FIM DA MONARQUIA PORTUGAL da I Repblica Ditadura
FIM DA MONARQUIA PORTUGAL- da Iª República à Ditadura Militar João Montes
A CRISE da MONARQUIA CRISE ECONÓMICA, FINANCEIRA e SOCIAL Ø Balança comercial deficitária Ø Falências de bancos e empresas Ø Empréstimos ao estrangeiro sem pagar as dívidas Ø Inflação significativa Ø Aumento dos impostos Ø Aumento do custo de vida Ø Gastos excessivos da família real Ø Ameaça de desemprego Ø Classe média empobrecida CRISE POLÍTICO/SOCIAL Ø Grande descontentamento popular resultante do Ultimato Inglês de 1890 Ø Formação de partidos de oposição: 1875 – Partido Socialista e 1876 Partido republicano Ø Papel das sociedades secretas: Maçonaria e Carbonária Ø O partido republicano ganha cada vez mais adeptos pelo facto de apostar no derrube da Monarquia e defender o orgulho nacional face ao ultimato inglês
PARTIDO REPUBLICANO Ø Tornou-se o mais importante partido da oposição. Aproveitou as comemorações do tricentenário da morte de Luís de Camões e de uma extensa propaganda para crescer. Ø Defendia o progresso, a liberdade e a justiça; Ø Era constituído por intelectuais, profissionais liberais, comerciantes, industriais, funcionários e proletariado urbano; Ø Entre os seus fundadores destacou-se Teófilo Braga.
O fim da Monarquia Ø A 1ª tentativa de revolução ocorreu no Porto, sem êxito, em 31 de Janeiro de 1891. Ø Em 1906 o rei D. Carlos dissolveu nomeou João Franco para chefiar instaurou uma ditadura (1907 -08) oposição do partido republicano e monárquicos o Parlamento e o governo; este provocando forte até dos partidos Ø Em 1907 o Parlamento é encerrado agravando a situação Ø No dia 1 de Fevereiro de 1908 o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro (D. Luís Filipe) são assassinados. O trono foi ocupado pelo segundo filho D. Manuel Ø No dia 5 de Outubro é proclamada a República.
Proclamação da República na varanda da Câmara Municipal de Lisboa Os revoltosos pertenciam à classe média, à pequena burguesia e ao operariado. Eram apoiados pelo Partido Republicano, pela Maçonaria e pela Carbonária
5 DE OUTUBRO PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA Ø A família real foge para a Ericeira e daí para o exílio, em Inglaterra Ø José Relvas proclama a república da varanda da Câmara Municipal de Lisboa Ø O resto do país aceitou e aderiu aos festejos.
MEDIDAS TOMADAS PELA REPÚBLICA Ø Aprovação de uma constituição republicana que adoptava a separação de poderes e estabelecia um regime democrático parlamentar Ø Laicização do Estado – separação da Igreja do Estado; expulsão das ordens religiosas e nacionalização dos bens da Igreja; proibição do ensino religioso na escola, legalização do divórcio e criação do registo civil obrigatório de nascimentos, casamentos e óbitos Ø Medidas sociais – igualdade de direitos dos cônjuges, direito à greve e à protecção na doença e na velhice. Fixação de um horário de trabalho. É proibido o trabalho infantil Ø Educativas – escolaridade obrigatória (7 -10 anos); criação de jardins-escola; reforço das escolas primárias; criação das universidades de Lisboa e Porto. Muitas destas medidas foram difíceis de implementar
AFONSO COSTA (1871 -1937) Ø Deputado republicano que desempenhou um importante papel na 1ª República; Ø foi por diversas vezes chefe do governo; Ø assinou a Lei da Separação da Igreja e do Estado; Ø assinou leis contra as ordens religiosas; Ø assinou a lei do divórcio; Ø em 1916 defende a entrada de Portugal na I Guerra; Ø foi destituído, em 1917, pelo golpe de Sidónio Pais
“A PORTUGUESA” Ø “A portuguesa” foi composta no após o ultimato inglês com o objectivo de elevar o orgulho nacional Ø Tem letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil. Ø Foi adaptada e adoptada como Hino Nacional, depois da implantação da República.
DIFICULDADES DE GOVERNAÇÃO DA 1ª REPÚBLICA Ø Instabilidade política devido: a) às rivalidades partidárias, provocando profundos desentendimentos b) às divergências que se faziam sentir dentro do Partido Republicano c) ao descontentamento de católicos e monárquicos devido à situação do país d) à ausência de maiorias, obrigando a negociação parlamentar e governos de coligação que caiam facilmente. Ø A participação de Portugal na I Guerra gerou descontentamento: a) os partidos monárquicos não apoiaram b) havia quem simpatizasse com a Alemanha c) a guerra gerou um elevado número de mortos Ø Agravamento da situação económica, financeira e social: a) grande antagonismo entre patrões e operários gerando greves sucessivas b) a balança comercial continuava deficitária e a dívida externa aumentava c) a inflação, o custo de vida e o desemprego eram elevados
Balança comercial Inflação
ANALFABETISMO / ENSINO INSTABILIDADE POLÍTICA
INSTABILIDADE SOCIAL
A procura de soluções – Autoritarismo e ditadura - 1917 Em 1917 Sidónio Pais toma o poder e implanta uma ditadura militar. É assassinado 1918. O período de 1919 a 1926 foi marcado pelo agravamento da crise (desemprego, inflação, falências) e por uma crescente instabilidade política (Portugal teve 8 Presidentes da república e 45 governos entre 1910 e 1925)
28 DE MAIO DE 1926 Ø Em 28 de Maio de 1926, devido ao desprestigio da República, deu-se o golpe militar comandado pelo general Gomes da Costa que teve o seu início em Braga e se estendeu a Lisboa onde se constitui uma junta revolucionária chefiada pelo comandante Mendes Cabeçadas; ØO governo derrubado; republicano foi Ø Instituiu-se uma ditadura militar até 1928 (estabelecimento da censura, dissolução do Congresso da República, extinção da Carbonária).
Em 1928 Óscar Carmona foi eleito Presidente da República. Nesse mesmo ano chama para ministro das Finanças António de Oliveira Salazar.
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