Filosofia Medieval I Plotino e Santo Agostinho Prof

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Filosofia Medieval –I Plotino e Santo Agostinho Prof. Émerson Vecchietti

Filosofia Medieval –I Plotino e Santo Agostinho Prof. Émerson Vecchietti

Para manifestar incredulidades e temores, sobressaiu um tema que passou a dominar o pensamento

Para manifestar incredulidades e temores, sobressaiu um tema que passou a dominar o pensamento dessa época conturbada: a salvação. O pensamento voltou a se ancorar novamente nas soluções místicas, sem necessidade de provas cabais nem de uma racionalidade refinada. A base agora passou a ser uma fórmula de salvação que busca pelo ser supremo e sua contemplação. Um misto de filosofia platônica e mitologia bíblica.

Plotino e Paulo de Tarso Enquanto os apóstolos defendiam o cristianismo para os religiosos,

Plotino e Paulo de Tarso Enquanto os apóstolos defendiam o cristianismo para os religiosos, Paulo de Tarso entendeu que a doutrina deveria ser estendida para todos. Paulo contribuiu para transformar uma seita provinciana em uma doutrina universal, afirmando que a salvação não era apenas para o homem, mas para toda a natureza. “Se por um Homem (Adão) veio a morte, por um homem (Cristo) também vem a ressurreição dos mortos”. Além de Deus e Cristo, Paulo afirmou a existência do Espírito/ logos que infla o conhecimento dos homens. O corpo seria um obstáculo a este conhecimento divino. O Logos é o mundo das ideias, eternas e imutáveis. Deus, o Pai, teria gerado Cristo, como que emanado, sendo, portanto, parte do Pai e diferente dele, mas, todos os três – Pai, Filho e Espírito Santo – iguais em essência em uma só pessoa.

O neoplatonismo ainda teve uma vida longa, até ser diluído completamente no discurso cristão

O neoplatonismo ainda teve uma vida longa, até ser diluído completamente no discurso cristão (Teosofia). Plotino foi igualmente influenciado pelo misticismo persa e hindu. Essa influência torna-se clara nos questionamentos do Filósofo. Enquanto Platão buscava compreender racionalmente o mundo sensível, Plotino, busca compreender a relação entre o terreno e o divino. Plotino entende que essa ligação do Ser com o Divino, o Uno, parte das coisas materiais até chegar a ideia do Bem. Essa ideia de percorrer o caminho para o Bem era dada aos homens pelo próprio Uno/Bem. Mas por que o Uno/Bem/Divino teria interesse nisso? O Uno é ele mesmo e não há palavras para defini-lo que não incorra no erro de desqualificá-lo. Então não é possível compreender o Uno/Divino? Plotino afirmava que era possível esta compreensão, mas não de forma racional, somente pelo êxtase.

Santo Agostinho e a maioridade da Teosofia Gnósticos acreditavam que a salvação espiritual poderia

Santo Agostinho e a maioridade da Teosofia Gnósticos acreditavam que a salvação espiritual poderia ser alcançada por meio de um conhecimento superior. Quanto mais distante deste conhecimento, mais apegado à matéria, fonte do mal, menos propenso a salvação. Mais tarde, essa influência vai justificar a hierarquia de anjos do catolicismo. Outra influência gnóstica dos textos bíblicos mesclada com influências persas e hindus foi o Maniqueísmo. Esta corrente defendia a existência de um Deus bom e um Deus mau e a existência humana se justificaria pela luta de um em relação ao outro. Ao estabelecerem de forma dogmática os princípios aos quais eles acreditavam. Este papel foi feito pelos padres, daí o nome patrística. Um de seus integrantes foi Aurélio Agostinho.

Se duvidamos de tudo, como faziam os céticos, é fato que não podemos negar

Se duvidamos de tudo, como faziam os céticos, é fato que não podemos negar que somos nós quem duvidamos de tudo! Logo, se há uma certeza no mundo é a nossa existência e é nela que devemos apostar. Essa elocubração racional não era, para Agostinho, o fim, mas o meio. Por meio dela EU sou. O que fundamenta essa verdade? A existência de um ser criador que não é criatura, um ponto de partida universal, Deus. Todo o conhecimento verdadeiro submetia-se a uma obediência à palavra de Deus. Fora dele, não haveria verdade, somente trevas e sofrimento.

Para Agostinho, o mal é a ausência do bem. Portanto, não há o mal

Para Agostinho, o mal é a ausência do bem. Portanto, não há o mal de forma objetiva, mas sempre como uma falta, uma carência da presença do Bem. E quanto ao pecado? Agostinho associa o pecado ao livre-arbítrio. Mas como é possível não pecar? Por meio da vontade de Deus. E por que Deus não salva a todos? Por que não temos direito a salvação. É vontade de Deus, sobre a qual não somos capazes de compreender.

Santo Agostinho “Uma virtude simulada é uma impiedade duplicada: à malícia unese a falsidade.

Santo Agostinho “Uma virtude simulada é uma impiedade duplicada: à malícia unese a falsidade. ” “Se queres conhecer a uma pessoa, não lhe perguntes o que pensa mas sim o que ela ama. ” “Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti. ” “A Lei foi dada para que se implore a graça; a graça foi dada para que se observe a lei. ” “A necessidade não conhece leis. ” “O mundo não foi feito no tempo, mas sim com o tempo. ” “Aprova aos bons, tolera os maus e ama a todos. ”