Formalismos de Representao de Conhecimento Prof Fred Freitas

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Formalismos de Representação de Conhecimento Prof. Fred Freitas Centro de Informática - CIn Universidade

Formalismos de Representação de Conhecimento Prof. Fred Freitas Centro de Informática - CIn Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Roteiro • • Controvérsia declarativo-procedural Formalismos orientados à resolução de problemas Formalismos orientados a

Roteiro • • Controvérsia declarativo-procedural Formalismos orientados à resolução de problemas Formalismos orientados a domínios Redes semânticas Frames (Molduras) Lógica de descrições Analise de SBCs

Controvérsia Declarativo. Procedimental • Abordagem procedimental – Descreve o funcionamento de processos passo-a-passo –

Controvérsia Declarativo. Procedimental • Abordagem procedimental – Descreve o funcionamento de processos passo-a-passo – Código compilado, mais rápido, simples, controlável e popular – Metáfora do “como” • Abordagem declarativa – Descreve um domínio com suas entidades e características, através de “fatos” declarativos que não estão dentro dos programas – Motores de inferência deduzem novos fatos a partir dos existentes – Metáfora do “o quê”

Sistemas Baseados em Conhecimento • Criar sistemas diretamente a partir do conhecimento • Separação

Sistemas Baseados em Conhecimento • Criar sistemas diretamente a partir do conhecimento • Separação entre o conhecimento e o processo dedutivo ou inferência • Conhecimento sobre o domínio e sobre processos são dados (fatos), que podem ficar fora do programa • A concepção passa por 3 especificações consecutivas: – O nível de conhecimento ou epistemológico – O nível de implementação

Formalismos de Representação de Conhecimento • Prover teorias - fundamentadas em lógica matemática -

Formalismos de Representação de Conhecimento • Prover teorias - fundamentadas em lógica matemática - e sistemas para expressar e manipular conhecimento declarativo de forma tratável e eficiente computacionalmente • Um formalismo deve prover: – Acesso aos fatos (conhecimento) – Mecanismo de inferência (ou estratégia de resolução) – Estratégias de controle e escalonamento da inferência

Tipos de formalismos em relação ao foco • Formalismos orientados à resolução de problemas:

Tipos de formalismos em relação ao foco • Formalismos orientados à resolução de problemas: regras de produção e programação em lógica – Pioneiros – Foco no processo, funcionamento • Formalismos orientados a domínios: frames, redes semânticas, lógica de descrições – Classes, relações e restrições – Facilitam a estruturação de conhecimento sobre um domínio de aplicação

Formalismos orientados a domínios

Formalismos orientados a domínios

Redes Semânticas • Proposta por Quillian [68] a partir da modelagem da memória semântica

Redes Semânticas • Proposta por Quillian [68] a partir da modelagem da memória semântica humana • Nós (objetos) conectados por arcos (relações binárias) • Arcos típicos: é-um (is-a), é-parte • Muito utilizadas em Processamento de Linguagem Natural – Ontologias linguísticas (Ex: Word. Net)

Redes Semânticas X: pessoa ( nome => id ( primeiro => string, último =>

Redes Semânticas X: pessoa ( nome => id ( primeiro => string, último => Y: string ), Cônjuge => pessoa ( nome => id ( último => Y), Cônjuge => X))

Correspondência com a LPO • Uma rede semântica pode ser mapeada em uma representação

Correspondência com a LPO • Uma rede semântica pode ser mapeada em uma representação na LPO (Lógica da Primeira Ordem): nós retas termos relações • Não é definido um conjunto específico de relações. As relações mais usadas: • is-a (é-um) Permite agrupar objetos na mesma classe (Instanciação) • ako (a-kind-of: tipo-de) Refinamento de um conceito em um mais específico (Sub-classe) • part-of (parte-de) (relação de: pertence a. . . )

Inferência sobre Redes Semânticas • Busca e casamento de padrões • Pode ser a

Inferência sobre Redes Semânticas • Busca e casamento de padrões • Pode ser a partir de um nó ou arco, para frente e/ou para trás através dos links • Usos: – Explicações – Inferência sobre subsunção (herança) – Consultar toda a informação possível sobre um nó ou arco –. . .

Exemplo de ontologias em redes semânticas faz Animal Ako Pássaro Comer Ako Mamífero tem

Exemplo de ontologias em redes semânticas faz Animal Ako Pássaro Comer Ako Mamífero tem Pêlos Ako Cão Is-a Fido (instanciação)

Busca como Ferramenta Explicativa • Para provar a declaração “Cães comem” – pode-se supor

Busca como Ferramenta Explicativa • Para provar a declaração “Cães comem” – pode-se supor que cães comem, e usar busca sobre a rede para provar a hipótese. • Buscando a partir do nó “Cão”, temos: – “Cão é-um mamífero” – “Mamífero é-um animal” – “Animal faz comer” – Isto é uma prova para “Cães comem”

Explorar exaustivamente um tópico • Para derivar todo o conhecimento sobre “cães”, usa -se

Explorar exaustivamente um tópico • Para derivar todo o conhecimento sobre “cães”, usa -se Busca em Largura a partir do nó “Cão” – “Cães são Mamíferos” – “Cães têm Pêlos” – “Cães são Animais” – “Cães Comem”

Relacionando tópicos • Para verificar se “Cães” e “Pássaros” estão relacionados, pode-se executar, a

Relacionando tópicos • Para verificar se “Cães” e “Pássaros” estão relacionados, pode-se executar, a partir de ambos os nós, uma Busca em Largura. • A interseção entre os nós visitados nos dá uma pista sobre o relacionamento entre os nós iniciais. • Isto é chamado ativação distribuída ou interseção de busca.

Problemas de redes semânticas • • Muitos nós para representar pouca coisa Muita repetição

Problemas de redes semânticas • • Muitos nós para representar pouca coisa Muita repetição de nós Não há distinção entre classes e objetos Não podemos falar sobre as relações – Dizer por exemplo que é de 1: 1 ou 1: n – A não ser reificando-as. . . • . . .

Frames (Quadros) • Base: modelos mentais de psicologia cognitiva usados na resolução de problemas

Frames (Quadros) • Base: modelos mentais de psicologia cognitiva usados na resolução de problemas [Bartlett 32] – Esquemas: estruturas de conhecimento (estereótipos) armazenadas na memória duradoura, baseadas em experiências passadas, a serem adaptadas • Proposta por M. Minsky [75] • Precursores declarativos dos objetos procedimentais

Animais Frames o nt u nj o bc u S Vivo: Voa: V F

Animais Frames o nt u nj o bc u S Vivo: Voa: V F Pássaros Pernas: Voa: Pernas: 4 Subconjunto Gatos Subconjunto Humanos Pernas: Membro Amarelo Piu-piu Nome: Piu-piu Amigo: Frajola Nome: Frajola Amigo: 2 Membro Canários Cor: [Figueira 98] Mamíferos 2 V Subconjunto Su bc on ju nt o Fred Nome: Fred

Expressividade dos Frames • Classes – Herança múltipla – Instâncias • Atributos (slots) –

Expressividade dos Frames • Classes – Herança múltipla – Instâncias • Atributos (slots) – Slots podem ser instâncias de outras classes (relações) – Slots inversos: • Ex: Slot Orientados da classe Professor é inverso do slot Orientador da classe Aluno • Ao preencher um o outro é preenchido automaticamente • Facetas – Restrições sobre os slots • Inferência por meio de herança e restrições

Definindo classes e instâncias (defclass City "Cities are part of countries or states. "

Definindo classes e instâncias (defclass City "Cities are part of countries or states. " (is-a Location) (multislot is-Part-Of (type INSTANCE) (allowed-classes Country State) (inverse-slot has-Parts) (cardinality 1 ? VARIABLE)) (single-slot name (type STRING) (cardinality 1 1))) ([Locations_00427] of City (is-Part-Of [WA]) (name "Washington"))

Facetas mais comuns em sistemas de Frames • São elas que diferenciam os frames

Facetas mais comuns em sistemas de Frames • São elas que diferenciam os frames de redes semânticas! • Valor default • Valores permitidos (allowed-values) • Domínio – Ex: 1. . 100 • Cardinalidade máxima e mínima • Tipo: inteiro, string, booleano, float, símbolo, instância • Classes permitidas (allowed-classes): válida apenas para slots do tipo instância

Frames x Objetos procedimentais [Farquhar 97] • Semelhança apenas aparente • Frames modelam aspectos

Frames x Objetos procedimentais [Farquhar 97] • Semelhança apenas aparente • Frames modelam aspectos de um domínio real • Objetos e suas classes visam modelar estruturas de dados e reusar código • Às vezes frames e objetos se parecem • Às vezes objetos violam o engajamento ontológico Class circulo altura} {int x, y; int Class elipse extends circulo {int largura}

Frames x Objetos procedimentais (cont. ) • Também não é necessária em frames a

Frames x Objetos procedimentais (cont. ) • Também não é necessária em frames a inclusão de detalhes de implementação, como tamanho de strings, etc • Frames não possuem métodos nem information hiding, desnecessária para a declaratividade • Objetos não possuem facetas • Frames têm sua parte procedimental – Daemons: procedimentos executados quando um valor é lido, incluído ou modificado num slot

Herança • Forma usual de poupar redescrever cada objeto – Na herança as relações

Herança • Forma usual de poupar redescrever cada objeto – Na herança as relações são transitivas • Redes de Herança – Em árvore – Em reticulados • Herança estrita – Uma só classe é herdada – Em árvore (vide ao lado) – Tudo o que é alcançável a partir de um nó é herdado

Herança Múltipla • Representa “IS-NOT” • Pode haver conflitos. . .

Herança Múltipla • Representa “IS-NOT” • Pode haver conflitos. . .

Herança mutável • Como em frames • Lemos que Clyde é um elefante mas

Herança mutável • Como em frames • Lemos que Clyde é um elefante mas não é cinza • Porém a rede pode ser ambígüa. . . • Nixon é pacifista ou não? ? • Como decidir? isa pacificist Quaker isa is-not Republican Nixon isa

Heurística do menor caminho • Para decidir a polaridade (positiva ou negativa) • Alguns

Heurística do menor caminho • Para decidir a polaridade (positiva ou negativa) • Alguns argumentos são tomados de antemão (preventivos) • Os que não são preventivos, são admissíveis

Problemas com herança mutável • Redundância – Nó q – Pior, Clyde agora é

Problemas com herança mutável • Redundância – Nó q – Pior, Clyde agora é cinza! • Mesmo usando o menor caminho. . . • Se colocarmos 2 arcos no lado esquerdo, a conclusão muda. . .

Formalizando redes de herança • Uma rede de herança G={V, N} é um DAG

Formalizando redes de herança • Uma rede de herança G={V, N} é um DAG (grafo acíclico direcionado) com arcos positivos (a. x) e negativos (a. ¬x) – V = conjunto de vértices e E = conjunto de arcos • Um caminho positivo só tem arcos positivos – (a. . . x), significando que “a é-um x” • Um caminho negativo só tem arcos positivos seguidos por um arco negativo – (a. . . v. ¬x), significando que “a não é-um x” – O número de positivos aqui pode ser 0 • Uma conclusão continua podendo ser amparda por vários argumentos (caminhos) diferentes. . .

Amparo e admissibilidade • Então quais argumentos devem prevalecer? ? • G ampara um

Amparo e admissibilidade • Então quais argumentos devem prevalecer? ? • G ampara um caminho a. s 1. . . sn. ¬x se o conjunto de arcos está em N e o caminho é admissível • A hierarquia ampara a conclusão que a é-um x (ou a não é -um x) se existir este caminho em G • Um caminho é admissível se seus arcos são admissíveis • Um nó v. x (ou v. ¬x) é admissível em G sobre a se – existe um caminho positivo a. . . v em N – cada arco deste caminho é admissível – não há arcos redundantes nem preventivos no caminho

Arcos preventivos e redundantes • Um arco y sobre um caminho a. . .

Arcos preventivos e redundantes • Um arco y sobre um caminho a. . . y. . . v previne o arco v. x sobr • Um arco b. w (ou b. ¬w) é redundante em G sobre a se há um cami

Extensões e extensões crédulas • • Extensão = conjunto de fatos tomados por verdade

Extensões e extensões crédulas • • Extensão = conjunto de fatos tomados por verdade numa rede G é a-conectada sse para todo nó x (ou ¬x), há um caminho positv G é ambígüa sobre a se existem os caminhos a. . . x e a. . . ¬x Uma extensão crédula de G sobre a é a hierarquia não-ambígüa a-

Extensões preponderantes • Como escolher entre as 2 extensões? – Usando a admissibilidade •

Extensões preponderantes • Como escolher entre as 2 extensões? – Usando a admissibilidade • Se X e Y são extensões crédulas de G sobre a • X prepondera sobre Y sse possui arcos v e x em que – X e Y possuem os mesmos arcos que precedem v – Existe um arco v. x (ou v. ¬x) inadmissível em Y mas não em X

Tipos de raciocínio de subsunção • Raciocínio crédulo: escolhe a extensão preponderante, talvez aleatoriamente,

Tipos de raciocínio de subsunção • Raciocínio crédulo: escolhe a extensão preponderante, talvez aleatoriamente, e aceita todas as conclusões derivadas dela • Raciocínio cético: aceita as conclusões derivadas extensões preponderantes • Raciocínio cético ideal: raciocínio cético em que as conclusões devem ser amparadas por caminhos distintos