FLUXO EM MEIOS POROSOS Lei de Darcy va

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FLUXO EM MEIOS POROSOS Lei de Darcy va = k. i va - velocidade

FLUXO EM MEIOS POROSOS Lei de Darcy va = k. i va - velocidade aparente ou de Darcy v = va / n v n porosidade velocidade de percolação k - coeficiente de permeabilidade i - gradientes hidráulico i = dht / dl ht = h e + h p

Mecanismos de transporte de massa em meios porosos (Gillham, 1987) • FÍSICOS: Advecção, Dispersão,

Mecanismos de transporte de massa em meios porosos (Gillham, 1987) • FÍSICOS: Advecção, Dispersão, Difusão molecular • QUÍMICOS: Sorção, Decaimento radioativo, Precipitação, Coprecipitação, Oxi-redução, Complexação • BIOQUÍMICOS: Biodegradação, Bio-transformação

MECANISMOS FÍSICOS • Advecção: solutos são transportados pelo fluido ou solvente (Shackelford, 1993). •

MECANISMOS FÍSICOS • Advecção: solutos são transportados pelo fluido ou solvente (Shackelford, 1993). • Dispersão Mecânica: causada por variações da velocidade de percolação média no meio poroso (espalhamento). Dm = V

 • Difusão: ocorre em função do gradiente de concentração das espécies químicas, independente

• Difusão: ocorre em função do gradiente de concentração das espécies químicas, independente do movimento do fluido (Fetter, 1993). • Dispersão Hidrodinâmica: caracteriza-se pelo espalhamento do material em diferentes direções daquelas atribuídas ao movimento da água subterrânea (Freeze e Cherry, 1979) Dh = D m + D e

MECANISMOS QUÍMICOS Envolvem transferência de solutos do fluido para as partículas sólidas do solo:

MECANISMOS QUÍMICOS Envolvem transferência de solutos do fluido para as partículas sólidas do solo: SORÇÃO. A sorção envolve a troca de íons (adsorção e desorção), dependendo do tipo e propriedades do solo e do soluto. A sorção de um dado soluto é, freqüentemente, estimada por uma função de distribuição conhecida como isoterma de sorção, obtida em laboratório a partir de ensaios de equilíbrio em lote.

Equação geral Rd. d. C/dt + (vxd. C/dx+vyd. C/dy+vzd. C/dz) – - (Dxd 2

Equação geral Rd. d. C/dt + (vxd. C/dx+vyd. C/dy+vzd. C/dz) – - (Dxd 2 C/dx 2+ Dyd 2 C/dy 2+ Dzd 2 C/dz 2) + + L. C = 0 Rd - fator de retardamento Dx, Dy e Dz - coefs. de dispersão hidrodinâmica L - fator de decaimento

Uni-dimensional Rd. d. C/dt + vxd. C/dx – Dxd 2 C/dx 2 + L.

Uni-dimensional Rd. d. C/dt + vxd. C/dx – Dxd 2 C/dx 2 + L. C = 0 Rd - fator de retardamento Rd = 1 + (gd/q) d. S/d. C gd peso específico seco q = Vw / V = n S S = f(C) S sorção - Linear S = kd C kd coef. de distribuição (L 3/M) - Langmuir S = (Sm b C)/(1 + b C) - Freundlich S = Kf Ce

No processo químico de sorção, alguns solutos em percolação no solo passam como se

No processo químico de sorção, alguns solutos em percolação no solo passam como se movendo mais lentamente do que a água freática que os transporta RETARDAMENTO: Rd representa a razão entre a velocidade do fluido e a velocidade de transporte do soluto.

ISOTERMAS DE SORÇÃO - curvas de massa de soluto adsorvida/massa de solo seco vs.

ISOTERMAS DE SORÇÃO - curvas de massa de soluto adsorvida/massa de solo seco vs. concentração de equilíbrio do soluto na solução. - podem assumir formas diversas: lineares e não lineares. - equações teóricas são usualmente empregadas para ajustar as isotermas obtidas experimentalmente (ex: Freundlich e Langmuir)

ISOTERMA LINEAR

ISOTERMA LINEAR

1/S S 1 C 1/C Isoterma de Langmuir

1/S S 1 C 1/C Isoterma de Langmuir

S ln S C ln C Isoterma de Freundlich

S ln S C ln C Isoterma de Freundlich

tangente à isoterma de sorção para um determinado valor de concentração d - massa

tangente à isoterma de sorção para um determinado valor de concentração d - massa específica do solo seco; - teor de umidade volumétrico; Kp - coeficiente de partição.

D = De + Dmd (L 2/T) De coef. de difusão Dmd coef. de

D = De + Dmd (L 2/T) De coef. de difusão Dmd coef. de dispersão mecânica Dmd = v coef de dispersividade (L) Solução – Sorção Linear C(x, t) = Co/2. {erfc[(x-v. t/Rd)/2(D. t/Rd)1/2] + + EXP(v. x/D) erfc[(x+v. t/Rd)/2(D. t/Rd)1/2]

(Rowe, 1995, pg. 32)

(Rowe, 1995, pg. 32)

Problema 2 a) Dados : velocidade de Darcy - va = 0, 08 m/a

Problema 2 a) Dados : velocidade de Darcy - va = 0, 08 m/a coef. disp. /dif. - D =1 m 2/a porosidade - n=0, 4 coef. de distr. - rkd=0 concentração inicial - C 0 = 1500 mg/l Calcule a concentração a 2 m de profundidade 5 anos após o início do processo de contaminação. b) Dados : velocidade de Darcy - va = 0, 08 m/a coef. disp. /dif. - D =1 m 2/a porosidade - n=0, 4 coef. de distr. - rkd=1. 2 concentração inicial - C 0 = 1500 mg/l Calcule a concentração a 2 m de profundidade 5 anos após o início do processo de contaminação.

ENSAIOS a) Ensaio de equilíbrio em lote Determinar a capacidade de adsorção de um

ENSAIOS a) Ensaio de equilíbrio em lote Determinar a capacidade de adsorção de um soluto adicionado, em diferentes concentrações, na fração sólida do solo

- Misturar, um determinado volume de contaminante com concentração conhecida a uma certa quantidade

- Misturar, um determinado volume de contaminante com concentração conhecida a uma certa quantidade de solo seco, por um certo período de tempo (equilíbrio). - Centrifuga-se para que a solução se separe do solo; - Analisa-se a concentração da solução; ISOTERMAS DE SORÇÃO

b) Ensaios em coluna de lixiviação Têm por objetivo determinar o fator de retardamento

b) Ensaios em coluna de lixiviação Têm por objetivo determinar o fator de retardamento e coeficiente de dispersão hidrodinâmica, que descrevem a migração de espécies químicas, ou contaminantes, através de um meio poroso, em condições controladas de laboratório (Shackelford, 1995)

- Uma coluna de solo é saturada com água até que seja estabelecido um

- Uma coluna de solo é saturada com água até que seja estabelecido um regime de fluxo permanente. - Substitui-se pela solução contaminante de interesse, com concentração inicial conhecida, C 0, é permanentemente aplicada sobre a coluna durante o tempo de duração do ensaio. - Amostras de efluentes drenados das colunas são coletadas e as concentrações de solutos são determinadas por procedimentos químicos padronizados.

Métodos de análise dos ensaios em coluna a) Método tradicional Baseia-se na concentração de

Métodos de análise dos ensaios em coluna a) Método tradicional Baseia-se na concentração de soluto no efluente Consiste em medir as concentrações instantâneas em função do número de volume de poros percolados, determinar a curva de eluição e aplicar um modelo analítico na determinação do Rd Rd = T (número de volume de poros) para uma concentração relativa, Ce/C 0, igual a 0, 5

b)Método da massa acumulada (Schackelford, 1995) Baseia-se na massa de soluto acumulada no efluente.

b)Método da massa acumulada (Schackelford, 1995) Baseia-se na massa de soluto acumulada no efluente. O número de amostras de efluentes coletadas para determinação dos parâmetros é significativamente menor do que o método tradicional. Entretanto a determinação do coeficiente de dispersão hidrodinâmica (Dh) é mais trabalhosa que no método tradicional.

Para determinação dos parâmetros calcula-se CMR que é dado por: e plota-se gráfico CMR

Para determinação dos parâmetros calcula-se CMR que é dado por: e plota-se gráfico CMR x T

Método gráfico O valor de Rd é obtido a partir da extensão de uma

Método gráfico O valor de Rd é obtido a partir da extensão de uma linha reta de declividade 1: 1 do último ponto do gráfico CMR x T, sendo o valor encontrado no eixo x o valor de Rd

O coeficiente de dispersão hidrodinâmica, Dh, não é obtido diretamente

O coeficiente de dispersão hidrodinâmica, Dh, não é obtido diretamente

Foi desenvolvido um programa computacional em linguagem FORTRAN que, através de um processo iterativo

Foi desenvolvido um programa computacional em linguagem FORTRAN que, através de um processo iterativo de otimização, fornece os valores de Rd e PL. PROGRAMA MAC

METODOLOGIA - ensaios de caracterização geotécnica - mineralogia da fração argila - análises químicas

METODOLOGIA - ensaios de caracterização geotécnica - mineralogia da fração argila - análises químicas e físico-químicas. Granulometria Limites de Atterberg Índices Físicos Argila (%) Silte (%) Arei a (%) Pedre g. (%) LL (% ) LP (% ) IP (%) d (k. N/m 3) Ativida de dmáx (k. N/m 3 ) wótim 42 10 47. 1 0. 9 52 30 22 27 0. 52 16. 45 22. 3 O solo foi classificado como MH. (%) a

Capacidade de troca catiônica (meq/100 g) e p. H Ca 2+ Mg 2+ K+

Capacidade de troca catiônica (meq/100 g) e p. H Ca 2+ Mg 2+ K+ Al 3+ H++Al 1. 23 0. 11 0. 026 0. 0 0. 7 3+ CTCp ef ot 1. 37 2. 07 p. H 6. 01

a) Ensaio em coluna de lixiviação A metodologia seguida neste ensaio é semelhante a

a) Ensaio em coluna de lixiviação A metodologia seguida neste ensaio é semelhante a do ensaio de permeabilidade, diferindo no que se refere à necessidade de medir as concentrações químicas dos efluentes. EQUIPAMENTO

Procedimento - 4 CP (L = 10 cm, f = 5 cm) - GC

Procedimento - 4 CP (L = 10 cm, f = 5 cm) - GC = 95%, -Tensão de confinamento: 50 k. Pa - Gradientes: 7 cm/cm e 13 cm/cm. - CP saturados com água destilada até ser atingida vazão de saída constante - Substituição da água pela solução contaminante.

SOLUÇÃO CONTAMINANTE Metal Pesado Concentraçã o (mg/L) Crômio (Cr 3+) 0, 7 Cádmio (Cd

SOLUÇÃO CONTAMINANTE Metal Pesado Concentraçã o (mg/L) Crômio (Cr 3+) 0, 7 Cádmio (Cd 2+) 1, 6 Chumbo (Pb 2+) 1, 6 Cobre (Cu 2+) 5, 0 Manganês (Mn 2+) Zinco (Zn 2+) 36, 0 62, 0

- Coleta do efluente a cada 0, 25 T; 0, 5 T; 1 T

- Coleta do efluente a cada 0, 25 T; 0, 5 T; 1 T - Determinação das concentrações dos metais - Coleta do afluente para verificar se a concentração inicial (Co) permaneceu constante durante o ensaio - p. H e condutividade elétrica.

A partir dos dados de concentrações, determinaram-se Rd e Dh pelo Método Tradicional e

A partir dos dados de concentrações, determinaram-se Rd e Dh pelo Método Tradicional e pelo Método da Massa Acumulada.

b) Ensaio de Equilíbrio em Lote - razão solo-solução: 1: 4 - 10 g

b) Ensaio de Equilíbrio em Lote - razão solo-solução: 1: 4 - 10 g de TFSA (corrigida em função do teor de umidade) misturadas a 40 m. L de solução contaminante. - soluções mono-espécies dos metais Mn 2+, Zn 2+ e Cd 2+ - O p. H foi ajustado para 5. - 10 soluções de concentrações diferentes para cada metal com 3 repetições e um “branco” cada - tubos de centrífuga com capacidade para 50 m. L - tempo de agitação de 24 horas - os tubos foram centrifugados, o sobrenadante foi filtrado e analisado por espectrofotometria de absorção atômica

RESULTADOS E DISCUSSÕES Ensaio em Coluna Condutividade hidráulica com água

RESULTADOS E DISCUSSÕES Ensaio em Coluna Condutividade hidráulica com água

Os sais solúveis são lixiviados da amostra, fazendo com que a concentração eletrolítica do

Os sais solúveis são lixiviados da amostra, fazendo com que a concentração eletrolítica do fluido nos poros do solo decresça, causando uma expansão da dupla camada difusa e uma tendência das partículas da argila a se dispersarem, resultando, usualmente, em uma diminuição da condutividade hidráulica

A aumento da permeabilidade pode ser explicada pela retração da dupla camada difusa causada

A aumento da permeabilidade pode ser explicada pela retração da dupla camada difusa causada pela troca de íons monovalentes por bivalentes O decréscimo da permeabilidade pode ser explicado pelo excesso de cátions no solo, causando repulsão das cargas na superfície da argila e expandindo a dupla camada difusa

Inicialmente o carreamento de bases (K+, Na+, Ca 2+) presentes na solução do solo,

Inicialmente o carreamento de bases (K+, Na+, Ca 2+) presentes na solução do solo, que em solução aquosa provocam aumento na concentração dos hidróxidos (OH-), aumentando assim o p. H. A medida que a quantidade de bases presentes no solo foi se esgotando, verificou-se a tendência do p. H decrescer e estabilizar-se, embora isto não seja possível verificar nos gráficos apresentados, pois o ensaio não foi encerrado por não ter, ainda, esgotado sua capacidade de retenção para alguns metais.

COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS Metal Mn Zn Cd Rd Dh MT DT D 10 CP

COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS Metal Mn Zn Cd Rd Dh MT DT D 10 CP 01 19, 50 19, 64 19, 50 9, 79 E-3 1, 08 E-2 1, 04 E-2 CP 02 18, 00 17, 81 18, 11 6, 29 E-3 7, 05 E-3 1, 11 E-2 CP 04 18, 50 18, 90 18, 85 7, 76 E-3 7, 37 E-3 7, 18 E-3 CP 01 26, 50 26, 97 27, 01 6, 96 E-3 6, 77 E-3 7, 03 E-3 CP 02 27, 50 28, 54 28, 55 4, 48 E-3 1, 01 E-2 1, 03 E-2 CP 04 26, 00 26, 19 26, 16 3, 93 E-3 4, 07 E-3 4, 15 E-3 CP 01 36, 00 37, 80 37, 69 1, 64 E-2 1, 79 E-2 1, 75 E-2 CP 02 38, 50 39, 74 39, 58 1, 67 E-2 1, 84 E-2 1, 79 E-2 CP 04 37, 50 39, 85 39, 72 1, 28 E-2 1, 70 E-2 1, 64 E-2 MT – Método Tradicional; DT – Método da Massa Acumulada usando todos os dados experimentais; D 10 – Método da Massa Acumulada usando 10 dados experimentais igualmente espaçados.

EQUÍLIBRIO EM LOTE

EQUÍLIBRIO EM LOTE

– Cálculo de Rd para Mn d. S/d. C = 0. 3468 C-0. 6346

– Cálculo de Rd para Mn d. S/d. C = 0. 3468 C-0. 6346

– Cálculo de Rd para Zn d. S/d. C = 0. 3641 C-0. 6659

– Cálculo de Rd para Zn d. S/d. C = 0. 3641 C-0. 6659

– Cálculo de Rd para Cd d. S/d. C = 0. 2172 C-0. 5851

– Cálculo de Rd para Cd d. S/d. C = 0. 2172 C-0. 5851

SOLUÇÃO NUMÉRICA (Elementos Finitos)

SOLUÇÃO NUMÉRICA (Elementos Finitos)

Carga Total (m)

Carga Total (m)

Chumbo, 30 anos

Chumbo, 30 anos