FRICA SERTANEJA MEMRIA AFRICANA NA CULTURA NORDESTINA 118

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ÁFRICA SERTANEJA: MEMÓRIA AFRICANA NA CULTURA NORDESTINA - 118 18ª. FEIRA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS

ÁFRICA SERTANEJA: MEMÓRIA AFRICANA NA CULTURA NORDESTINA - 118 18ª. FEIRA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS E ENGENHARIA - FEBRACE CATEGORIA: CIÊNCIAS HUMANAS SUB CATEGORIA : 603 ANTROPOLOGIA Autor(1) Sirléia Santos; Autor(2) Graziela Santos; Orientador: Janildes Almeida Chagas Colégio Estadual Grandes Mestres Brasileiros. cematina@gmail. com; janildes@yahoo. com. br O presente trabalho tem por tema: AFRICA SERTANEJA: MEMÓRIA AFRICANA NA CULTURA NORDESTINA. A busca por essa África sertaneja norteou essa pesquisa, que procurou responder a questões relacionadas a Dança do Quebra Panela que é realizada por anos nas comunidades de maioria negra da zona rural da cidade Matina, semiárido baiano. Durante a atual estudo e diante da falta de registros documentais sobre o assunto, acreditamos que se prestássemos atenção nos discursos, nas expressões, nas representações, nos comportamentos e também nos silêncios às questões que fazíamos as pessoas, conseguiríamos ampliar o nosso olhar diante desses testemunhos e dos espaços que os envolviam. A partir de um depoimento colhido de um estudante da UNILAB, proveniente de Guiné Bissau, chegou-se ao que se seria a possível raiz da dança, um ritual da etnia Balanta. Partindo dessa informação, um caminho foi traçado através do mapeamento de comunidades quilombolas de municípios vizinhos que poderiam provar a hipótese da migração de seus habitantes para Matina ou mesmo a sua presença na cidade sem a formação de uma comunidade, essa tese foi ratificada através de depoimentos de moradores que afirmaram que seus pais vieram da comunidade quilombola do Agreste na cidade de Riacho de Santana. A linha traçada pela pesquisa mostrou a raiz africana da dança e a presença real da memória africana no Sertão nordestino, na cidade de Matina. A descoberta da provável origem da Dança do Quebra Panela levou a continuação dessa pesquisa. Pretendeu-se, portanto, através dela documentar de forma mais profunda a Dança do Quebra Panela e a contribuição africana para a formação cultural da cidade de Matina, situada no sudoeste baiano. A pesquisa foi iniciada no ano de 2017, quando um vídeo do casamento que mostrava a Dança do Quebra Panela foi trazido a uma das salas de aula do Colegio Estadual Grandes Mestres Brasileiros, situado na cidade de Matina, muitos alunos não conheciam essa tradição que acontece na zona rural, a partir dessa observação, buscou-se documentar a dança através dos registros orais dos participantes, sendo essa a primeira etapa desenvolvida. Na segunda etapa a partir de 2019, buscou-se as raízes da dança e como ela poderia ter chegado à cidade. As entrevistas com a líder e os componentes do grupo de dança foram refeitas para obter algum dado novo que levasse a chegada ou origem da dança na região. Partiu-se então, para o levantamento bibliográfico da possível presença de africanos escravizados ou mesmo quilombolas em Matina, após as pesquisas com moradores da cidade, chegou-se as Comunidades do Pinchico, Quixaba, Espírito Santo, Caiçara e Jurema áreas essencialmente povoadas por negros e que preservam bastante a tradição da dança. Artigos relacionados ao tráfico de escravos e escravidão no Alto Sertão foram lidos e tidos como base para a formulação de algumas hipóteses levantadas durante a investigação. Figura 1 - (Retirada de Internet e modificada pelas pesquisadoras. Mapeamento das comunidades quilombolas que cercam Matina) O novo caminho construído pela pesquisa, que foi o de buscar a origem da Dança do Quebra Panela na nossa cidade, trouxe uma perspectiva mais profunda sobre as contribuições históricas de diferentes povos que formam a nossa nação e com mais particularidade a nossa região. A pesquisa deverá se estender na busca por registros documentais do povo balanta em Guiné Bissau para solidificar ainda mais o relato oral que chegou até nós e por pesquisas nos registros do cartório em Riacho de Santana que elucidem a presença de africanos escravizados ou quilombolas na cidade de Matina