FUNES DO EGO FUNES DO EGO E A

FUNÇÕES DO EGO

FUNÇÕES DO EGO E A DIN MICA ID/EGO/SUPEREGO Consciência Senso/Percepção Orientação Memória Atenção EGO Auto-observação Senso moral SUPEREGO Afeto Pensamento Inteligência Linguagem Vontade Formação de ideais ID Instintos Inconsciente Repressões

O CONCEITO CONTEMPOR NEO DE NORMALIDADE PSÍQUICA • “O verdadeiro sadio não é simplesmente alguém que se declare como tal, nem sobretudo um doente que se ignora, mas um sujeito que conserve em si tantas fixações conflituais como tantas outras pessoas, e que não tenha encontrado em seu caminho dificuldades internas ou externas superiores ao seu equipamento afetivo, hereditário ou adquirido, às suas faculdades pessoais defensivas ou adaptativas, e que se permita um jogo suficientemente flexível de suas necessidades pulsionais, de seu processo primário e secundário nos planos tanto pessoal, quanto sociais, tendo em justa-conta a realidade, e reservando-se o direito de comportar-se de modo aparentemente aberrante, em circunstâncias excepcionalmente “anormais”. Bergeret

• SAÚDE X NORMALIDADE: “A saúde é um estado estatisticamente raro, mas nem por isso anormal” (Ajuriaguerra) • “Não se encontra no adulto, qualquer estrutura dita “normal”. Toda a situação nova para o indivíduo recoloca em questão o seu equilíbrio psíquico” (Diatkine)

NÍVEIS DE ADAPTAÇÃO PAR METROS DE ADAPTAÇÃO A) Profissional: Alcançar a satisfação e o êxito mínimo necessário em qualquer profissão, podendo manter a si e a sua família, com o fruto de seu trabalho, nos níveis dignos de subsistência humana. B) Social: Estabelecer vínculos de relacionamento interpessoal, com confiança mútua, dentro e fora da família, praticar atividades de lazer, exercendo controle adequado das ansiedades decorrentes dessas relações. C) Sexual: Praticar a heterossexualidade de forma satisfatória (orgásmica), ou, no impedimento desta, canalizar sua libido para atividade socialmente aceita, administrando as tensões resultantes.

PONTOS DE VISTA DA ADAPTAÇÃO A) Psicológico: Conviver adequadamente consigo mesmo, adaptado nas áreas – profissional, social e sexual – sem necessitar atendimento psicoterapêutico. B) Clínico: Conviver adaptado nas três áreas, mediante tratamento psicoterapêutico. C) Legal: Não ter cometido crime previsto em lei (mesmo sendo psicótico).

CONCEITO DE CONFLITO “Dilema ao qual o indivíduo é impelido por forças mentais, mutuamente incompatíveis e irreconciliáveis, impulsos em disputa e necessidades de sua personalidade” (Kolb) “Conflito é o choque do Id com o Ego” (Freud) CONCEITO DE SINTOMA “Distorções do Ego por falha na função defensiva, tendo em vista o fracasso na luta contra o impulso indesejável, fazendo permanecer o conflito” (Kaplan) Existem dois tipos de sintomas (Fenichel): A) Sintomas Negativos: que inibem as funções do Ego; B) Sintomas Positivos: que provocam descargas de emergência

CONCEITO DE DEFESA “ Medidas de proteção adotadas pelo Ego (Princípio da Realidade) contra os impulsos provenientes do Id (Princípio do Prazer)”. (Anna Freud) UM MECANISMO DE DEFESA SEMPRE É: A) De origem inconsciente; B) Um modo de proteger o Ego do Id; C) Um modo de proteger o Ego contra as exigências do meio externo; D) Integrante dos padrões psíquicos de todo ser humano; E) Transformado em traço de caráter, na condição de ser usado a longo prazo e continuar aliviando a ansiedade proveniente da frustração;

CONCEITO DE DEFESA F) Chamado de “bem sucedido”, quando leva o indivíduo à adaptação; G) Chamado de “mal sucedido”, quando perpetua a angústia e desenvolve o sintoma.

FUNÇÕES DO EGO EXAME DO ESTADO MENTAL COGNIÇÃO AFETO ATENÇÃO HUMOR ORIENTAÇÃO EMOÇÕES PENSAMENTO SENSOPERCEPÇÃO JUÍZO E CRITICA ABSTRAÇÃO VOLIÇÃO (PRAGMATISMO) INSTINTO IMPULSO VONTADE (PROSPECÇÃO) AÇÃO

FUNÇÕES DO EGO: COGNIÇÃO Somente os organismos que apresentam o processamento cognitivo (baseado na capacidade de pensar) possuem uma mente. Mesmo os pensamentos relativos a palavras ou outros símbolos (como notas musicais) também se constituem em imagens representativas, uma vez que palavras, frases, textos e sons existem sob a forma de imagens na nossa mente. (Ana Beatriz B. Silva)

FUNÇÕES DO EGO: PENSAMENTO, JUÍZO, CRITICA, VONTADE, PROSPECÇÃO, AÇÃO A mente é constituída por um “banco de imagens” (representações) distribuídas por todo o cérebro. Um organismo só é detentor de uma mente quando possui a capacidade de gerar imagens internas e de as utilizar de maneira organizada para a formação dos pensamentos. Os pensamentos, por sua vez tem a capacidade de se unir na busca de um objetivo comum. Daí se obterá, então, um raciocínio que passará por um processo de seleção, cujo estado será uma tomada de decisão refletida em um comportamento (prospecção – ação). (Ana Beatriz B. Silva)

FUNÇÕES DO EGO: JUÍZO e CRITICA As ações individuais e sociais terão sempre como objetivo a sobrevivência, seja ela no plano literal (vida e morte), seja no metafórico (aspecto emocional). Sempre estamos buscando tomar decisões que possam ser benéficas a cada um de nós individualmente (prospecção). Para isso é necessário um imenso repertório de conhecimento sobre o mundo externo e sobre o que acontece em nosso mundo interno (nosso corpo e cérebro). Esses conhecimento vem do processamento organizado das imagens mentais. (Ana Beatriz B. Silva)

FUNÇÕES DO EGO: ATENÇÃO e MEMÓRIA O cérebro humano retém todo o seu conhecimento de forma fragmentada; as diversas partes que compõem o conhecimento encontram-se espacialmente distribuídas em várias áreas do cérebro. Assim para que a engrenagem do raciocínio e a tomada de ações funcionem a contento, é necessário que a atenção e a memória selecionem e armazenem informações para que o conhecimento adquirido na forma de imagens seja utilizado ao longo do tempo e possa auxiliar na previsão de fatos futuros e planejamento de ações a partir dessas suposições. (Ana Beatriz B. Silva)

FUNÇÕES DO EGO: HUMOR – EMOÇÕES Outro aspecto fundamental na tomada de decisões dos seres humanos e a participação das emoções e dos sentimentos nesse processo. As emoções despertam reações físicas em todo o corpo (taquicardia, reações viscerais, contração muscular, etc. ) que são transmitidas ao cérebro e levam à elaboração de imagens mentais na forma de sentimentos, Esses sentimentos elaborados no cérebro poderão despertar boas ou más lembranças que resultarão em ações específicas em cada ser humano frente a uma determinada situação. (Ana Beatriz B. Silva)

FUNÇÕES DO EGO: ID, EGO, SUPEREGO As emoções desencadeiam, assim, reações instintivas vindas do corpo e reações cognitivas no cérebro (Id, Ego, Superego), através do sentimento que nada mais é do que o pensamento em forma de imagem, iniciando o processo emocional. Assim deve ser considerada a enorme influencia que as emoções exercem sobre o comportamento humano. (Ana Beatriz B. Silva)

FUNÇÕES DO EGO EXAME DO ESTADO MENTAL COGNIÇÃO AFETO VOLIÇÃO (PRAGMATISMO) ATENÇÃO HUMOR INSTINTO IMPULSO EMOÇÕES VONTADE ORIENTAÇÃO PENSAMENTO SENSOPERCEPÇÃO JUÍZO E CRITICA ABSTRAÇÃO (PROSPECÇÃO) AÇÃO

ATENÇÃO CONCEITO: Reação consciente e seletiva pela qual o psiquismo examina o meio interno e externo. DIVISÃO QUANTO AO OBJETO: A) INTERNA: Examina o mundo interior; B) EXTERNA: Examina o mundo exterior; QUANTO À FORMA: A) CONCENTRADA: Foco de atenção dirigido a um ou poucos objetos; B) DIFUSA: Foco de atenção dirigido a muitos objetos;

QUANTO À ORIGEM: A) PASSIVA: Resposta imediata a um estímulo inesperado. Sem interesse ou vontade; B) ESPONT NEA: Foco de atenção determinado pelo interesse; C) ESFORÇADA: Esforço voluntário sobre determinado objeto de muito interesse; SINTOMAS A) HIPERPROSEXIA: Aumento exagerado da atenção difusa; B) HIPOPROSEXIA: Diminuição exagerada da atenção quantitativa; C) DISPROSEXIA: Diminuição exagerada da atenção qualitativa; D) APROSEXIA: Ausência da função atenção; E) PARAPROSEXIA: Aumento exagerado da atenção concentrada, também chamada a “atenção dos sábios”.

MEMÓRIA CONCEITO: Capacidade para fixar, conservar, evocar e reconhecer objetos ou situações anteriormente percebidos. DIVISÃO: Correspondem aos sentidos: visual, auditivo, gustativo, olfativo, tátil, cinestésico, cenestésico, álgico, térmico e equilíbrio. SINTOMAS QUANTITATIVOS: A) HIPERMNÉSIA: Aumento e clareza da memória; B) HIPOMNÉIA: Diminuição geral da memória; C) DISMNÉSIA: Diminuição da memória por falha na evocação;

D) AMNÉSIA: - ANTERÓGRADA: Esquece fatos recentes; - RETRÓGRADA: Esquece fatos antigos; - RETROANTERÓGRADA: Amnésia total; - LACUNAR: Esquece períodos; - DISMNÉSIA: Esquece trechos de um todo lembrado; SINTOMAS QUALITATIVOS: A) “DÈJA-VU”: Impressão de já ter vivenciado antes o que na realidade é percebido pela primeira vez; B) “JAMAIS-VU”: Sentir nunca ter vivenciado o que na realidade já o fez anteriormente; C) ECMNÉSIA: Recorda-se de uma etapa da vida, para a qual volta e vive de novo;

D) ILUSÃO DE MEMÓRIA: Substituição de uma representação mnêmica por outra fantástica; E) REMINISCÊNCIA: Uma lembrança real do passado, volta como algo novo e pessoal; F) ALUCINAÇÃO DE MEMÓRIA: Evocar lembranças de fatos que nunca ocorreram.

SENSO – PERCEPÇÃO CONCEITO: Capacidade do organismo vivo (homem), para perceber objetos ou situações, internas ou externas, por meio dos sentidos. DIVISÃO 6) TÉRMICO 1) VISÃO 7) ÁLGICO 2) AUDIÇÃO 8) CINESTÉSICO 3) OLFAÇÃO 4) GUSTAÇÃO 9) CENESTÉSICO 5) TATO 10) EQUILÍBRIO

SINTOMAS QUANTITATIVOS: A) HIPERESTESIA: Aumento do número e intensidade das percepções: hiperacusia, hiperosmia, hiperalgia, hipertactia, etc. B) HIPOESTESIA: Diminuição do número e intensidade das percepções: hipoacusia, hipoalgia, hipoatactia, hipocinestesia, etc. C) ANESTESIA: - AMAUROSE - ATACTIA - ATERMIA - ANACUSIA - ANALGESIA - AGEUSIA - Etc. - ANOSMIA

SINTOMAS QUALITATIVOS: A) ILUSÃO: Percepção distorcida de um objeto real. B) PSEUDO-ALUCINAÇÃO: “Representações intrapsíquicas que assumem a viveza das percepções reais, ou alucinatórias, não sendo aceitas pelo sujeito como percepções reais” (Jaspers) C) ALUCINAÇÃO: Percepção sem objeto. • Quanto à modalidade sensorial, a alucinação pode ser: - CINESTÉSICA; - AUDITIVA; - VISUAL (Liliputiense / - OLFATIVA; Microscópica; Extracampina; - GUSTATIVA; Autoscópica; Onírica; - TÁTIL; Cinematográfica); - CENESTÉSICA;

• Quanto ao conteúdo, a alucinação pode ser: - Elementar (sombras, cores); - Complexa (vozes dirigidas); • Quanto à ocasião, a alucinação pode ser: - Diurna; - Noturna; - Hipnagógica (adormecer); - Hipnopômpica (despertar);

CONSCIÊNCIA CONCEITO: Aglomerado de fenômenos psíquicos, elementares ou complexos, afetivos ou intelectuais, que se apresentam na unidade do tempo e que permitem o conhecimento do próprio eu e do mundo exterior. SINTOMAS 1) OBSCURECIMENTO DA CONSCIÊNCIA: A) OBNUBILAÇÃO: Perda da clareza mental, com recordações obscuras, associações escassas, processos psíquicos lentos e difíceis; B) CONFUSÃO: Grau acentuado da obnubilação, sendo difícil distinguir uma da outra;

C) ESTUPOR: Abolição das manifestações exteriores da atividade psíquica. Grau acentuado do obscurecimento da consciência (“Ante-sala do coma”); D) COMA: Abolição completa da consciência, havendo somente respostas reflexas. 2) ESTREITAMENTO DA CONSCIÊNCIA: “Ocorre nos estados crepusculares ou oníricos (histéricos, tóxicos, infecciosos, epilépticos), onde o indivíduo move-se em círculos, fora do padrão habitual. Realiza atos estranhos, sem perda da capacidade coerente”. (Jaspers)

ORIENTAÇÃO CONCEITO: Complexo de funções psicológicas, em virtude das quais, temos ciência, em cada momento da nossa vida, da situação real em que nos encontramos. DIVISÃO • ALO-PSÍQUICA: - No tempo: Hora, dia, estação, mês, ano, etc. - No lugar: Onde encontra-se; - Na situação: Porque encontra-se ali; • AUTO-PSÍQUICA: - No tempo: Data de nascimento, idade, etc. - No lugar: Onde trabalha, onde mora; - Na situação: Vida pessoal;

SINTOMAS A) DESORIENTAÇÃO AMNÉSICA: Incapacidade para recordar datas; B) DESORIENTAÇÃO CONFUSA: Consciência perturbada – de forma confusa; C) DESORIENTAÇÃO APÁTICA: Desinteresse do indivíduo pelo que o cerca; D) DESORIENTAÇÃO DELIRANTE OU PARANÓIDE: O indivíduo adapta o que ouve e vê aos seus delírios;

AFETO CONCEITO: Vida dos sentimentos de uma pessoa. MANIFESTAÇÕES DA AFETIVIDADE: • Humor: Afeto predominante; • Emoção: Estado afetivo de grande intensidade, de curta duração, brusco e comprometimento fisiológico; • Sentimento: Estado afetivo brando, de menor intensidade que a emoção, de longa duração, sem necessariamente envolver comprometimento fisiológico; • Paixão: Estado afetivo de grande intensidade, de longa duração, com tendência para romper com a realidade.

MANIFESTAÇÕES PRIMÁRIAS OU SIMPLES: - MEDO: Sentimento de apreensão e alarme; sensação de que algo vai ocorrer de nocivo; - CÓLERA: Sentimento de irritabilidade exacerbado, podendo chegar ao ataque e destruição; - AMOR: Sensação subjetiva de expansão e projeção ao mundo exterior. EMOÇÕES SECUNDÁRIAS OU COMPLEXAS: - Alegria, felicidade, otimismo, satisfação, coragem, harmonia, auto-confiança, paz, realização, pena, desgosto, vergonha, repugnância, frustração, inveja, onipotência, egoísmo, etc.

SINTOMAS DO AFETO: • DISSOCIAÇÃO IDEO-AFETIVA: O afeto não acompanha o pensamento que deveria corresponder; • LABILIDADE AFETIVA: Instabilidade – afeto hipermodulado, variando sem aparente motivo (Hipertimia); • RIGIDEZ AFETIVA: Congelamento afetivo – ausência de modulação afetiva (Esquizofrenia); • HIPOTIMIA: Diminuição do potencial afetivo; • TENACIDADE: Fixação patológica em determinados estados afetivos. (epiléticos); • INCONTINÊNCIA AFETIVA: Incapacidade para conter reações emocionais desencadeadas por pequenos estímulos. (oligofrenias e demências);

• AFETOS MANÍACOS: - EUFORIA: Invasão de felicidade; - JÚBILO: Felicidade intensa, com negação do contrário; - EXALTAÇÃO: Intenso júbilo, com reações de grandeza; • ÊXTASE: Sensação de renascimento e identificação com imensa força cósmica; • IRRITABILIDADE: Ira diante do mínimo evento que lhe causa desprazer; • DEPRESSÃO: Tristeza profunda, abatimento e desespero; • ANSIEDADE E/OU ANGÚSTIA: Tensão interior, com apreensão e temor, com grande sofrimento emocional; • TEMOR: Desconfiança de que algo mal vai ocorrer; • P NICO: Perda do controle dos impulsos afetivos; • AMBIVALÊNCIA: Sentimentos contraditórios em relação a um mesmo objeto;

PENSAMENTO CONCEITO: “Função mediante a qual as idéias são impulsionadas por uma tendência determinante, selecionando-se e orientando-se através de um propósito muito ou pouco consciente”. (Noyes) PARTES QUE COMPÕEM UM PENSAMENTO: A) PRODUÇÃO: A quantidade de idéias formadas; B) CURSO: O caminho, longo ou curto, pelo qual as idéias se orientam; C) CONTEÚDO: A seleção de idéias que formam o tema ou assunto pensado; A sintomatologia do pensamento ocorre distintamente na produção, no curso e no conteúdo.

SINTOMAS NA PRODUÇÃO DO PENSAMENTO: 1) PENSAMENTO MÁGICO: (também chamado de Sutístico ou Derreístico) Caracteriza-se por ser pré-lógico, regido pelo Princípio do Prazer, pleno de fantasias e afetividade; 2) PENSAMENTO LÓGICO: Caracteriza-se pela objetividade, regido pelo Princípio da Realidade, nenhuma fantasia e pouca afetividade; Obs: A sintomatologia revela-se pelo uso exagerado de um deles, em detrimento do outro. SINTOMAS NO CURSO DO PENSAMENTO: 1) FUGA DE IDÉIA: Aumento das associações de idéias, com digressões entre elas, sem completar o juízo; 2) INIBIÇÃO: As idéias fluem em sucessão muito lenta;

3) PROLIXIDADE: Minuciosidade excessiva do pensamento, caracterizando o discurso por incisos e ressonâncias supérfluas, para poder finalmente completar o juízo e o raciocínio; 4) BLOQUEIO: Interceptação ou privação do pensamento por parada na produção de idéias. Pode ser momentâneo ou permanente; 5) DESAGREGAÇÃO: Destruição da ordem e do curso natural do pensamento. As idéias não estão associadas entre si, perdendo-se o nexo do discurso; 6) NEOLOGISMO: É o emprego de palavras conhecidas com um sentido particular ou a invenção de palavras totalmente inexistentes. - Neologismo passivo: uso de palavras já existentes; - Neologismo ativo: criação de novas palavras.

7) VAGUEIDADE: Discurso inconsistente pelo uso exagerado de generalizações, tocando no assunto de forma impessoal; 8) RETICÊNCIA: Hesitação para abordar determinados tópicos, enchendo o discurso de subentendidos e suspensões intencionais; 9) VERBIGERAÇÃO: Repetição das mesmas palavras ou frases em períodos de tempo mais ou menos prolongado; 10) DIGRESSÃO: Perda da finalidade lógica, pois a idéia diretriz carece de capacidade para manter e condicionar o curso do pensamento;

SINTOMAS DO CONTEÚDO DO PENSAMENTO: A) INCLINAÇÃO: Propensão do pensamento em se concentrar em determinado tópico; B) IDÉIA SUPERVALORIZADA: Uma tonalidade afetiva extrema sempre vem associada à idéia expressada; C) DELÍRIO: É uma idéia ou um conjunto de idéias “erradas”, aceitas pelo juízo de realidade; Divisão dos delírios: • QUANTO À ESTRUTURA: - SISTEMATIZADOS: História aparentemente verossímil; - NÃO SISTEMATIZADOS: Sem conexão precisa; • QUANTO AO TEMPO: - AGUDO: No máximo 30 dias; - CRÔNICO: Mais de 30 dias; estáveis ou não;

(cont. divisão dos delírios) • QUANTO AO CONTEÚDO: - SENSORIAIS: Formam-se a partir de falsas percepções - IMAGINATIVOS: Formam-se a partir de fatos reais; • QUANTO AO TIPO: - De referência; - De prejuízo; - De perseguição; - De influência; - De grandeza; - De ciúme; - De descendência; - De auto acusação; - De negação; - Litigante ou querelante; - Transformação cósmica; - De invenção; - Erótico; - Ruína ou melancólico; - Místico; - Reformador; - Cenestésico; - Obsessões e fobias;

INTELIGÊNCIA CONCEITO: Capacidade para criar, resolver problemas complexos e adaptar-se a novas situações. DIVISÃO: - INTELIGÊNCIA VERBAL; -INTELIGÊNCIA ABSTRATA (LÓGICA); -INTELIGÊNCIA MEC NICA (CONCRETA); -INTELIGÊNCIA ESPACIAL; -INTELIGÊNCIA NUMÉRICA; -INTELIGÊNCIA MNEMÔNICA;

SINTOMAS DEFICIÊNCIA MENTAL: “Significativa inferioridade do funcionamento intelectual (QI menor que 70), com o comprometimento concomitante nas habilidades sociais, responsabilidades, comunicação, habilidades diárias de vida, independência pessoal e autosuficiência. ”

LINGUAGEM CONCEITO: Conjunto de sinais convencionais que o homem utiliza para expressar seus pensamentos e sentimentos. DIVISÃO: • LINGUAGEM NATURAL OU PRIMITIVA: Espontânea, sem convenções (Ex: choro, grito de raiva); • LINGUAGEM ARTIFICIAL OU CONVENCIONAL: Ex: idioma falado, escrito; mímica, Braille, código Morse, etc.

SINTOMAS POR PERTURBAÇÃO AFETIVA: • LOGORRÉIA OU TAQUILALIA: Aceleração na emissão das palavras por associação; • ECOLALIA: Repetição da última palavra ou som do interlocutor; • ESTEREOTIPIA VERBAL: Repetição automática de palavra, sílaba ou som; • DESAGREGAÇÃO OU MUSSITAÇÃO: Murmúrio ininteligível; • ESPASMOFEMIA: Tartamudez ou gaguez; • BLOQUEIO: Palavra na emissão de palavras;

(cont. sintomas) POR DISTÚRBIO ORG NICO: • DISARTRIA: Tropeço ou engrolar silábico; • DISLALIA: Impossibilidade para pronunciar determinadas letras, especialmente consoantes; • DISFASIA: Debilidade ou perda da formação da associação verbal, por diminuição da capacidade mental, em conseqüência de enfermidades, choques, etc; • DISFONIA: Desordem na emissão da palavras, por perturbação do aparelho fonador.

PRAGMATISMO • É a capacidade de colocar em pratica, de realizar de forma eficaz, aquilo que se deseja ou que foi planejado. • De certa forma, o pragmatismo serve como uma medida do grau de eficácia das funções psíquicas em seu conjunto. • O exame do pragmatismo implica, em primeiro lugar, identificar os interesses e objetivos do paciente, e, em segundo lugar, avaliar a adequação do comportamento quanto à realização de tais objetivos. • Todos os transtornos mentais levam a um certo grau de hipopragmatismo, uns mais, outros menos. O maníaco, apesar de hiperbúlico, está hipopragmático: seus objetivos mudam constantemente e ele não consegue terminar nada que inicia. (Elie Cheniaux Jr. )

VONTADE Conação: conjunto de atividades psíquicas direcionadas para a ação. Incluem-se entre as funções conativas os “impulsos” e a “vontade”. Impulsos – também chamado estado motivacional ou pulsão. Um impulso representa um estado interno, uma vivência afetiva, que induz o individuo a atuar no sentido de satisfazer uma necessidade, basicamente uma necessidade corporal (num todo). Impulso, inclinação, tendência. . . Os impulsos não devem ser confundidos com instintos. Instintos: consistem não em vivências afetivas, mas em comportamentos complexos, estereotipados e inatos, compartilhados pelos animais de uma mesma espécie, e que servem a conservação da vida e à perpetuação da espécie (modernamente chamado de “impulsos motivacionais intrínsecos e básicos”)

VONTADE Constitui um processo psíquico de escolha de uma entre várias possibilidades de ação, uma atividade consciente de direcionamento da ação. Trata-se de uma elaboração cognitiva realizada a partir dos impulsos, sendo influenciada por fatores intelectivos e socioculturais. O PROCESSO VOLITIVO Divide-se em quatro etapas: 1. Intenção ou propósito; 2. Deliberação; 3. Decisão; 4. Execução. (Elie Cheniaux Jr. )

1. 2. 3. 4. O PROCESSO VOLITIVO Fase de intenção ou propósito: é representada por uma tendência a ação e está intimamente relacionada aos impulsos. Fase de deliberação: consiste numa ponderação consciente a respeito das alternativas de ação, sendo analisados os aspectos positivos e negativos, assim como as possíveis implicações de cada um. Fase de decisão: representa a opção por uma dessas alternativas de ação (princípio do livre arbítrio). Fase de execução: refere-se a atividade psicomotora, expressa o comportamento, a conduta.