FORMAO ECONMICA E SOCIAL DO BRASIL II REC
FORMAÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL DO BRASIL II (REC 2402) Amaury Patrick Gremaud 2º semestre 2017
AULA 06: DA POLITICA DE VALORIZAÇÃO CAMBIAL À VALORIZAÇÃO DO CAFÉ E A CAIXA DE CONVERSÃO Murtinho, Leopoldo de Bulhões e David Campista
Política Econômica na República Velha (1989 – 1930) Regime Cambial Cambio fixo Cambio flexível e e 1889 e e 1906 1898 Ativa e 1914/18 1912 Ms Ms Cambio flexível Ms Passiva e 1927 1924 Ms Cambio fixo Ms Ativa 1930 1928 Ms Ms Ms Passiva Política Monetária A GREMAUD 3
1891 - DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL Causas: debate na historiografia: Ø Problema é interno # Expansão monetária e déficit público se refletem no cambio Ø Problema é externo # fuga de capital em função da crise na Argentina v G. Franco - visão externa da política interna 4
OS GOVERNOS SEGUINTES: Tentativa de reverter descontrole e preocupação com “contaminação” dos bancos emissores Reversão da pluralidade Diminuição dos excessos Crise cambial não totalmente afastada com desvalorização pois: importações não reagiram em função do efeito renda crédito, governo, café 94/95: queda dos Preços de café sem expansão das vendas A GREMAUD 5
AS OSCILAÇÕES DE PREÇOS NA ECONOMIA CAFEEIRA (1) 6
Sátira de Campos Salles com sacos de dinheiro aos banqueiros ingleses O FUNDING LOAN DE 1898 E A GESTÃO
O FUNDING LOAN DE 1898 - situação insustentável - acordo com os credores: Funding Loan consolidação da dívida externa - novas condições rolagem dos desembolsos: juros (3 anos), principal (13 anos) condicionalidades: alfândega do RJ e reversão da política econômica A GREMAUD 8
MURTINHO E A REAÇÃO CONSERVADORA Murtinho - metalista - também gestão polêmica aclamado por historiadores monetários - equilíbrio fiscal/monetário criticado por historiadores da indústria recessão/falências Política monetária/fiscal ortodoxa Queima de papel moeda Elevação de impostos pressões externas - acordo com credores pressões internas - contra desvalorização/inflação A GREMAUD 9
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CONSEQUÊNCIAS DA GESTÃO MURTINHO v medidas de Murtinho críticas: § falta de liquidez e aumento de juros ü Recessão ü 1900: crise bancária e falências seleção natural § Valorização cambial - debate novamente ü interno: enxugamento monetário ü externo: entrada de capital e balança comercial café: problemas com valorização cambial e queda de preços A GREMAUD 12
q. Sucessão: Rodrigues Alves (Presidente) e Leopoldo de Bulhões (Fazenda) Ø Continuidade politicas ortodoxas, mas com algum alivio na politica fiscal, aumentando especialmente os investimentos Projetos de urbanização e saneamento do Rio de Janeiro (Reforma Pereira Passos) Revolta da Vacina Ü Sequencia Campos Salles – Rodrigues Alves Ø Final do período pressão para Politica de valorização do café § Implementação na pratica com Afonso Pena
CAFÉ: A TENDÊNCIA À SUPERPRODUÇÃO (I) Dinâmica do Sistema: Sistema Demanda Mundial Preços Receita de X Considerando que: a) Não existem oportunidades de I b) Existe abundância de terras c) Existe abundância de mão de obra Salário cte Lucros significam crescimento extensivo da produção (Não existe incentivo a produtividade física) A. GREMAUD - ECONOMIA BRASILEIRA 2 14
CAFÉ: A TENDÊNCIA À SUPERPRODUÇÃO (II) Expectativa seria: seria oferta Porém: Preços Receita Produção Ø Normalmente queda das receitas significam, problemas no BP que podem ser corrigidos com desvalorização cambial Desvalorização cambial significa: * manutenção em moeda nacional da receita do exportador * manutenção do nível de emprego e de produção * socialização das perdas por meio da inflação * Delfim Netto: “esconde” sinal do mercado – não reversão dos investimentos e da produção A. GREMAUD - ECONOMIA BRASILEIRA 2 15
Ycafé, I Receitas e investimentos positivos Perdas na cafeicultura Preço do café (em libras) cambio valorização desvalorização 1889 1895 valorização 1898 CAFÉ, CAMBIO E PRODUÇÃO
AS DIFICULDADES DA CAFEICULTURA Þ até 1894 preços em ascensão, combinados com desvalorização cambial desde 1891; Þ depois queda de preços atenuada por desvalorização cambial Þperspectiva de manutenção dos investimentos e aumento de oferta (apesar de proibições) ÞSéculo XX: valorização e entrada das safras fruto dos investimentos anteriores Þ 1905: perspectiva supersafra e queda de preços Algo deve ser feito
O 1º PLANO DE VALORIZAÇÃO DO CAFÉ Ø Início século XX – primeiras intervenções: 1901: Taxação sobre novas plantações – percepção de desequilíbrio clara Vários debates sobre o que fazer Ø 1905/06 – Convênio de Taubaté – 1º Plano de Valorização do Café (fim do mercado livre de café) Ä Governo retira oferta do mercado (estoca) a fim de sustentar os preços - recolocação dos estoques em momento posterior (de queda de oferta) diminuição de volatilidade, diminuição dos riscos A. GREMAUD - ECONOMIA BRASILEIRA 1 19
Parte III Capítulo 12 GREMAUD, VASCONCELLOS E TONETO JR. 20
VALORIZAÇÃO DO CAFÉ: PRESSUPOSTOS Øcontrole sobre a oferta no mercado üBrasil maior produtor mundial ØInelasticidade da demanda (aumento de receita) ü testes parecem confirmar (problema levantado depois) ØReversão da oferta - desequilíbrio temporário üproblema a longo prazo (1º PVC controle)
O 1º PLANO DE VALORIZAÇÃO DO CAFÉ : IMPLEMENTAÇÃO Dificuldade para implementação Credores estrangeiros e governo federal resistem São Paulo assume inicialmente Como financiar a estocagem ? Fempréstimos externos: impostos sobre exportação pagam juros e venda o principal Tentativas significativas de controle da oferta ØImpostos sobre novos plantios FEstocagem de alguns tipos de café ØPlano dá certo ? curto prazo O. K. : preço estabiliza e sobe; venda dos estoques (antes IGM), dívida paga, controle da oferta ganho/controle dos importadores ? Longo prazo ? A. GREMAUD - ECONOMIA BRASILEIRA 1 22
POLITICAS DE VALORIZAÇÃO (DEFESA) DO CAFÉ Primeira Republica Defesa esporádic a 3 intervenções • 1906 • 1917 • 1921 Só na primeira algum controle de expansão da oferta Defesa esporádica permanente Realizado pelo Instituto de Defesa do Café de São Paulo a partir de 1924 Defesa sob Vargas (Re)nacionalizaç ão da defesa Uso das quotas de sacrifício (queima) Forte ampliação da produção (com algumas (pouco) períodos de quebra de safra associados a problemas naturais, cresce concorrência internacional
CAIXA DE CONVERSÃO (1906) Qual provável efeito da 1º PVC sobre a taxa de câmbio? Fvalorização cambial Necessário atrelar 1º PVC à Caixa de Conversão mudança de regime cambial: câmbio fixo com política monetária passiva (emissões lastreadas) Caixa de Conversão = Padrão Ouro, Currency Board evita valorização cambial
Política Econômica na República Velha (1989 – 1930) Regime Cambial Cambio fixo Cambio flexível e e 1889 e e 1906 1898 Ativa e 1914/18 1912 Ms Ms Cambio flexível Ms Passiva e 1927 1924 Ms Cambio fixo Ms Ativa 1930 1928 Ms Ms Ms Passiva Política Monetária A GREMAUD 26
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