 1960. No entanto, em 10 de novembro de 1937 Getúlio Vargas implantou o Estado Novo. Rejeitando o golpe, Juraci Magalhães preferiu renunciar ao governo no mesmo dia e retornar ao quartel.
Revolução de 1930 e modernização da Bahia n Finda a segunda guerra mundial e voltando o Brasil às instituições políticas constitucionais, o Partido Social Democrático (PSD) e a União Democrática Nacional (UDN), coligados, elegeram como governador o liberal Otávio Mangabeira, ex-ministro do Exterior do governo Washington Luís. Mangabeira retomou a Bahia de onde a tinham deixado antes do Estado Novo e instaurou um programa de reformas. No entanto, a modernização só começa realmente a partir da década de 1950, quando o governo estadual impulsiona o planejamento econômico, e seus marcos foram a refinaria Landulfo Alves, a usina hidrelétrica de Paulo Afonso e a rodovia Rio-Bahia. De várias campanhas saíram aumentos dos royalties da Petrobrás e incentivos fiscais para a indústria.
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