Fonte Desenvolvido pelos autores 2018 IX Encuentro Ibrico
Fonte: Desenvolvido pelos autores, 2018 IX Encuentro Ibérico EDICIC 2019 APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL COLABORATIVA SUSTENTÁVEL: Modelo fundamentado na Gestão do Conhecimento Os processos comunicacionais potencializados pelo desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação (TIC) na sociedade contemporânea confirmam a necessidade de aprendizagem colaborativa em âmbito organizacional, com relevância para domínio e desenvolvimento de práticas sustentáveis que justifiquem responsabilidades sociais organizativas. A informação e o conhecimento são ativos importantes, recursos-chave que integram novo paradigma de desenvolvimento: colaboração, interatividade e participação ativa e sustentável (Éboli & Mancini, 2011). Esse paradigma está fortemente baseado na responsabilidade social corporativa, cujos princípios estão na comunicação em rede, nas comunidades de conhecimento e, principalmente, nas aprendizagens colaborativas por meio de representações distribuídas no âmbito das atividades organizacionais inter-relacionando questões econômicas, sociais e ambientais baseada no enfoque triple botton line (TBL) da sustentabilidade, ou seja, a abordagem da aprendizagem organizacional pauta-se no “tripé da sustentabilidade” (Silveira et al. , 2013). O objetivo desta comunicação é propor um modelo de aplicação de um projeto de GC para aprendizagens colaborativas sustentáveis. A hipótese remete à necessidade de sua construção para melhor efetividade das responsabilidades socioambientais das organizações pautadas no tripé da sustentabilidade. Os projetos baseados em teorias da GC que viabilizem aprendizagem colaborativa sustentável podem ajudar na construção de ciclos retroalimentativos de informações e conhecimentos, necessários ao funcionamento inovativo das organizações e permitindo a reflexão e a solução de problemas por meio da colaboração. Para que haja inovação nos âmbitos organizacionais contemporâneos é urgente a interação dinâmica entre cognição, motivação e emoção nos processos de aprendizagem. Isso possibilita o desenvolvimento de economias mais inclusivas e sustentáveis (Behrens & José, 2001). Nesse caso, a GC, por meio de aprendizagens colaborativas, caracterizada como atividade inerente ao desenvolvimento humano e organizacional, torna-se um recurso estratégico de inovação na geração de valor. É imprescindível à criação e desenvolvimento da competitividade, transformando processos tácitos e implícitos de aprendizagem pessoal e organizacional em arcabouços inovativos, úteis à obtenção de resultados como qualidade de vida, retorno financeiro, melhoria e sobrevivência de negócios, sustentabilidade, entre outros, (Berto & Plonski, 2001). Para tanto, utiliza-se do relacionamento e da interatividade, dos capitais humano, estrutural e ambiental para operacionalizar suas ações de gerenciamento, e de projetos e programas de aprendizagem a fim de tornar os processos de aprendizagem e compartilhamento dos saberes viáveis aos objetivos e metas da organização. De acordo com Behrens & José (2001) a aprendizagem baseada em projetos é uma abordagem pedagógica de caráter ativo que enfatiza atividades com foco no desenvolvimento de competências e habilidades assentadas sobre a aprendizagem colaborativa e interdisciplinar no compartilhamento e interação de ideias. No contexto da sociedade da informação e do conhecimento, tornase grande aliada aos processos colaborativos de construção de saberes. A proposta foi construída por meio da metodologia investigativa baseada em pesquisa qualitativa de análise bibliográfica sobre o tema em questão. O estudo bibliográfico fundamenta a investigação sob diferentes suportes informacionais (livros, teses, dissertações e artigos de periódicos, por meio da web) que remetem às perspectivas de inovação e de modernização dos processos de construção e compartilhamento da aprendizagem organizacional. Do ponto de vista do objetivo, esta pesquisa é considerada exploratória, uma vez que visa proporcionar maior familiaridade com o problema, com o fim de torná-lo explícito ou construir hipóteses. As organizações contemporâneas desenvolvem diversas práticas ambientais no que concerne às ações inovadoras, viáveis, mensuráveis, condutoras de valor e sucesso, capazes de instrumentalizar profissionais e desenvolver competências, autonomias e capacidades aplicadas aos negócios. Referências Berto, R. M. V. S. , & Plonski, G. A. (2001) Competências profissionais para gestão do conhecimento. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo/Departamento de Engenharia de Produção. Behrens, M. A. , & José, E. M. A. (2001). Aprendizagem por projetos e os contratos didáticos. Revista Diálogo Educacional, 2(3), 77 -96. Eboli, M. , & Mancini, S. (2011). Sustentabilidade, educação corporativa e competências: desafio das empresas para a perpetuidade do negócio. Gestão da Sustentabilidade Organizacional, 181. Silveira, M. A. , Kikuchi, L. S. , Gargim, N. , Silveira, L. D & Policeno, C. A. (2013). Inovação e Aprendizagem Organizacional para a Sustentabilidade: desenvolvimento de competências na indústria de equipamentos eletromédicos. Revista Gestão & Conexões, 2(1), 76 -93. Rosilene Agapito da Silva Llarena(1), Emeide Nóbrega Duarte(2), Marco Antonio Almeida Llarena(3), Suzana de Lucena Lira(4), Cilene Maria Freitas de Almeida(5), Roberto Vilmar Satur(6). (1)Doutora em Ciência da Informação – Profa. da UEPB (2) Pós-Doutora em Ciência da Informação. Profa. da UFPB (3) Doutor em Geografia – Prof. Do IFPB (4) Doutora em Ciência da Informação – UFPB (5) Mestranda em Ciência da Informação – UFPB (6) Doutor em Ciência da Informação – Prof. da UFPB e-mail: lenellarena@gmail. com emeide@hotmail. com llarenaifpb@gmail. com suzanalira@bol. com. br cilenefreitas@gmail. com robertosatur@yahoo. com. br Modelo de projeto de aprendizagem colaborativa sustentável baseado na GC Fonte: Desenvolvido pelos autores, 2018. O modelo aborda os principais desafios da gestão de aprendizagem colaborativa aplicados à sustentabilidade dos negócios organizacionais, à construção de etapas como soluções aos problemas ligados à sustentabilidade; à construção de plano de ação baseado nas experiências e nas observações prévias ao engajamento e ao compartilhamento dos colaboradores e todos os stakeholders das organizações; e ao papel desses sujeitos na construção de ações sustentáveis. Nesse sentido, predispõe a construção de projetos que sigam as seguintes etapas: 1ª. Seleção do tema e da pergunta de investigação – elege tema ligado às questões sustentáveis da organização que permita desenvolver objetivos cognitivos para a superação ou prevenção de problemas e criação de novos produtos, serviços ou processos. 2ª. Formação de equipes de trabalho – organizam-se grupos de pessoas para compartilhar entre si suas diversidades e ideias. 3ª. Aplicação de arquétipos reflexivos – trabalha matrizes de valores sustentáveis, escada de interferência, “ciclo reforçador” e “ciclo compensador”, nos sucessos e processos de sustentabilidade. 4ª. Definição do produto, serviço ou processo e desafio final – estabelece-se o produto, o serviço ou o processo que se precisa desenvolver e se configura os objetivos que se pretende alcançar. 5ª. Construção do plano de trabalho – especificam-se as tarefas previstas estratégias de trabalho com objetivos, metas e prazos estabelecidos. 6ª. Processo de investigação e pesquisa – momento de autonomia para que os sujeitos envolvidos busquem, constatem, analisem, reflitam as informações necessárias. 7ª. Produção e participação de eventos para discussão – participação em eventos como produzidos pela organização para compartilhamento e utilização do conhecimento. 8ª. Análises e sínteses do conhecimento obtido – Discussão das informações e conhecimentos compilados e compartilhados e elaboração de novas hipóteses. 9ª. Elaboração e apresentação do produto, serviço ou processo – Aplicação dos conhecimentos compartilhados apresentando novo produto, serviço ou processo. 10ª. Resposta coletiva à pergunta inicial e avaliação – etapa de reflexão e autocrítica sobre erros e experiências; resposta coletiva sobre a pergunta inicial. O modelo exposto demonstra que a aprendizagem colaborativa, com o uso dos recursos da GC, voltada para a promoção de projetos que utilizem os princípios da sustentabilidade, pode promover inovação e modernização, alinhando-se a organização às demandas atuais de responsabilidade socioambiental. Os resultados evidenciam que a proposta de um modelo de aplicação de projetos de aprendizagem organizacional colaborativa sustentável, baseados em GC, pode ser aplicada nas organizações que se preocupam com a sustentabilidade e, promovem a participação coletiva de seus colaboradores na busca de soluções que possam refletir a responsabilidade social das atuais configurações organizacionais. Os estudos revelam que a GC se utiliza da integração entre técnicas, tecnologias e pessoas, associada à criação de um ambiente propício à aprendizagem, viabilizando a criação de uma cultura organizacional.
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