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África O Velho Mundo

O continente africano está quase todo circundado por mares e oceanos. O Canal de Suez separa a África da Ásia Cabo da Boa Esperança Estreito de Gibraltar

Na África predomina o relevo de planaltos muito antigos, que já estão bastante aplainados. Na porção oriental aparecem muitas falhas de origem tectônica, chamadas de RIFT VALLEY, originando grandes lagos, como o Vitória e o Tanganica. O ponto culminante do continente é o Monte Kilimanjaro (maior) e o Monte Quênia. As duas cadeias montanhosas são a Cadeia do Atlas (no noroeste) e a Cadeia do Cabo (na África do Sul). O relevo favorece a geração de energia elétrica por causa dos rios de planaltos e há dificuldade de navegação.

Na maior parte do território africano predomina o clima TROPICAL. Na parte norte aparece o clima desértico, onde está o deserto do Saara (África Setentrional = norte) e no sul o deserto de Kalahari e da Namíbia. Entre o deserto do Saara e o clima Equatorial surge o SAHEL, área de transição entre as áreas secas e úmidas da África. A vegetação predominante são as SAVANAS, que se caracterizam por apresentar vegetação rala, com árvores e arbustos espaçados. A devastação da vegetação, atualmente, está sendo feita pelas grandes empresas estrangeiras que retiram madeiras nobres e exportam ilegalmente e, para a utilização de lenha pela população pobre.

SAVANA SAARA Tuaregues FLORESTA EQUATORIAL Pigmeus MONTE KILIMANJARO

Oásis Represa de Asuã, Egito. Bacia do rio Nilo: um rio perene e transnacional

As fronteiras políticas dos países africanos são heranças de um passado de dominação colonial executado pelas sociedades europeias (NEOCOLONIALISMO). Partilha da África Fronteiras Artificiais

especiarias

A descolonização da África Os países europeus saíram enfraquecidos da Segunda Guerra Mundial, sem condições de manter seus impérios coloniais nem de conter militarmente os movimentos pela independência nas colônias. Entre outros fatores que facilitaram a descolonização estava a opinião pública internacional, que passou a apoiar a autodeterminação dos povos, e os Estados Unidos e a União Soviética, as superpotências rivais do pós-guerra, que apoiavam os processos de autonomia das colônias, na expectativa de que os novos países passassem às suas esferas de influência.

NEOCOLONIALISMO Na década de 1960 a maioria dos países africanos já era independente. No entanto, o modelo agrário-exportador colonial manteve coexistindo à coleta, ao extrativismo e à agricultura de subsistência, sem que houvesse investimento na infraestrutura e na modernização desses países. As novas nações nasciam pobres e dependentes de suas antigas colônias, importando praticamente tudo de que necessitavam. A mão de obra sem especialização era, em grande parte, analfabeta e sobrevivia em condições de vida precárias, totalmente dependente das antigas metrópoles.

Savanas Florestas Tropicais e o Monte Kilimanjaro

Denomina-se África Subsaariana a região que contêm os países africanos situados ao sul do deserto do Saara. Desde o século XIX, este território começou a ser conhecido com a expressão África Negra pelos ocidentais, descrevendo uma região habitada por indivíduos da raça negra que não havia sido descoberta ainda, nem colonizada pelos europeus. Este termo caiu em desuso e foi catalogado como pejorativo. Esta região do globo é tida como o berço da humanidade. Desde o fim da era do gelo, o norte e a região subsaariana encontraram no deserto do Saara uma fronteira natural e quase intransponível, salvo pequenos atalhos como o rio Nilo. O termo subsaariano encontra um sinônimo em África tropical e grande diversidade ecológica, ainda que a parte austral tenha um clima totalmente diverso. A África Subsaariana é considerada por muitos como a região mais pobre do planeta, nesta parte da África estão localizados os países (33 dos mais pobres que existem) com grandes problemas estruturais sofrendo os graves legados do colonialismo, do neocolonialismo, dos conflitos étnicos e da instabilidade política. A expectativa de vida não ultrapassa os 47 anos, o índice de alfabetização de adultos atinge 63%, e o nível de escolaridade chega a 44%.

O enorme crescimento populacional, durante a década de 1990, acarretou o aumento de pessoas vivendo em condições extremas de pobreza. Mais da metade da população Subsaariana, uns 300 milhões de pessoas, sobrevive com menos de um dólar por dia. Milhões destas pessoas vivem na mais absoluta pobreza, privados de água potável, moradias dignas, alimentos, educação e acesso à educação. A falta de água gera problemas devastadores para a região, além disso, a situação se agrava devido aos períodos de seca e pela desastrosa gestão dos recursos hídricos. Tudo isso causa fome e doenças, provocando o êxodo de muitos nativos. A África Subsaariana é a região mais afetada pelo HIV, nos últimos anos, numa faixa de terra que vai desde a África Ocidental até o Oceano Índico. Hoje existem mais de 35 milhões de órfãos na África Subsaariana. Calcula-se que, destes, aproximadamente 11 milhões são órfãos pelo fato de seus pais terem morrido em decorrência de doenças causadas pelo vírus HIV.

Quilimanjaro

Egito África do Sul FIM!!